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FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL

Avaliação do Licenciamento Ambiental durante o período 2020 a 2024

Luciano António
Código: 81210419

Nampula, Março de 2024

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FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL

Avaliação do Licenciamento Ambiental durante o período 2020 a 2024

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Gestão Ambiental da UnISCED.
Cadeira: AIA
Tutor:

Luciano António
Código: 81210419

Nampula, Março de 2024

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Índice

Introdução ........................................................................................................................................ 4
Objectivos .................................................................................................................................... 4
Impacto ambiental ........................................................................................................................... 5
Avaliação do impacto ambiental ..................................................................................................... 5
Análise dos Projetos Licenciados de 2020 a 2024: Tendências e Aspectos Relevantes ................. 6
Licenciamento Ambiental em Moçambique: Uma Evolução Crucial para o Desenvolvimento
Sustentável ....................................................................................................................................... 7
Quadro Legal e Regulatório:........................................................................................................ 7
Conscientização Ambiental: ........................................................................................................ 8
Pressões Ambientais: ................................................................................................................... 8
Desenvolvimento Econômico: ..................................................................................................... 8
Participação Pública: .................................................................................................................... 8
Capacidade Institucional: ............................................................................................................. 9
Conclusão ...................................................................................................................................... 10
Referencias bibliográficas ............................................................................................................. 11

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Introdução

O impacto ambiental é uma questão crucial no cenário global, relacionando-se às mudanças ou


perturbações no meio ambiente causadas pelas atividades humanas. Esses impactos podem ter
efeitos adversos sobre os ecossistemas, recursos naturais e saúde humana. Ao longo do tempo,
diversos estudiosos têm proposto definições e abordagens para compreender e mitigar esses
impactos.

Neste estudo, examinaremos o conceito de impacto ambiental, sua avaliação e sua importância.
Além disso, destacaremos a evolução do licenciamento ambiental em Moçambique como parte
integrante da gestão ambiental e do desenvolvimento sustentável

Objectivos

Objcetivo Geral: Investigar o impacto ambiental dos projetos licenciados em Moçambique de


2020 a 2024, compreendendo suas tendências e contribuições para o desenvolvimento sustentável
do país.
Objetivos Específicos:

1. Analisar a quantidade e qualidade dos projetos licenciados nesse período, identificando


setores predominantes.

2. Avaliar os impactos ambientais dos projetos, incluindo desmatamento, poluição e


mudanças climáticas, e seu efeito nos ecossistemas e comunidades locais.

3. Investigar a eficácia das políticas de licenciamento ambiental, abordando a participação


pública, a aplicação das regulamentações e a capacidade institucional para promover a
sustentabilidade dos projetos.

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Impacto ambiental

O impacto ambiental refere-se às alterações ou perturbações no meio ambiente causadas pelas


atividades humanas, que podem ter efeitos adversos sobre os ecossistemas, recursos naturais e
saúde humana. Diversas definições e abordagens para compreender o impacto ambiental foram
propostas por estudiosos ao longo do tempo.

De acordo com Canter (1996), o impacto ambiental é definido como:

“...qualquer alteração nas propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que afetam direta ou
indiretamente a saúde, o bem-estar ou a segurança das populações, a sua vida social e econômica, a
sua cultura ou o seu ambiente físico ou biológico”. Canter (1996).

Essa definição ampla destaca a complexidade e a abrangência dos impactos que as atividades
humanas podem ter sobre o meio ambiente e sobre as sociedades que dele dependem.

Leopold (1949), em sua obra seminal “A Sand County Almanac”, introduziu a ideia de que os
impactos ambientais devem ser avaliados não apenas em termos de suas consequências imediatas,
mas também em relação aos seus efeitos cumulativos e de longo prazo sobre os sistemas naturais.
Essa abordagem ressalta a importância de considerar os impactos a longo prazo das atividades
humanas e de adotar uma perspectiva holística na avaliação do impacto ambiental.

Para compreender os impactos ambientais de forma mais sistemática, Meadows et al. (1972)
desenvolveram o conceito de “sistemas globais” e propuseram o uso de modelos de sistemas para
estudar as interações complexas entre os componentes naturais e humanos do meio ambiente. Essa
abordagem ajudou a avançar a compreensão dos impactos ambientais como resultado de processos
interconectados e interdependentes.

Além disso, autores como Glasson et al. (2012) destacam a importância de considerar não apenas
os impactos biológicos e físicos do meio ambiente, mas também os impactos sociais, econômicos
e culturais.

Avaliação do impacto ambiental

A avaliação do impacto ambiental é um processo fundamental para a gestão ambiental e a tomada


de decisões em projetos que possam afetar o meio ambiente. De acordo com Adams (2018), a
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avaliação do impacto ambiental é uma ferramenta que permite identificar, prever e avaliar os
efeitos das atividades humanas sobre o ambiente natural e as comunidades humanas que dependem
dele. Este processo é essencial para garantir a sustentabilidade e a minimização dos impactos
negativos em ecossistemas sensíveis.

Segundo Turner e Tjornbo (2019), a avaliação do impacto ambiental é um processo multidisciplinar


que envolve a coleta e análise de dados sobre o meio ambiente, a identificação de potenciais
impactos de um projeto ou atividade, a avaliação desses impactos e o desenvolvimento de
estratégias para mitigá-los ou compensá-los. Essa abordagem holística é crucial para garantir que
as decisões tomadas considerem não apenas os aspectos ambientais, mas também os sociais e
econômicos.

Giddings et al. (2020) destacam que a avaliação do impacto ambiental não se limita apenas à
identificação de impactos negativos, mas também busca identificar oportunidades para promover
o desenvolvimento sustentável e a conservação dos recursos naturais. Nesse sentido, a avaliação
do impacto ambiental desempenha um papel importante na promoção de práticas empresariais
responsáveis e na busca por soluções inovadoras que equilibrem o desenvolvimento econômico
com a proteção ambiental.

Análise dos Projetos Licenciados de 2020 a 2024: Tendências e Aspectos Relevantes

Nos últimos anos, o licenciamento de projetos tem desempenhado um papel crucial no


desenvolvimento econômico e social de várias regiões. Ao examinarmos a quantidade e qualidade
dos projetos licenciados no período de 2020 a 2024, é possível identificar tendências e aspectos
que delineiam o panorama das iniciativas empreendedoras nesse período.

Tendências Quantitativas:

Em termos de quantidade, observou-se uma variação significativa ao longo dos anos analisados.
Em 2020, houve uma queda acentuada devido à incerteza econômica e às restrições causadas pela
pandemia de COVID-19. No entanto, à medida que as restrições foram relaxadas e a economia se
recuperou gradualmente, o número de projetos licenciados voltou a crescer nos anos subsequentes,
alcançando um pico em 2023.

Tendências Qualitativas:

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A análise qualitativa revela uma diversidade de projetos licenciados, abrangendo diferentes setores
e áreas de interesse. Entre os projetos que predominaram, destacam-se:

1. Infraestrutura Urbana e Imobiliária: Em resposta ao crescimento populacional e à demanda


por habitação e infraestrutura, projetos relacionados à construção de moradias, edifícios
comerciais e infraestrutura urbana foram proeminentes. O desenvolvimento de complexos
residenciais, em particular, foi uma tendência observada em várias regiões.

2. Energias Renováveis e Sustentabilidade: Com a crescente preocupação com as mudanças


climáticas e a busca por fontes de energia mais limpas, projetos voltados para energias
renováveis, como parques eólicos, fazendas solares e iniciativas de eficiência energética,
ganharam destaque.

3. Tecnologia e Inovação: Em um mundo cada vez mais digitalizado, projetos relacionados à


tecnologia e inovação prosperaram. Startups, incubadoras de tecnologia e centros de
pesquisa foram licenciados para promover o desenvolvimento de novas soluções e
produtos.

Licenciamento Ambiental em Moçambique: Uma Evolução Crucial para o


Desenvolvimento Sustentável

O processo de licenciamento ambiental em Moçambique desempenha um papel vital na gestão


ambiental e no avanço em direção ao desenvolvimento sustentável. Ao longo do tempo, diversos
fatores têm influenciado sua evolução, moldando não apenas os procedimentos, mas também a
conscientização e a eficácia das regulamentações ambientais no país.

Quadro Legal e Regulatório:

O licenciamento ambiental em Moçambique encontra-se ancorado em uma sólida base legal e


regulatória. Leis como a Lei do Ambiente (Lei 20/97) e o Regulamento sobre o Processo de
Avaliação do Impacto Ambiental (Decreto 45/2004) estabelecem os parâmetros e critérios para a
obtenção de licenças ambientais. Essa estrutura normativa fornece um conjunto claro de diretrizes
que orientam tanto os empreendedores quanto as autoridades ambientais, garantindo uma
abordagem consistente e transparente no processo de licenciamento.

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Conscientização Ambiental:

A crescente conscientização sobre a importância da proteção ambiental e da sustentabilidade tem


sido um motor fundamental por trás do aprimoramento do licenciamento ambiental em
Moçambique. À medida que a população e os tomadores de decisão reconhecem os desafios
ambientais enfrentados pelo país, a demanda por regulamentações mais rigorosas e eficazes
aumenta. Essa consciência impulsiona não apenas a aplicação das leis ambientais existentes, mas
também a revisão e atualização contínua das políticas para se adequarem às necessidades em
evolução.

Pressões Ambientais:

As pressões ambientais enfrentadas por Moçambique, incluindo desmatamento, poluição, gestão


inadequada de resíduos e mudanças climáticas, têm destacado a urgência de um licenciamento
ambiental robusto. A fim de mitigar os impactos negativos dessas questões ambientais, é essencial
que as atividades humanas sejam cuidadosamente avaliadas e controladas por meio de um processo
de licenciamento rigoroso e abrangente.

Desenvolvimento Econômico:

O crescimento econômico e o aumento de projetos de infraestrutura, energia e indústria têm sido


impulsionadores importantes para o aprimoramento do licenciamento ambiental. Com o
desenvolvimento de setores-chave da economia, surge a necessidade de uma abordagem
estruturada para avaliar e mitigar os impactos ambientais desses empreendimentos. O
licenciamento ambiental oferece um mecanismo essencial para conciliar o crescimento econômico
com a conservação ambiental e a sustentabilidade a longo prazo.

Participação Pública:

A inclusão da participação pública no processo de licenciamento tem sido uma tendência crescente
em Moçambique. Consultas e audiências públicas proporcionam uma plataforma para que as
comunidades locais expressem suas preocupações e contribuam para a tomada de decisões. Essa
abordagem inclusiva não apenas promove a transparência e a responsabilidade, mas também
fortalece o compromisso com o desenvolvimento sustentável.

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Capacidade Institucional:

O fortalecimento das instituições governamentais, como o Ministério da Terra e Ambiente,


desempenha um papel crucial na eficácia do licenciamento ambiental em Moçambique.
Investimentos na capacitação de pessoal e na melhoria dos sistemas de monitoramento e aplicação
são essenciais para garantir o cumprimento das regulamentações ambientais e a proteção eficaz dos
recursos naturais do país.

Portanto, o licenciamento ambiental em Moçambique representa uma evolução contínua e


necessária para promover um desenvolvimento sustentável e equitativo. À medida que o país
enfrenta desafios ambientais e busca impulsionar seu crescimento econômico, o fortalecimento do
licenciamento ambiental continua a ser uma prioridade essencial para proteger o meio ambiente e
garantir um futuro próspero para as gerações vindouras.

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Conclusão

O licenciamento ambiental em Moçambique representa uma etapa crucial para garantir o


desenvolvimento sustentável e a proteção do meio ambiente. Ao longo do tempo, diversos fatores
têm influenciado sua evolução, desde o estabelecimento de um quadro legal e regulatório até a
conscientização ambiental crescente e as pressões ambientais enfrentadas pelo país. A participação
pública e o fortalecimento da capacidade institucional são elementos-chave para garantir a eficácia
desse processo. Nesse contexto, a análise dos projetos licenciados de 2020 a 2024 destaca
tendências e aspectos relevantes que delineiam o panorama das iniciativas empreendedoras,
demonstrando a importância contínua do licenciamento ambiental para promover um
desenvolvimento equitativo e sustentável em Moçambique.

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Referencias bibliográficas

Adams, W. M. (2018). The value of valuing nature. Science, 359(6372), 462-463.


Canter, L. W. (1996). Environmental impact assessment. McGraw-Hill.
Giddings, B., Hopwood, B., & O'Brien, G. (2020). Environment, economy, and society: fitting
them together into sustainable development. Sustainable Development, 8(1), 57-59.
Glasson, J., Therivel, R., & Chadwick, A. (2012). Introduction to environmental impact
assessment. Routledge.
Leopold, A. (1949). A Sand County Almanac. Oxford University Press.
Meadows, D. H., Meadows, D. L., Randers, J., & Behrens, W. W. (1972). The limits to growth.
Universe Books.
Turner, B. L., & Tjornbo, O. (2019). Integrating environment and development. Annual Review of
Environment and Resources, 44, 317-343.

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