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Apresentaçao 3
1 - Introdução 4
2 - Avaliação de Impactos Ambientais 7
3 - Conceitos básicos 8
3.1 - Impacto ambiental 8
3.2 - Indicadores de impactos 9
3.3 - Qualidade Ambiental 10
3.4 - Diagnóstico e prognose ambiental 10
3.5 - Atores sociais 11
4 – Caracterizações de Impactos Ambientais 12
4.1 - Abrangência Espacial 12
4.2 - Atributos 12
4.3 - Qualitativa 12
5 - Medidas Ambientais 13
6 - Métodos de avaliação de impactos ambientais 14
6.1 - Método Ad Hoc 14
6.2 - Método da Listagem de Controle (“Check List”) 15
6.3 - Método de Matrizes de Interação 15
6.4 - Método das Redes de Interação (“Networks”) 16
6.5 - Método da Superposição de Cartas ("Overlay mapping") 16
6.6 - Método dos Modelos Matemáticos 16
7 - Licenciamento Ambiental 17
8 - Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental 18
8.2 - Outros documentos técnicos necessários ao Licenciamento 21
Ambiental
8.2.1 - O Plano de Controle Ambiental - PCA 21
8.2.2 - Relatório de Controle Ambiental - RCA 22
8.2.3 - Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD 22
Referências 22
Anexos
3
Apresentação
1 - Introdução
minimizando os seus efeitos, tornando-os aceitáveis pela sociedade, a qual deve participar da
decisão da implantação do projeto/empreendimento.
Com o reflexo da aplicação da Lei NEPA e de outros instrumentos legais, a partir de
1975, os seguintes organismos internacionais passaram a introduzir a Avaliação de Impactos
Ambientais em seus programas de cooperação Organization for Economic Cooperation and
Development (OECD);– Organização das Nações Unidas (ONU); Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento ou
Banco Mundial (BIRD) .
Antes da década de 1970, a análise de projetos de instalação de empreendimentos
somente considerava a viabilidade técnico-econômica da intervenção. A partir da Conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, e dos sinais que
a natureza vem demonstrando - efeito estufa, perda da biodiversidade, diminuição da camada de
ozônio, aumento dos níveis de poluição, escassez de água potável, desmatamento desenfreado,
entre outros -, as organizações passaram a incorporar, com distintos graus de consistência, a
variável ambiental no desenvolvimento e implantação de empreendimentos.
Vários países adotaram o sistema de AIAs, a partir de 1970: a Alemanha em 1971, o
Canadá em 1973, a França e a Irlanda em 1976, e a Holanda em 1981. Desde sua criação, o EIS
tem sido considerado um instrumento valioso para a discussão do planejamento, em todos os
níveis, permitindo que o mesmo atinja plenamente os anseios conservacionistas, sociais e
econômicos da sociedade. Com o objetivo maior de tornar um projeto ambientalmente viável,
devem-se propor alternativas tecnológicas que minimizem efeitos indesejáveis, alternativas
locacionais que evitem a implantação do projeto em ambientes impróprios, impactáveis. Assim,
a AIA é um instrumento de política ambiental, formado por um conjunto de procedimentos
capazes de assegurar, desde o início do processo, que se faça um exame sistemático dos
impactos ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas
alternativas, e cujos resultados sejam apresentados de forma adequada ao público e aos
responsáveis pela tomada da decisão, e por eles considerados. Além disso, os procedimentos
devem garantir adoção das medidas de proteção do meio ambiente, determinada no caso de
decisão da implantação do projeto.
No Brasil, em nível federal, o primeiro dispositivo legal relevante relacionado à
Avaliação de Impactos Ambientais foi a Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, que estabeleceu
a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), a qual obriga e define limites que devem ser
obedecidos para a implantação e a futura operação dos projetos.
Essa Lei também criou, para a execução da PNMA o Sistema Nacional de Meio
Ambiente (SISNAMA). Vale esclarecer que antecedendo a esfera nacional os estados de Minas
Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro estabeleceram os seus sistemas de licenciamento de
atividades poluidoras.
Desse modo, atualmente o SISNAMA está assim constituído:
1 – Órgão Superior – Conselho de Governo
2 – Órgão Consultivo e Deliberativo – CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente
3 – Órgão Central – MMA - Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da
Amazônia Legal.
4 – Órgão Executor – IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
5 – Órgãos Seccionais - órgãos ou instituições da administração pública federal direta e indireta,
as fundações instituídas pelo Poder Público cujas atividades estejam associadas às de proteção
da qualidade ambiental, bem assim os órgãos e entidades estaduais responsáveis pela execução
de programas e projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a
degradação ambiental.
6 – Órgãos Locais – órgãos municipais responsáveis pelo controle e fiscalização das atividades
impactantes.
Em Minas Gerais, o Sistema Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(SISEMA) é formado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (SEMAD), pelos Conselhos Estaduais de Política Ambiental (COPAM) e de
Recursos Hídricos (CERH) e pelos órgãos vinculados: Fundação Estadual do Meio Ambiente
(FEAM), responsável pela qualidade ambiental no Estado, no que corresponde à Agenda
Marrom, Instituto Estadual de Florestas (IEF) responsável pela Agenda Verde e Instituto
Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) que responde pela Agenda Azul.
As atribuições de Regularização Ambiental são exercidas pelo COPAM, por intermédio
das Câmaras Especializadas, das Unidades Regionais Colegiadas (URCs), das
Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SUPRAMS),
da FEAM, do IGAM e do IEF , de acordo com o Art. 1º do Decreto Estadual nº 44.844 de 25 de
julho de 2008.
De acordo com Silva (1996) a regulamentação da Política Nacional de Meio Ambiente
somente ocorreu dois anos após sua criação, por meio do Decreto Federal Nº 88.351, de 01 de
junho de 1983. Com isso, percebe-se que houve um “vácuo ambiental”, uma vez que qualquer
dispositivo legal necessita ser regulamentado para que possa ser efetivamente cumprido. O
principal aspecto legal desse Decreto foi a instituição de três tipos de licenciamento ambiental:
Licenciamento Prévio (LP), Licenciamento de Instalação (LI) e Licenciamento de Operação (
LO)
No entanto, apesar da referida regulamentação, somente com a edição da Resolução
CONAMA nº 01 de 23 de janeiro de 1986, que ficaram estabelecidas as definições, as
responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implantação da Avaliação
de Impactos Ambientais como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente
(PNMA).
3 - Conceitos básicos
enésima ordem resulta de uma reação secundária em relação à ação, ou quando é parte de uma
cadeia de reações.
Critério de Espaço: o impacto é considerado como local quando a ação afeta apenas o
próprio sítio e suas mediações; o impacto é regional quando se faz sentir além das imediações
do sítio onde ocorre a reação; e o impacto é estratégico quando afeta um componente ambiental
de interesse coletivo, nacional ou mesmo internacional.
Critério de Tempo : o impacto é considerado imediato ou de curto prazo quando o efeito
surge no instante em que ocorre a ação (o qual deve ser definido); o impacto é de médio prazo
quando o efeito ambiental se manifesta em um tempo médio (o qual deve ser definido); e o
impacto é de longo prazo quando se manifesta longo tempo após a ação (devendo este ser
definido).
Critério de Dinâmica: o impacto é temporário quando os efeitos de uma ação têm
duração determinada; e o impacto é cíclico quando o efeito se manifesta em intervalos de tempo
determinados, podendo ou não ser constantes. O impacto é considerado permanente quando,
executada uma ação, os efeitos não param de se manifestar em um horizonte temporal
conhecido.
Critério de Plástica: o impacto é reversível quando um fator ou parâmetro ambiental
afetado, cessada a ação, retorna às suas condições originais; e o impacto é irreversível quando
um fator ou parâmetro ambiental afetado não retorna às suas condições originais, pelo menos
em um horizonte de tempo aceitável pelo homem.
5 - Medidas Ambientais
Medidas mitigadoras e ou potencializadoras são aquelas capazes de diminuir o impacto
negativo e potencializar os impactos positivos quando da ação ambiental. Essas devem ser
classificadas de acordo com sua natureza (preventiva ou corretiva), fase do empreendimento,
fator ambiental, prazo de permanência e responsabilidade por sua implementação (Silva, 1996).
É importante ressaltar que essas medidas devem ser implantadas e adaptadas às diferentes fases
do licenciamento ambiental.
Dessa forma, as medidas ambientais devem ter como finalidade básica minimizar os
danos ambientais previstos, e sua proposição deve refletir a avaliação desenvolvida e apresentar
certa correspondência com o nível de prevenção, capacidade e factibilidade de controle dos
impactos ambientais identificados.
Em relação às suas características, as medidas ambientais devem apresentar prever ou
corrigir os danos ambientais, caracterizados pelo seu grau de magnitude, bem como pela
7 - Licenciamento Ambiental
De acordo com a Lei Estadual Nº 7.772 de 8 de setembro de 1980, alterada pela Lei Nº
15.972 de 12 de janeiro de 2006, o licenciamento ambiental é o procedimento administrativo
por meio do qual o poder público autoriza a instalação, ampliação, modificação e operação de
atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou
potencialmente poluidores
Independente de ocorrer no âmbito da União, dos estados ou dos municípios, o processo
de licenciamento ambiental é dividido em três etapas:
Licença Prévia (LP): é concedida na fase preliminar de planejamento do
empreendimento ou atividade aprovando, mediante fiscalização prévia obrigatória ao local, a
localização e a concepção do empreendimento, bem como atestando a viabilidade ambiental e
estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidas nas próximas fases de
sua implementação. Tem validade de até quatro anos.
Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de
acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo
as medidas de controle ambiental e demais condicionantes. Tem validade de até seis anos.
Licença de Operação (LO): autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após
fiscalização prévia obrigatória para verificação do efetivo cumprimento do que consta das
licenças anteriores, tal como as medidas de controle ambiental e as condicionantes porventura
determinadas para a operação. Ela é concedida com prazos de validade de quatro ou de seis anos
estando, portanto, sujeita à revalidação periódica. A LO é passível de cancelamento, desde que
configurada a situação prevista na norma legal.
Prazos
Independente do tipo de licença requerida, o prazo regimental para que o órgão
ambiental se manifeste acerca do requerimento é de até seis meses, ressalvada a hipótese de
requerimentos instruídos por EIA/Rima, quando o prazo é de até 12 meses. Com relação aos
requerimentos de revalidação de LO, o prazo regimental é de até 90 dias. Não é computado
nesses prazos o tempo gasto pelo empreendedor para apresentar informações complementares.
Os empreendimentos sujeitos a licenciamento ambiental são apresentados a seguir:
Classes 1 e 2: impacto ambiental não significativo – Autorização Ambiental de Funcionamento
(AAF)
Classes 3 e 4: impacto significativo (médio) – licenças Prévia (LP), de Instalação (LI) e de
Operação (LO).
Classes 5 e 6:impacto significativo (grande) – licenciamento ambiental: LP,LI,LO.
Potencial poluidor/degradador
Geral da atividade
P M G
Porte do P 1 1 3
Empreendimento M 2 3 5
G 4 5 6
O EIA e o RIMA são exigidos para as atividades listadas nas Resoluções CONAMA
001/86, 011/86, 006/87, 009/90 e outras definidas na legislação de nível estadual e municipal. A
Resolução CONAMA 001/86 fornece orientação básica para a elaboração do EIA/RIMA,
estabelecendo definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para uso e
implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política
Nacional do Meio Ambiente.
De acordo com a Resolução CONAMA 001/86, o EIA/RIMA deve ser realizado por
equipe multidisciplinar habilitada, não dependente direta ou indiretamente do proponente do
projeto e que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados (art. 7º), sendo que os
custos referentes à realização do EIA/RIMA correrão à conta do proponente (art. 8º).
O EIA é um instrumento de política ambiental destinado a fazer com que os impactos
ambientais de projetos, programas, planos ou políticas sejam considerados, fornecendo
informações aos órgãos licenciadores e ao público, fazendo-o participar e adotando medidas que
reduzam, a níveis toleráveis, esses impactos.
O EIA deve indicar de forma bastante clara para a comunidade os prováveis impactos da
ação sobre o meio ambiente, quer sejam positivos ou negativos, tanto em nível local como
regional e mesmo nacional. A atenção dada aos diferentes fatores ambientais deve variar
conforme a importância, natureza, escala e localização da ação proposta.
O RIMA refletirá as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental, devendo ser
apresentado ao público interessado de forma objetiva e adequado à sua compreensão, a partir de
linguagem acessível, pois na maioria das vezes, para a população afetada pelo empreendimento,
a linguagem técnica não é acessível. Esse documento deve ser ilustrado por mapas, cartas,
quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as
vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as conseqüências ambientais de sua
implantação
Nesse ínterim, qualificar e, quando possível, quantificar antecipadamente o impacto
ambiental é o papel reservado ao EIA como suporte para um adequado planejamento de obras
ou atividades relacionadas com o ambiente. É certo que, muitas vezes, a previsão dos efeitos
danosos de um empreendimento pode ser muito delicada, pois algumas modificações do
equilíbrio ecológico só aparecem muito tarde. Disso decorre a consideração de que o EIA é um
“procedimento administrativo de prevenção e de monitoramento dos danos ambientais”. O EIA,
em síntese, é “um estudo das prováveis modificações nas diversas características
socioeconômicas e biofísicas do ambiente que podem resultar de um projeto proposto”.
REFERÊNCIAS
CUNHA, S. B. da.; GUERRA, A. J. T. (Orgs.). Avaliação e perícia ambiental. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2012.284 p.
SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de Impacto Ambiental: conceitos e métodos. São Paulo:
Oficina de Textos, 2006. 495 p.
ANEXOS de 1 a 9
MAGNITUDE
ALTA MÉDIA BAIXA
FREQUÊNCIA ALTA ALTA ALTA MÉDIA
MÉDIA ALTA MÉDIA MÉDIA
BAIXA MÉDIA MÉDIA BAIXA
Qualidade da água
- Alcalinidade(pH) 5 2 4 1
- Ferro e Manganês 5 2 4 1
- Dureza total 2 2 4 1
Ecologia
- Aquática 5 2 4 1
- Terrestre 4 5 3 1
Estética
- Biota Terrestre 4 5 3 1
- Biota Aquática 5 4 3 1
- Estruturas construídas 1 5 3 2
Economia
- Atividade Econômica 5 1 4 2
- Formação do capital 5 1 3 4
- Rendas e emprego 5 1 4 2
- Valor das propriedades 5 4 3 1
Social
- Serviços individuais 5 4 3 1
- Serviços comunitários 1 3 5 2
Custo Público
- Construção 1 4 2 5
- Operação e Manutenção 1 5 3 2
Características Qualitativas
Impacto Ambiental
Positivo Negativo
Componente Característica
Magnitude Importância Duração Magnitude Importância Duração Indefinido
P M G 1 2 3 4 5 6 P M G 1 2 3 4 5 6
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Subtotal
P – Pequena; M – Média; G – Grande; 1 – Não significativa; 2 – Moderada; 3 – Significativa; 4 – Curta; 5 – Média; 6 – Longa.
Componente: atmosfera, solo, córrego, população, economia, etc.
Características
1. 2.
3. 4.
5. 6.
7. 8.
9. 10.
Impacto Ambiental
Tipo de Impacto Meio Afetado Total Magnitude Importância Duração
P M G 1 2 3 4 5 6
Físico
Biótico
Positivo
Antrópico
Subtotal
Físico
Biótico
Negativo
Antrópico
Subtotal
Indefinido Subtotal
Total Geral
• A matriz mais antiga é a “Matriz de Leopold” (Leopold, 1971), que tem 88 características
ambientais nas linhas e 100 atividades de projetos na coluna.
• Nessa matriz se considera cada atividade e o seu potencial para causar impacto.
• Os atributos (magnitude e importância) dos impactos são assinalados nas celulas da matriz.
• O somatório das células possibilita análise e interpretação mais profunda sobre os impactos nas
diferentes fases do projeto.
• E uma técnica visual para apresentar os elementos ambientais impactados e as suas causas.
4 Nível cultural
a Padrões culturais (estilo de vida)
b Saúde e segurança
c Emprego
d Densidade populacional
5 Serviços e infraestrutura
a Estruturas
b Rede de transporte (movimento, acesso)
c Rede de serviços
d Disposição de resíduos sólidos
e Barreiras
f Corredores
D. Relações Ecológicas
a Salinização de recursos hídricos
b Eutrofização
c Vetores de doenças (insetos)
d Cadeias alimentares
e Salinização de materiais superficiais
f Invasão de ervas daninhas
g Outro
E. Outros
ATIVIDADES
IMPACTANTES
Vantagens
Desvantagens: