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Disciplina: Direito Internacional Privado

Docente: Adriano Fernandes Ferreira


Discente: Palloma Soares Santo Torres
Matrícula: 21954549

TEXTO 1

Jacob Dolinger, em sua abordagem sobre o Direito Internacional, geralmente


utiliza a expressão "Direito das Gentes" para se referir a essa disciplina. O termo
"Direito das Gentes" é uma tradução do latim "jus gentium" e é usado para destacar
a natureza global e universal do Direito Internacional, que trata das relações e
normas que se aplicam a todos os povos e nações, independentemente de suas
diferenças culturais, políticas ou econômicas. Essa expressão ressalta a ideia de
uma ordem jurídica que abrange todas as nações e indivíduos, estabelecendo
regras para sua coexistência e interação no cenário internacional. Portanto, de
acordo com Dolinger, o termo "Direito das Gentes" engloba a essência do Direito
Internacional ao enfatizar seu caráter global e sua aplicabilidade universal.
O termo utilizado por Jacob Dolinger para se referir a conflitos interpessoais
no âmbito do Direito Internacional é "litígios internacionais privados". Esta expressão
abrange disputas que surgem entre indivíduos ou entidades privadas de diferentes
nacionalidades e que transcendem fronteiras nacionais. Os litígios internacionais
privados envolvem questões como contratos comerciais internacionais,
responsabilidade civil transnacional, disputas familiares que cruzam fronteiras, entre
outros. A abordagem de Dolinger destaca a complexidade de tais litígios,
considerando que diferentes sistemas jurídicos e normas podem se aplicar, exigindo
a determinação da lei competente e da jurisdição adequada para a resolução justa
dessas disputas.

TEXTO 2

O Direito Internacional Privado (DIPr) é um ramo do direito que tem como


objetivo solucionar conflitos de leis estrangeiras no espaço, ou seja, quando há
divergência entre normas jurídicas de diferentes países em relação a um mesmo
fato. Ele busca aplicar a melhor lei ao caso concreto e é composto por princípios e
regras públicas destinados a reger situações que envolvem leis estrangeiras
conflitantes, tanto em questões de direito privado como público. O DIPr não resolve
diretamente as questões jurídicas em disputa, mas indica qual ordem jurídica deve
ser aplicada para resolver o problema.
A solução do DIPr para conflitos de leis no espaço envolve considerar as leis
conflitantes no mesmo plano de validade e analisar as conexões entre essas leis e o
caso concreto para determinar qual delas deve prevalecer. Isso respeita a
autonomia legislativa de diferentes grupos humanos e ordenamentos jurídicos. O
DIPr não decide a questão jurídica em si, mas indica qual sistema jurídico é
competente para resolver as questões subjacentes.
O DIPr é comparável ao direito processual, pois não resolve diretamente os
litígios, mas fornece um método para determinar a lei material (nacional ou
estrangeira) aplicável ao caso. Ele lida principalmente com interesses de pessoas
privadas, tanto físicas como jurídicas, e não regula temas de direito público material,
como nacionalidade e condição jurídica de estrangeiros.
O conceito de "elemento estrangeiro" é fundamental para o funcionamento do
DIPr. Um elemento estrangeiro é necessário para que o DIPr seja aplicado em um
processo judicial. Isso significa que a questão jurídica deve ter conexões com mais
de uma ordem jurídica, envolvendo leis estrangeiras autônomas e independentes.
Por exemplo, um casamento entre pessoas de diferentes nacionalidades ou a
aquisição de bens em outro país podem criar elementos estrangeiros que acionam o
DIPr.
Conflitos interestaduais, ou seja, conflitos entre leis de diferentes unidades
territoriais de um mesmo Estado, não exigem a aplicação do DIPr, pois não
envolvem normas estrangeiras. O DIPr só é aplicado quando há elementos
estrangeiros em uma relação jurídica, conectando-a a mais de uma ordem jurídica.
As regras de DIPr são determinadas pelos Estados de acordo com suas tradições e
interesses, e podem variar entre diferentes sistemas jurídicos. Não existe uma
uniformidade quanto à nomenclatura do DIPr, mas a expressão mais utilizada é
"Direito Internacional Privado". No entanto, essa denominação pode ser ambígua, já
que o DIPr lida com situações que transcendem as fronteiras nacionais, não
necessariamente envolvendo Estados soberanos. Alguns autores sugerem o uso de
termos como "Direito dos Conflitos de Leis no Espaço" ou "Direito da
Extraterritorialidade do Direito Privado Estrangeiro".
Em suma, o DIPr é um ramo do direito que se concentra na resolução de
conflitos de leis no espaço, quando há divergência entre normas jurídicas de
diferentes países. Ele busca determinar qual lei será aplicada a uma questão
concreta que envolve elementos estrangeiros, respeitando a autonomia legislativa
dos diferentes ordenamentos jurídicos.

VÍDEOS

O Direito Internacional Privado (DIP) é um ramo que lida com questões legais
em situações internacionais. Ele busca resolver conflitos de leis em casos
transnacionais, determinando qual legislação será aplicada. Suas funções incluem
coordenar normas de diferentes países, escolher a lei apropriada, prevenir conflitos,
proteger interesses das partes, oferecer segurança jurídica, facilitar o comércio
global e permitir a coexistência de sistemas legais diversos. Em suma, o DIP regula
relações privadas internacionais, visando harmonizar leis, evitar litígios e promover
justiça.
Conceito Doutrinário
André Weiss: Para André Weiss, o DIPRI é o conjunto de normas que regula as
relações jurídicas privadas com elementos de estraneidade, ou seja, conexões com
mais de um ordenamento jurídico. Seu objetivo é determinar qual lei deve ser
aplicada a essas situações e garantir a harmonia entre as diferentes legislações
nacionais.
Frantz Despagnet: O Despagnet define o DIPRI como o conjunto de regras que
determina qual lei será aplicada aos casos de relações privadas internacionais. Ele
enfatiza que o DIP visa resolver conflitos de leis e regular as relações jurídicas entre
pessoas de diferentes nacionalidades.
Antonio Sanchez Bustamante: Bustamante considera o DIPRI como o conjunto de
normas que determina qual sistema jurídico será aplicado em casos envolvendo
elementos estrangeiros. Ele ressalta que o DIP tem a função de evitar a colisão de
leis e promover a justiça nas relações privadas internacionais.
Werner Goldschmidt: Para Goldschmidt, o DIPRI é o ramo do direito que trata das
relações privadas com elementos de conexão internacional. Ele busca solucionar os
conflitos de leis, determinar a lei aplicável e garantir a segurança jurídica nas
transações internacionais.
Valery: Valery entende o DIPRI como o conjunto de regras que regula as relações
privadas internacionais. Ele destaca a importância de coordenar as diferentes
legislações nacionais para evitar conflitos e promover a harmonização nas
transações transfronteiriças.
Lainé: Lainé define o DIPRI como o conjunto de normas que determina qual lei será
aplicada em situações que envolvem elementos de estraneidade. Ele enfatiza a
necessidade de equilibrar os interesses das partes e garantir a justiça nas relações
privadas internacionais.
Antoine Pillet: Pillet considera o DIPRI como o ramo do direito que regula as
relações jurídicas privadas que possuem elementos de conexão internacional. Ele
destaca a importância de determinar a lei aplicável e resolver os conflitos de leis de
maneira justa.
J.P. Niboyet: Niboyet aborda o DIPRI como o conjunto de regras que determina
qual lei será aplicada em casos de relações privadas internacionais. Ele enfatiza a
necessidade de harmonizar as legislações nacionais e garantir a segurança jurídica
nas transações internacionais.
Amilcar de Castro: Castro entende o DIPRI como o conjunto de princípios e
normas que regulam as relações privadas internacionais. Ele destaca a importância
de resolver os conflitos de leis e promover a coexistência pacífica entre as
diferentes ordens jurídicas.
Luis Antonio Gama e Silva: Gama e Silva define o DIPRI como o conjunto de
normas que regulam as relações privadas internacionais, buscando determinar qual
lei será aplicada em cada caso. Ele ressalta a importância de evitar a colisão de leis
e garantir a justiça nas transações internacionais.

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