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Dino Fernando

Trabalho da Disciplina

Direito Internacional Publico


Licenciatura em Direito, 1⁰ ano, pos-Laboral

Dr. Mputo Mpia

Universidade Licungo
Fontes do direito internacional público
De acordo com o artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ), as fontes do
direito internacional público são três:

 As convenções internacionais;
 O costume internacional;
 Os princípios gerais do direito.

Cada uma delas é única, não existindo uma hierarquia que define uma superioridade de uma
frente a outra. Além disso, vale mencionar também que estamos diante de um rol
exemplificativo, sendo possível inclusive a utilização de outras fontes.
A doutrina e a jurisprudência por exemplo, são fontes auxiliares do direito internacional
público, podendo ser utilizadas para a resolução de algum litígio que envolva a matéria.

Convenções internacionais
Tratados, acordo, pactos ou convenções internacionais, são denominações para uma das
fontes mais importantes do direito internacional público. Trata-se de acordos formais que são
celebrados de forma escrita por Estados ou organizações internacionais.

Por se tratar de um acordo celebrado entre partes, esse documento não possui validade para
obrigar toda a sociedade internacional, apenas aqueles signatários, ou sejam, os que assinaram
e concordaram com as regras ali estabelecidas.
Costume internacional
O costume é uma prática que determinado povo realiza em um local específico, tornando-se
assim uma forma de direito, não escrito, mas que costuma ser respeitado pelos demais daquele
mesmo ambiente. Filas são um ótimo exemplo de costumes.

No direito internacional, para que determinado comportamento seja considerado um costume


internacional, é necessário que atenda a dois requisitos. O primeiro, um elemento objetivo, ou
material e o segundo, um elemento subjetivo, considerado psicológico.

O elemento material ou objetivo, é aquela prática geral e constante pelos sujeitos do direito
das gentes (sinônimo de direito internacional público). O elemento subjetivo ou psicológico,
faz referência aquilo que é aceito por todos como sendo um direito.

Vale mencionar que a falta do elemento subjetivo faz desaparecer o status daquele ato como
um "costume", sendo considerado portanto como mero uso.

Os princípios gerais do direito


Os princípios são normas dotadas de generalidade e abstração. Os princípios gerais do direito
portanto, são valores que vão nortear a criação e interpretação de determinada norma jurídica.

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Pluralismo jurídico é decorrente da existência de dois ou mais sistemas jurídicos, dotados de
eficácia, concomitantemente em um mesmo ambiente espacio-temporal.
Aprofundamento
Existe uma grande indefinição acerca do conceito de pluralismo jurídico. O dissenso se dá,
inicialmente, em face da ausência de definição clara e consensual em torno do que é direito e,
portanto, de quais regras devem ser consideradas no espectro analisado como sendo “direito”
Alijando o direito natural como fundamento único do direito internacional, por sua imprecisão
e subjetividade, surge a escola positivista, a qual vai privilegiar as regras pactuadas em
tratados e forjadas pelo costume, em detrimento da idéia de um direito superior comum a
todos os homens, salientando a importância da vontade e do consentimento dos Estados
soberanos, quer seja este consentimento expresso ou tácito. Em outras palavras, o direito
internacional, para a escola positivista, é um direito interestatal que rege a sociedade
internacional, no qual os Estados tem plena liberdade para avaliar se e em que circunstâncias
deve ser aplicado o direito natural
A lex mercatoria pode ser definida como o “direito transnacional das trocas econômicas” e é
uma manifestação do pluralismo jurídico global hoje existente. Podemos identificar três
características para esse tipo de ordem transnacional: (i) o seu acoplamento com os processos
econômicos globais; (ii) o seu caráter episódico; (iii) o seu caráter de "soft law".[4]

Essa perspectiva é apenas uma dentre as muito possíveis de se analisar o pluralismo. Podemos
encontrar estudos a esse respeito sob a perspectiva da antropologia jurídica, da sociologia
jurídica, do direito comparativo, do direito internacional e dos estudos sócio-jurídicos.

A perspectiva sociológica parte de um conceito de direito bastante amplo, para além de uma
identificação com o aparato legal-estatal. A visão que predomina é a do direito enquanto um
conjunto de regras com a presença de sanção, o que pode ser observado nas mais diversas
esferas sociais. Assim, organizações sociais como prisões, comunidade de cangaceiros e
igrejas seriam possíveis objetos de estudo.

Se no direito interno os princípios são majoritariamente considerados “a viga-mestra do


sistema, o esteio da legitimidade constitucional, o penhor da constitucionalidade das regras de
uma Constituição12”, no direito internacional o seu papel, embora relevante, não adquiriu, até
o momento, tamanha centralidade.

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É certo que o Estatuto da Corte Internacional de Justiça, em seu artigo 38, item 1, alínea “c”,
prevê a possibilidade de aplicação dos princípios gerais de direito “reconhecidos pelas nações
civilizadas” nos seus julgados, o que para a maioria dos autores significa a admissão dos
princípios gerais no rol das fontes de direito internacional.

O direito internacional

tem como premissa básica a soberania dos Estados, o que implica maior dificuldade na
aplicação das regras jurídicas.
Ao contrário do que ocorre no ordenamento interno dos países, nos quais os indivíduos estão
subordinados a regras constitucionais e ao poder de jurisdição do Estado, na ordem
internacional não há força superior, capaz de determinar condutas.
Podemos dizer que os Estados soberanos se encontram no mesmo nível hierárquico e que as
relações entre eles se manifestam mediante coordenação, oriunda de acordos de vontade.

Direito Internacional Público


Descentralizado;
·     Não há uma hierarquia;
·     Coercitivo;
·     Coordenação (os Estados vivem em um patamar igualitário);
·     Consenso;
·     Jurisdição mediante consenso; e
·     Dirigido para a sociedade internacional.
Direito interno
Centralizado;
·      Hierárquico (há uma norma maior que rege todas as outras);
·      Punitivo;
·      Subordinação (as normas jurídicas se subordinam e o cidadão está submetido a essas
normas);
·      Representação da maioria (elegemos representantes e estes fazem a legislação);
·      Jurisdicionáveis (todos nos submetemos ao tribunais – Jurisdição obrigatória);
·      Dirigido para a sociedade interna.
Teoria monista:
Há, no entanto, duas teorias que buscam explicar a relação ou distinção entre o Direito

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internacional Público e o Direito Interno:
para os monistas não há uma distinção entre direito interno e direito internacional, ou seja,
ambos fazem parte da mesma estrutura normativa, existindo, assim apenas uma ordem
jurídica.

Idealistas:
sustenta a unicidade da ordem jurídica sob o primado do direito internacional ao qual se
ajustariam todas as ordens internas, ou seja, quando o Estado celebra um tratado internacional
aquilo automaticamente tem que fazer parte do direito interno.
Em outras palavras, isso quer dizer que as normas – internacionais e internas – devem ser
compatíveis entre si.
Constitucionalistas:
Para tal corrente, existe o primado (supremacia) do direito nacional de cada Estado, sendo
esse soberano sobre os preceitos do direito internacional.
Teoria dualista:
Em contrapartida, para os adeptos da teoria dualistas, o direito internacional público e o
direito interno são sistemas rigorosamente independentes e distintos, de tal modo que a
validade jurídica de uma norma interna não se condiciona sua sintonia com a ordem
internacional.
Doutrina
Nas palavras do renomado professor Marcelo D Varella:
O direito internacional público é o conjunto de regras e princípios que regula a sociedade
internacional. A sociedade internacional é composta por Estados, Organizações Internacionais
e, mais recentemente, aceita-se em diferentes níveis a participação de entes com algumas
características estatais, a exemplo de movimentos de libertação, sistemas regionais de
integração, além de outros atores, como indivíduos, empresas, organizações não
governamentais.
Antes de entrar propriamente nos pontos centrais do direito internacional público, é preciso
compreender a realidade em que este se encontra. É preciso inicialmente situar o direito
internacional, começando pelas diferenças entre direito internacional público e outros ramos
do conhecimento e suas características principais. Em seguida, é importante identificar quais
são os sujeitos, os demais atores envolvidos e seus princípios norteadores para, enfim, analisar
aspectos gerais das transformações por que passa o direito internacional contemporâneo

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Os sujeitos do direito internacional

São aqueles capazes de serem titulares de direitos e obrigações. Além dos sujeitos do direito
internacional há os atores que são todos aqueles que participam de alguma forma das relações
jurídicas e políticas internacionais, esse atores são:

Os sujeitos de direito internacional são os Estados e as Organizações Internacionais. Sujeitos


de direito são aqueles capazes de ser titulares de direitos e obrigações.
No direito internacional, ainda centrado no Estado, apenas os Estados e Organizações
Internacionais (formadas por Estados) têm essa capacidade. No entanto, é perceptível a
atribuição de alguns direitos a indivíduos, como a capacidade postulatória em tribunais
internacionais para a proteção de direitos humanos; a empresas, em órgãos internacionais de
solução de controvérsias sobre investimentos; ou a organizações não governamentais, em
diferentes instâncias.
A teoria diverge sobre a natureza jurídica dessa participação. Alguns autores defendem que se
trata de um direito atribuído pelos Estados e que, portanto, haveria novos titulares de direito.
Outros consideram que se trata de um direito do Estado, exercido na prática por terceiros e,
portanto, o Estado continuaria sendo o único titular. A consideração de indivíduos como
sujeitos de direito internacional é antiga e deriva das origens do direito internacional no
direito natural.
Atores internacionais

São todos aqueles que participam de alguma forma das relações jurídicas e políticas
internacionais. A expressão compreende os Estados, as Organizações Internacionais, as
organizações não governamentais, as empresas, os indivíduos e outros. A expressão atores
internacionais é, portanto, mais ampla que sujeitos de direito internacional e, então, mais
adequada para compreender estas outras categorias.

Personalidade jurídica internacional


De acordo com a definição da Corte Internacional de Justiça, “trata-se da capacidade
de ser titular de direitos e obrigações internacionais, dependendo esses direitos e obrigações
dos objetivos e funções atribuídos à organização, sejam eles enunciados ou implicados por
seu ato constitutivo ou desenvolvidos na prática

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