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MODULO II
ABORDAGEM A PESSOA A PÉ, MOTOCICLETA, CARRO, ÔNIBUS E
EDIFICAÇÕES
INSTRUÇÃO TÁTICA INDIVIDUAL
É o emprego de técnicas e tática, a fim de diminuir riscos aos policiais durante uma abordagem
policial.
I. POSIÇÃO DO POLICIAL
Durante a execução da abordagem o policial deverá tomar a posição “caçador”, pois essa posição
além de externa uma postura firme é a mesma posição de tiro, caso seja necessário efetuá-lo.
Posição 2 - Arma sacada do coldre logo acima deste, e posicionada na lateral do corpo
apontada para frente( 45 ou 90 graus).
Na posição de Caçador o operador empunha a arma com as duas mãos, apontando a arma para direção do
abordado, em uma inclinação de 45 graus com o chão.
Posição 4 – ou pronto emprego
Na posição de Caçador o operador empunha a arma com as duas mãos, apontando a arma com o dedo fora do
gatilho para o abordado.
a) Direita;
b) Esquerda;
c) Retaguarda.
A guarnição da PMPI deverá patrulhar com no mínimo três policiais militares, Além
de estarem equipados adequadamente e bem treinados tecnicamente e taticamente.
2º H 1º H
mot cmt
3º H
Pat,
b) O 2º homem (motorista)
No patrulhamento, o seu campo de visão é principalmente à frente;
Também faz uso dos espelhos retrovisores externos e internos para auxiliar no
patrulhamento de retaguarda.
É o responsável pela segurança externa durante a abordagem.
c) O 3º homem (patrulheiro)
Posiciona-se atrás do banco do motorista, tendo como campo visual a lateral
esquerda ( estabelecimento comerciais, transeuntes, veículos que ultrapassam a
Vtr, vias transversais e o contra-fluxo de trânsito);
É o responsável pelas buscas pessoais e veiculares.
2. ABORDAGEM A PESSOA ISOLADA
Os policiais devem utilizar a técnica de aproximação e fazer com um formato de um
leque, onde o abordado ficará no centro dessa formação, evitando assim, o cruzamento das
linhas de tiro entre os policiais e minimizando a possibilidade de fuga.
Ao proceder à abordagem explique cada ação que o sujeito deve realizar. Trate-o
com dignidade e respeito utilizando linguagem profissional.
COMANDOS:
POLÍCIA! PARADO!... COLOQUE AS MÃOS SOBRE A CABEÇA!.. ENTRELACE OS DEDOS!..
VIRE DE COSTAS PARA MIM! ABRA AS PERNAS! .etc.
Os policiais se aproximam do abordado com as armas na posição três.
Para realização da busca pessoal, o 3º homem fará aproximação pela retaguarda do
abordado com a arma na posição 3, coldreano a arma apenas quando tiver segurando os
dedos do abordado.
Caso abordagem se dê próximo a anteparos (muros, paredes, carros, etc.) os policiais
poderão utilizar esses anteparos, apenas com a finalidade de diminuir a rota de fuga do
abordado. Portanto a busca pessoal se dará com o abordado com as mãos na cabeça e de
frente para o referido anteparo.
Não sendo confirmada a situação que configure ilícito penal, esclareça ao cidadão os
motivos da abordagem, colocando-se sempre à disposição e desejando-lhe bom dia,
boa tarde ou boa noite.
Quando efetuar a prisão de uma pessoa, observe os procedimentos abaixo
relacionados:
O trabalho da imprensa é de vital importância na sociedade democrática.
Assim, o policial deve respeitar e defender o direito à informação.
Por outro lado, é dever do policial respeitar a imagem do preso, direito
constitucional inviolável, protegendo sua dignidade enquanto pessoa humana.
Em termos práticos, isto significa que: o policial não pode obrigar a pessoa
presa a ser fotografada ou filmada pela imprensa.
Constituição Federal, Art 5º, inciso X:
“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação.”
LEMBRE-SE:
Ao proceder à abordagem verbal, explique, através de comandos, cada ação
que o cidadão suspeito deve realizar. Esteja sempre preparado, pois é difícil prever o que
pode acontecer quando se ordena ao suspeito: POLÍCIA! PARADO!... Ele pode obedecer
imediatamente ou sair correndo feito um louco ou, imediatamente, atirar. Qualquer que
seja a reação, o momento é tenso, crítico e cheio de risco. Portanto ao abordar
verbalmente um suspeito esteja preparado para dar uma resposta adequada a reação do
abordado.
3. ABORDAGEM A GRUPO DE PESSOAS
O 3º homem ao realizar a busca pessoal poderá iniciar pela esquerda ou pela direita,
no entanto deverá retirar o abordado que irá sofrer a busca pessoal da linha dos
outros abordados, determinando ao mesmo que dê 02 (dois) passos à retaguarda.
BUSCA POLICIAL: É realizada com o contato físico do policial com pessoas, coisas,
veículos ou edificações quando houver FUNDADA SUSPEITA da prática de delito ou na sua
eminência.
§ 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte
consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo
anterior.
A busca pessoal em mulheres é prevista do mesmo modo, nos artigos 249 do CPP e 183 do
CPPM, com o entendimento que sua realização deve ser efetuada por outra mulher, caso
não retarde ou prejudique a diligência.
Art. 249 do CPP. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento
ou prejuízo da diligência.
Assim, o policial militar apoiará um dos seus pés sobre a intersecção forma pelos calcanhares
do abordado e com uma das mãos (a aquela do mesmo lado do pé utilizado) segurará os
dedos do abordado (os quais estarão entrelaçados), o cotovelo do braço utilizado na
imobilização ficará apoiado nas costas do abordado, e com a mão livre será realizada a busca
no lado correspondente, realizada a busca desse lado, far-se-á a troca de posição,
procedendo à busca no outro lado.
1.3. Posição de busca pessoal: deitado
O abordado ficará deitado, em decúbito ventral (barriga encostada no chão) suas
mãos sobre a cabeça com os dedos entrelaçados, e suas pernas estendidas.
Assim, o policial militar ficará agachado, uma de suas pernas imobilizará uma das pernas do
abordado (a perna esquerda do policial imobilizará a perna direita do abordado ou o contrário)
e com uma das mãos (aquela do mesmo lado da perna utilizada na imobilização) segurará os
dedos do abordado (os quais estarão entrelaçados sobre a cabeça), o cotovelo do braço
utilizado na imobilização ficará apoiado nas costas do abordado, e com a mão livre será
realizada a busca no lado correspondente, realizada a busca desse lado, far-se-á a troca de
posição, procedendo à busca no outro lado.
OBSERVAÇÃO:
Devido a sua agressividade, a busca pessoal na posição de joelhos ou deitado deverá ser
utilizada apenas em situações excepcionais, quando seu uso for estritamente necessário.
USO DE ALGEMAS
1. DEFINIÇÃO DE ALGEMAS
É um instrumento de ferro ou plástico com que se prendem os braços pelos
pulsos.
2. ASPECTO LEGAL
O uso da algema esta regulamenta pela SUMULA VINCULANTE DO STF nº
11, com o seguinte Texto:
“ Só é lícito o uso de algemas em CASO DE RESISTÊNCIA E DE FUNDADO
RECEIO DE FUGA OU DE PERIGO À INTEGRIDADE FÍSICA PRÓPRIA OU ALHEIA, POR
PARTE DO PRESO OU DE TERCEIROS, justificada a excepcionalidade por escrito, sob
pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou autoridade e de nulidade da
prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do
Estado”.
3. PROCEDIMENTOS AO ALGEMAR
I. Para facilitar o algemamento do detido, disponha a algema conforme a figura acima (as
entradas da chave invertidas). Algeme o detido de cima para baixo sem bater com força no
braço do abordado.
II. Incline com força necessária a parte da algema que já está presa ao braço para levá-lo
até as costas do detido, de maneira que, quando for completar o algemamento, as mãos
estejam com as palmas viradas para fora (posição anti-reza).
ORIENTAÇÕES:
a) Nunca se algema com o preso, pois o mesmo poderá ser mais forte que você;
b) Ao conduzir o preso deve preocupar-se em mantê-lo do lado oposto ao da arma;
c) Um prisioneiro não deve ser preso a um objeto do qual não possa ser retirado
rapidamente sob certas circunstancias;
d) Não apertar demais a algema no pulso, pois poderá provocar escoriações ou inchaço,
pela falta de circulação. Isso dará chance ao delinqüente de alegar agressão, e o
exame de corpo de delito comprovará as lesões.
ABORDAGEM A MOTOCICLETA
SEQUÊNCIA DE COMANDOS:
Não deve haver preocupação imediata para que os abordados retirem os capacetes, uma vez que até
a situação estar totalmente dominada e procedida à busca, a identificação dos abordados é uma
preocupação secundária.
Iniciar a busca pessoal pelo garupa, pois a uma maior probabilidade dele esta armado.
Após a busca pessoal aos abordados não sendo encontrado nada de ilícito com os mesmo, o
comandante determinará que retirem os capacetes e os ponham em cima da motocicleta.
O 3º homem fará uma varredura a fim de verificar se os abordados dispensaram ou não algo ilícito nas
proximidades da abordagem.
O comandante em uma conversa com os abordados fará algumas perguntas pertinentes a cada
situação, que poderão ajudar no serviço da Polícia Militar.
7. DESFECHO DA ABORDAGEM
Não sendo constatado nenhum ilícito penal, o policial deverá liberar o abordado, informando-o a
motivação da referida abordagem.
Sendo constatada a existência do ilícito penal, será feita a condução do abordado até a Central de
Flagrante, para as providencias legais.
Enquanto o 1º homem e o 2º homem fazem a aproximação aos abordados com as armas na posição 3, o
3º homem com a arma na posição 4, fará a aproximação ao veículo abordado, a fim de verificar se ainda
tem ou não outras pessoas dentro do referido veículo.
Posicione os abordados coma as mãos para trás um ao lado do outro, próximo a lateral direita do veículo
abordado, na altura do pneu dianteiro e de frente para o referido veículo.
O 3º homem que se encontra com a chave do veículo, a qual foi recolhida do motorista no momento da
busca pessoal, ficará responsável pela abertura do porta mala, porém só abrirá o mesmo, logo após
aplicar um leve tapa na tampa do porta mala e verbalizar “Polícia Militar” , o 2º homem que estará
posicionado próximo ao 3º homem, com arma na posição 4, fará a varredura no porta mala.
O 3º homem fará uma varredura a fim de verificar se os abordados dispensaram ou não algo ilícito nas
proximidades da abordagem.
O comandante em uma conversa com os abordados fará algumas perguntas pertinentes a cada
situação, que poderão ajudar no serviço da Polícia Militar.
9) FAÇA O DESFECHO DA ABORDAGEM
Não sendo constatado nenhum ilícito penal, o policial deverá liberar o abordado, e informando a
motivação da referida abordagem.
Sendo constatada a existência do ilícito penal, será feita a condução do abordado até a Central
de Flagrante, para as providencias legais.
ABORDAGEM A COLETIVOS
ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES
1. ASPECTOS LEGAIS
DOMICILIO:
É o lugar onde a pessoa estabelece sua residência com ânimo – Art. 31 Código
Civil.
A casa de uma pessoa, por mais humilde que seja, tem o seu âmbito preservado
das ingerências de particulares e também do Estado. A casa, o domicílio do ser humano só
pode ser violado nas circunstâncias que a própria Constituição Federal prevê.
LEMBRE-SE:
Caso não seja obedecidos esses aspectos legais, o policial estará incorrendo no crime
de VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO.
3. TÉCNICA DE VARREDURA
c) Visual refletivo
Tal técnica consiste na observação do interior de um cômodo através de
reflexos emanados por objetos reluzentes, tais como tela de um televisor desligado, tampas
de microondas, torneiras, espelhos, vidros, cinzeiros, garrafas, etc.
d) Olhada rápida
Consiste na observação do interior de um cômodo ou de um local ainda não
vistoriado, através da observação em pontos alternados (em cima/em baixo ou no meio) de
forma rápida objetivando alcançar ângulos que não foram cobertos (visualizados) através
das outras técnicas utilizadas. Serve normalmente como complemento da técnica de “fatiar
pizza”.
Técnica que consiste em se aproximar de uma parede para observar o interior de
um ambiente ou um corredor. De frente para a parede o PM, realiza uma rápida jogada de
corpo de modo que sua cabeça "apareça" por instantes dentro do ambiente a ser observado,
realizando-se os movimentos em alturas alternadas.
4. ENTRADA
São penetrações em ambientes com baixa ou sem nenhuma visualização, no
intuito de dominar determinado ambiente. Não deve ser confundida com invasão tática, que
é de característica voltada para o emprego de times táticos.
5. Planejamento Tático
ASSIS, José Wilson Gomes de, 1º Ten. QOPMPI. Instrução Operacional Básica para Presídios
(apostila). Teresina, 2004.
ASSIS, José Wilson Gomes de, 1º Ten. QOPMPI. Escolta de presos. Teresina, 2005.
CRETELLA JÚNIOR, José (organizador). Direito administrativo da ordem pública. 3 ed. Rio de
Janeiro: Forense, 1998.
DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO ILUSTRADO: VEJA LAROUSSE. São Paulo: Editora Abril, 2006.
POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS. Manual de prática policial: geral. Belo Horizonte, 2002.
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ. Curso Especial de Força Tática (Apostila). Belém, 2001.
POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ. Policiamento Motorizado. São José dos Pinhais 1995.
POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ. Curso Ações Táticas Especiais (Apostila). Teresina, 2003.
POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ. Estágio de Patrulhamento de Alto Risco (Apostila). Teresina, 2006.