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UNIVERSIDADE METODISTA DE
ANGOLA
MANUAL DE DIREITO
INTERNACIONAL PÚBLICO
Luanda 2019
Professor Doutor Adlezio Agostinho
Entre tais sujeitos do direito internacional, o Estado é o sujeito tradicionail das relações
internacionais. Somente num momento sucessivo é que o status do direito internacional começõu a
expandir-se a outros sujeitos. Foi normal dar um status jurídico as organizações internacionais, no
medida que os Estados aceitaram auto-limitaram a soberania para conceder às organizações
internacionais a gestão de algumas tarefas em nome e no interesse dos da organização como Unão
de Estados.
Hoje o planeta com uma população mundial de (7 bilhões de pessoas), estão repartidos entre
200 Estados. E aos Estados se unem outros sujeitos que porém tem uma diferente e mais limitada
capacidade jurídica a nível de relações internacionais, dentre os quais destacamos: as organizações
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O segundo entendimento baseia-se na evolução recente das relações internacionais, que tem
levado a que a ordem jurídica internacional passe a regular situações que envolvem outros entes,
que vêm exercendo papel mais activo na sociedade internacional e que passaram a ter direitos e
obrigações estabelecidas diretamente pelas normas internacionais.
Para esta teoria, é evidente que a sociedade internacional já não tem mais nos entes estatais e
nos organismos internacionais seus únicos actores relevantes. Uma doutrina mais recente vem
admitindo a existência de outros sujeitos de Direito Internacional, que são o indivíduo, as empresas
e as organizações não-governamentais (ONGs), que podem invocar normas internacionais e que
devem cumpri-las, dispondo, ademais, da faculdade de recorrer a certos foros internacionais.
Entretanto, cabe destacar que nenhuma das novas pessoas internacionais detém todas as
prerrogativas dos Estados e organismos internacionais, como a capacidade de celebrar tratados,
contando, outrossim, com possibilidades muito restritas de recorrer a mecanismos internacionais de
solução de controvérsias. Por conta dessas limitações, parte da doutrina classifica os indivíduos,
empresas e ONGs como “sujeitos fragmentários” do Direito das Gentes e, pelos mesmos motivos,
há quem não reconheça sua personalidade internacional.
Ministério das Relações Exteriores, Conselho de Segurança das Nações Unidas etc.
Entendemos que a polêmica relativa aos sujeitos de Direito Internacional não afecta a
evidência de que as normas internacionais podem efetivamente vincular condutas de vários actores
sociais, os quais também já contam com crescentes possibilidades de atuação direta em foros
internacionais.
Por fim, o final do século XX marcou a consolidação dos blocos regionais como importantes
actores internacionais, que foram paulatinamente adquirindo, em diversas partes do mundo, a
personalidade jurídica de Direito das Gentes, assumindo, aliás, todas as prerrogativas típicas dos
tradicionais sujeitos de Direito Internacional, como o poder de celebrar tratados.
A seguir, examinaremos brevemente a situação de cada uma das pessoas que aparecem na
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em Tunis também depois de 1988, quando foi proclamado o Estado da Palestina apesar de
não ter base territorial;
2. O segundo requisito essencial para a subjetividade internacional de um determinado Estado
é a 'independência ou soberania externa. Isto significa que a organização do governo não
depende de outro Estado.
Nesse sentido, não são sujeitos de direito internacional os estados membros dos Estados
Federais ( porque, embora às vezes possam ser autorizados pela Constituição Federal a celebrar
acordos com países terceiros, deve normalmente ter o consentimento do governo central), nem as
Confederações que é uma 'união de Estados totalmente independente e soberano, tipicamente
criados para fins de defesa que ainda devem chegar a uma decisão conjunta para isso é (talvez)
descarada a independência e de consequência a subjetividade internacional.
O requisito da independência deve ser entendido com cautela: não coincidem com a perfeita
possibilidade de determinar-se por sí, porque a interdependência é hoje uma das características
sempre mais marcantes nas relações internacionais (Estados satélites, Estados fracos, estados com
tropas estrangeiras .. .).
Quando necessita-se outros requisitos desnecessária como o novo Estado não deve constituir
uma ameaça à paz e segurança para a paz, que o seu governo goze de um consenso do povo e que
respeite os direitos humanos, estes não são necessários para adquiri a subjetividade internacional,
mas servem apenas para avaliações políticas dos outros Estados para avaliar se forjar amizades. Na
comunidade internacional atual não falta temporariamente ou permanentemente ameaçam a paz ou
violar os direitos humanos, embora os princípios do direito internacional que obriga os estados a
qualquer coisa, mas também é verdade que essas obrigações não afectam, mas assumir a
personalidade jurídica do Estado mesmo.
Inicialmente, cabe advertir que a Santa Sé e o Vaticano são dois entes distintos, que têm em
comum, fundamentalmente, o vínculo com a Igreja Católica Apostólica Romana e a controvérsia
em relação à personalidade jurídica internacional de ambos. A Santa Sé é a entidade que comanda a
Igreja Católica Apostólica Romana. É chefiada pelo Papa e é composta pela Cúria Romana,
conjunto de órgãos que assessora o Sumo Pontífice em sua missão de dirigir o conjunto de fiéis
católicos na busca de seus fins espirituais. É sediada no Estado da Cidade do Vaticano, e seu poder
não é limitado por nenhum outro Estado.
5. O indivíduo
Durante muito tempo, a doutrina não conferia ao indivíduo o caráter de sujeito de Direito
Internacional. Partia-se da premissa de que a sociedade internacional era meramente interestatal, e
que apenas os Estados podiam criar normas, as quais só se referiam diretamente a estes. A pessoa
natural, por sua vez, era mero objeto das normas internacionais e da ação estatal no cenário externo
e, quando pudesse atuar no cenário internacional, o faria estritamente dentro do marco estabelecido
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pelos Estados.
A personalidade internacional do ser humano ainda é contestada. Em todo caso, não é mais
possível negar que há um rol significativo de normas internacionais que aludem diretamente a
direitos e obrigações dos indivíduos, como evidenciado, por exemplo, pelos tratados de direitos
humanos, que visam a proteger a dignidade humana, e de Direito Internacional do Trabalho, que
tutelam as relações laborais.
Por outro lado, uma pessoa natural também está obrigada a observar as normas
internacionais e, caso não o faça, pode responder pelo acto em foros internacionais, como o
Tribunal Penal Internacional (TPI), órgão competente para processar e julgar indivíduos por
determinados crimes definidos em preceitos de Direito Internacional.
Recorde-se que o ser humano não pode celebrar tratados e, nesse sentido, as normas
internacionais que lhe dizem respeito continuam sendo criadas pelos Estados e organizações
internacionais. Ao mesmo tempo, suas possibilidades de acesso direto aos foros internacionais são
ainda mais restritas que as dos Estados.
muitos anos, as ONGs adquiriram maior notoriedade, inclusive na sociedade internacional, apenas a
partir da década de 90 do século XX.
7. As empresas
Os insurgentes também são grupos que se revoltam contra governos, mas cujas acções não
assumem a proporção da beligerância, como no caso de acções localizadas e de revoltas de
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guarnições militares, e cujo status de insurgência é reconhecido por outros Estados. Exemplo de
movimento insurgente foi a Revolta da Armada (1893).
As nações em luta pela soberania são movimentos de independência nacional, que acabam
adquirindo notoriedade tamanha que fica impossível ignorá-los nas relações internacionais. É o
caso, por exemplo, da antiga Organização para a Libertação da Palestina (OLP), actual Autoridade
Palestina, que, sem contar com a soberania estatal, exercia e ainda exerce certas prerrogativas
típicas dos Estados, como a de celebrar tratados e o direito de legação (direito de enviar e receber
representantes diplomáticos). Podem ter origem na beligerância ou na insurgência, e sua
personalidade de Direito das Gentes com a plenitude das prerrogativas dependerá do
reconhecimento de outros integrantes da comunidade internacional, como os Estados e as
organizações internacionais.
9 - Os blocos regionais
Os blocos regionais são, sucintamente, esquemas criados por Estados localizados em uma
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mesma região do mundo, com o intuito de promover a maior integração entre as respectivas
economias e, eventualmente, entre as suas sociedades nacionais.
Exemplos notórios de blocos regionais são a União Européia, o Mercosul e a Área de Livre
Comércio da América do Norte (NAFTA). Dependendo do nível de aproximação entre seus
Estados-membros, os blocos regionais organizam-se de modo a agirem autonomamente nas relações
internacionais, ganhando personalidade jurídica própria e passando a empregar poderes típicos de
sujeitos de Direito das Gentes, como celebrar tratados, comparecer a mecanismos de solução de
controvérsias internacionais e exercer o direito de legação.
NOTA BENE: nesse sentido, é possível que nem todos os blocos regionais tenham
personalidade jurídica de Direito das Gentes.
BIBLIOGRAFIAS
REZEK, Francisco. Direito Internacional Público. Curso Elementar 11. Ed. São Paulo. Saraiva,
2008.
PORTELA Paulo Henrique Conçalves, Direito Internacional público e privado, 2014 in
“https://d24kgseos9bn1o.cloudfront.net/editorajuspodivm/arquivos/169%20a%20180.pdf”