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Itabira, 2017
Versão 2017.1
Universidade Federal de Itajubá – Campus Itabira
Apostila Aimsun
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................... 3
2 Utilização do Software ....................................................................................................... 4
2.1 Passos iniciais .............................................................................................................. 4
2.2 Projeto inicial ............................................................................................................... 8
2.2.1 Construção das vias de tráfego ............................................................................. 9
2.2.2 Conexão entre as vias ........................................................................................... 9
2.2.3 Centroides ........................................................................................................... 14
2.2.4 Matriz Origem-Destino....................................................................................... 15
2.2.5 Cenários e Experimentos .................................................................................... 16
2.3 Execução da simulação .............................................................................................. 17
3 Tipos de Vias .................................................................................................................... 17
4 Sistema de controle semafórico ........................................................................................ 18
4.1 Plano de Controle e Plano de Controle Mestre .......................................................... 18
5 Rotatórias .......................................................................................................................... 21
5.1 O trabalho com vértices para Segmento de Curva e Segmento de Reta .................... 22
5.2 Passos iniciais para construção da rotatória ............................................................... 22
5.3 Construção da rotatória .............................................................................................. 23
5.4 Finalizando o modelo de rotatória ............................................................................. 24
Referências ............................................................................................................................... 26
Anexo 1 – Elementos da Caixa de Ferramentas ....................................................................... 27
1 INTRODUÇÃO
Definida por Schriber (1974, apud Freitas Filho, 2008) como uma sucessão de eventos
representativos de um sistema real, modelado de forma que o resultado seja compatível às
respostas desse sistema, a simulação é uma atividade que apresenta diversas vantagens frente
ao sistema real, uma vez que não interfere no meio, reduz os custos de implementação e propicia
a criação e análise de cenários diversos.
Os softwares de simulação, especificamente aqueles voltados à simulação de tráfego,
cumprem exatamente essa tarefa de avaliar o cenário, sem a dispendiosa intervenção no meio.
Tais softwares são classificados, segundo sua aplicação, em Microscópicos, Mesoscópicos e
Macroscópicos (PORTUGAL, 2005). Os softwares que utilizam o modelo microscópico,
simulam o comportamento de veículos individualmente, considerando sua interação com outros
veículos e com determinado trecho da via em estudo, cujo comportamento se dá por meio dos
modelos de perseguição e troca de faixa. Os modelos mesoscópicos consideram o
comportamento dos veículos individualmente, porém, seus movimentos são analisados por
grupos de veículos ou pelotões, formando uma classe intermediária de detalhamento. Por fim,
os modelos macroscópicos apresentam uma simulação generalista de determinada região,
considerando variáveis como fluxo, densidade e velocidade.
Figura 1.1 – Classificação da simulação de tráfego quanto à sua aplicação
Ao se executar o software, a tela inicial (Figura 2.1) é exibida, por meio da qual, pode-
se escolher, a partir da guia “Novo Projeto”, o local a ser simulado. O botão de scroll do mouse
pode ser utilizado para se obter um zoom do local desejado.
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Para inserir o mapa diretamente da Internet, localize, no mapa, o local desejado, como,
por exemplo, a Rua João Pinheiro, esquina das Lojas Americanas, em Itabira, MG. Em seguida,
na caixa de lista, selecione “Importar Mapa da Internet” e clique em “Criar”. Ao importar o
mapa, o Aimsun exibe a janela “Importar OSM” (Figura 2.2). Clique em “OK”.
Se, ao contrário, o que se deseja é inserir uma imagem já existente, na janela da Figura
2.1, selecione a opção “Importar Mapa do Arquivo”.
Qualquer arquivo de imagem pode ser utilizada em um projeto do Aimsun. Para o
exemplo utilizado, Selecione Arquivo/Importar/Arquivo de Imagem e selecione, da pasta de
trabalho, o arquivo “Av João Pinheiro_Parcial2.jpeg”. Trata-se de uma imagem retirada do
Google Earth de uma região da Avenida João Pinheiro em Itabira, conforme Figura 2.3.
Figura 2.3 – Imagem da região a ser simulada
Depois de inserida a imagem, é necessário definir adequadamente sua escala. Para essa
tarefa, dê duplo-clique sobre a imagem, abrindo-se a janela de configuração, conforme a Figura
2.4.
Figura 2.4 – Tela para definição de escala da imagem importada
Altere, pela caixa de lista, a opção “Tamanho do Pixel”, para “Tamanho Físico”. Em
seguida, informe a distância, em metros, que a imagem representa em largura e altura. Para
identificar quanto uma imagem mede, podem-se utilizar algumas ferramentas, como, por
exemplo, o Google Earth, por meio do botão “Régua”. Esse botão retorna a distância, em
metros, entre dois pontos determinados. Outra forma, é identificar as coordenadas de Latitude
e Longitude dos vértices superior esquerdo e inferior direito da imagem, executando sua
conversão em metros. A planilha Transf.LatituteLongitude realiza essa tarefa de conversão.
Defina para Largura 280m e Altura 176m.
Finalmente, deve-se travar a imagem, para que ela não interfira na construção dos
objetos do projeto. Para isso, acesse, pela caixa de Camadas (à direita da tela), a opção
“Decoração”, em seguida, localize a subcamada Imagens e o nome da imagem deseja e dê um
clique duplo sobre ela. Na janela que se abre, desative a opção “Permitir Edição do Objeto” e
clique em “OK”. A partir desse momento, a imagem não mais estará disponível para alteração.
Salve o projeto com o nome de Projeto1, em sua pasta de trabalho.
A Figura 2.5 apresenta a tela, com a imagem selecionada para o projeto, e as ferramentas
disponíveis.
Figura 2.5 – Janela de Trabalho do Aimsun
1
Sobre a imagem inserida no projeto crie as vias, utilizando a ferramenta “Criar uma
seção”. Deve-se criar um seção para cada pequeno trecho de via, lembrando-se que, nos
cruzamentos, devem-se criar nós. Por exemplo, para a Avenida João Pinheiro, deve-se criar, da
direita para esquerda (pista da direita), uma seção iniciando-se em frente ao “Graziela Modas”
do mapa e encerrando-se antes da esquina. Para tanto, selecione o botão “Criar uma seção”, da
caixa de ferramentas; clique no início do trecho, arraste o mouse até a posição final e dê um
duplo clique, para encerrar a seção. Em seguida, crie uma nova seção, iniciando-se na próxima
esquina, até o final da avenida.
Para se definir quantas faixas uma via deve ter, basta selecioná-la com um clique simples
e pressionar-se Ctrl, mais a tecla correspondente ao número de faixas desejado. Por exemplo,
Ctrl-3 irá criar três faixas.
Crie todas as seções necessárias ao modelo, sempre reservando uma área para a conexão
das seções por meio dos nós.
2.2.2 Conexão entre as vias
A área existente entre as duas seções deverá ser preenchida com um nó. Portanto,
selecione as seções que deverão ser conectadas e ative a ferramenta “Criar um nó”, ou, sem
nenhuma via selecionada, ative a mesma ferramenta, para se exibir a janela da Figura 2.7.
Clique em Novo, para gerar uma nova direção, interligando as duas seções. Quando se
aciona esse botão, no topo da janela aparece a seguinte informação: “Clique na seção de origem
para selecionar as faixas de origem do movimento, então clique na seção de destino para
selecionar as faixas de destino”. Observe o resultado da Figura 2.8a.
A seta em vermelho representa a ligação entre a primeira e a segunda seções. Entretanto,
como a via foi configura para 2 faixas, é necessário que as duas faixas estejam selecionadas.
Pressione a tecla Shift e clique sobre a outra faixa da primeira seção. O resultado pode ser
observado pela Figura 2.8b.
Nesse mesmo nó, porém, há uma outra ligação que se faz necessária: os veículos que
descem pela Rua São José podem acessar a Avenida João Pinheiro, sentido Rodoviária, sentido
Praça Dr. Acrísio Alvarenga ou seguir em direção à Rua Salvino Pascoal Patrocínio. Para criar
essas ligações, basta proceder-se da mesma forma, clicando em “Novo” na janela de Nós, clicar
na seção de origem e, em seguida, na de destino.
É necessário observar que, a cada nova ligação, deve-se pressionar o botão “Novo”,
gerando uma nova linha, na matriz de nós da janela. O resultado pode ser observado na Figura
2.9.
Figura 2.8a – Ligação 1 para 2 Figura 2.8b – Ligação 2 para 2
Passemos, agora, à criação do nó que fará a ligação da Rua Esmeralda à Rua São José e
à Avenida João Pinheiro, sentido rodoviária.
A seção inserida como continuação da Avenida João Pinheiro, é uma seção contínua,
até o seu final. Para se inserir um novo nó, deve-se dividir essa seção, utilizando a ferramenta
“Cortar Seção”, da caixa de ferramentas.
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O pequeno trecho da Rua Esmeralda que dá acesso à Avenida João Pinheiro, é uma via
de mão dupla. Proceda como já mencionado, criando duas vias de faixa única, com sentidos
opostos. Em seguida proceda a todas as conexões.
O resultado final de todos os nós, com todas as conexões possíveis, pode ser observado
pela Figura 2.13.
Figura 2.13 – Modelo com seções e nós conectados
Os veículos que descem a Rua Esmeraldas e pegam a Avenida João Pinheiro obedecem
a uma sinalização de “Dê a preferência”, assim como aqueles que saem da Rua Esmeraldas para
entrar na Rua São José. As configurações de preferências são realizadas nos seus respectivos
nós. Com um duplo clique no nó, a janela de configuração é exibida. Selecione a conexão que
deverá ser configurada e selecione na lista, a opção desejada de preferência, conforme a Figura
2.14. As opções disponíveis são: a) Dê a preferência; b) Pare; e c) Direita livre no vermelho.
Figura 2.14 – Configuração de preferência de vias
2.2.3 Centroides
Até aqui foram cumpridas duas das seis etapas necessárias para a construção de um
modelo de simulação: a construção de seções, interligadas por nós.
Continuando a construção do Projeto1, devem ser incluídos no modelo, os “Centroides”
de início e fim. Clique na ferramenta “Criar um Centroide”, posicionando um centroide em
cada extremidade do modelo microssimulado.
Em seguida, configure os centroides inseridos, um a um, dando um clique duplo em
cada um deles. Na janela de configuração do centroide, clique em “Novo” e clique na seção (ou
seções) que deve(m) se conectar ao centroide. A Figura 2.15 apresenta o resultado da
configuração do primeiro centroide selecionado. Observe que, nesse caso, foram criadas duas
conexões, uma do tipo “Atrai de” e outra do tipo “Gera para”.
“Atrai de” se refere aos veículos que terão como destino, o centroide referido. “Gera
para”, por sua vez, se refere aos veículos que partirão desse centroide, inserindo-se ao modelo.
Repita o procedimento para cada um dos centroides introduzidos no modelo.
3 TIPOS DE VIAS
A microssimulação pode ser realizada com tipos de vias variados. O software apresenta
um conjunto padrão de vias pré-configuradas, como rodovias, vias arteriais, vias locais,
rotatórias, dentre outras. Todas as configurações prévias dessas vias podem ser modificadas,
gerando-se outras vias personalizadas, ou alterando-se as vias pré-configuradas.
Algumas das principais opções que podem ser configuradas para os Tipos de Vias são
apresentadas pelo Quadro 3.1.
Quadro 3.1 – Opção de configuração para os Tipos de Vias
Guia Opção Itens de configuração
Velocidade Máxima
Parâmetros Básicos Capacidade (por faixa)
Largura da Faixa
Principal
Direito
Acostamento
Esquerdo
Tipos de Veículo Não Permitido Marca-se os não permitidos
Cooperação
Agressividade
Mudança de Faixa
Intensidade de Frenagem
Parâmetros da seção
Mudança de Faixa Imprudente
Faixa Lateral Distância de Cooperação
Modelos Dinâmicos
A Figura 4.2 apresenta o caminho para a inserção desses planos ao projeto, lembrando-
se que as opções devem ser acionadas a partir de um clique com o botão direito do mouse sobre
“Projeto”.
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Dê um clique duplo sobre Plano de Controle. Na janela que se abre, selecione o Nó que
conterá o grupo semafórico e dê duplo clique sobre ele. Uma nova janela é exibida nesse
momento, para que seja possível programarem-se os tempos de ciclo do grupo de semáforos.
Configure o “Tipo” como “Fixo”, defina o “Tempo de Amarelo” em 3 segundos e o
“Ciclo” em 60 segundos. A opção “Porcentagem de Vermelho” se refere ao percentual do
tempo definido para o ciclo Amarelo no qual os veículos deverão efetivamente permanecer
parados, antes do Vermelho. Esse valor deverá ser ajustado durante a fase de calibração do
modelo.
Na guia “Tempos”, altere “Exibir como” para “Grupos Semafóricos”. Os semáforos
configurados na etapa anterior são exibidos para que, agora, sejam definidos os tempos de
permanência de verde, amarelo e vermelho.
Para o Semáforo 1, defina Início = 0 e Duração = 17. Deve-se atentar para a duração do
amarelo, que será considerado nessa fase. A Duração configurada em 17 segundos, somada ao
tempo de amarelo, 3 segundos, representará um ciclo de 20 segundos, restando, para vermelho,
40 segundos, que deverão ser divididos nos ciclos dos demais semáforos. A cada nova
configuração de semáforo, o diagrama é atualizado (Figura 4.3).
Para o Semáforo 2, defina Início = 20 (término do ciclo do semáforo anterior), com
Duração = 17. Finalmente, para o Semáforo 3, defina Início = 40, Duração = 17.
Por fim, em Cenário Dinâmico, localize e adicione o Plano de Controle Mestre recém
criado.
Figura 4.5 – Cenário Dinâmico com Plano de Controle Mestre
Assim, a cada dois vértices de Segmentos de Curva, deve-se adicionar um vértice para
Segmentos de Reta. Observe, pela Figura 5.2, os vértices de Segmento de Reta (pequenos
quadrados pretos) e os vértices de Segmento de Curva (pequenos círculos brancos). Vale
ressaltar que entre dois vértices de Segmento de Reto podem ser inseridos até dois vértices de
Segmento de Curva. A presença desses vários vértices, possibilitam o desenho da via com
correto detalhamento de suas curvas.
5.2 PASSOS INICIAIS PARA CONSTRUÇÃO DA ROTATÓRIA
Para a construção da rotatória, selecione todas as vias que serão utilizadas como acessos
ou saídas (Figura 5.4). Para seleções múltiplas de objetos num projeto, aperte a tecla “Shift” e
clique sobre os objetos desejados.
Depois de selecionadas as vias, selecione a ferramenta “Criar uma Rotatória” (da caixa
de ferramentas à esquerda), clique sobre o ponto central da rotatória e arreste-a, gerando o
círculo que a definirá.
Ao soltar-se o botão esquerdo do mouse, todas as conexões entre as vias selecionadas e
a rotatórias serão geradas, bastando realizar os ajustes necessários (número de vias da rotatória
– Ctrl+número; deslocamento das partes da rotatória para os locais mais adequados; eliminação
de “quinas” – geralmente formadas durante a construção da rotatória; etc.).
Figura 5.4 – Seleção das vias e conexão com a rotatória
Observe que, conforme a Figura 5.5, algumas conexões não foram geradas, como, por
exemplo, o acesso à direita (em vermelho) na figura. Assim, todas as conexões devem ser
avaliadas e, se necessário, criadas manualmente (veja item 2.2.2).
5.4 FINALIZANDO O MODELO DE ROTATÓRIA
Polígono gerado
no modelo 2D Polígono gerado
no modelo 3D
Criado o polígono, clique com o botão direito sobre ele, no modelo 2D, e, no menu de
contexto que surgirá, selecione “Converter para” e “Construção”. Em seguida, dê um clique
duplo sobre o polígono, para se configurar as dimensões e faces da edificação.
Na guia “3D”, configure a altura do prédio (em metros) e, em texturas, selecione as
imagens que comporão cada uma das faces do polígono.
7 PREFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS