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de Saneamento
FNS
• homem;
• águas de abastecimento;
• vetores (moscas, baratas);
• alimentos.
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• controle da poluição das praias e dos locais de recreação com o objetivo de
promover o turismo;
• preservação da fauna aquática, especialmente os criadouros de peixes.
Os microorganismos eliminados nas fezes humanas são de diversos tipos, sendo que
os coliformes (Escherichia coli, Aerobacter aerogenes e o Aerobacter cloacae) estão presentes
em grande quantidade, podendo atingir um bilhão por grama de fezes.
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• Variação de Vazão: a variação de vazão do efluente de um sistema de esgoto
doméstico é em função dos costumes dos habitantes. A vazão doméstica do
esgoto é calculada em função do consumo médio diário de água de um indivíduo.
Estima-se que para cada 100 litros de água consumida, são lançados
aproximadamente 80 litros de esgoto na rede coletora, ou seja 80%.
• Matéria Orgânica: cerca de 70% dos sólidos no esgoto são de origem orgânica,
geralmente esses compostos orgânicos são uma combinação de carbono,
hidrogênio e oxigênio, e algumas vezes com nitrogênio.
Os grupos de substâncias orgânicas nos esgotos são constituídos por: -
compostos de: proteínas (40 a 60%), carboidratos (25 a 50%), gorduras e óleos
(10% ) e uréia, sulfatans, fenois, etc.
• Matéria Inorgânica
Deste grupo as bactérias são as mais importantes, pois são responsáveis pela
decomposição e estabilização da matéria orgânica, tanto na natureza como nas estações de
tratamento.
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• Indicadores de Poluição
Há vários organismos cuja presença num corpo d’água indica uma forma qualquer de
poluição.
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CONTRIBUIÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM SISTEMAS
DE ESGOTO SANITÁRIO NO BRASIL
RESUMO: Os sistemas de esgotos urbanos podem ser de três tipos: na Inglaterra e no continente europeu levou a uma situação em que a
sistema unitário, sistema separador parcial e sistema separador absoluto. disposição dos excretos das populações se tornou impraticável. Isto
No sistema unitário, as águas residuárias, as águas de infiltração e as levou ao uso de privadas onde os excretos se acumularam apresentando
águas pluviais veiculam por um único sistema; no sistema separador problemas de odores e vetores.
absoluto, as águas residuárias e as águas de infiltração veiculam em Embora a privada com descarga hídrica tivesse sido inventada em
sistema separado das águas pluviais; e no sistema separador parcial, as 1596, o seu uso generalizado demorou bastante a ocorrer. O seu uso,
águas pluviais provenientes de telhados e pátios são encaminhadas juntamente com as epidemias ocorridas no século 19, foram fatores
juntamente com as águas residuárias e águas de infiltração para um fundamentais para que a coleta e afastamento de esgotos merecessem a
único sistema de coleta e transporte de esgotos. No Brasil é adotado o adequada atenção das autoridades.
sistema separador absoluto, de modo que as águas pluviais não deveriam Seguindo a prática Romana, os primeiros sistemas de esgotos,
chegar aos coletores de esgoto, mas na realidade sempre chegam, não tanto na Europa como nos Estados Unidos foram construídos para coleta
somente devido a defeitos das instalações e também devido às ligações e transporte de águas pluviais. Foi somente em 1915 que se autorizou,
clandestinas. Tem sido observado na grande maioria dos sistemas de em Londres, o lançamento de efluentes domésticos nas galerias de águas
esgotos que parcela significativa de águas pluviais afluem ao sistema, de pluviais e, em 1847 tornou-se compulsório o lançamento de todas as
modo que, na prática, os nossos sistemas funcionam como separador águas residuárias das habitações nas galerias públicas de Londres. Surgiu,
parcial. Pelos dados levantados neste trabalho, a contribuição de águas então, o sistema combinado ou unitário de esgotamento, uma rede única
pluviais variam de 26 a 283% sobre a vazão máxima de período seco e de esgotos para águas servidas e águas pluviais.
taxa de contribuição de águas pluviais de 0,15 a 12 L/s.km. Recomenda- Desenvolvida essa técnica de esgotamento, os ingleses procuravam
se, como meta, um aumento de até 30% sobre a vazão máxima de esgoto aplica-las em cidades de outros países, como: Rio de Janeiro e Nova
no período seco e taxa de contribuição de águas pluviais inferior a 3 L/ Iorque, em 1857; Recife em 1873; Berlim em 1874 e São Paulo, em
s.km. Acima desses valores o esgoto deve ser extravasado para não 1883.
prejudicar o funcionamento do sistema de esgoto, e para isso há Também foram implantados em diversas cidades européias e
necessidade de mudança na legislação ambiental para permitir o americanas, o mesmo sistema desenvolvido pelos ingleses. O sistema de
extravasamento. É importante que seja revisto o sistema atualmente esgotamento unitário teve bom desempenho, em regiões frias e
utilizado no Brasil, definindo novos parâmetros decorrentes das subtropicais, com baixo índice de pluviosidade, atendendo cidades com
contribuições de águas pluviais em sistemas de esgoto sanitário, pois o ruas pavimentadas e com bom nível econômico, no entanto, em regiões
mesmo não retrata a realidade brasileira. tropicais, devido às elevadas precipitações pluviais, baixa densidade
demográfica, falta de pavimentação e limitação de recursos financeiros,
PALAVRAS-CHAVE: Sistema unitário, Sistema separador parcial, os ingleses encontraram dificuldades intransponíveis para a aplicação
Sistema separador absoluto, Coletores de esgoto, Águas pluviais. do sistema unitário. Por essa razão foi idealizada e aplicada uma solução
intermediária, ou seja, o sistema separador parcial que foi implantada no
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO Rio de Janeiro. Neste caso os esgotos recebiam os esgotos domésticos
mais a parcela de águas pluviais que se originava nas áreas construídas
A Cloaca Máxima de Roma, construída no século 6 antes de Cristo, das habitações (áreas cobertas e áreas pavimentadas).
é o mais conhecido canal subterrâneo para o esgotamento sanitário. Em 1879, visando aspectos práticos e econômicos, surgiu nos
Nessa época, a conexão direta das residências a esse canal ou conduto, Estados Unidos o sistema separado, posteriormente denominado de
não era prática generalizada, devido o fato de que a saúde pública era separador absoluto, no qual a rede de esgotos recebe exclusivamente
pouco reconhecida e o saneamento obrigatório era considerada como águas residuárias, de modo que, as águas pluviais são coletadas por
uma violação do direito privado. outra rede independente.
Estruturas similares aos drenos Romanos foram utilizados na Europa O tanque fluxível com descargas periódicas, destinadas à limpeza
medieval, porém, o lançamento de excretos humanos nesses condutos foi proposto com o objetivo de facilitar a aceitação do sistema separador
era terminantemente proibido, de modo que, os excretos eram dispostos absoluto. Em 1912, a cidade de São Paulo adotou esse sistema em
nas ruas, até que a chuva, ou lavagem das ruas os levasse para condutos substituição ao sistema separador parcial. Em 1943, foram iniciadas
de drenagem pluvial e os descarregassem no curso de água mais próximo. experiências em São Paulo cujos resultados permitiram abandonar a
Ao longo do tempo, com o crescimento das comunidades, particularmente adoção generalizada de tanques fluxíveis.
20 A G U A L A T I N O A M É R I C A julio/agosto 2004
TIPOS DE SISTEMAS DE ESGOTOS de águas pluviais, a curva de vazão no período chuvoso é
Os sistemas de esgotos urbanos podem ser de três tipos: aproximadamente paralela a curva de vazão de esgotos em período seco,
· Sistema unitário; com defasagem no tempo, maior ou menor, dependendo do ponto de
· Sistema separador absoluto; observação. A Figura 3 apresenta uma variação típica semanal de vazões,
· Sistema separador parcial. tanto para o período seco como úmido, em um sistema unitário.
SISTEMA UNITÁRIO Figura 3: Variações típicas diárias e semanais das vazões de esgoto
em sistema unitário. Fonte: Metcalf & Eddy (1981).
Sistema de esgotamento unitário, ou sistema combinado é o sistema
em que as águas residuárias (domésticas e industriais), águas de infiltração
(água de subsolo que penetra no sistema através de tubulações e órgãos
acessórios) e águas pluviais veiculam por um único sistema (Figura 1).
julio/agosto 2004 A G U A L A T I N O A M É R I C A 21
aproximadamente três vezes menores que a intensidade de chuva No sistema unitário há outros fatores que devem ser considerados
observada em cidades brasileira, de modo que, a vazão de águas pluviais (Tsutiya e Alem Sobrinho, 1999):
é muito menor na Europa do que no Brasil. · O sistema exige desde o início investimentos elevados, devido às
grandes dimensões dos condutos e das obras complementares;
Figura 4: Comparação de intensidade de chuva em cidades européia · A aplicação dos recursos precisa ser feita de maneira mais concentrada,
e brasileira.
reduzindo a flexibilidade de execução programada por sistema;
· As galerias de águas pluviais, que em cidades brasileiras são executadas
em 50% ou menos das vias públicas, terão de ser construídas em todos
os logradouros;
· O sistema não funciona bem em vias pública não pavimentadas, que se
apresentam com elevada freqüência em cidades brasileiras;
· As obras são de difícil e demorada execução;
· Em municípios operados pelas companhias estaduais de saneamento
no Brasil, a responsabilidade da drenagem urbana é da prefeitura municipal
e o sistema de esgoto da companhia estadual.
22 A G U A L A T I N O A M É R I C A julio/agosto 2004
SISTEMA SEPARADOR PARCIAL Tabela 3 – Taxa de contribuição pluvial em bacias da RMSP. Fonte:
Alonso et al (1990).
Nesse sistema, uma parcela das águas de chuva, proveniente de
telhados e pátios das economias são encaminhadas juntamente com as
Ponto de controle Bacia Taxa de contribuição
águas residuárias e águas de infiltração do subsolo para um único sistema
pluvial (L/s.km)
de coleta e transporte de esgotos. Portanto, no sistema separador parcial
6601 PI 20 - Traição 2,72
o sistema de esgotos urbanos é, também, constituído de redes de esgoto
6602 PI 20 - Traição 6,88
e de galerias de águas pluviais.
6603 PI 20 - Traição 1,94
6701 PI 18 - Uberaba 4,06
DETERMINAÇAO DE MAGNITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE ÁGUAS
6702 PI 18 – Uberaba 1,57
PLUVIAIS EM SISTEMAS DE ESGOTO NO BRASIL
6703 PI 18 - Uberaba 12,01
Apesar de que, no Brasil, adota-se o sistema separador absoluto, as
pesquisas apresentadas a seguir, demonstram que o sistema de grande Figura 6: Contribuições de esgotos e águas pluviais nas bacias de
parte das cidades brasileiras é de fato, sistema separador parcial. Traição e Uberaba da RMSP. Fonte: Alonso et al (1990).
De um modo geral, a avaliação das vazões devido a contribuição de 330
águas pluviais no sistema de esgoto foram feitas comparando-se 297
hidrogramas obtidos em dias próximos, em tempo seco e em tempo 264
chuvoso. 231
Vazão (l /s)
198
Dados nacionais levantados por Azevedo Netto
165
Azevedo Netto (1979) fez um levantamento muito importante a
132
respeito das contribuições de águas pluviais em sistemas de esgoto,
99
cujos dados mais significativos são:
66
33
· ETE Jesus Netto – São Paulo: os dados obtidos mostraram acréscimos
0
de vazão da ordem de 30% sobre os caudais máximos em tempo seco; 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24h
· Emissário da Vila Leopoldina – São Paulo: nesse emissário foram Tempo (h)
Legenda
feitas medições em várias ocasiões, podendo-se mencionar as seguintes:
Dia com chuva
- 1952 - Estudos elaborados pela empresa Greeley & Hansen observaram Primeiro dia após a chuva
um aumento de 32% sobre as vazões máximas de esgotos; Segundo dia após a chuva
Terceiro dia
- 1965 - Estudos a cargo da empresa Hazen & Sawyer mostraram que a Dia sem chuva
julio/agosto 2004 A G U A L A T I N O A M É R I C A 23
Santo André (Mello, 2002). Foram utilizados para a medição de vazão de Pesquisas efetuadas no sistema de esgoto sanitário da cidade de
esgotos, medidores eletromagnéticos portáteis introduzidos nos poços Tatuí, Estado de São Paulo
de visita, onde foram registrados as vazões contínuas ao longo dos dias Com o objetivo de caracterizar de forma quantitativa e qualitativa o
secos e chuvosos dos meses de abril, maio e junho de 1995. A Figura 7 esgoto sanitário da cidade de Tatuí, procedeu-se a determinação de dados
apresenta as medições realizadas em domingos secos e chuvosos na locais, através de levantamentos efetuados na ETE existente nas
sub-bacia A, no poço de visita 79, do córrego Itororó. proximidades da CEAGESP, principal sistema da cidade. As vazões de
esgoto, inclusive as contribuições pluviais foram determinadas na calha
Figura 7: Influência de águas pluviais no sistema de esgotos de Santo Parshall, localizado à montante das lagoas de estabilização.
André – Bacia do córrego Itororó. Fonte: Mello (2002).
A Figura 9 apresenta a média das vazões afluentes à ETE, no período
12 12 seco e período úmidos, referente ao mês de setembro de 1992. Observa-
se nessa figura que houve um aumento no pico de vazão de cerca de 31%
10 10
devido às águas pluviais.
2 2
0 0
Tempo (hora)
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
As principais conclusões e recomendações deste trabalho são:
· Quando se considera uma área muito extensa não se pode considerar
um acréscimo grande generalizado incidindo sobre toda a extensão de
coletores, pois a intensidade de chuva é variável, e não apresenta
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Tabela 4: Contribuições de águas pluviais em sistemas de esgoto sanitário. Milton Tomoyuki Tsutiya(1)
Autor Local Ano Dados originais Taxa de Engenheiro Civil pela Escola
contribuição Politécnica da USP (1975). Mestre em
de águas Engenharia pela Escola Politécnica da USP
pluviais(L/s.km) (1984). Doutor em Engenharia pela Escola
Greeley & Hansen São Paulo 1952 32% sobre QMPS 0,15 Politécnica da USP (1990). Professor do
Hazen & Sawyer São Paulo 1965 35% sobre QMPS 0,16 Departamento de Engenharia Hidráulica e
Des, Sursan Rio de Janeiro 1959 6,0 L/s.km 6,0 Sanitária da Escola Politécnica da USP.
SANESP São Paulo 1973 6,0 L/s.km 6,0 Engenheiro da Diretoria de Tecnologia e
Alonso et al RMSP 1990 1,57 a 12,01 L/s.km 1,57 – 12,01 Planejamento da Sabesp.
Pauli São Paulo 1998 242% sobre QMPS 3,90 Rui Cesar Rodrigues Bueno
Mello Santo André 2002 100 a 283% sobre QMPS nd Químico Industrial pela Escola
AMPI Tatuí 1992 31% sobre QMPS 2,27 Superior de Química Osvaldo Cruz (1989).
Tsutiya e Bueno Franca 2003 26,76% sobre QMPS 2,13 – 2,2 Especialização em Saúde Pública pela
ABNT Brasil 1992 6,0 L/s.km 6,0 FMRP da USP (1992). Mestre em Saúde
*nd = não disponível. Pública pela Faculdade de Saúde Pública
*QMPS = Vazão Máxima de Período Seco. da USP (2000). Gerente do Setor de
Tratamento de Esgotos de Franca.
características de simultaneidade.
· O acréscimo percentual sobre a vazão máxima em tempo seco, dependerá
Endereço(1): Rua Palestina 531, Apto 74 – Vila Mascote – São Paulo
da atuação da prestadora de serviços de saneamento em controlar as
– SP - CEP: 04367-030 - Brasil - Tel: (11) 33888265 - e-mail:
ligações de águas pluviais no sistema de esgoto sanitário.
mtsutiya@sabesp.com.br
· Os dados desta pesquisa demonstram que os sistemas de esgotos
sanitários não funcionam como previsto nas normas brasileiras, que
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
estabelece o sistema separador absoluto, e na realidade, no Brasil, os
1. Alonso, L.R. et al Sewage System Improvement by Operational
sistemas operam como sistemas separadores parciais.
Parameters Research. Water Environment & Techinology. V ol. 2, nº 12.
· A contribuição de águas pluviais em sistemas de esgoto sanitário é
December, 1990.
muito variável, atingindo valores que variam de 26 a 283% sobre a vazão
2. AMPI Revisão do Estudo de Concepção para o Sistema de Esgotos
máxima de período seco e taxa de infiltração de 0,15 a 12 L/s.km.
Sanitários de Tatuí. Relatório R1. Volume I, Textos. Julho de 1993.
· A norma brasileira NBR 12207 da ABNT, recomenda o valor de 6 L/s.km
3. AZEVEDO NETTO, J.M. Contribuições Indevidas para a Rede de
para a contribuição de águas pluviais, sendo que esse valor foi obtido em
Esgotos. Revista DAE, nº 120, 1979.
sistemas de esgotos sanitários no Rio de Janeiro e em São Paulo, em
4. AZEVEDO NETTO, J.M Sistemas de Esgotamento Unitário e Separador.
1959 e 1973, respectivamente; portanto há mais de 31 anos.
Capítulo 2. Curso por Correspondência. Sistema de Coleta e Transporte
· A ligação de esgoto, principalmente em residências, deve ser revista
de Esgotos Sanitários. CETESB. São Paulo, 1987.
pelas prestadoras de serviços de saneamento do Brasil. Mesmo em bairros
5. JSWA Making Great Break throughs. Japan Sewage Works Association.
considerados como de ocupação recente, é perceptível que a introdução
2003.
de águas de chuvas na rede coletora é substancial, e portanto, a sistemática
6. LENS, P. Et al Decentralised Sanitation and Reuse. Concept. Sustems
de inspeção e liberação da ligação tem demonstrado ser incapaz de evitar
and Implementation. IWA Publishing.
a ligação considerada “clandestina” de água de chuva na rede de esgoto.
7. MELLO, G.S.L. Investigação das Oscilações Diárias e Transientes de
· Como recomendação deste trabalho, pode-se admitir, como meta, um
Vazão e Qualidade em Esgotos Urbano no Estado de São Paulo. Relatório
aumento de 30% sobre a vazão máxima de esgoto no período seco. A
Científico. Instituto Mauá de Tecnologia. São Caetano do Sul. 2002.
taxa de contribuição de águas pluviais não deve exceder o valor de 3 L/
8. METCALF & EDDY Wastewater Engineering: Collection and Pumping
s.km, ou seja, metade do valor preconizado pela norma brasileira NBR
of Wastewater. McGraw-Hill. New York, 1981.
12207 da ABNT. Valores acima devem ser extravasados ao corpo receptor
9. PAULI, D.R. Impacto das Vazões Incontroladas na Operação das
para não prejudicar o funcionamento do sistema de esgoto, de modo que
Redes Coletoras de Esgotos Sanitários. Dissertação de Mestrado.
o projeto já deve prever essa contribuição adicional.
Universidade Mackenzie. São Paulo, 1998.
· Recomenda-se modificação na legislação ambiental para permitir o
10. TCHOBANOGLOUS, G.; SCHROEDER, E.D. Water Quality:
extravasamento das contribuições de águas pluviais nos corpos receptores,
Characteristic, Modeling, Modifications. Addison Wesley. London, 1985.
de modo semelhante ao que ocorre em países europeus.
11. TSUTIYA, M.T.; ALEM SOBRINHO, P. Coleta e Transporte de Esgoto
· Devem ser incentivados medições em outros sistemas de esgotos, para
Sanitário. Esgoto Sanitário. Escola Politécnica da USP. São Paulo, 1999.
que se possa definir novos parâmetros decorrentes das contribuições de
12. TSUTIYA, M.T.; BUENO, R.C.R. Contribuição de Águas Pluviais em
águas pluviais, de modo a subsidiar a comunidade técnica a discutir e
Sistemas de Esgotos Sanitários. Estudo de Caso da Cidade de Franca,
rever o sistema atualmente utilizado no Brasil, pois o mesmo não retrata
Estado de São Paulo. 22o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária
a realidade nacional.
e Ambiental. Joinville, Santa Cataria. Setembro, 2003.
13. VON SPERLING, M. Introdução à Qualidade das Águas e ao
Tratamento de Esgotos. Volume 1. Departamento de Engenharia Sanitária
e Ambiental. UFMG. Belo Horizonte, 1995.
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