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Clemente Mateus
Código: 81232410
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FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE LICENCISTURA EM DIREITO
Clemente Mateus
Código: 81232410
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Índice
Introdução....................................................................................................................................................1
Conceito e Objecto do Direito Internacional Público...................................................................................2
Sujeitos do Direito Internacional Público.....................................................................................................2
Características dos Sujeitos do Direito Internacional Público.......................................................................3
Estado enquanto sujeito do Direito Internacional Público...........................................................................4
Conclusão.....................................................................................................................................................6
Referências bibliográficas.............................................................................................................................7
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Introdução
Este trabalho visa explorar o conceito e objeto do Direito Internacional Público, um campo essencial para
a regulação das relações entre os diversos atores no cenário global. As normas e princípios do Direito
Internacional Público buscam promover a estabilidade, a ordem e a cooperação entre Estados e outros
sujeitos internacionais. Analisaremos os diversos sujeitos que compõem este campo, desde Estados
soberanos até entidades não estatais e indivíduos, destacando o papel crucial que cada um desempenha
na dinâmica das relações internacionais e na construção da ordem global.
Objectivos
Geral: Analisar o Direito Internacional Público, compreendendo seu conceito, objeto e os sujeitos
envolvidos, visando entender as dinâmicas das relações internacionais e a construção da ordem global.
Específicos
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Conceito e Objecto do Direito Internacional Público
O Direito Internacional Público é amplamente definido como o conjunto de normas e princípios que
regulam as relações entre os Estados e outros sujeitos do direito internacional. Como aponta Brownlie
(2008), ″ele serve como um mecanismo fundamental para a governança das interações entre os atores
internacionais, buscando assegurar a estabilidade, a ordem e a cooperação em um contexto global″.
Dentro desse contexto, o objecto do Direito Internacional Público é primordialmente orientado para
regular as interações entre os diversos sujeitos internacionais, como Estados, organizações
internacionais e, em alguns casos, até mesmo indivíduos. Como observa Shaw (2008), o Direito
Internacional Público atua como um sistema normativo que visa regular não apenas as relações entre
Estados soberanos, mas também incorpora uma gama crescente de atores não estatais, refletindo a
complexidade das relações internacionais contemporâneas.
A regulação das interações entre esses sujeitos internacionais é guiada por objetivos que incluem a
manutenção da paz e da segurança internacionais, a promoção da cooperação em áreas como comércio,
meio ambiente e direitos humanos, e a resolução pacífica de disputas. Conforme destaca Brown (2019),
o Direito Internacional Público desempenha um papel crucial na promoção da ordem e estabilidade
global, fornecendo um conjunto de regras e instituições que permitem a coexistência pacífica entre os
atores internacionais.
Assim, o Direito Internacional Público, como observado por Koskenniemi (2006), não é apenas um
conjunto estático de normas, mas um processo dinâmico de construção e aplicação de princípios
jurídicos que refletem as necessidades e desafios em constante evolução da comunidade internacional.
Portanto, sua função vai além da mera regulação das relações entre Estados, abrangendo um espectro
mais amplo de questões e atores que moldam a paisagem global contemporânea.
Os sujeitos do Direito Internacional Público são diversificados, incluindo uma vasta gama de entidades
com papéis distintos no palco global. Shaw (2017) destaca a importância da identificação desses sujeitos
para compreender as dinâmicas das relações internacionais e a implementação do direito.
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que os Estados, com sua soberania territorial e populacional, são os principais detentores de direitos e
obrigações no direito internacional.
Entidades não estatais, como ONGs, empresas multinacionais e grupos insurgentes, também têm um
papel significativo no cenário internacional. Dixon (2007) aponta que essas entidades influenciam
questões que abrangem desde direitos humanos até comércio internacional e conflitos armados.
É crucial notar que a capacidade jurídica e o poder dos sujeitos do direito internacional variam. Enquanto
os Estados soberanos mantêm a maior parte do poder e capacidade jurídica, outros sujeitos, como
organizações internacionais e indivíduos, exercem influência e buscam proteção de seus interesses
através das normas e instituições internacionais.
Os sujeitos do Direito Internacional Público são definidos por uma série de atributos legais que
determinam sua capacidade de atuação no cenário internacional, bem como seus direitos e obrigações
em relação a outros sujeitos e ao ordenamento jurídico global. A análise desses atributos é crucial para
entender a dinâmica das relações internacionais e como diferentes entidades interagem no contexto
mundial.
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As organizações internacionais, entidades jurídicas criadas por tratados entre Estados soberanos,
possuem personalidade jurídica internacional para propósitos de direito internacional. Shaw (2017)
aponta que essas organizações, como as Nações Unidas, têm capacidade legal para assinar tratados,
conduzir operações internacionais e representar os interesses de seus Estados membros, embora
estejam limitadas por seus estatutos e pelo direito internacional.
Os indivíduos, historicamente não vistos como sujeitos plenos do direito internacional, têm ganhado
reconhecimento como portadores de direitos e interesses protegidos pelo direito internacional dos
direitos humanos e outras convenções. Henkin (1990) enfatiza que os indivíduos têm direitos e
liberdades fundamentais assegurados pelo direito internacional, apesar de sua capacidade limitada de
atuação direta no cenário internacional.
A concessão de personalidade jurídica internacional aos diversos sujeitos do Direito Internacional Público
afeta significativamente sua capacidade de atuação internacional. Enquanto Estados soberanos e
organizações internacionais são reconhecidos como sujeitos plenos, com capacidade legal para celebrar
tratados e engajar-se em relações internacionais, os indivíduos e outras entidades não estatais possuem
um status jurídico mais restrito, mas ainda assim são importantes na promoção e proteção dos direitos
humanos e interesses globais.
Em suma, as características e atributos dos sujeitos do Direito Internacional Público, incluindo sua
capacidade legal, direitos, obrigações e personalidade jurídica internacional, são fundamentais para
definir suas interações e influência no âmbito internacional.
O Estado, como sujeito do Direito Internacional Público, é fundamentalmente definido como uma
entidade política soberana que exerce autoridade sobre um território definido e uma população
residente. Conforme definido por Brownlie (2008), o Estado é caracterizado por sua soberania,
territorialidade e capacidade de celebrar tratados com outros Estados.
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Além da soberania, a territorialidade é outra característica essencial do Estado, refletindo sua autoridade
sobre um território definido e suas fronteiras reconhecidas. Conforme ressaltado por Koskenniemi
(2011), a territorialidade do Estado confere-lhe jurisdição sobre seu território e a responsabilidade de
garantir a segurança e o bem-estar de sua população.
No contexto do direito internacional, os Estados têm uma série de direitos e deveres que orientam suas
relações com outros Estados e atores internacionais. Um dos princípios fundamentais do direito
internacional é o da igualdade soberana dos Estados, conforme estabelecido na Carta das Nações
Unidas. Isso significa que todos os Estados, independentemente de seu tamanho, poder ou riqueza, têm
direito a igual consideração e respeito no cenário internacional.
Além disso, os Estados têm a obrigação de respeitar os direitos humanos e as normas internacionais,
conforme reconhecido no direito internacional dos direitos humanos. Como destacado por Henkin
(1990), os Estados são responsáveis perante a comunidade internacional por garantir o respeito aos
direitos fundamentais de seus cidadãos e proteger os direitos humanos em seu território.
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Conclusão
Em conclusão, o Direito Internacional Público é um instrumento vital para a governança das interações
entre os atores internacionais. Seu objeto é vasto e dinâmico, abrangendo desde a regulação das
relações entre Estados soberanos até a proteção dos direitos individuais e a promoção da cooperação
em diversas áreas. Os sujeitos do Direito Internacional Público, incluindo Estados, organizações
internacionais, indivíduos e entidades não estatais, desempenham papéis distintos, refletindo a
complexidade das relações internacionais contemporâneas. No entanto, apesar das mudanças na
paisagem global, os Estados soberanos continuam a ser os principais agentes no direito internacional,
mantendo sua soberania e autoridade enquanto sujeitos centrais do sistema jurídico internacional.
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Referências bibliográficas
Brown, C. (2019). International law and the use of force. Oxford University Press.
Henkin, L. (1990). The age of rights. Columbia Law Review, 90(8), 238.
Koskenniemi, M. (2006). From apology to utopia: The structure of international legal argument.
Cambridge University Press.