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O GUIA DEFINITIVO

Domine a planilha ods e evite dores


de cabeça
Sumário
Introdução .......................................................................................................... 2
Pense diferente e terás resultados diferentes .................................................... 3
DOMINANDO OS PEGA-RATÕES EXISTENTES NA PLANILHA ODS ............ 7
Parte 1 – Baixando e configurando o libreoffice ................................................. 7
Parte 2 - Instalação da extensão SIGEF no LibreOfice .................................... 14
Parte 3 - SIGEF – GUIA IDENTIFICAÇÃO....................................................... 19
Seção Identificação do serviço de Georreferenciamento ............................. 20
Seção identificação do detentor.................................................................... 21
SEÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO DETENTOR – PEGA-RATÕES ....................... 22
Seção identificação da área.......................................................................... 23
SEÇÃO IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA – PEGA RATÕES .................................. 27
Parte 4 - Planilha ODS – Tabela Perímetro ..................................................... 31
DEFINIÇÃO DO SISTEMA DE REFERÊNCIA ................................................. 38
Parte 5 – Validação da planilha ........................................................................ 44
Conclusões finais ............................................................................................. 45
O SEU PRÓXIMO NÍVEL ................................................................................. 46
Livro A Bíblia do Agrimensor ............................................................................ 46
Livro Topografia Cadastral e Georreferenciamento de Imóveis Rurais na Prática
......................................................................................................................... 47
Livro Topografia Com Drones .......................................................................... 48
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Introdução
Você acabou de colocar suas 2 mãos no melhor e mais completo guia
existente a respeito do preenchimento da planilha ods.

Eu digo isso não somente por acreditar no conteúdo deste guia, mas
também por acreditar em você, acreditar que seguindo os passos deste guia
você poderá rapidamente confeccionar a planilha ods e enviar a mesma para o
SIGEF.
3

Pense diferente e terás resultados diferentes


Antes de falar sobre planilha ods eu preciso lhe falar sobre algo que irá
ser um divisor de águas em sua vida.

Me refiro a algo chamado “persistência” que é não desistir diante


dos primeiros erros.

Em minha vida, essa palavra é uma


constante. Confesso que ao longo da
jornada eu mais errei do que acertei.

Já tive inclusive que por diversas


vezes voltar a campo para refazer um
levantamento, porém meu maior segredo
até hoje é que com o tempo aprendi a errar
de forma inteligente.
4

Como assim Professor Adenilson?

Simples, você vai errar, não tem como não errar, perceba que é inevitável
cometer erros, isso porque o dia no qual você parar de errar significa que
você parou de evoluir.

E se você parou de evoluir, significa que você está começando a


morrer.

Porém, o que você não pode fazer é cometer os mesmos erros múltiplas
vezes.

O maravilhoso é que com o acumulo dos erros surge o acumulo do


aprendizado. Com isso, você irá acumular conhecimentos no tanque que
possibilitará que você escale o monte Everest de seus sonhos.

Com o tempo, o conhecimento que você terá será tal que vai parecer que
você tem na ponta da língua a resposta para praticamente todas as perguntas.

E o que isso tudo tem a ver com a citação inicial de uma frase de
Mahatma Gandhi?

Simples, convido você a ter sua mentalidade mudada.

Infelizmente, no Brasil temos a visão de erro como algo ruim. A sociedade


cobra que façamos um curso superior, que consigamos um emprego sólido, que
tenhamos nossa casa grande e um carro caro.

Ela só se esqueceu de uma coisa:

Isso funcionava na década de 70!

Isso mesmo, fazer um curso superior, conseguir um emprego e ter


segurança é uma alucinação maravilhosa que funcionava muito bem na década
de 70.

Hoje isso já não funciona mais.


5

A tecnologia evolui muito rapidamente, de certa maneira que se você fizer


um curso superior e parar de se atualizar, em 5 ou 10 anos estará praticamente
fora do mercado.

Perceba que é necessário uma mudança de mentalidade. Que nesta nova


realidade é necessário saber errar e aprender de forma inteligente.

Muito mais do que isso...

É necessário saber a diferença entre erro e fracasso. A maioria das


pessoas não percebe que as mesmas são coisas completamente diferentes.

Elas tentam uma ou duas vezes, não conseguem e simplesmente


desistem.

Porém...

“Quem fracassa é quem desiste e não quem erra!”

Perceba que se você tentar passar em um concurso provavelmente não


terá êxito nas primeiras vezes.

Se quiser ter um escritório de sucesso também precisará trabalhar por


vários anos até se tornar conhecido e respeitado.

Porém, se você fizer um concurso e não passar, isso não significa que
você fracassou, isso porque:

Quem fracassa é quem desiste!

Isso mesmo, você só fracassará se desistir, pois no momento que você


desiste de algo, está simplesmente jogando no lixo todo o conhecimento
obtido ao longo da jornada.

Se você não desistir, persistindo, olhando para o resultado que teve,


aprendendo com ele e implementando novamente, inevitavelmente terá êxito.

Isso vale para qualquer coisa nesta vida. Logo mude sua mentalidade,
aceite os erros, porém erre de maneira inteligente e evolua constantemente.

Isso tem muito a ver com autorresponsabilidade e com parar de mimimi.


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Isso mesmo, se algo der errado você até pode sentar no meio-fio, abaixar
a cabeça e chorar.

Porém, levante esta cabeça rapaz, enxugue as lágrimas, olhe para a


“porra do erro que você cometeu” e aprenda com ele.

Evolua...

Comprometa-se com seus resultados...

Arregace as mangas e vá para a ação. Tem poder quem age!

Acorde o gigante que existe dentro de você e torne realidade o monte Everest
de seus sonhos.

Para isso você precisará turbinar seu tanque do oxigênio do conhecimento.

Isso porque conhecimento é poder.

E é poderoso quem tem age tendo o conhecimento.

Por falar em tanque de conhecimentos, a boa notícia que eu tenho para você é
que você pode terceirizar os erros para outra pessoa.

Isso mesmo, você pode aprender com alguém que está a anos no mercado e
que já errou por você.

Logo, pegue na minha mão e vamos juntos nesta jornada.

Isso porque eu tenho alguns livros, e-books e cursos que vá te jogar diretamente
no próximo nível.

Sobre isso, falarei mais logo, logo.

Sem mais delongas, prepara um delicioso café e vamos obter os alguns


conhecimentos que ajudarão você nesta jornada que tornará você um titã
poderoso.
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DOMINANDO OS PEGA-RATÕES EXISTENTES NA


PLANILHA ODS

Para o correto preenchimento da mesma, existem diversos pega-ratões que


você precisa conhecer.

Isso porque se você não conhecer os mesmos, corre o risco de preencher


a planilha ods de maneira errada.

Confesso que eu mesmo, descobri alguns destes pega-ratões da pior


maneira possível que é cometendo erros.

A resposta para outros deles, descobri quebrando a cabeça, após algum


dos alunos do método Georreferenciamento Sem Mistérios me perguntar a
respeito.
Você deve imaginar as perguntas cabeludas que os mesmos me fizeram.

Prossiga com máxima ATENÇÃO, pois o conteúdo que você encontrará


aqui é ouro puro.

Parte 1 – Baixando e configurando o libreoffice


Para baixar o libreoffice acesse o seguinte link: https://pt-br.libreoffice.org/

Na página que se abriu clique no botão verde “Baixe já”.


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Na nova guia que se abrir clique no botão verde “baixar a versão 6.4.2” ou
a versão que for a mais recente.

Automaticamente vai se abrir um menu flutuante perguntando aonde você


deseja salvar o LibreOffice.

Vai demorar alguns minutos para que o libreOffice seja baixado. Após
isso, acesse a pasta na qual salvou o mesmo.
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Enquanto que o mesmo é baixado você pode baixar a planilha eletrônica


ods configurada para o SIGEF e a extensão de validação do SIGEF. Para isso
acesse o site do SIGEF: https://sigef.incra.gov.br/

A planilha eletrônica está na guia documentos. Clique na mesma e baixe


ela.

A partir do site do SIGEF você também terá que baixar a “extensão


SIGEF”. Clique na mesma e baixe ela.
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Uma vez que tenha baixado o libreOffice, o modelo de planilha ods e a


extensão do SIGEF CHEGOU A HORA DE instalarmos o libreOffice. Para isso
acesse a pasta na qual você o baixou ele e dê 2 cliques no mesmo.

È super simples de instalar ele. Veja os detalhes nas imagens abaixo:


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Uma vez terminada a instalação é só clicar em concluir.


12

Feito, o libreOffice está instalado em seu computador.

O próximo passo é instalar a extensão do SIGEF na planilha ods. Se você


acessar a pasta na qual salvou a planilha ods perceberá que a mesma pode ser
aberta com o libreOffice. Veja o detalhe abaixo.

Abra a planilha ods, a mesma possui 3 abas ativas, a primeira é a


identificação.
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A segunda aba é a perímetro_1


14

E a terceira aba é a sobre. Esta abra traz apenas uma série de


informações a respeito da planilha ods e o link de acesso ao SIGEF. A mesma
não será utilizada.

Parte 2 - Instalação da extensão SIGEF no LibreOfice


A instalação da extensão do SIGEF é necessária porque será através da
mesma que iremos fazer a validação da planilha ods. Isso é muito importante
porque se existir algum erro grosseiro na planilha o processo de validação
acusará o mesmo.

Ressalto que a validação identifica apenas erros grosseiros, quanto a


veracidade das informações contidas na planilha ods, isso é de total
responsabilidade sua.

Para instalar a extensão do SIGEF, abra o LibreOffice e vá


em Ferramentas ▸ Gerenciador de extensão...
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Na tela do Gerenciador de extensão, clique no botão Adicionar...


16

Será aberta a tela Adicionar extensão(ões) através da qual você poderá


localizar o arquivo da extensão SIGEF e instalar o mesmo. Para isso encontre o
mesmo, selecione ele e clique em abrir.
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O próximo passo é a verificação da licença de uso da extensão. Use o


botão Rolar para baixo para verificar a licença de uso e em seguida clique em
Aceitar.

Com isso a extensão aparecerá na lista de extensões instaladas.

Feito, a extensão está instalada, é só clicar em fechar.


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Para que a extensão seja ativada você precisa reiniciar o LibreOffice, ao


você clicar em fechar o próprio libreOffice vai exibir um menu flutuante
perguntando se você deseja reiniciar o mesmo agora ou mais tarde.
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Ao LibreOffice ser reiniciado a extensão já estará disponível para


utilização. Perceba na imagem abaixo que na parte superior da planilha ods,
aparece a guia referente ao SIGEF, isso significa que está tudo certo e que a
extensão foi adicionada com sucesso.

A partir de agora vamos estudar detalhadamente as abas da planilha ods.

Parte 3 - SIGEF – GUIA IDENTIFICAÇÃO

A guia “identificação” é dividida em 3 seções sendo que na mesma você


deve informar uma série de dados cadastrais.

As 3 seções da planilha identificação são as seguintes:

- Identificação do serviço de Georreferenciamento;

- Identificação do detentor;
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- Identificação da área.

Vamos entender melhor cada uma das seções.

Seção Identificação do serviço de Georreferenciamento


Na seção “Identificação do serviço de Georreferenciamento” você terá que
escolher a natureza do serviço. Existem basicamente 2 opções. São elas:

- Serviço particular

- Contrato com administração pública.

Perceba que o serviço ou pertence a uma pessoa física ou empresa,


sendo caracterizado em ambos os casos como “particular”.

Além disso, o mesmo pode pertencer a um órgão público o que


caracterizará o mesmo como um “Contrato com administração pública”.
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Seção identificação do detentor


A segunda seção da aba perímetro é a “identificação do detentor”. Nesta
seção você terá que preencher 3 campos. São eles:

- Tipo pessoa;

- Nome;

- CPF

Em tipo de pessoa, escolha se é física ou jurídica. Ou seja, se o serviço


está sendo prestado para uma pessoa ou para uma empresa.

Quanto as opções nome e CPF, basicamente nestes campos você terá


que informar o nome e o CPF do contratante do levantamento.
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SEÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO DETENTOR – PEGA-


RATÕES
Na seção identificação do detentor existem basicamente 2 pega-ratões.

Na realidade, os pega-ratões irão aparecer dependendo da natureza do


serviço.

Desta maneira, por exemplo, se o contratante for uma empresa (pessoa


jurídica), os campos da seção identificação deverão ser preenchidos em nome
do responsável pela empresa.

Normalmente isso fica a cargo do dono ou de um diretor da mesma.

Já o segundo pega-ratão no qual seguidamente muitos profissionais caem


é ao encaminharem o desmembramento de uma área georreferenciada.

O profissional preenche a guia perímetro com os dados do contratante,


encaminha um requerimento de desmembramento e o mesmo é negado pelo
profissional do INCRA.

O erro cometido pelo agrimensor é que o contratante não é proprietário


do imóvel georreferenciado.

Desta maneira, nestes casos, a guia identificação sempre deve ser


preenchida com os dados do proprietário e não do contratante.

Eu sei que este procedimento é bem contra intuitivo. Porém, pense


comigo:

O maior motivo da criação da lei do Georreferenciamento é que antes da


mesma o direito à propriedade não era garantido.

Com isso, esta lei cobriu esta lacuna, garantindo o direito à propriedade.

A partir do momento que qualquer pessoa puder solicitar o


desmembramento de um imóvel de terceiro, esta que é a maior característica da
lei do georreferenciamento já não é mais garantida.

Perceba isso, que por causa disso, mesmo a planilha ods contendo os
dados da área que será desmembrada, a guia identificação deve ser preenchida
com os dados do proprietário do imóvel e não do contratante.
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Seção identificação da área

Esta seção possui 7 campos. Dê uma espiadinha nos mesmos através da


figura abaixo.

O campo “denominação” refere-se ao nome da propriedade.

Ressalta-se que toda propriedade precisa ter um nome, caso a mesma


ainda não tenha um nome, converse com o dono dela e peça para ele escolher
um nome.

O segundo campo “situação” refere-se a situação do imóvel. O mesmo


possui 3 opções. São elas:
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- Imóvel registrado;

Área titulada não registrada;

- Área não registrada.

Veja os mesmos na imagem abaixo:

O terceiro campo, “natureza da área” também possui uma série de


classificações. São elas:

- Assentamento;
- Estrada;
- Ferrovia;
- Floresta pública;
- Gleba pública;
- Particular;
- Perímetro urbano;
- Terra indígena;
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- Terreno de Marinha;
- Terreno marginal;
- Território Quilombola e;
- Unidade de conservação.

Perceba que o mesmo se auto justifica, sendo que o preenchimento do


mesmo não possui muito segredo.

Na realidade, na grande maioria dos casos a natureza da área será do


tipo “Particular”.

O quarto campo da seção identificação da área é o “Código do


imóvel(SNCR/INCRA)”.

Este código refere-se ao cadastro do imóvel junto ao Sistema Nacional de


Cadastro Rural. O mesmo é gerenciado pelo INCRA, sendo que você pode obter
o código do imóvel juntamente ao mesmo.
26

Caso o imóvel ainda não esteja cadastrado no INCRA, você precisará


pedir para o dono cadastrar o mesmo no sistema nacional de cadastro rural
(SNCR).

O mesmo pode ser feito pela internet, a partir do site da serpro.gov.br.


Caso o cliente tenha dificuldades, você pode fazer o cadastro para o mesmo ou
informar para que ele procure órgãos como a EMATER ou o Sindicato de
Trabalhadores Rurais para a obtenção deste cadastro.

Lembrando que um dos documentos necessários em processos de


Georreferenciamento de Imóveis Rurais é o CCIR (Certificado de Cadastro de
Imóvel Rural).

Além disso, o imóvel precisa estar com o ITR (imposto territorial rural)
pago.

O proprietário do mesmo também não pode estar com o nome sujo junto
a receita federal. Isso porque senão não será possível emitir-se o “Comprovante
de Inscrição e Situação Cadastral – Simplificado”, outro documento necessário
em processos de Georreferenciamento.

O quinto campo é o “Código do Cartório (CNS)”.

Este é um campo que deixa muitos profissionais com dúvida. Nos pega-
ratões eu irei explicar detalhadamente o que é este campo e como descobrir o
código do cartório.

O sexto campo é o “Matricula” ou “transcrição”. Neste campo você deve


informar o número da matricula ou transcrição do imóvel.

E finalmente, o sétimo e último campo se refere ao município ao qual o


imóvel pertence.

Perceba que, no geral, esta seção da guia identificação é bem simples e


fácil de ser preenchida.
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SEÇÃO IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA – PEGA RATÕES


Os campos da seção identificação da área que deixam os profissionais
com dúvidas são:

- Situação,

- Matricula e;

- Código do cartório.

Vamos mergulhar de cabeça no assunto e sanar estas dúvidas.

O primeiro dos campos que faz muitos profissionais se travarem é o


situação. Isso porque o mesmo possui 3 opções de preenchimento. São elas:

- Imóvel registrado;

- Área titulada não registrada;

- Área não registrada.


28

Quando o imóvel possui matricula não é o problema, é só o agrimensor


informar que o mesmo é um imóvel registrado. Logo, esta opção não costuma
causar dúvidas.

A grande dúvida é quanto a como proceder em casos de usucapião. Isso


porque a pessoa ainda não possui a propriedade da área de terras.

Com isso o agrimensor não sabe se define a área como “área titulada não
registrada” ou “área não registrada”.

O procedimento é bem simples. Na audiência com o juiz, caso o


contratante tenha ganho de causa, o mesmo emitirá um título em nome desta.

Ou seja, a mesma terá o título, porém a área ainda não foi registrada junto
ao profissional de registro de imóveis.

Ou seja, o título dá para a pessoa apenas, o direito à propriedade, não


garantindo a propriedade em si.

A mesma só terá a propriedade a partir do momento que tiver o registro e


a consequente matricula da área.
29

Já a terceira opção, “área não titulada” deve ser escolhida quando a área
for de posse e não de propriedade do seu cliente. O que significa que ele usa a
terra, porém não comprou a mesma. Ou senão, que comprou, mas não registrou
a mesma.

O campo matricula ou transcrição é outro que deixa muitos profissionais


com dúvida. Isso porque muitas vezes várias matriculas serão unificadas no
processo de georreferenciamento.

Com isso o profissional não sabe exatamente como preencher este


campo da planilha ods.

A resposta é bem simples, o profissional deve preencher com o número


das diferentes matriculas que serão unificadas, separando o número das
mesmas com virgula.

Desta maneira:

709, 1.103, 7.437.

Já o último dos campos da seção identificação da área que deixa os


profissionais com dúvidas é o campo CNS.

Isso porque os profissionais não sabem o que este campo significa e nem
mesmo como obter este código.

Conforme informei anteriormente, CNS significa Cadastro Nacional de


Serventia.

Ou seja, todo cartório possui um código único que identifica o mesmo.


Este número pode ser obtido a partir do site anoreg.org.br no seguinte link:

http://www.anoreg.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2086
2&Itemid=193
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No mesmo você deve escolher o estado, clicando na sigla do mesmo, a


cidade e clicar em pesquisar. Veja os detalhes na figura abaixo:

Serão listados os cartórios existentes na cidade escolhida com todos os


dados do mesmo.
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Parte 4 - Planilha ODS – Tabela Perímetro


A tabela perímetro possui os dados Aeroespaciais da área
Georreferenciada e algumas informações do levantamento.

A partir dos dados informados nessa planilha é que posteriormente o


SIGEF conseguirá representar em termos geométricos os vértices, o limite e a
área da propriedade Georreferenciada.

Vamos entender bem esta guia da planilha ods. Dê uma espiadinha na


figura abaixo.
32

Perceba que a mesma é formada por 3 seções.

Vamos entender como preencher as mesmas, começando pela parte em


verde. A mesma é formada por 3 campos:

- Denominação;

- Parcela número e;

- Lado.
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Vamos entender como preencher estes campos. Para isso vou lhe trazer
vários exemplos práticos.

Primeiramente, para uma propriedade simples. Ou seja, formada por um


único polígono, você irá preencher exatamente conforme aparece na imagem
anterior.

Denominação: Parte 1;

Parcela número: 001;

Lado: Externo.

Ou seja, você terá um polígono simples.

Lembrando que, caso deseje, no campo denominação você pode colocar


o nome da propriedade.

Já uma segunda situação é o georreferenciamento de uma propriedade


cortada por uma estrada.

Neste caso, como a estrada é um bem público, você terá que excluir a
área da mesma da área da propriedade.

Ou seja, teremos a situação representada na imagem abaixo.


34

Perceba que a propriedade terá 2 parcelas. Com isso, você precisará


gerar 2 tabelas Perímetro para a mesma. Uma para cada lado da estrada
(parcela).

A melhor maneira de fazer isso é clicando com o botão auxiliar do mouse e


selecionando a opção "Mover/copiar planilha. Veja o detalhe na imagem abaixo.
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Ao você fazer isso se abrirá uma nova guia. Na mesma selecione a opção
copiar e renomeie a planilha como "perimetro_2".

Com isso você terá as guias "perímetro_1" e "perimetro_2".

Quanto ao preenchimento dos diferentes campos, o campo denominação


da guia perímetro 1, você pode denominar de "Parte 1".

Na guia perímetro_2, você pode denominar de "Parte 2".

Quanto ao campo parcela número. Na primeira planilha você preencherá


com o número 001 e na segunda com o número 002.

Já o campo lado, você deixará como externo em ambas as planilhas.

Uma outra situação com a qual você pode se deparar no seu dia a dia é
com a existência de uma propriedade ou área de posse encravada na
propriedade que você está georreferenciando.
36

Ou seja, algo parecido com o que é mostrado na imagem abaixo.

Em situações deste tipo, a planilha ods também terá que ter 2 guias
perímetro.

Neste caso, você pode preencher todos os campos de maneira idêntica à


que mostrei no exemplo anterior.

A única exceção será o campo “Lado”. Isso porque na guia perímetro_1,


você definirá o lado como "externo".
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Por outro lado, na guia perímetro_2, você definirá o lado como "interno".

Ou seja, na guia perímetro 1, você colocará as coordenadas da


propriedade que está georreferenciando e na guia perímetro 2 os dados da
propriedade ou área de posse que está encravada.

Naturalmente, também poderá existir uma situação mista. Ou seja, algo


parecido com o que é mostrado na imagem abaixo.
38

Perceba que neste caso, o procedimento não tem muitos segredos. Você
precisará criar 3 guias perímetro, preenchendo estes 3 campos (denominação,
parcela número e lado) da maneira certa.

Desta maneira, eu chamaria a denominação da primeira tabela perímetro


de Sitio da esperança 1.

Já para a segunda e a terceira planilha, eu atribuiria para o campo


denominação o nome de Sitio da esperança 2, com o lado da planilha 2 sendo
do tipo externo e o lado da planilha 2 sendo do tipo interno.

Perceba que ao atribuir-se esta nomenclatura, o SIGEF entenderá que


são 3 polígonos, sendo que o polígono sítio da esperança 2 possui um lado
interno e um lado externo.

DEFINIÇÃO DO SISTEMA DE REFERÊNCIA

Agora que você aprendeu a preencher estes campos, vamos para a


segunda seção, “Sistema de referência”.

Todos os dados do levantamento devem estar em coordenadas SIRGAS


2000. Lembrando que você pode inserir os mesmos em coordenadas
Geográficas ou em coordenadas na projeção UTM.

Dê uma espiadinha na imagem abaixo para entender melhor o que estou


falando.
39

Se você escolher a opção UTM, os campos referentes a definição do


Meridiano Central e do hemisfério são ativados para que você informe estes
dados.

Lembrando que você precisa ter certeza que definiu o tipo de coordenada
da maneira certa, pois do contrário você terá problemas ao importar os dados
para o SIGEF.

Uma vez que você tenha informado estes dados corretamente, chegamos
na parte de informação dos dados do levantamento propriamente dito.

O primeiro campo é o “vértice”. Este campo precisa estar preenchido da


maneira correta.

Veja abaixo exemplos de tipos de vértices.

- XPZT-M-2985
- XYZT-P-123
- XTEY-V-658078427
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Lembrando que o primeiro vértice de cada um dos tipos (M, P e V)


sempre será o número 001, sendo que você deve obter os mesmos em ordem
crescente.

O primeiro dado (XPZT) é o código do profissional, o segundo, o tipo de


vértice (M, P ou V) e o terceiro o número do vértice.

Os próximos campos são referentes as coordenadas e seus respectivos


sigmas (Desvios padrões). Assim temos os campos E, N e H.

Veja na figura abaixo como que você deve preencher as


coordenadas UTM.
41

Quanto as coordenadas Geográficas, as mesmas devem ser inseridas


com 3 casas depois da virgula. Segue um exemplo mostrando esta formatação.

N/Lat 34 30 25,314 S (trinta e quatro graus, trinta minutos, vinte


segundos e trezentos e quatorze milésimos de segundo sul.)

Já os sigmas devem ter 2 casas depois da virgula.

Sigma long: 0,18

O oitavo campo da planilha ods é o “método posicionamento”. Para o


preenchimento do mesmo baseie-se na tabela abaixo, tirada do Manual
Técnico de Limites e Confrontações:
42

O nono campo é o “tipo de limite”. Para o preenchimento do mesmo você


também precisará se basear em uma tabela existente no Manual Técnico de
Limites e Confrontações. Segue um print da mesma:

A partir de agora começaremos a ver os dados referentes aos


confrontantes.

O décimo campo é o “CNS” (Cadastro nacional de Serventia). Lembrando


que eu já falei a respeito deste campo quando mostrei para você o
preenchimento da planilha identificação.

CNS nada mais é do que o código do Cartório no qual o imóvel está


registrado. Como estamos informando os dados dos confrontantes, será o
código do cartório no qual a matricula da área confrontante está registrada.

Não se preocupe se você tiver que informar o código de diferentes


cartórios, isso é normal. Apenas informe de maneira correta o código do cartório
no qual o imóvel confrontante foi registrado.

O décimo primeiro campo é o “Matricula”. Neste campo você deve colocar


o número da matricula no qual o imóvel confrontante está registrado.
43

PS: Uma situação bem comum é o confrontante ir adquirindo áreas com


o decorrer dos anos e não unir as mesmas em uma única matricula.

Desta maneira, é comum mais de uma propriedade confrontante


pertencer a um mesmo confrontante, porém com matriculas diferentes.

O último campo, “Descritivo”, corresponde ao nome do confrontante. Caso


o mesmo seja uma empresa, você deve informar o nome da mesma.

Veja na imagem abaixo um exemplo de planilha ods preenchida:


44

Parte 5 – Validação da planilha


Uma vez que a planilha ods esteja preenchida você precisará validar a
mesma através da extensão do SIGEF. Esta etapa é muito importante, pois caso
exista algum erro grosseiro na planilha você descobrirá o mesmo.

Ressalto que o processo de validação é muito importante porque com a


validação, até mesmo erros como pontos com sigmas acima do aceito pela
legislação serão apontados.

Para fazer a validação da planilha ods clique em SIGEF, verificação que


será aberto um menu flutuante mostrando se existem erros e caso existam aonde
que os mesmos estão.
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Conclusões finais
Neste ebook vimos como preencher a planilha ods. Eu não mostrei como
proceder em softwares especificos, pois considerei que mais importante do que
utilizar o software A ou B é entender como preencher corretamente cada campo.

Na realidade você não precisa de um software para a produção da planilha


ods, pois caso deseje, nada impede você de preencher a mesma no braço.

Naturalmente, a utilização de um software especifico de


Georreferenciamento irá gerar automaticamente a planilha ods preenchida,
porém mesmo em um software especifico você terá que informar todos os dados
necessários manualmente sendo que o tempo de preenchimento é praticamente
o mesmo do que o para o preenchimento manual da planilha.

Bom, espero que você tenha gostado e aprendido muito com este guia.
Qualquer dúvida, comentário, reclamação, enfim, qualquer coisa, basta entrar
em contato comigo através do e-mail adenilsongiovanini@hotmail.com, que terei
o maior prazer em responder!
46

O SEU PRÓXIMO NÍVEL


Além deste e-book, eu possuo alguns cursos e livros dos quais os
profissionais gostam muito.

Quero te apresentar 3 deles, os quais acredito que possuam os


conhecimentos que você está procurando.

Livro A Bíblia do Agrimensor

O Livro A Bíblia do Agrimensor é o livro de Topografia mais completo do


Brasil, com 579 páginas de conteúdo.
Ao todo, ele possui mais de 547 estudos de caso, conhecimentos práticos,
exemplos, aplicações, planilhas e chacklists.
47

Livro Topografia Cadastral e Georreferenciamento de


Imóveis Rurais na Prática

O Livro Topografia Cadastral e Georreferenciamento de Imóveis Rurais na


Prática é o livro mais vendido do Brasil sobre o tema.
O mesmo possui 469 páginas de conteúdo, possuindo mais de 307 exemplos
práticos e estudos de caso mostrando como proceder.
Copie e cole os mesmos no seu dia a dia e passe diretamente para a prática
prestando serviços e ganhando dinheiro.
48

Livro Topografia Com Drones

O Livro Topografia Com Drones possui 170 páginas de conteúdo divididas


em 9 capítulos estrategicamente estruturados, os quais condensam todos os
conhecimentos que você precisa para operar drones com grande velocidade e
com segurança.
Domine a topografia com drones e vá diretamente para a prática, prestando
serviços com grande velocidade, com segurança e ganhando dinheiro!

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