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Mariana Santos
2 Direito Internacional Público outubro 2019
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obrigação internacional, faz surgir uma relação jurídica bilateral, ou seja, entre o
Estado autor e o Estado vítima. A responsabilidade é coletiva , uma vez que a
infração às normas do Direito Internacional determina apenas a responsabilização
de entidades coletivas (Estados), e nunca os indivíduos que cometeram o ato ilícito,
pois o indíviduo não era destinatário das normas internacionais, era apenas um
objeto do poder estadual.
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vez que o texto adquire caráter jurídico. Os Estados passam a estar vinculados à
convenção e há a criação de um dever de boa fé (não agir de modo a contrariar a
convenção). Caso estejamos perante um tratado solene, é acrescentada uma 3ª
etapa que consiste na ratificação (ato solene pelo qual o Presidente da República
declara a vontade do Estado se obrigar perante as disposições de um tratado
comprometendo-se a executá-lo) da convenção pelo Presidente da República.
Pode haver casos em que o Presidente da República ratifique um tratado sem que,
em momento anterior, hajam sido cumpridas, ou tenham-no sido defeituosamente,
determinadas formalidades constitucionalmente previstas. Neste caso estamos
perante ratificações imperfeitas. Alguns casos são, por exemplo, ratificação do
PR sem aprovação da AR, excesso de forma (acontece quando há a aprovação de
um tratado por intermédio de lei, e não através de resolução da AR como é previsto
na constituição, seguindo-se a ratificação por parte do PR), ou uma ratificação sem
que tenham participado na negociação do tratado os governos regionais, estando
em causa matéria de interesse especifico para as regiões autónomas.
Nem sempre uma ratificação imperfeita leva à nulidade do tratado, para tal é
necessário que seja violada uma norma interna de importância fundamental e que
as partes contratantes se apercebam dela (violação manifesta).
4ª etapa: Corresponde ao momento da entrada em vigor.
5ª etapa: Reconduz-se ao registo e publicação da convenção pelo secretariado
das Nações Unidas, caso isto não se suceda a convenção continua a ser válida e a
produzir efeitos, porém não pode ser invocada pelos órgãos das Nações Unidas,
nomeadamente pelo TIJ. Em Portugal, se as convenções não forem publicadas no
Diário da República, não produzem efeito na ordem jurídica interna.
3 mecanismos tendentes a facilitar a participação dos Estados nos tratados
1. Assinatura diferida: Diferir a assinatura para um momento posterior à
adoção do texto, mas também para os que nela não tenham participado. Este
mecanismo proporciona aos Estado a ocasião para, durante algum tempo,
amadurecerem o conteúdo da convenção
2. Adesão: Dá-se a um Estado não signatário a oportunidade de se tornar parte
de uma convenção internacional já em vigor, independentemente de ter
participado ou não na negociação. Serve para exprimir o consentimento de
um Estado a ficar vinculado por um tratado.
3. Reservas: Declaração unilateral feita por um Estado quando assinar,
ratifica ou aprova um tratado ou a ele adere, pela qual visa excluir ou
modificar o conteúdo de certas disposições da convenção com as quais não
está de acordo. As reservas podem ser de modificação, onde o Estado
pretende modificar uma cláusula, ou podem ser de exclusão, onde o Estado
pretende a extinção de uma cláusula. A modificação/extinção só é aplicada
caso haja acordo entre ambas as partes, caso contrário a
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-Sem consentimento
1. Criação de situações objetivas ou estatuárias:
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