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Conteudista:
Ítalo Marques Filizola
Módulo
3
Sinalização viária e
dispositivos de
segurança
8 CRUZAMENTOS RODOFERROVIÁRIOS.................................................................................. 82
8.1 SINALIZAÇÃO PARA CRUZAMENTOS RODOFERROVIÁRIOS ...................................... 82
8.1.1 Equipamento de Proteção tipo 1 ..................................................................................... 82
8.1.2 Equipamento de proteção tipo 4a ................................................................................... 83
8.2 SINALIZAÇÃO PARA VEÍCULOS LEVES SOBRE TRILHOS ........................................... 84
1 INTRODUÇÃO
2 PRINCÍPIOS DA SINALIZAÇÃO DE
TRÂNSITO
3 SINALIZAÇÃO VERTICAL
Tabela 1.
Você Sabia:
Que os sinais R-1 e R-2 possuem formato diferenciado dos demais sinais de
regulamentação para serem reconhecíveis pelos condutores, mesmo pelo verso?
Assim, pode-se perceber que a preferência é sua, mesmo que a indicação esteja
voltada para condutores em outro(s) sentido(s).
Nos casos em que houver símbolos, estes devem ter a forma e cores definidas em
legislação específica.
Cor
Fundo Branca
Tarja Vermelha
Legenda Preta
Fonte: MBST, Volume I, 2022
Deve ser utilizada sempre que o perigo não se evidencie por si só.
Seu uso se justifica tanto nas vias rurais quanto urbanas, quando detectada a
sua real necessidade, devendo-se evitar o seu uso indiscriminado ou excessivo,
pois compromete a confiabilidade e a eficácia da sinalização.
• Distância de visibilidade;
• Distância de desaceleração e/ou manobra.
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A distância entre a placa e o ponto crítico ou situação inesperada deve ser tal
que permita a desaceleração e/ou manobra, até a parada se necessário,
conforme a placa ou a situação determinada. Esta distância depende da
velocidade de aproximação ou do tipo de manobra necessária.
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• Placas de identificação
• Placas educativas
Os materiais mais utilizados para confecção dos suportes são o aço e a madeira
imunizada.
Os suportes devem possuir cores neutras (branco, cinza ou preto) e formas que
não interfiram na interpretação da mensagem, e não devem representar um
obstáculo à livre circulação de veículos e pedestres.
• Talude íngreme;
Nas vias rurais e urbanas de trânsito rápido, a não ser que o espaço existente
seja muito limitado, recomenda-se manter uma distância mínima de 50 metros
entre placas, para permitir a leitura de todos os sinais, em função do tempo
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Para as placas suspensas, a altura livre mínima deve ser de 4,8 m. Em vias com
tráfego, veículos com altura superior a 4,70 m, a altura livre mínima da placa
deve ser de 5,50 m (Figura 27).
As placas suspensas sobre a pista, a altura livre mínima deve ser de 5,50 m em
relação à superfície da pista, a contar da borda inferior da pista de rolamento.
(Figura 31).
• Legendas
• Orlas e tarjas
• Setas
• Pictogramas
• Símbolos
• Sinais
• Diagramas
3.6.2 Procedimentos
A diagramação das placas de sinalização vertical compreende os seguintes
passos:
Embora o MBST III estabeleça as alturas mínimas da letra maiúscula para cada
grupo e subgrupo da sinalização de indicação para condutores, recomendamos
adotar os valores estabelecidos na Tabela 7.1 do manual, transcrito na Tabela 22.
No caso do alfabeto dos tipos Standard Alphabets for Highway Signs and
Pavement Markings – Série E (M) e Série D, a escolha da série a ser utilizada
varia conforme a grafia da legenda. Para legenda escrita com letras maiúsculas
e minúsculas ou somente minúsculas (unidades de medida), deve ser utilizada
a Série E (M). Para legenda escrita somente com letras maiúsculas deve ser
utilizada a Série D.
*O MBST III admite uso da fonte Arial Rounded MT bold em placa para pedestres.
Uma vez definida a altura da letra maiúscula, conforme Tabela 22, o comprimento
da legenda (comprimento da caixa de texto) deve ser calculado com base em
tabelas de largura dos caracteres alfanuméricos e sinais gráficos e de
espaçamentos entre eles, conforme Apêndice do MBST III.
47
A
Tabela 23 apresenta as dimensões de orlas e tarjas em função da área da placa,
4 SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
A sinalização horizontal:
4.1.1 Formas
• Contínua - corresponde às linhas sem interrupção, aplicadas em trecho
específico de pista. Geralmente, a continuidade indica que os veículos não
devem transpô-la;
• Tracejada ou Seccionada - corresponde às linhas interrompidas, aplicadas
em cadência, utilizando espaçamentos com extensão igual ou maior que
o traço;
• Setas, Símbolos e Legendas: correspondem às informações
representadas em forma de desenho ou inscritas, aplicadas no pavimento,
indicando uma situação ou complementando a sinalização vertical
existente.
4.1.2 Cores
As cores utilizadas na Sinalização horizontal são:
A utilização das cores deve ser feita obedecendo-se aos critérios abaixo e ao
padrão Munsell indicado ou outro que venha a substituir, de acordo com as
normas da ABNT.
Cor Tonalidade
Amarela 10 YR 7,5/14
Branca N 9,5
Azul 5 PB 2/8
Preta N 0,5
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4.6.2 Símbolos
Indicam e alertam o condutor sobre situações especificas na via.
4.6.3 Legendas
As legendas são formadas a partir de combinações de letras e algarismos,
aplicadas no pavimento da pista de rolamento, com o objetivo de advertir os
condutores acerca das condições particulares de operação da via.
5 DISPOSITIVOS AUXILIARES
5.1 TACHA
As tachas proporcionam ao condutor melhor percepção do espaço destinado à
circulação, realçando a marca longitudinal e/ou marca de canalização e
reforçando a visibilidade da sinalização horizontal em condições climáticas
adversas, de forma a auxiliar o posicionamento do veículo na faixa de trânsito.
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Seu corpo deve seguir a cor da sinalização horizontal que complementa e o seu
elemento retrorrefletivo deve adotar o padrão de cores a seguir (Figura 62):
O espaçamento (e) entre tachas varia de acordo com a velocidade e deve seguir
o disposto na Tabela 25.
5.2 TACHÃO
O tachão delimita ao condutor a utilização do espaço destinado à circulação,
inibindo a transposição de faixa de trânsito ou a invasão de marca de
canalização, devendo sempre estar associado a uma marca viária.
Você Sabia:
O tachão jamais pode ser utilizado como dispositivo para redução de velocidade.
5.3 BALIZADORES
Balizadores proporcionam ao condutor melhor percepção dos limites da pista.
Quando utilizado em sentido único, tem elemento retrorrefletivo na cor branca.
Em pistas de duplo sentido de circulação, o elemento retrorrefletivo tem a cor
vermelha, quando instalado no sentido oposto da via (Figura 64).
O espaçamento (e) entre balizadores em obras de arte pode ser entre 2,0 m e
8,0 m. Para barreiras de concreto, túneis e defensas metálicas, deve ser utilizada
a Tabela 28.
5.5 MARCADORES
São dispositivos utilizados para melhorar a percepção do condutor quanto aos
obstáculos e situações geradoras de perigo potencial à sua circulação, que
estejam na via ou adjacentes a ela, ou quanto a mudanças bruscas no
alinhamento horizontal da via.
Figura 67).
Tem fundo na cor amarela e ponta de seta na cor preta em caso de uso
permanente e, em situação de uso temporário, nas cores laranja e preta,
respectivamente.
• Reduzir a velocidade;
• Alterar a percepção do usuário quanto a alterações de ambiente e uso da
via, induzindo-o a adotar comportamento cauteloso;
• Incrementar a segurança e criar facilidades para a circulação de pedestres
e/ou ciclistas.
As alterações nas características no pavimento são classificadas em:
a b c
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6 SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
A sinalização semafórica é classificada segundo sua função, que pode ser de:
Veicular
Observação: Só utilizar
quando suspenso sobre a
Observação: O grupo focal via.
pode ser configurado com
vermelho 300 mm e
amarelo/verde 200 mm.
Observações:
Veicular Direcional • Só utilizar quando
suspenso sobre a via.
• Opcionalmente, pode-
Observação: Opcionalmente, se utilizar foco amarelo
pode-se utilizar foco amarelo com seta.
com seta.
Veicular Direção Livre
Veicular Controle de
Acesso Específico
Pedestre
Ciclista
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Advertência
7 SINALIZAÇÃO CICLOVIÁRIA
7.2.1 Ciclovia
Caracteriza-se como o espaço em nível ou desnível com relação à pista,
separado por elemento físico segregador, tais como: canteiro, área verde e
outros previstos na legislação vigente. Também se aplica em espaços isolados,
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Quanto à sua localização na via pública, estas podem estar dispostas nas
laterais das pistas, nos canteiros centrais e nas calçadas.
7.2.2 Ciclofaixa
Ciclofaixa é a parte da pista, calçada ou canteiro central destinado à circulação
exclusiva de ciclos delimitada por sinalização viária, podendo ter piso
diferenciado e ser implantada no mesmo nível da pista de rolamento, ou da
calçada ou do canteiro.
A
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8 CRUZAMENTOS RODOFERROVIÁRIOS
9 DISPOSITIVOS DE CONTENÇÃO
VEICULAR
Caso não seja possível ter esta área lateral, os obstáculos fixos e taludes devem
ser tratados conforme as seguintes alternativas de projeto:
• Remover o obstáculo;
• Redesenhar o obstáculo de forma que ele possa ser atravessado com
segurança;
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(a). Quando uma investigação específica em um local da via indica uma alta probabilidade de colisões
contínuas, ou através do histórico de ocorrências de acidentes, o projetista pode aumentar o valor da
distância da zona livre.
(b). Neste talude, pela possibilidade do veículo não recuperar o controle e prosseguir até o final do aterro,
o pé do aterro deve estar livre de obstáculos fixos.
(c) Para velocidade menor que 60 km/h, a aplicação fica a critério do projetista
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Taludes com declividade maior a 3H:1V são considerados críticos, pois a maioria
dos veículos tende a capotar nesta superfície. No caso de o talude iniciar dentro
da zona livre calculada conforme Tabela 30, deve ser projetado um dispositivo de
contenção.
Fonte: Marvitec
De acordo com a NBR 14885, os tipos das barreiras de concreto são associados
à sua seção transversal. Os perfis de barreira de concreto de domínio público,
ensaiados pelo FWHA (Federal Highway Administration), são:
• New Jersey;
• Tipo “F”;
• Tipo Ontário tall wall (muro alto);
• Tipo Texas single slope/ California (inclinação constante).
O tipo mais comum no Brasil é a Barreira New Jersey (BNJ), executada conforme
Anexo A da NBR 14885, parcialmente reproduzido na Figura 89.
Caso ocorra desnível entre pistas contíguas, deve ser observada a seção
transversal da barreira de concreto conforme Figura 90.
9.6 TERMINAIS
Todos os dispositivos de contenção veicular devem possuir extremidades
(Terminais) adequados para absorver a energia do impacto, sem causar o
aumento da gravidade do acidente.
Para esta finalidade, os terminais podem ser dos tipos descritos nos próximos
itens.
O TAE deve ser instalado de acordo com o Anexo A da ABNT NBR 6971,
reproduzido parcialmente na Figura 97.
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O TAE pode ser do tipo “abertura”, possuindo capacidade apenas para conter
impactos frontais e do tipo “não-abertura”, que possuiu capacidade de contenção
lateral, além da contenção frontal.
O terminal defletido deve ser instalado de acordo com o Anexo A da ABNT NBR
6971, reproduzido parcialmente na Figura 98.
Uma forma de evitar esta situação é a instalação de uma lâmina de defensa tripla
onda, possuindo redução gradual de espaçamento dos postes: de 4,0 m para
2,0 m e então para 1,0 m. A lâmina tripla onda é fixada na barreira de concreto
com barras roscadas passantes, com plaquetas posteriores. O esquema de
instalação pode ser visto em detalhes no Anexo A da ABNT NBR 6971,
reproduzida parcialmente na Figura 99.
Outra forma prevista está na Figura A.29 do Anexo A da ABNT NBR 6971
(reproduzida parcialmente na Figura 100), é a transição e conexão de defensa
para elemento rígido usando lâmina adicional.
10.1 INTERVENÇÕES
Quando projeto, ou execução da sinalização temporária, devem ser avaliados os
seguintes aspectos da intervenção na via: a abrangência, a duração, a
mobilidade e a previsibilidade da obra, serviço ou evento, a classificação viária
e o levantamento de campo.
10.1.1 Abrangência
A intervenção pode ser pontual ou limitada à seção ou trecho da via.
Dependendo da ocupação e das condições restritivas da obra, serviço ou evento
a ser executado, podem ser necessários desvios de pequeno ou grande porte,
além de outras providências.
Trecho de via rural com características similares à de via urbana (pista, calçada,
guia, sarjeta e outros equipamentos urbanos), deve ser tratado como trecho de
via urbana.
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10.1.2 Duração
A sinalização temporária tem suas características determinadas pelo tempo
necessário à execução da intervenção, que pode ser de curta, média ou longa
duração.
Coordenadas Y
COR
x y mínimo máximo
0,540 0,352
0,615 0,364
Laranja 20 30
0,540 0,400
0,480 0,380
Sua utilização pode ser dispensada nos casos de obra de curta duração ou
quando os sinais verticais e os dispositivos de canalização e segurança se
mostram suficientes.
Nos itens a seguir serão mencionados alguns outros dispositivos mais utilizados
em situações de obra. Outros dispositivos e mais detalhes podem ser
consultados no Capítulo 9 do MBST VI.
Os módulos são ocos, com orifícios que permitem o seu preenchimento com
água, aumentando sua estabilidade e resistência a choques. Devem ser
acoplados lateralmente, solidarizados de maneira contínua e sem aberturas,
para isolar a área de obra do tráfego de pedestres e veículos.
Os módulos devem ser na cor laranja, apresentando em sua parte superior faixas
inclinadas a 45º e alternadas nas cores branca retrorrefletiva e laranja, conforme
a Figura 105. As barreiras plásticas devem atender à ABNT NBR 16331.
As barreiras móveis devem atender à ABNT NBR 16330. Podem ser utilizadas
para transferir o fluxo de veículos para as faixas de trânsito remanescentes da
pista ou para desvios. Além disso, para delimitar a área da obra ou serviço nas
situações em que é permitido o tráfego ao longo do trecho em intervenção.
Pode conter luz intermitente, contínua ou sequencial e ser fixo ou portátil, sendo
que:
• Folhetos;
• Faixas;
• Painéis de Mensagens Variáveis;
• Assessoria de imprensa.
As comunicações de assessoria de imprensa devem detalhar as informações
mais úteis para os usuários afetados, tais como:
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Deve ser ressaltado que estes são o mínimo referencial daquele manual,
podendo ser acrescentados/modificados por estudos de engenharia visando
proporcionar melhor segurança e eficiência nas diversas situações de campo. A
Figura 109 exemplifica um projeto tipo do Capítulo 14 do MBST VI.
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11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6971: Segurança no tráfego –
Defensas metálicas – Implantação. 2ª Edição. Rio de Janeiro, 2012.
BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito Volume III –
Sinalização Vertical de Indicação. Brasília, 2014.
BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito Volume VII –
Sinalização Temporária. Brasília, 2017.
BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito Volume VIII –
Sinalização Cicloviária. Brasília, 2021.