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Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM

Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas – ICTE

Aula 11 - Ciências do Ambiente

Estudo de Impactos
Ambientais

EIA: etapas de elaboração


Plano de gestão ambiental
Exemplos de RIMA
Profa. Dra. Ana Paula Milla dos Santos Senhuk
anapmilla@yahoo.com.br
Processo de
AIA

Auxiliar na seleção
da alternativa mais
viável, em termos
ambientais, para se
atingir
determinados
objetivos

Ex: selecionar o
melhor traçado
para uma rodovia
Estudo de Impacto Ambiental - EIA

O EIA é o documento mais importante de todo o


processo de AIA. É com base nele que:
 serão tomadas as principais decisões quanto à viabilidade
ambiental de um projeto;

serão estabelecidas as medidas mitigadoras e


compensatórias, bem como o alcance dessas medidas;

 serão estabelecidas as negociações entre governo,


empreendedor e partes interessadas.
Perspectivas para elaboração do EIA

Abordagem exaustiva Abordagem dirigida


- Busca um conhecimento quase enciclopédico do meio e
supõe que quanto mais se disponha de informação,
melhor será a avaliação;
Abordagem
- resultam em longos e detalhados EIAs, nos quais o
exaustiva diagnóstico ambiental ocupa quase a totalidade do espaço;
- “abordagem do taxonomista ocupado”: consiste em
tentar estabelecer listas completas de espécies de fauna e
flora da área de influência do empreendimento em estudo,
o que consome a maior parte do tempo, esforço e
dinheiro disponíveis para o EIA e desdenha o estudo das
relações funcionais entre os componentes do
ecossistema;
- outros exemplos: descrições extensas da geologia
regional, sem que daí se tire qualquer informação
diretamente utilizável para analisar os impactos do
empreendimento, e muito menos para gerenciá-lo;
extensas compilações de dados sociais e econômicos.
- Pressupõe que só faz sentido levantar dados
Abordagem
que serão efetivamente utilizados na análise dirigida
dos impactos, ou seja, serão úteis para a
tomada de decisões;
- o objetivo é o entendimento das relações
entre o empreendimento e o meio, e não a
mera compilação de informações;
- tem como princípio que a AIA não busca o
conhecimento, nem ampliar as fronteiras da
ciência, mas que a AIA utiliza conhecimento e
métodos científicos para auxiliar na solução de
problemas práticos e na tomada de decisões.
Elaboração do EIA

abordagem dirigida
(com planejamento antes da
execução)

Principais etapas no planejamento e


execução de um EIA
Fonte: Sánchez (2008)
Reconhecimento ambiental inicial
Reconhecimento da região: é feita por meio de:
 visita de campo,
 fotografias aéreas,
 imagens de satélite,
 mapas topográficos,
 plantas relativas ao projeto,
 memoriais descritivos do projeto,
 pesquisa bibliográfica em estudos ambientais anteriores,
bases de dados ambientais (limites de unidades de conservação,
zoneamento),
 bases de dados socioeconômicos (Brasil = IBGE; MG = Fundação João
Pinheiro),
 conversas com moradores ou lideranças locais,
 consultas a órgãos públicos.
Reconhecimento ambiental inicial

Entendimento do projeto: são fundamentais informações


como:
 as atividades de preparação do terreno,
 o processo construtivo,
 a forma de operação,
 os insumos e as matérias-primas consumidos,
 os tipos de resíduos gerados,
 a mão de obra empregada.
Reconhecimento ambiental inicial

Entendimento da legislação: é conveniente, como atividade


preparatória, realizar uma análise da compatibilidade do
projeto proposto com a legislação ambiental.

As principais leis e regulamentos nacionais e estaduais


normalmente são de conhecimento da equipe ambiental,
mas pode ser necessário consultar legislação específica
sobre a área do projeto e observar se existe legislação
municipal – principalmente se o empreendimento proposto
é compatível com a legislação municipal de uso do solo.
Reconhecimento ambiental inicial

Contexto comercial: é usual que as empresas e demais


entidades que precisam realizar um EIA convidem duas ou
três empresas de consultoria para apresentar propostas
técnicas e comerciais.

Como tais propostas envolvem:


 uma descrição do trabalho a ser realizado e
 uma estimativa das horas técnicas necessárias (base de
cálculo do preço),

Um nível mínimo de conhecimento do projeto proposto e


do ambiente possivelmente afetado é imprescindível.
Elaboração do
EIA
abordagem dirigida
(com planejamento antes
da execução)

Principais etapas no planejamento e


execução de um EIA
Fonte: Sánchez (2008)
Identificação preliminar dos
impactos prováveis
A análise dos impactos do empreendimento sempre será feita com base
no estudo das interações possíveis entre as ações ou atividades que
compõem o empreendimento e os componentes ou processos do meio
ambiente - de relações de causa e efeito.

Essas interações podem ser identificadas a partir de:


 analogias com casos similares
 experiência e opinião de especialistas
 dedução: confronta as principais atividades que compõem o
empreendimento com os processos ambientais atuantes no local, inferindo
consequências lógicas; é o método que guia os procedimentos analíticos da
equipe multidisciplinar que realiza o EIA.
Elaboração do
EIA
abordagem dirigida
(com planejamento antes
da execução)

Principais etapas no planejamento e


execução de um EIA
Fonte: Sánchez (2008)
Plano de trabalho
O planejamento dos estudos deve responder às seguintes
perguntas:

Quais as informações necessárias e para qual


finalidade serão utilizadas?
Como serão coletadas essas informações? Por
exemplo: durante quanto tempo, com qual frequência, em
que épocas do ano?
Onde serão coletadas?
Execução do EIA

Diagnóstico
ambiental

Prognóstico
ambiental
Estudos de base
Os resultados dos estudos de base formam o diagnóstico ambiental,
ao qual virá se contrapor um prognóstico ambiental

Diagnóstico Prognóstico
É uma descrição e análise da situação atual da É uma projeção da provável
área de estudo e deve analisar as principais situação futura do
forças e tendências que contribuem para a ambiente potencialmente
degradação ambiental na área de estudo (a afetado e será resultante
pressão), fazer uma síntese da situação atual do da próxima etapa na
ambiente nessa área (o estado) e discutir as preparação do EIA, que é a
iniciativas em curso para reduzir ou reverter a análise dos impactos.
degradação (a resposta) – modelo causa-
efeito-ação
Estrutura Conceitual do
Modelo P-E-R (ANA, 2012)
Diagnóstico ambiental

Funções:

 Fornecer informações necessárias para a identificação e previsão


dos impactos, e para sua posterior avaliação;

 Contribuir para a definição de programas de gestão ambiental


(medidas mitigadoras, compensatórias, programa de
monitoramento);

 Estabelecer uma base de dados para futura comparação com a real


situação, em caso de implementação do projeto.
Estudos de base
 posição central na sequência de etapas de um EIA.
 organizados de maneira a fornecer informações necessárias às fases
seguintes do EIA.
 Se o EIA é a etapa mais cara e o documento mais importante do
processo de AIA, a realização dos estudos de base é certamente a
atividade mais cara e mais demorada do EIA - definir cuidadosamente o
tipo de informação que se pretende coletar.
 dados primários (levantados especialmente para o estudo, o que
demandará trabalhos de campo) ou secundários (preexistentes,
publicados ou armazenados em instituições ou pelo próprio
proponente do projeto).
 Área de estudo não é área de influência – esta só será conhecida
após a análise dos impactos.
 Resultado: um capítulo de EIA denominado diagnóstico ambiental.
Conteúdos e abordagens
No Brasil, é quase padrão a divisão do ambiente em três grandes
compartimentos para fins de diagnóstico ambiental: os meios físico,
biótico e antrópico.

Qualquer divisão do ambiente para fins de análise ou descrição será


sempre arbitrária e não pode ser empregada de modo rígido; mas,
basicamente:
 “meio físico” é tudo o que diz respeito ao ambiente inanimado;
 “meio biótico” é tudo o que se refere aos seres vivos, excluídos os
humanos;
 “meio antrópico” é o homem – quando denominado de “meio
socioeconômico” é pouco apropriado, pois o termo deixa de fora a
dimensão cultural das atividades humanas.
Meio físico

Os mapas e as cartas são as principais formas de expressão dos


resultados dos estudos do meio físico por dois motivos:
 Possuem um caráter de síntese (de levantamento de campo,
de interpretação de imagens e de estudos anteriores);
 Possibilitam um meio de comunicação com os usuários e
com os leitores dos estudos ambientais.

Cartas geotécnicas, de suscetibilidade à erosão, de riscos


geológicos, de vulnerabilidade de aquíferos, de aptidão de
solos e várias outras têm a função de interpretar informações
do meio físico para que determinados usuários possam
melhor fundamentar suas decisões ou análises.
1) Condições climáticas e hidrológicas
Parâmetros climáticos: pluviometria, insolação, evaporação, temperatura, direção dos ventos
Parâmetros hidrológicos: hidrografia, açudes e canais, divisores de águas, vazões, qualidade das águas, áreas sujeitas a inundações

2) Solo - Classificação dos solos: classificação pedológica, potencial e fatores limitantes do uso

3) Geológica
Formações superficiais: granulometria, espessura da formação, grau de consolidação
Substrato rochoso: classificação litológica, nomenclatura estratigráfica, geocronologia
Elementos estruturais: orientação, mergulho, tipologia do acamametno, foliações, juntas, falhas, eixos de dobras, caracterização de
discordâncias, lineamento, zonas de cisalhamento e outras estruturas
Recursos minerais: ocorrências, jazidas e minas, classificação dos depósitos minerais
4) Geomorfológica
Formas do relevo: formas estruturais, erosivas, modelado fluvial, litorâneo, antrópico, processos erosivos

5) Hidrogeológica - Caracterização dos aquíferos: litologias e suas classificações quanto à porosidade de fraturamento,
profundidade e produtividade, direção de fluxo das águas subterrâneas, localização dos pontos de captação, identificação de zonas de
recarga, qualidade das águas
6) Indicadores Geotécnicos
Solos: textura, espessura de material inconsolidado, parâmetros físicos
Maciços rochosos: origem, grau de alteração, fraturamento, permeabilidade, descontinuidades
7) Uso e ocupação do solo
Áreas urbanas: delimitação, tipo de uso urbano, densidade de ocupação, equipamentos
Usos industriais: instalações industriais, mineração, aterros de resíduos
Áreas rurais: culturas permanentes e temporárias, reflorestamento, pastagem
Infraestrutura: rodovias, linhas de transmissão, barragens e açudes.
Fonte: www.ppegeo.igc.usp.br
Vulnerabilidade e Risco de Contaminação dos Sistemas Aquíferos

Fonte: www.lneg.pt/iedt/projectos/374/
Meio biótico

Os estudos podem apresentar três fases:

1) devem obter e apresentar informação sobre os habitats

2) levantamentos mais detalhados das espécies, habitats e


comunidades em uma área designada

3) inclui amostragens intensivas para obtenção de dados


quantitativos sobre populações ou comunidades.
Meio biótico
Raramente podem dispensar trabalhos de campo. Para um estudo de médio a
grande porte, pode ser necessária uma equipe de mais de uma dezena de
pessoas:
 flora: 1 ou 2 pessoas, além de auxiliares de campo
 fauna: demandam especialistas nos vários grupos zoológicos, como:
- ornitólogos (pássaros),
- mastozoólogos (mamíferos),
- herpetólogos (répteis e anfíbios),
- ictiólogos (peixes),
- além de eventualmente entomólogos (insetos) e outros especialistas – na
prática, é raro encontrar estudos que considerem os invertebrados.

Os levantamentos de fauna visam, no mínimo,


à elaboração de uma lista de espécies para cada
grupo faunístico selecionado.
Meio biótico
• Flora - informações históricas sobre culturas e atividades desenvolvidas
anteriormente na área (práticas de manejo, exploração da vegetação nativa);
pesquisa sobre remanescentes de vegetação nativa existente; descrição da
cobertura vegetal identificando os tipos e estágios de regeneração/degradação de
matas remanescentes buscando o entendimento quanto aos processos antrópicos
presentes; realização de inventário florístico com o objetivo de identificar
possíveis espécies ameaçadas de extinção.

• Fauna – identificação de trechos considerados ecologicamente sensíveis e


de provável ocorrência de fauna, através de campanhas de campo ao amanhecer e
entardecer com registro fotográfico; diálogo com população residente próxima às
áreas sensíveis em busca de informações sobre a presença de mamíferos;
observação da avifauna através de binóculo e busca de vestígios como penas e
fezes; registro fotográfico dos répteis a partir da observação direta visual;
indicação das interações fauna/flora e da importância no equilíbrio ecológico no
que diz respeito à riqueza de espécies, abundância e distribuição, territorialidade,
fonte de abrigo e alimentos, corredores e polinização.
Meio biótico
As espécies selecionadas costumam estar em uma ou mais das seguintes
categorias:
- espécies ameaçadas: constam em alguma lista oficial, em qualquer categoria de
ameaça, ou em avaliação para possível inclusão nessas listas
- espécies endêmicas: só ocorrem em determinado ambiente
- espécies características de cada hábitat: são aquelas usualmente associadas
a determinado hábitat; não são necessariamente raras e avaliar sua situação
(população e distribuição) pode ajudar a medir o estado de conservação de seu
hábitat.
- espécies suscetíveis à fragmentação de habitats: predadores situados no
topo da cadeia alimentar, vários pequenos mamíferos, espécies mutualistas ou
simbiontes, como polinizadores e outras.
Meio antrópico
É acerca do meio antrópico que costuma haver maior
abundância de dados secundários, como censos e levantamentos
sociais e econômicos de âmbito nacional.

Talvez, por essa razão, sejam os diagnósticos do meio


antrópico os que apresentam extensas compilações de dados
secundários que sequer são utilizados na análise dos impactos.
Meio antrópico
- Mobilidade Urbana - Sistema viário, transporte e trânsito através da avaliação da
segurança e fluidez dos sistemas; identificação de fluxos/volumes nas vias principais; localização
de pólos de incremento no fluxo de veículos e sua correlação com poluição atmosférica e
sonora; avaliação da disponibilidade de transporte coletivo para os vários bairros que compõem
a área de estudo.

- Aspectos socioeconômicos - mapeamento dos principais equipamentos públicos e


privados de saúde, de serviços, de cultura, lazer e de turismo, que dentro ou no entorno da área
possam servir de suporte à qualidade de vida para a população; levantamento do nível
socioeconômico da população dos bairros que compõem a bacia hidrográfica a partir da
identificação dos tipos de habitação presentes e respectivo padrão (apartamentos, residências,
condomínios, chácaras, cortiços, sub-habitação, favelas, ocupações); identificação das várias
atividades de comércio e indústrias presentes na área – muitas informações podem obtidas
através de dados secundários (IDH, número de indivíduos da população, PIB...)

- Sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário - grau de


cobertura da área com abastecimento de água e coleta de esgotos; qual o destino dos efluentes
líquidos coletados pela concessionária dos serviços de saneamento e dos não coletados.

- Resíduos sólidos – levantamento da área de cobertura de coleta dos resíduos,


periodicidade e programas de coleta seletiva; identificação dos grandes geradores de resíduos e
o destino dos mesmos; levantamento dos serviços de varrição e poda.
Meio antrópico

Sítios de rara beleza natural ou de importância científica são


elementos do patrimônio cultural, cuja importância pode ser
reconhecida de modo relativamente fácil.

Galápagos
Bonito (MS)
(Equador)

Fernando de
Noronha (PE)
Chapada dos
Veadeiros (GO)
Meio antrópico

Os patrimônios histórico e arquitetônico também tendem a ser


amplamente valorizados, mas levantamentos dessa categoria patrimonial não
devem ficar restritos a monumentos ou bens reconhecidos oficialmente; é
também preciso estar atento ao patrimônio industrial, categoria
insuficientemente reconhecida no país, mas de importância bem firmada em
vários países.

Ouro Preto- MG Teatro Amazonas em Manaus-AM


Meio antrópico

O patrimônio geológico é um exemplo de patrimônio natural. No Brasil há


poucas iniciativas de identificar sítios de interesse geológico, mas há requisitos
legais para proteção do patrimônio paleontológico (fósseis) e espeleológico
(cavernas).

Peirópolis - MG

Caverna na
região do
Vale do
Ribeira (SP)

Vale dos Dinossauros,


bacia do Rio do Peixe (PB)
Diagnóstico ambiental concluído

Tem início o prognóstico ambiental

Previsão de mudança nos sistemas naturais e


sociais decorrentes de um projeto em
desenvolvimento
Prognóstico ambiental

Diagnóstico
ambiental

Prognóstico
ambiental
Resumo de conceitos
A análise dos impactos é compostas de três atividades distintas,
que podem ser definidas da seguinte forma:

1 - Identificação de impactos é a descrição das consequências


esperadas de um determinado empreendimento e dos
mecanismos pelos quais se dão as relações de causa e efeito.

2 - Previsão de impactos significa fazer hipóteses, técnica e


cientificamente fundamentadas, sobre a magnitude ou
intensidade dos impactos ambientais.

3 - Avaliação dos impactos é a atribuição de um qualificativo


de importância ou significância a esses impactos.
1 - Indicadores de impactos
Aspecto/impacto Indicadores

Geração de resíduos sólidos Massa gerada por classe de resíduo (t/ano)

Geração de gases de combustão Quantidade emitida para a atmosfera em


relação a outras fontes na região

Alteração da qualidade do solo Superfície afetada (ha)

Consumo de água Consumo mensal (m3/ano)

Aumento das taxas de erosão Superfície afetada (ha); taxa de perda de


solo (t/ha.ano)
Aumento do tráfego de caminhões Porcentagem de aumento em relação ao
volume médio diário preexistente
Aumento de carga de sedimentos Contribuição do empreendimento em
nos corpos d’água relação a outras fontes situadas na mesma
sub-bacia
2 - Métodos de previsão

Na elaboração de EIAs são utilizados cinco grandes


categorias de MÉTODOS PREDITIVOS:

1. julgamento de especialistas;

2. comparação e extrapolação;

3. simulações e modelos análogos (físicos, digitais);

4. modelos matemáticos;

5. experimentos de laboratório e de campo.


3 - Avaliação dos impactos ambientais
(em 5 categorias)

a) Valor: impacto positivo/benéfico ou negativo/adverso

b) Ordem: impacto direto ou indireto

c) Espaço: impacto local, regional ou estratégico (quando


a ação tem relevância no âmbito regional e nacional)

d) Horizonte temporal/dinâmica: impacto a médio e longo


prazo, temporário ou de curto prazo, permanente
(quando os efeitos não podem ser revertidos) ou cíclico
(quando os efeitos se manifestam em intervalos de
tempo determinados)

e) Plástica: impacto reversível ou irreversível


Plano de Gestão Ambiental

Diagnóstico
ambiental

Prognóstico
ambiental
Plano de Gestão Ambiental

Alguns impactos negativos poderão ser aceitáveis se houver


medidas capazes de reduzi-los; esse conjunto de medidas é
chamado de plano de gestão ambiental. Trata-se de um
plano a ser aplicado após a aprovação do projeto, contendo as
medidas mitigadoras, compensatórias e de valorização dos
impactos positivos, sendo necessário um compromisso do
empreendedor com seu cumprimento.

Em suma, plano de gestão é a ligação entre os estudos prévios


e os procedimentos de gestão ambiental que a empresa
adotará caso o empreendimento seja aprovado.
Plano de Gestão Ambiental

Medidas mitigadoras
Reduzir a magnitude ou a importância dos impactos adversos

Medidas compensatórias
Compensar os danos ambientais

Medidas de valoração
Intensificar os impactos positivos

Plano de monitoramento
Validação das hipóteses de impacto e monitoramento dos impactos
Plano de Gestão Ambiental
O plano de monitoramento é componente essencial dos planos de gestão e
deve ser coerente com as demais atividades do EIA. Ex: indicadores ambientais e
estações de monitoramento.
Pelo menos 4 objetivos podem ser atribuídos ao monitoramento dos impactos
de um projeto submetido ao processo de AIA:
1. verificar os impactos reais do projeto
2. compará-los com as previsões
3. alertar para a necessidade de intervir caso os impactos ultrapassem certos
limites
4. avaliar a capacidade do EIA de fazer previsões válidas e formular
recomendações para a melhoria de futuros EIAs de projetos similares ou
localizados no mesmo tipo de meio.

Na verdade, o monitoramento é quase uma continuação dos estudos de


base, e a maior parte das considerações feitas para este é também válida para
aquele.
Audiência pública
“A Logum Logística, consórcio responsável pelas
obras de implantação do sistema de escoamento
dutoviário de álcool, já se prepara para as obras
entre Uberaba e Itumbiara (GO), já que iniciou os
trabalhos no trecho de Ribeirão Preto até aqui. Vai
realizar audiência pública dia 6 de agosto, às 19h, no
salão nobre da ABCZ, para apresentar e discutir o
estudo e o relatório de impacto ambiental do
empreendimento.”

http://jmonline.com.br/novo/?noticias,92,C%C1%20E
NTRE%20N%D3S,83548
17/05/2013 – JM Online
Licenciamento de terminal atrasa início da
construção do alcoolduto
“...o cronograma foi alterado por causa de entraves burocráticos no
processo de licenciamento.”

• 1,3 mil km de dutos (MG, SP, RJ, MS e GO)


• Capacidade - 800 mi de etanol em armazenamento em 13
terminais
• Escoamento - 20 bi anual de litros de etanol
• Trecho Uberaba-Itumbiara - Concessão de licenças tramitando
no Ibama e ANP
• Tamanho - 246 km
• Cidades - Uberaba (MG),
Uberlândia, Tupaciguara (MG),
Monte Alegre de Minas (MG),
Araporã (MG) e Itumbiara (GO)
http://www.icmbio.gov.br/intranet/download/arquivos/cdoc/biblioteca/resenha/2013/junho/Res2013
-06-20DOUICMBio.pdf
Referência

SANCHES, L. E. Avaliação de Impacto Ambiental: Conceitos e


Métodos. Editora: Oficina de Textos, 2008, 496p.

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