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1.1 Introdução
A largura mínima de uma hidrovia depende do trecho de navegação, por isto, para
trechos retilíneos com cruzamentos entre as embarcações, podemos considerar a largura
mínima como:
Adotando uma sobrelargura (Fig.5) no raio de curvatura para curvas fechadas no valor
de:
S = L2∕R
Sendo:
S = sobrelargura
R = raio de curvatura
12,5% para R = 7L
25% para R = 6L
37,4% para R = 5L
50% para R = 4L
Para comboios compostos por empurrador e chatas a altura da ponte poderá ser de 15
metros.
O gabarito das vias navegáveis do interior é definido pelo Plano Nacional de Vias
Navegáveis do Interior – PNVNI, definido pelo Ministério da Infraestrutura através da
tabela 1 a seguir:
Profundidade (m)
Em 75% do Em 25% do
Gabarito Característica Calado (m)
tempo tempo
2.1 Topobatimetria
Bathus = profundo
Metron = medida
1. Direta, com o uso de vara de medição, com marcas a cada 5 cm, ou prumo,
composto por um cabo e um peso na ponta.
2. Indireta, com o uso de equipamentos de medição acústica (ecobatímetros).
A medição direta é rápida e simples, mas só tem eficácia para locais com pequenas
profundidades e de calmaria.
O feixe sonoro atravessa o meio líquido até atingir o fundo submerso, onde é refletido.
O sistema monofeixe emite pulsos verticalmente para baixo a uma largura de feixe e
taxa constante, predefinida pelo operador do ecobatímetro.
2.6 Geotecnia
Os estudos das camadas de solo são importantes para definição da inclinação dos
taludes laterais que compõem o gabarito do canal de acesso da hidrovia. A seguir
apresentamos um mapa estatigráfico (Fig.13) das margens de um rio.
Os canais são os locais nas vias navegáveis sinalizados e balizados para navegação
segura do tráfego aquaviário.
Os canais devem seguir o talvegue natural do rio, pois é o local no leito com a maior
profundidade (Fig.14).
Figura 14. Canal útil de navegação, baseado no caminho submerso do talvegue natural
do rio. A faixa balizada com boias define o local seguro para navegação da embarcação
de projeto.
Diretriz do canal deve ser retilínea e não deve fazer ângulo superior a 15 graus
com a direção da correnteza e vento.
Figura 16. Declividade dos taludes do canal dragado, definidos de acordo com o tipo de
solo.
Largura mínima nos trechos em curva, devemos adotar largura adicional: > L2 ∕8R
Figura 17. Declividade dos taludes do canal dragado, definidos de acordo com o tipo de
solo.
Clamshel
Dipper
Alcatruzes
A draga mecânica Dipper (Fig.20) é uma composição de uma barcaça com uma draga
escavadeira shovel em cima do convés.
A draga mecânica de Alcatruzes (Fig.21) é composta por uma lança com um rosário
para movimentação de conchas que recolhem o material dragado do leito e depositam
em um porão da draga.
A draga hidráulica estacionária de sucção e recalque (Fig.22) é composta por uma lança
com um desagregador na ponta para fragmentar o material, desta forma o material é
sujeito a sucção e recalque.
A draga é chamada estacionária porque ela tem de estar parada, ancorada, para haver a
sucção e recalque do material a ser dragado. A estabilidade é alcançada através dos
spuds, estacas metálicas instaladas na popa da draga, que se movimentam na vertical.
A draga fica estacionada quando os spuds descem e ancoram a mesma no leito do rio.
O recalque do material dragado é realizado através da linha de recalque composta por
tubos de poliuretano de alta densidade – PAD, conectados entre si, que permitem a o
transporte do material a ser dragado até um local autorizado pelo órgão ambiental.
5.1 Introdução
O desmonte pode ser mecânico, através de perfuratrizes e marteletes tipo pilão ou com
uso de tubulões a ar comprimido. O desmonte também pode ser a fogo, utilizando
perfuratrizes que criam tubos guias no pedral ou rocha para inserção de explosivos.
O tubulão a ar comprimido (Fig.25) trabalho sob alta pressão induzida por compressor
de ar para expulsar a água do leito submerso. Dentro o tubulão utiliza-se um martele
manual ou elétrico para fragmentação dos pedrais ou rochas. Trata-se de um trabalho
para pequenos volumes de derrocamento, sendo muito perigoso para os trabalhadores
que devem se submeter a Câmera Hiperbárica, senão podem ficar propensos a embulias
semelhantes às dos mergulhadores profissionais.
A dragagem não altera a velocidade das águas, por isto, possui um impacto ambiental
inferior ao do derrocamento.
5.6 Custo
Toda hidrovia deverá ser devidamente sinalizada e balizada para segurança do tráfego
aquaviário e das embarcações navegam nela.
Sentido de navegação
Margem do canal de navegação
Proibição e permissão de atracação
Distância da bacia de evolução ou bacia de fundeio
Proibição ou permissão de passagem entre vãos de pilares de pontes
A bacia de fundeio ou de espera é um local balizado por boias, que serve para os navios
ficarem fundiados ou ancorados, aguardando a autorização da Autoridade Portuária para
atracação no cais do Porto Organizado.
A sinalização do canal de navegação é composta por placas (Fig.27) que indicam o lado
da margem que se aproxima do talvegue natural e do canal de navegação. O canal de
navegação é o leito no rio com a maior profundidade, então com menor risco de encalhe
em bancos de areia.
A sinalização dos pilares de pontes trata dos proibição (Fig.28) e da permissão (Fig.29)
para passagem de embarcações sob as pontes ou linhas de transmissão que possuem
pilares na água.
6.4 Balizamento
O balizamento é realizado com boias e faroletes (Fig.29 e 30), que servem para
delimitar áreas de segurança e perigo para os navegantes.
Bancos de areia ou pedrais nas vias de navegação são balizados com boias e faroletes
que servem de aviso e alerta aos navegantes para o perigo de encalhe nestes obstáculos
naturais das hidrovias.
O costado possui marcas que auxiliam nas medições do calado leve (navio sem carga)
ou calado carregado (navio com carga).
7.4 Empurradores
7.5 Chatas
As chatas são elementos flutuantes que não possuem leme, propulsão e tripulação, além
de serem deslocadas através de empurradores.
As chatas de casco duplo são as utilizadas para transporte de granéis pesados como
minérios, grãos e agregados de materiais de construção.
Figura 36. Comboio classificado como não integrado em razão do tipo de chata.
A infraestrutura de um porto marítimo é composto por estacas que podem ser verticais,
que resistem aos esforços verticais originados das cargas depositadas no píer ou cais.
Enquanto que as estacas inclinadas resistem aos esforços horizontais de compressão e
tração, originados da atracação dos navios no porto.
Figura 37. Projeto de porto marítimo composto por estacas cravadas no leito marinho.
Figura 39. Molhe composto pela deposição de pedras nas margens dos taludes.
Figura 42. Flutuante de atracação com convés principal e convés do tijupá com rampa.
Figura 43. Movimento vertical das pontes articuladas nos regimes de cheia e vazante
dos rios.
As instalações portuárias públicas de pequeno porte – IP4 são portos providos por
retroporto e cais flutuante. No retroporto, há pelo menos um terminal de passageiros,
um estacionamento, um pátio de manobras de veículos e uma guarita para o controle de
acesso de veículos e pedestres, podendo também existir um armazém de carga e/ou uma
câmara frigorífica. O acesso entre o retroporto e o cais flutuante é realizado por meio de
uma ponte metálica (Fig.47 e 48).
Considerando que o cais flutuante e sua estrutura de acesso podem possuir diferentes
formas e dimensões, a alternativa de projeto a ser escolhida para o terminal hidroviário
deve atender às necessidades sócio-econômicas de cada região e às características
físicas do seu local de implantação e, ainda, deve obter a melhor solução técnica com o
menor custo possível de execução.
Então, qual a melhor alternativa de projeto para a estrutura de acesso ao cais flutuante
de um terminal hidroviário que lhe proporcione operacionalidade contínua, em locais
com elevada variação de nível d’água, considerando diferentes premissas de
características sócio-econômicas e físicas do local de implantação?
Figura 51. IP4 de rampa de concreto armado com ponte metálica deslizante, através de
rolete, com conexão a um flutuante de atracação que se movimentam de acordo com o
regime hidrológico da cheia dos rios amazônicos.
Figura 52. IP4 de rampa de concreto armado com ponte metálica deslizante, através de
rolete, com conexão a um flutuante de atracação que se movimentam de acordo com o
regime hidrológico da vazante dos rios amazônicos.
Esta solução é muito eficiente tecnicamente, mas seu custo de implantação é o mais
elevado, em relação ao da segunda solução.
Na segunda solução, de menor custo em relação à primeira, o projeto adota uma ponte
de acesso com um único vão com comprimento até 30 metros. O primeiro apoio, na
margem do rio, é do tipo móvel dotado de rótula, ou seja, possui a capacidade de
deslizar sobre uma rampa de concreto, tanto no sentido longitudinal, quanto no
transversal e, ainda, a liberdade de realizar movimentos de rotação.
Não há como abordar o tema deste trabalho sem mencionar outros aspectos que o
cercam, como a operação dos sistemas de fundeio, que, entre outras finalidades, é
indispensável para o ajuste das estruturas navais e de acesso às diferentes posições do
nível d’água entre os períodos de cheia e vazante. O sistema de fundeio é composto por
poitas de concreto armado, interligadas por linhas de ancoragem a molinetes ou
guinchos instalados sobre os flutuantes. Esses equipamentos podem ser operados por
motores elétricos ou manualmente, para ajuste das estruturas navais à variação do nível
d’água, sempre que necessário. As linhas de ancoragem podem ser compostas por
amarras e/ou cabos de aço.
Esses ajustes somente são possíveis com auxílio dos molinetes ou guinchos do sistema
de fundeio, instalados sobre o cais flutuante e, conforme o caso, sobre outros flutuantes,
que também fazem parte do complexo portuário, denominados flutuantes de acesso ou
intermediários.
Como o cais flutuante necessita de eficiente sistema de fundeio e ancoragem, que lhe
garanta um correto posicionamento e lhe permita ajustes, em função das variações do
nível d’água, o dimensionamento desse sistema deve levar em consideração os esforços
provenientes de vento, correnteza, pedestres, veículos, operações portuárias de
atracação e demais cargas, conforme a finalidade de cada terminal.
A operação portuária é realizada através de equipamentos para transporte das cargas dos
navios para os armazéns ou pátios de armazenagem.
As cargas podem ser do tipo geral, aquelas que podem ser embaladas, com invólucros,
sacos ou caixas, e do tipo especializado, como os granéis sólidos e líquidos. Os granéis
sólidos são particularizados em partes menores, como grãos de soja, arroz, milho, feijão,
etc, além dos minérios. Os granéis líquidos são o petróleo, gasolina, diesel, produtos
químicos, etc.
10.2.1 Empilhadeira
As cargas do tipo geral, com menor volume, como sacarias, caixas e bobinas, podem ser
transportadas nos armazéns e pátios através das empilhadeiras (Fig.53).
Figura 53. Empilhadeira utilizada nos portos para movimentação de carga geral de
menor volume.
Figura 56. Equipamento MHC que pode se mover através de pneus ou esteiras.
10.2.4 Transtainer
Figura 58. Equipamento com base fixa no cais ou píer denominado Portainer.
10.2.6 Container
O container (Fig.59 e 60) é um equipamento para utilização em navios, que pode ser de
aço ou alumínio, com as medidas de comprimento de 6,0 metros (20 pés) ou 12,0
metros (40 pés), com largura de 2,44 metros (8 pés).
Figura 60. Detalhe do lacre do Container de 20 pés, com acesso exclusivo da Receita
Federal.
10.2.7 TEU