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RESUMO
Inicialmente, pode-se afirma que a população mundial está cada vez mais envolvida
pela ideia de globalização, o que causa uma interdependência entre os países, em
que até as medidas econômicas de um Estado soberano têm de ser feitas em
estreita combinação com a administração de outros Estados, sob pena do insucesso
ou consequências desastrosas.
Vivemos, assim, numa sociedade internacional, composta por indivíduos das mais
diferentes nacionalidades e por interesses privados das mais diversas ordens.
Diante dessa realidade, faz-se necessária a existência de uma disciplina que regule
a relação entre seus membros. Esta disciplina é o Direito Internacional Privado.
OBJETIVOS
Geral
Específicos
JUSTIFICATIVA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Diante disso, percebemos que não existe um Direito superior a todos os demais,
capaz de resolver esses conflitos. O Direito Internacional Privado supre esta
ausência, determinando qual ordenamento jurídico que deve ser aplicado a cada
situação concreta, que permita (em razão de elementos de conexão) a aplicabilidade
de mais de um ordenamento jurídico.
Assim, temos como objeto do DIPr resolver conflitos de leis no espaço. Podemos
observar que quando aplicamos uma lei estrangeira em razão das determinações de
uma lei local, não estamos tratando de conflitos, mas tão-somente do
reconhecimento de um direito adquirido no exterior. Quem vai nos dizer se iremos
aplicar a lei nacional ou estrangeira é a nossa própria lei, normalmente a atual Lei de
Introdução, a LINDB.
Temos ainda como objeto do DIPr: indicar direito competente para o fato
interjurisdicional; indicar direito aplicável ou adequado a esse fato; determinar a
jurisdição competente em matéria de Direito Processual; resolver conflito de leis
escolhendo a lei aplicável ao fato interjurisdicional.
Inicialmente podemos afirmar que fonte é o modo pelo qual o Direito se manifesta.
Assim, de acordo com Del’Olmo (2010), as fontes do Direito podem ser materiais
(representadas pelos fatores sociológicos, econômicos e culturais, entre outros, que
conduzem à instituição da norma jurídica), e formais (regras jurídicas elaboradas por
processo legislativo, os costumes, a analogia e os princípios gerais do Direito). As
primeiras são fontes de inspiração e as segundas, de vigência do Direito. Na nossa
disciplina interessa-nos referir acerca das fontes formais do Direito Internacional
Privado, que não se afastam substancialmente dos demais ramos das Ciências
Jurídicas.
Estas são algumas das leis internas que regulam o Direito Internacional Privado.
Existem outras, como na área penal ou tributária, mas que não serão tratadas nesta
matéria, além dos costumes, dos princípios e da jurisprudência.
Para Amorim (2008), o Direito é como a vida, nasce, cresce e renasce, mas sempre
com o propósito de contribuir para a realização dos seus elevados fins, salientando
que a fonte primária do Direito é a lei, sendo o costume a secundária, seguida pelos
princípios.
Em nosso sistema jurídico quando a lei não disciplina o fato, supre-a o costume, na
falta deste, os princípios gerais do Direito.
Cabe lembrar aqui o que foi estudado em Direito Internacional Público, ou seja, que
o Estatuto da Corte Internacional de Haia, de 26 de junho de 1945, enumera no seu
artigo 38 como fontes de Direito Internacional Público os tratados, o Direito
costumeiro internacional e os princípios gerais de Direito reconhecidos pelas nações
civilizadas. O mesmo artigo do Estatuto qualifica a doutrina e a jurisprudência como
meio de auxílio na aplicação do Direito Internacional Público. Tais fontes fazem parte
também do DIPr além da lei que faz parte das fontes da disciplina ora estudada.
É a estas regras de conflitos que cabe a tarefa de coordenar essas diferentes ordens
jurídicas na sua aplicação, de modo que cada aspecto ou efeito da relação jurídica
concreta só por uma dessas ordens ou leis venha a ser regida.
Desde esta perspectiva e com base nos ensinamentos do professor Ferrer Correia,
o DIPr passa a ser um ramo da ciência jurídica que formula os princípios e regras
conducentes à determinação da lei ou leis aplicáveis a situações emergentes das
relações privadas internacionais e assegura o reconhecimento, no Estado do foro,
das relações jurídico-privadas constituídas à luz de um ordenamento jurídico
estrangeiro.