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MEMORIAL DESCRITIVO

PROJETO DE ESGOTO SANITÁRIO

Obra: Edifício Residencial Monte Pascoal


Local: Rua Amazonas, Salvador

Proprietário: Sérgio Ricardo Dos Santos Silva


Autores do Projeto: Engª Fátima Pereira Novo – CREA/BA – 020142029

Engº Kaique Rangel Chaves Soares – CREA/BA – 030151276


1. APRESENTAÇÃO

O presente memorial descritivo refere-se ao Projeto de Esgoto que contempla os detalhamentos


das instalações de esgoto sanitário do Edifício Residencial Pascoal, situado em Rua Amazonas,
Salvador.

Segue as normas da ABNT, que estabelecem as exigências mínimas quanto à segurança,


economia e conforto, como:

a) evitar a contaminação da água, de forma a garantir a sua qualidade de consumo, tanto


no interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos sanitários, como nos
ambientes receptores;
b) permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, evitando
a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior das tubulações;
c) impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto sanitário
atinjam áreas de utilização;
d) impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema;
e) permitir que os seus componentes sejam facilmente inspecionáveis;
f) impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação;
g) permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que facilitem a
sua remoção para eventuais manutenções.

2. NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIAS

 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

 NBR-8160/1999 - Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução

3. RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Projeto de Esgoto Sanitário elaborado pelos Engenheiros Fátima Pereira Novo, CREA/BA
020142029, e Kaique Rangel Chaves Soares, CREA/BA 030151276.
4. CONSIDERAÇÕES GERAIS

4.1 SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO

4.1.1 PREMISSAS INICIAIS

Para as instalações prediais de esgotos em qualquer tipo de edificação existe a classificação em


dois tipos de sistemas de captação de contribuições, sendo estes: sanitários e águas pluviais.
Sendo posteriormente conectadas as respectivas redes coletoras, pública. Os sistemas de
esgotos sanitários subdividem-se em duas categorias:

 Esgoto sanitário primário: no qual as canalizações recolhem contribuições de esgotos


que contêm gases provocados pela decomposição da matéria orgânica e gases
provenientes do coletor público ou de dispositivos de tratamento.
 Esgoto sanitário secundário: no qual as canalizações recolhem contribuições de esgotos
sem a presença de gases provocados pela decomposição da matéria orgânica, sendo
protegidas por emprego de dispositivos que não permitam a entrada na canalização de
gases do esgoto primário, sendo esta proteção exercida pelos desconectares ou sifão.

O sistema de esgoto sanitário receberá os despejos provenientes dos equipamentos sanitários


e os conduzirá até a rede pública.

A princípio para qualquer dimensionamento dos diâmetros das tubulações de esgoto, deve-se
adotar como unidade de contribuição a UHC – Unidade Hunter de Contribuição. Cada aparelho
possui o seu número de UHC e o diâmetro mínimo do seu ramal de descarga.

A primeira fase do dimensionamento do projeto predial consiste em definir a localização e


quantificar os aparelhos sanitários que serão utilizados na edificação. Ressaltando que todos os
aparelhos, peças e dispositivos deverão satisfazer às exigências das normas em questão. Após a
primeira fase, determinaram-se os diâmetros mínimos, dos ramais de descarga para
posteriormente determinar os diâmetros mínimos, dos ramais de esgoto, tubulação de
ventilação e os tubos de queda. A penúltima fase será a determinação dos diâmetros mínimos,
dos coletores e subcoletores.

4.1.2 ESPECIFICAÇÕES DE PROJETO

O projeto em referência consiste basicamente dos seguintes componentes: tubulações internas


e externas de coleta dos dejetos humanos e águas servidas; 82 (oitenta e dois) lavatórios, 82
(oitenta e duas) bacias sanitárias, 40 (quarenta) pias, 40 (quarenta) tanques, 40 (quarenta)
máquinas de lavar roupa, 21 (vinte e uma) caixas de inspeção, 4 (quatro) caixas de gordura.
Os ramais internos deverão ser encaminhados aos pontos de entrega de esgoto e encaminhados
à rede de tratamento de efluentes sanitários. Deverá ser deixada folga entre as tubulações e os
elementos estruturais.
Durante a execução da obra, deverão ser tomadas precauções para evitar a entrada de detritos
nas tubulações. As extremidades das tubulações de esgoto deverão ser vedadas até a montagem
dos aparelhos sanitários, com plugues.
As canalizações deverão ser assentadas em terrenos livres de pedregulho ou sobre areia
adensada com recobrimento mínimo de trinta centímetros. Os tubos de ventilação terão sua
extremidade superior a cinquenta centímetros acima da coberta.
Deverão ser adotados o seguinte declive mínimo de 1% (um por cento). A rede predial e externa
será executada com tubos e conexões de PVC obedecendo ao projeto hidrossanitário.
Os coletores externos recolherão das caixas de inspeção, com declividade no sentido do coletor
principal. O coletor principal receberá todo o esgoto, (ligando a rede de coleta de efluentes
existente). As caixas de inspeção serão pré-moldadas

4.1.3 MEMORIAL DESCRITIVO

4.1.3.1 UNIDADE HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO E DIÂMETRO DOS RAMAIS DE DESCARGA

As tubulações do subsistema de coleta e transporte de esgoto sanitário serão dimensionadas


pelo método das unidades de Hunter de Contribuição (UHC), apresentado na tabela a seguir:

Tabela 1 - Unidades de Hunter de Contribuição dos aparelhos sanitários e Diâmetro nominal


mínimo dos ramais de descarga.

As caixas sifonadas devem ter as seguintes características mínimas:

a) ser de DN 100, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 6 UHC;
b) ser de DN 125, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 10 UHC;
c) ser de DN 150, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 15 UHC.
4.1.3.2 DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE ESGOTO E VENTILAÇÃO

Para os ramais de esgoto, deve ser utilizada a seguinte tabela:

Tabela 2 - Dimensionamento de Ramais de Esgoto.

Já os ramais de ventilação podem ser dimensionados pela somatória das UHC, conforme
valores indicados a seguir:

Tabela 3 - Dimensionamento dos ramais de ventilação

4.1.3.3 DIMENSIONAMENTO DOS SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL

O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela somatória das UHC conforme
os valores da tabela04, onde o coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo DN 100. No
dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores devem ser considerados todos os
aparelhos contribuintes para o cálculo do número de UHC.

Tabela 4 - Dimensionamento de subcoletores e coletor predial


4.1.3.4 DIMENSIONAMENTO DOS TUBOS DE QUEDA

Tabela 5 - Dimensionamento de Tubos de Esgoto

Obs: Nenhum vaso sanitário deve descarregar em tubo de queda de diâmetro nominal inferior
a 100 mm.

4.1.3.5 DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS E BARRILETES DE VENTILAÇÃO

Tabela 6 - Dimensionamento das colunas de ventilação


5. ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS

Os despejos sanitários terão sua captação feita de acordo com todas as indicações de projeto
apresentadas nas pranchas anexas. Os tubos e conexões do sistema de esgoto sanitário serão
de PVC, ponta e bolsa para os ramais, sub-ramais e rede.

As conexões do sistema de esgoto serão encaixadas utilizando-se anéis apropriados e com ajuda
de lubrificante indicado dos materiais adquiridos.

Os vasos sanitários serão auto-sifonados e os demais equipamentos sanitários, tais como


lavatórios, pias e tanques, serão sifonados através da utilização de sifões apropriados e de caixas
sifonadas.

Será instalado o sistema de ventilação, conforme indicado em projeto, o qual permitirá o acesso
do ar atmosférico no interior do sistema de esgoto, bem como a saída dos gases de forma a
impedir a ruptura dos fechos hídricos.

Todas as colunas de ventilação deverão ser prolongadas até a calha de drenagem na cobertura,
de forma a garantir uma perfeita renovação do ar no sistema.

A coluna e sistema de ventilação serão em PVC tipo esgoto, com conexões do mesmo material.

As caixas sifonadas utlizadas são de PVC, com a finalidade de receber as contribuições (despejos)
de esgoto secundário. É uma caixa dotada de fecho hídrico e de tampa, normalmente nos
formatos circular (pré- moldados de concreto ou plástico reforçado) ou retangular (alvenaria de
tijolo maciço, revestida internamente).

As caixas de gordura serão pré moldadas de concreto assim como as caixas de inspeção, levando
em conta o cuidado no momento de concretagem.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este memorial é parte integrante do projeto de esgoto sanitário do Edifício Residencial Monte
Pascoal, não podendo dele ser dissociado sob pena de nulidade dos conceitos nele presentes.

Todos os critérios técnicos de engenharia nele adotado estão baseados em normas brasileiras
editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, em normas internacionais e
principalmente no entendimento de seu autor.

Salvador, segunda-feira, 10 de junho de 2019

Engª FÁTIMA PEREIRA NOVO


CREA 020142029 - BA

Eng° KAIQUE RANGEL CHAVES SOARES


CREA 030151276 - BA

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