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À política, à economia, à geopolítica, ao poder militar, à cultura e, por fim, aos interesses,
necessidades e ideais humanos.
Um conjunto de vínculos entre diversas pessoas e entidades interdependentes entre si, que
coexistem por diversos motivos e que estabelecem relações que reclamam a devida disciplina.
Soft law. O termo soft law se refere a qualquer instrumento internacional, além dos tratados,
que contenham princípios, normas, padrões ou outras declarações de comportamento
esperado.
Como o ramo do Direito que visa a regular as relações internacionais e a tutelar temas de
interesse internacional, norteando a convivência entre os membros da sociedade
internacional, que incluem não só os Estados e as organizações internacionais, mas também
outras pessoas e entes como os indivíduos, as empresas e as organizações não governamentais
(ONGs), dentre outros.
7. Na atualidade, qual o objetivo do Direito Internacional?
12. O que diz o artigo 13 da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, de 1969?
Determina que é nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma
norma de Direito Internacional aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos
Estados como um todo como preceito do qual nenhuma derrogação é permitida
13. Existe hierarquia entre as normas do Direito Internacional?
Não.
Exemplos disso são o envio de tropas da ONU para regiões em que esteja sendo violada a
proibição do uso da força armada, a expulsão de diplomatas que abusem de suas imunidades
(declaração de persona non grata), reparações financeiras, retaliações comerciais etc.
15. Entretanto, é possível que ocorram, em uma situação concreta, conflitos entre os
preceitos de Direito Internacional e de Direito interno, suscitando a necessidade de
definir qual norma deveria prevalecer nessa hipótese. Em geral, a doutrina examina a
matéria com base em duas teorias, quais são?
O dualismo e o monismo.
17. É certo afirmar que a doutrina dualista estabelece uma clara divisão entre o Direito
Internacional e o Direito Interno?
Sim. A doutrina dualista estabelece uma clara divisão entre o Direito Internacional e o
Direito Interno, permitindo a internalização do direito internacional por procedimento do
respectivo Estado.
O monismo fundamenta-se na premissa de que existe apenas uma ordem jurídica, com
normas internacionais e internas, interdependentes entre si. Além disso, não é necessária a
feitura de novo diploma legal que transforme o Direito Internacional em interno. Para definir
qual norma deverá prevalecer em caso de conflito, foram desenvolvidas duas vertentes
teóricas dentro do monismo.
19. É correto afirmar que: São características do monismo o culto à constituição e a crença
de que em seu texto encontra-se a diversidade das fontes de produção das normas
jurídicas internacionais condicionadas pelos limites de validade impostos pelo Direito
das Gentes?
Não! Para o monismo existe apenas uma ordem jurídica, independente, porém formada
por normas nacionais e internacionais. Onde a aplicabilidade de suas normas nacionais não
deve contrariar os preceitos do Direito das Gentes, diferente do declarado na questão. O
monismo fundamenta-se na premissa de que existe apenas uma ordem jurídica, com
normas internacionais e internas, independentes entre si.
20. Para definir qual norma deverá prevalecer em caso de conflito, foram desenvolvidas
duas vertentes teóricas dentro do monismo. Quais são?
Aparentemente, o modelo de celebração de tratados adotado pelo Brasil também herdou uma
característica do monismo nacionalista, visto que o ordenamento jurídico brasileiro,
mormente a Constituição da República, comanda a celebração de tratados pelo Brasil e define
a norma que deve prevalecer em caso de conflito.
O Direito Internacional dos Direitos Humanos vai conceber o princípio da primazia da norma
mais favorável à vítima/ ao indivíduo, pelo qual, em conflito entre normas internacionais e
internas, deve prevalecer aquela que melhor promova a dignidade humana.
A expressão latina "pacta sunt servanda", por tradução livre, "os pactos devem ser
respeitados" ou mesmo "os acordos devem ser cumpridos", portanto o definido entre as
partes (tratados ou contratos) criam obrigações jurídicas e devem ser cumpridas. Na
Convenção, art. 26, determina que o tratado em vigor gera obrigação de cumprir às partes,
indicando a força obrigatória dos tratados.
24. O que é a CIJ?
Não!
Estatutárias (aquelas que constam do artigo 38 do Estatuto da CIJ) e extraestatutárias (as que
não aparecem entre as fontes indicadas no Estatuto da CIJ).
Os princípios gerais do Direito Internacional, os atos unilaterais dos Estados, as decisões das
organizações internacionais e o soft law.
As fontes principais são aquelas que efetivamente revelam qual o Direito aplicável a uma
relação jurídica. Já as fontes acessórias ou auxiliares são as que apenas contribuem para
elucidar o conteúdo de uma norma.
As fontes convencionais resultam do acordo de vontades dos sujeitos de Direito das Gentes
pertinentes e abrangem especialmente os tratados. As não convencionais compreendem todas
as demais e originam-se da evolução da realidade internacional, como o jus cogens, ou da ação
unilateral de sujeitos de Direito Internacional, como a jurisprudência, os atos dos Estados e as
decisões das organizações internacionais.
No contexto da arbitragem, ela é utilizada quando as partes optam por conferir aos árbitros o
poder de decidir o conflito, com base em seu leal saber e entender.
32. Existe valor na hierarquia das fontes do direito internacional?
Não há a hierarquia.
A certeza de que tais comportamentos são obrigatórios por expressarem valores exigíveis e
essenciais.
35. É correto afirmar que a parte que invoca um costume tem de demonstrar que ele está
de acordo com a prática constante e uniforme seguida pelos Estados em questão?
Sim!
Sim!
Foi uma reunião realizada em 1969 com o objetivo de definir e normatizar temas referentes
aos tratados internacionais. As resoluções da Convenção de Viena entraram em vigor a partir
de 1980 quando foi ratificada por 35 países.
As soft norms são as conhecidas soft laws. São normas flexíveis (o oposto de jus cogens) que os
Estados se comprometem a respeitar, ao mesmo tempo, em que não são obrigados a tal, já
que tais normas não geram obrigações jurídicas. As soft laws surgiram no século XX com o
Direito Internacional do Meio Ambiente.
Pressupõem uma ordem pública internacional não disponível para os Estados individualmente.
42. A noção de “jus cogens” é definida pelo artigo 53 da Convenção de Viena sobre o
Direito dos Tratados, que estabelece que:
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de
Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de
Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional
dos Estados como um todo como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só
pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza.
O rol das normas de jus cogens não é expressamente definido por nenhum tratado. Aliás, nem
mesmo a Convenção de Viena de 1969 fixa essas normas, limitando-se a proclamar a sua
existência e seu caráter de princípios e regras que restringem a capacidade de celebrar
tratados dos Estados e das organizações internacionais.
43. Dentre as normas do jus cogens encontram-se aquelas voltadas a tratar de:
44. É certo afirmar que à Corte Internacional de Justiça faculta-se julgar casos que lhe
sejam submetidos também por equidade, se as partes com isto concordarem?
Sim. A presente disposição (art. 38 do Estatuto da CIJ) não prejudicará a faculdade da Corte de
decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem.
45. É correto afirmar que as normas jus cogens não podem ser revogadas por normas
positivas de direito internacional?
Sim!
A formação de uma norma costumeira internacional requer dois elementos essenciais: um, de
caráter material e objetivo; o outro, psicológico e subjetivo.
Durante muitos séculos, o costume foi a principal fonte de Direito Internacional. Entretanto, as
normas costumeiras perderam parte da importância de que antes se revestiam em benefício
do tratado, que oferece maior estabilidade às relações internacionais por vários motivos. Com
efeito, o tratado adota a forma escrita, o que confere mais precisão ao conteúdo normativo.
Em segundo lugar, não é possível que o Estado ou organismo internacional denegue haver
celebrado um tratado do qual é parte, ao passo que, em tese, um desses entes pode alegar
não reconhecer determinado costume. Por fim, a tarefa de provar a existência do costume
pode ser complexa.
Não! Não é necessário incorporar o costume ao ordenamento interno brasileiro para que seus
termos gerem efeitos jurídicos em território nacional.
49. É correto afirmar que opinio juris é um dos elementos constitutivos da norma
costumeira internacional?
Sim!
Sim!
51. Para que uma norma costumeira internacional se torne obrigatória no âmbito do
direito internacional privado, são necessários a aceitação e o reconhecimento
unânimes dos Estados na formação do elemento material que componha essa norma?
Não! Não é necessária a unanimidade dos Estados, mas que seja de prática geral reiterada
(critério objetivo) e aceito como de direito (critério subjetivo). Nasce do comportamento
aceito e praticado pela comunidade internacional como um direito.
52. Aos juízes de Haia, autorizados pelo estatuto da Corte Internacional de Justiça, é
conferido o poder de aplicar, de forma automática as equidades?
Não! A equidade só pode ser base para a decisão se as partes litigantes concordarem.
53. É certo dizer que se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito Internacional,
qualquer tratado existente que estiver em conflito com essa norma só será cumprido
até o final de sua vigência, não podendo ser prorrogado ou renovado?
Não! O art.53 da Convenção de Viena traz o conceito da norma de jus cogens. Segundo tal
dispositivo, seria uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados,
da qual nenhuma derrogação é permitida.