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de calhas
DANDARA VIANA MARÇO 25, 2019 CONSTRUÇÃO CIVIL 19 COMMENTS
Aposto que você já se perguntou por que, em épocas de muita chuva, os telhados
costumam dar tanto problema, como é o caso das famosas goteiras, os desagradáveis
mofos no forro e até os desabamentos da cobertura!
Mas você sabia que uma das principais causas disso é o incorreto dimensionamento das
instalações de águas pluviais?
Pois bem, nesse post você aprenderá como evitar esses problemas, fazendo o correto
dimensionamento e execução de calhas e condutores e ainda seguindo as
recomendações da ABNT NBR 10844/1989 – Instalações prediais de águas pluviais.
Conceitos básicos
Para iniciarmos nosso estudo, precisamos conhecer alguns conceitos fundamentais
relacionados às instalações de águas pluviais, são eles:
Se quiser saber mais sobre período de retorno, temos um vídeo específico! Confira abaixo:
Caixa de areia: Caixa utilizada nos condutores horizontais destinados a recolher detritos
por deposição.
Ralo: Caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a receber águas pluviais.
EXEMPLO DE UMA RALO LINEAR DE PVC
Projeto
de instalação predial de águas pluviais
Os passos seguintes foram elaborados para facilitar a execução de um projeto de
instalação predial de águas pluviais, desde o cálculo da vazão de projeto para determinada
localidade no território brasileiro até o correto dimensionamento e execução das
tubulações, vejamos.
Vale ressaltar que, para construções até 100m² de área de projeção horizontal, salvo
casos especiais, podemos adotar uma intensidade pluviométrica de 150mm/h.
ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO
3 – Determinar a vazão de projeto
De posse das informações dos passos anteriores, a vazão de projeto pode ser calculada
pela seguinte expressão:
Onde:
4 – Dimensionamento
Neste passo, aprenderemos como dimensionar calhas e condutos a partir da equação de
Manning ou por meio das tabelas e ábacos abaixo tomando como base a vazão de projeto
já calculada.
Dimensionamento de calhas
Como dito anteriormente, calha é um canal que recolhe a água de coberturas e a conduz a
um ponto de destino. Dessa forma, para que a água seja transportada corretamente, sem
transbordamentos, é necessário um prévio dimensionamento da seção da calha, que
deverá ser feito a partir da fórmula de Manning, indicada a seguir, e comparada com a
vazão de projeto do passo anterior.
Onde:
Material n
CALHA SEMICIRCULAR
Neste caso, primeiramente fixamos uma declividade para a calha, então basta utilizarmos
o valor de vazão encontrado no passo 2 e escolher, na tabela 3 abaixo, um valor maior ou
igual a ele. Dessa forma, o resultado encontrado será o diâmetro para a calha circular. Viu
como é fácil?
Tabela 3 – Capacidades de calhas semicirculares com coeficientes de rugosidade n =
0,011 (L/min)
Declividades
Diâmetro interno (mm)
0,50% 1,00% 2,00%
Vele lembrar que alguma recomendações devem ser levadas em conta para o
dimensionamento das calhas, são elas:
canto
1,1 1,05
arredondado
Dessa forma, a vazão recebida por cada condutor vertical será simplesmente a vazão da
calha dividida pelo número de saídas.
Diante disso, para a correta execução da instalação de águas pluviais devemos seguir
algumas recomendações técnicas acerca dos condutores verticais, são elas:
Primeiramente, devemos escolhes qual dos dois ábacos utilizar, para isso
devemos escolher qual o tipo da saída da calha: aresta viva ou de funil;
Escolhido o ábaco, devemos levantar uma vertical a partir do valor da vazão
calculada para o condutor vertical até interceptar as curvas de H (altura da lâmina de
água na calha, em mm) e L (comprimento do condutor vertical, em m),
correspondentes;
Após realizarmos as duas interseções, transportaremos a mais alta até o eixo D,
por meio de uma linha horizontal;
Por fim, adotaremos o diâmetro nominal cujo diâmetro interno seja superior ou
igual ao valor encontrado e maior que 70mm.
Tabela 5 – Ábacos para a determinação de diâmetros de condutores verticais
Pois bem, esse foi nosso post sobre dimensionamento de calhas e condutores e nos
baseamos, entre outras fontes, na ABNT NBR 10844/1989 – Instalações prediais de
águas pluviais.