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Críticas:
1) O critério é redundante. Quais são os sujeitos de Direito Internacional Público?
Comunidade e sociedade:
- Temos, entre os seus membros, interesses convergentes e divergentes
- Na comunidade os fatores de agregação têm maior peso que os fatores de
afastamento
- Na sociedade os fatores de afastamento têm maior peso que os fatores de agregação
Marcello Caetano: “Na comunidade os membros estão unidos apesar de tudo quanto
os separa; na associação permanecem separados apesar de tudo quanto fazem para se
unir.
Porque é que para Fausto Quadros o termo sociedade se articula melhor com a
natureza das coisas do que comunidade?
- Nas situações de comunidade os sujeitos estabelecem entre si relações em que
prevalece a supremacia da solidariedade, onde, por isso, existem relações verticais de
subordinação dos Estados a um poder agrupador e integrador. De certa forma é isso
que se passa com a EU desde que os Estados aceitaram o caso Costa/Enel.
Nas sociedades, como André Gonçalves Pereira entende que é o caso das relações
entre os sujeitos das relações internacionais, o Direito Internacional só vigora na
ordem jurídica dos Estados se, e na medida, em que a Constituição de um Estado o
permita.
Estamos, depois da segunda guerra mundial, num período híbrido, onde são maiores
os esforços de convergência e onde os estados, muitas vezes voluntariamente,
abandonam parte da sua soberania
Relações que se estabelecem entre Estados (3):
-Relações de cooperação (são estas as relações mais comuns) (são relações
meramente horizontais, sem implicarem perda de soberania dos Estados)
-Relações de subordinação
-Relações de reciprocidade (são as relações mais antigas) (imunidades de agentes
diplomáticos, dupla nacionalidade, extradição, reconhecimento de graus
académicos...)
Dualismo:
André Gonçalves Pereira rejeita a tese segundo a qual existe dualismo. Para ele, e até
porque as teses dualistas surgem historicamente associadas ao voluntarismo, não há
como defender a mesma, pela seguinte ordem de contraposições:
- não se referem ao costume enquanto fonte do Direito Internacional, não obstante o
reconhecimento constante que dele é feito na jurisprudência internacional
- o facto de existirem normas contraditórias de direito internacional e direito interno
não justifica que existam duas ordens jurídicas. Veja-se que dentro do mesmo
ordenamento interno duas normas administrativas podem ser contraditórias e gerar
colunas de colisão.
- A ideia de que o direito internacional e o direito interno têm diferentes sujeitos é
falsa. Hoje em dia o individuo é cada vez mais um sujeito de direito internacional.
Fontes do DIP:
Não existe no DIP uma espécie de constituição, razão pela qual não existe um texto
com adesão universal que enuncie as fontes do DIP.
Como resolver a questão? Utilizando um texto de grande adesão e de rara importância
política, e que corresponde, in casu, ao Estatuto do Tribunal Internacional de Justiça.
A ideia de costume internacional reproduz ipsis verbis aquilo que se aprendeu em IED:
“prática social com convicção de obrigatoriedade”
Elogio ao ETIJ – apesar de no seu artigo 37º ter dado uma definição de tratado, teve a
bondade de esclarecer que a definição se aplicaria apenas para os tratados regidos por
aquela convenção.
André Gonçalves Pereira: acordo de vontades, em forma escrita
entre sujeitos do Direito Internacional, agindo nesta qualidade,
de que resulta a produção de efeitos jurídicos
1) Acordo de vontades (voluntas)
2) Tem de ser um acordo escrito (no âmbito dos tratados
regidos pela presente convenção)
3) Sujeitos de Direito Internacional munidos do seu ius imperii
4) Têm de resultar efeitos jurídicos do acordo de vontades
Artigo nº2 da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados postula a possibilidade
de se dar um nome diferente de “tratado” a algo que o seja.
Costumam utilizar-se designações diferentes, para realidades também distintas, ainda
que no fundo sejam todas igualmente tratados:
1) Pacto – sociedade das nações
2) Carta – nações unidas
3) Estatuto – ETIJ
4) Constituição – OIT
5) Acordo...
6) Convenção
Exemplo de que não há grande distinção entre tratado e convenção é que os próprios
estatutos do tribunal internacional de justiça se referem no 38º a convenções,
enquanto no 36º fala em tratado
Tipos de tratados:
1) Tratados-leis vs tratados-contratos
- Há tratados híbridos e zonas de fronteira ambivalentes