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MEMORIAL DESCRITIVO
Drenagem Pluvial
O sistema de drenagem de águas pluviais urbanas se sobressai como um dos mais sensíveis aos
problemas causados pela urbanização, tanto em razão das modificações dos processos do ciclo
hidrológico por causa do crescimento das cidades como devido à interferência com os demais
sistemas de infraestrutura. Num sistema de drenagem de um núcleo habitacional submetido ao
processo de expansão urbana, facilmente comprova-se a sua ineficiência imediatamente após as
precipitações significativas, trazendo transtornos à população quando causa inundações e
alagamentos. Como medida preventiva, deve-se adotar um sistema de escoamento eficaz que possa
sofrer adaptações para atender a evolução urbanística que aparece no decorrer do tempo. Um sistema
geral de drenagem urbana é constituído pelos sistemas de micro e macrodrenagem. A microdrenagem
urbana é definida pelo sistema de bocas de lobo, de sarjetas e de condutos pluviais ao nível de
loteamento ou de rede primária urbana. Por sua vez, esse projeto destina-se a coletar, conduzir e dar
destinação final às águas pluviais.
1. DO PROJETO
Este memorial descritivo refere-se ao sistema de drenagem pluvial urbana da Avenida José Barroso,
Bairro Santo Expedito, São José do Jacuri (MG) zone 23 k, de latitude 18° 15’55 95” S e longitude
42°40’3 86” O, quanto ao dimensionamento de galerias pluviais para o encaminhamento e
lançamento das águas pluviais, nas galerias já pré-existentes na rua Antônio Barroso e na rua Cônego
Júlio, com deságue final na rua Maria Barroso.
Este projeto utilizou de uma base topográfica da área, realizada pelo topógrafo responsável técnico
Lennon Luis Lopes ( CFT 0933955906), na data de 05/11/2021, podendo ocorrer divergências em
relação à situação na ocasião da execução das obras devido a movimentação de terra para abertura e
manutenção das vias internas de circulação.
No levantamento topográfico foi apresentado as representações gráficas (sem escala) das caixas,
tampas, bueiros e manilhas que farão parte do sistema de drenagem a ser construído. No projeto de
drenagem pluvial, considerou-se que o sistema de condução de águas pluviais foi o de caminhamento
superficial pelas sarjetas até dispositivos de captação e posteriormente por canalizações até o destino
final, localizado na rua Maria Barroso, e posteriormente o deságue no rio Jacuri. Cabe ressaltar que
nesta revisão de projeto foi incluída a área de contribuição pluvial da rua Maranhão, podendo ocorrer
contribuições à montante. A execução do projeto será de responsabilidade da pessoa (física ou
jurídica) executante e legalmente habilitada, devendo-se obedecer às prescrições das normas ABNT
2. PARÂMETROS DE PROJETO
2.1. Cálculo das vazões de projeto, delimitação das bacias de contribuição e perfil do greide
Para projetos de drenagem pluvial para a área urbana de São Jose do Jacuri, MG, adotou-se como
índice pluviométrico anual em torno de 1440,1 mm, sendo que o período de maior ocorrência de
precipitações vai de outubro a março, e o período seco vai de abril a setembro.
Para efeitos de cálculo, foi escolhido o Método Racional para ser aplicado neste trabalho que
avalia a máxima vazão de escoamento superficial da região
d) macrodrenagem: 25 anos
Tempo de concentração é o tempo de duração para que toda a bacia considerada contribua para o
escoamento superficial. O tempo de concentração é o tempo que leva uma gota de água mais
distante até o trecho considerado na bacia. A avaliação do tempo de concentração é bastante
complexa, devido aos inúmeros condicionantes envolvidos, existindo uma grande variedade de
expressões e cálculo. Existem numerosas fórmulas empíricas para calcular o tempo de
concentração em função do comprimento do curso principal, do desnível total até as cabeceiras,
da área da bacia, declividade média do terreno, tipo de cobertura, e ou de outros parâmetros
escolhidos. Para os projetos de drenagem urbana, o tempo de concentração será calculado como
sendo composto de duas parcelas, que são:
• Tempo de escoamento superficial: É o tempo gasto pelas águas precipitadas nos pontos
mais distantes da bacia, para atingir a primeira boca de lobo. Este valor não deve ser
superior a 10 minutos (tempo inicial). No projeto em questão adotou-se esse valor limite
para o dimensionamento dos coletores.
Definiu-se o ponto de início do sistema de galerias, o ponto com calçamento mais à montante da Rua
José Barroso, com a localização da primeira captação, cuja necessidade foi estabelecida no caso de:
Na condução de águas pluviais devem ser utilizados tubos de concreto em conformidade com a NBR
9794 para concreto armado. O diâmetro nominal dos condutos de ligação foi DN 600 e 400 mm
Por se tratar de condutos de ligação dispostos paralelamente à guia do meio fio, optou-se por um
recobrimento mínimo de 50cm sobre a geratriz superior externa da galeria.
3. PARÂMETRO DO DIMENSIONAMENTO
Para a elaboração do sistema de galerias de águas pluviais, foi levado em consideração diversos
parâmetros para o dimensionamento do projeto, os quais estão relacionados a seguir:
A empresa contratada deverá fornecer e instalar no local da obra a placa modelo do governo Federal,
com a indicação da empresa executora da obra, a identificação do responsável técnico e as
informações da referida obra, cujo material será em chapa galvanizada (3,00 x 1,50 m), com
detalhamento na planilha orçamentária.
Por se tratar de uma obra de manutenção/reforma, as vias já se encontram pavimentadas com blocos
sextavados (bloquetes), guia de meio fio e uma estrutura assemelhada à sarjeta usada para fins de
fixação dos blocos sextavados à guia do meio fio e condução das águas pluviais.
Os blocos sextavados deverão ser retirados e depositados ao lado da abertura das valas, desde que
não impeçam o trânsito local de veículos e pedestres, podendo ou não ser reutilizados. Não serão
aceitos blocos quebrados ou danificados.
As guias de meio fio e as estruturas que se assemelham às sarjetas deverão ser mantidas e protegidas
no local. Caso esta se danifique, deverá ser recuperada à maneira inicial.
A abertura da vala se processará de maneira a resultar em uma seção retangular ou com inclinação a
partir do ponto de geratriz inferior do fundo da vala em função da estabilidade das paredes assim
resultantes. A largura da vala será no mínimo 1,5x diâmetro da tubulação. A escavação será realizada
por retroescavadeira ou manualmente (a critério do executante e observadas as características do
local) que depositará o material ao lado da vala para profundidades de escavação inferior à 2,5m. Para
profundidades maiores, parte do material escavado deverá ser retirado do local por pá carregadeira e
transportado por caminhões basculantes, sendo depositado em local aprovado pela fiscalização. Nos
locais inacessíveis aos equipamentos, a escavação deverá ser manual, não acarretando este
procedimento qualquer acréscimo aos preços pré-estabelecidos e descritos na planilha orçamentária.
Esse procedimento se aplica tanto em vias públicas, pavimentadas em que será necessário a remoção
do pavimento, como nas vias a serem pavimentadas ou com pavimentos deficientes. É da
responsabilidade do executante o isolamento das áreas escavadas, com a utilização de sinalizações
apropriadas, evitando as aproximações de veículos e pedestres.
• retroescavadeira;
• pá-carregadeira;
• caminhão basculante;
• pequenas ferramentas: pá, enxada, etc.
Quando a escavação atingir a cota indicada em projeto, será feita a regularização e a limpeza do
fundo da vala. Todo material remanescente após executado o preenchimento das valas será
considerado como terra excedente e deverá ser removido para locais a serem indicados pela
fiscalização, ficando a cargo da contratante.
• retroescavadeira ou escavadeira;
• caminhão Munck ou basculante;
• pequenas ferramentas: pá, enxada, alavanca, cabo de aço, colher de pedreiro, etc.
O assentamento da tubulação deverá seguir paralelamente a abertura das valas, devendo ser
executado no sentido de jusante para montante com bolsa voltada para montante. Antes do
assentamento, os tubos serão cuidadosamente vistoriados quanto as condições estruturais e limpeza, e
eventualmente descartados a critério da fiscalização. Antes da execução de qualquer junta, deve ser
verificado se as extremidades dos tubos estão limpas e se as pontas dos tubos estão centradas em
relação a bolsa.
As juntas internamente serão preenchidas com argamassa de cimento e areia 1:3 cuidadosamente
desempenados de modo a se evitar as rugosidades que altere o regime de escoamento das águas. As
juntas na parte externa serão tomadas com um cordão de argamassa de cimento e areia e a seção de
formato semicírculo, no caso de luvas e argamassa terá seção triangular equilátera.
O terreno deverá estar compactado mecanicamente por compactadores manuais ou mecânicos para
garantir o grau de compactação satisfatório e a uniformidade de apoio na execução do berço, como
descrito no item 4.2.1. Quando existir solo com baixa capacidade de suporte no terreno de fundação
o berço deve ser executado sobre um enrocamento de pedra de mão jogada, ou atender à solução
especificada no projeto.
Os tubos serão de concreto armado, nos diâmetros indicados em planta, e deverão ser assentados
preferencialmente nas declividades das ruas observando-se uma declividade mínima de 0,5 %.
4.3.1.5 Reaterro
Frisa-se especial atenção à compactação junto às paredes dos tubos. O reaterro deve prosseguir até se
atingir uma espessura de, no mínimo, 50 cm acima da geratriz superior externa do corpo do tubo.
O assentamento dos tubos poderá ser feito manual ou mecanicamente de acordo com a orientação da
fiscalização e devem obedecer aos greides projetados e de acordo com as dimensões indicadas.
Somente será liberado pela fiscalização o aterro de qualquer trecho da rede, após verificação e
confirmação do alinhamento, cotas e declividades.
Quanto ao reaterro das valas, os serviços consistem na execução de reaterro das valas, incluindo a
compactação do solo, mão-de-obra, equipamentos e materiais indispensáveis a execução dos serviços.
O reaterro das valas deverá ser executado com solos de boa qualidade isento de pedras e corpos
estranhos. A critério da fiscalização poderão ser utilizados no reaterro solos provenientes da própria
escavação ou, se necessário, solos importados. O lançamento do solo dentro da vala (cobrimento do
tubo) poderá ser executado mecanicamente pela retroescavadeira ou manualmente.
As bocas-de-lobo serão construídas nas calçadas contíguas às sarjetas e em pontos baixos estratégicos
com relação à coleta de água pluvial que escoa pela sarjeta, previamente mostrada nos projetos. Junto
às bocas-de-lobo, será feito um rebaixamento, com declividade de 5% na sarjeta para forçar a
penetração da água em seu interior.
5. Pavimentação
Os serviços de regularização e compactação do subleito serão executados de maneira a conformar as
ruas com o greide já existente. Por se tratar de área urbana com lotes já edificados com calçadas e
pavimentação, procurou-se manter o greide existente fazendo apenas pequenas correções necessárias
a conformar o referido greide dentro dos padrões de engenharia viária. A regularização do subleito
será feita com soquete manual e equipamento de placa vibratória em camadas de aproximadamente
15 cm.
5.1 Assentamento dos blocos
Após a perfeita estabilização e regularização do subleito, segue-se o reassentamento dos bloquetes
sobre o colchão de areia ou pó de pedra.
Os blocos de concreto deverão ser assentados mantendo face superior nivelada e sem ressalto. Após a
execução do pavimento este deverá ser compactado (compactação inicial). Com isso, fazem-se os
serviços de rejunte, espalhando o próprio material usado na base, com espessura de 2,00 cm com o
auxilio de vassouras, rodos e vassourões, fazendo a varredura, possibilitando, deste modo o melhor
enchimento dos vazios entre as lajotas assentadas. Após a varredura, será feita a compactação final
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Claudio Jose Santos Rocha
Prefeito Municipal de São Jose do Jacuri – MG
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