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Aula 01

CADERNO DOUTRINÁRIO 03

BLITZ POLICIAL
Prof. André Gustavo

MANUAL TÉCNICO-PROFISSIONAL
Nº 3.04.04/2020-CG

MTP 04

ABORDAGEM A VEÍCULOS
Prof. André Gustavo

SEÇÃO 1

APRESENTAÇÃO
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APRESENTAÇÃO

O Manual Técnico-Profissional 3.04.04 (MTP 04)


objetiva padronizar procedimentos operacionais e
orientar os policiais militares para a tomada de decisões
sobre a tática mais adequada nas abordagens a
veículos, considerando os objetivos da intervenção, as
especificidades de cada tipo de veículo e o ambiente
em que a abordagem será realizada.
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SEÇÃO 2

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A abordagem a veículos é um tipo de intervenção policial,
cujos procedimentos preveem a aproximação dos meios de
transporte de passageiros ou de carga, em via pública, com
um ou mais dos seguintes objetivos:
a) orientar e prestar assistência;
b) distribuir folders “Dicas PM” ou peças gráficas relacionadas à
segurança pública;
c) fiscalizar documentos de porte obrigatório do condutor e do veículo;
d) vistoriar1 sinais veiculares e documentais;
e) averiguar os equipamentos obrigatórios;
f) notificar o condutor em casos de infração de trânsito;
g) adotar providências quanto ao estado de embriaguez do condutor;
h) realizar busca no veículo na tentativa de localizar produtos ilícitos;
i) efetuar a prisão de condutor e passageiros que possuam mandado de
prisão em aberto, que estejam em fuga ou em estado de flagrância;
j) realizar busca pessoal nos ocupantes dos veículos.
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A abordagem a veículos se fundamenta no art. 5º da


Constituição Federal (CF/88) e nos arts. 240 a 250 do
Código de Processo Penal (CPP).

A vistoria e busca veicular e a busca pessoal são


procedimentos que podem ocorrer ao longo de uma
abordagem a veículos, principalmente naquelas que se
configuram intervenções policiais militares de nível I
(preventiva) e III(repressiva).
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O art. 244 do CPP descreve que a busca pessoal


independerá de mandado, e o art. 245 condiciona a
necessidade de mandado apenas para a busca
domiciliar. Portanto, nos veículos em que o
proprietário/condutor não utiliza como moradia, a
busca pessoal e a vistoria veicular independem da
necessidade de mandado. Contudo, de acordo com
os arts. 240 a 250 do CPP, esses procedimentos serão
realizados nas situações em que houver fundada
suspeita.
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A suspeição pode advir de algum critério subjetivo (conduta do
cidadão, denúncia anônima, dentre outros) ou objetivo (dados do
geoprocessamento como local, horário, veículo de tipo ou modelo
geralmente utilizado para prática de crimes, dentre outros).

Assim, durante uma abordagem a veículos, as buscas pessoal e


veicular devem ocorrer de forma fundamentada e não aleatória. Tais
procedimentos têm como finalidade a prevenção ou repressão
qualificada a possíveis delitos, diante da suspeita de que alguém
esteja ocultando consigo os seguintes objetos:

a) arma proibida;
b) objetos obtidas por meios criminosos;
c) instrumentos de falsificação ou objetos falsificados e contrafeitos;
d) armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados
a fim delituoso;
e) objetos necessários à prova de infração ou à defesa de réu;
f) qualquer elemento que demonstre indício de infração penal.
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Níveis de abordagem a veículos

• abordagem a veículo - nível 1


• caráter educativo e assistencial
• Estado amarelo
• Risco I

• abordagem a veículo - nível 2


• Verificação preventiva ou em fatos que indiquem ameaça
à segurança pública.
• Estado laranja
• Risco II

• abordagem a veículo - nível 3


• ações e operações repressivas
• Estado vermelho
• Risco III
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Níveis de abordagem a veículos

ATENÇÃO! Independentemente da situação, os


componentes da guarnição devem considerar que toda
abordagem possui um risco em potencial, devendo observar
todas as orientações técnicas e doutrinárias, mantendo um
estado de prontidão coerente com cada situação.
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Conceitos aplicáveis à área de abordagem a


veículos

Para proceder à abordagem a veículos, o policial militar


deve observar os princípios do pensamento tático,
mapeando o local da intervenção em função da
avaliação de riscos. Nesse sentido, considere:
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Conceitos aplicáveis à área de abordagem a


veículos
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Conceitos aplicáveis à área de abordagem a


veículos
a) Área de contenção: é a área de abrangência da
intervenção, em que os policiais militares deverão manter
constante monitoramento com objetivo de conter os
abordados e isolar o local contra a intervenção de terceiros.
Nesta área se encontram a viatura, os policiais, o veículo e
os abordados;

b) Área de segurança: é a área na qual a Polícia Militar


tem o domínio da situação, havendo, presumidamente,
menores riscos à integridade física e à segurança dos
policiais militares. É o espaço onde o policial militar deve,
primeiramente, se colocar durante a intervenção, evitando
se expor a perigos desnecessários;
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Conceitos aplicáveis à área de abordagem a


veículos
c) Área de risco: nessa área, existem ameaças, reais ou
potenciais, que colocam em risco a segurança dos envolvidos,
pelo fato de o policial militar não deter, ainda, o domínio da
situação. Numa abordagem dessa natureza, o policial não tem o
domínio do espaço interno do veículo, bem como de todo o espaço
livre em torno dele (360º). Portanto, considera-se todos esses
espaços não dominados como área de risco;

d) Área de aproximação: é o espaço que corresponde a uma


faixa de aproximadamente a largura de um corpo humano,
dentro da área de risco, que se inicia na altura do parachoque
traseiro (lado esquerdo ou direito) do veículo abordado e termina
antes do raio de abertura da porta do motorista ou das portas
traseiras quando houver passageiros nos bancos de trás. É o local
que oferece menor risco ao policial militar durante a aproximação;
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Conceitos aplicáveis à área de abordagem a


veículos
e) Área de alcance: é o espaço situado dentro da área de risco em
que o policial militar estará vulnerável à agressão física por parte de
ocupantes do veículo (agressões com socos, com chaves de fenda,
trancas de carro, golpes com a porta, dentre outros). Essa área
compreende aproximadamente o raio de abertura das portas.

f) Área de busca: é o espaço destinado à realização de busca


pessoal, e será definido após análise do local e avaliação de riscos,
de forma a garantir segurança tanto para os policiais militares quanto
para os abordados.

g) Área de custódia: é o espaço definido pelos policiais militares,


dentro da área de contenção, para onde os abordados, serão
encaminhados enquanto aguardam consultas de dados, dos
demais ocupantes do veículo, vistorias, entre outros.
Recomenda-se que esses locais não possuam pontos de escape que
permitam uma possível evasão dos abordados.
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Distribuição de funções
a) PM Comandante: é o policial militar de maior posto ou
graduação ou o mais antigo, responsável direto pela
coordenação e controle da operação.

b) PM Verbalizador: é o policial militar responsável pela


comunicação com os ocupantes do veículo abordado;

c) PM Vistoriador: é o policial militar que procede à


abordagem e mantém contato visual e verbal com o
condutor do veículo e seus passageiros. É também o
responsável pela verificação de documentos e vistoria do
veículo;
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Distribuição de funções

d) PM Revistador: é o responsável pela realização da


busca pessoal nos passageiros e busca no veículo
abordado durante a intervenção;

e) PM Segurança: é o responsável pela integridade e


segurança dos componentes da equipe.

ATENÇÃO! Um policial militar poderá acumular duas ou


mais funções das descritas no item anterior, conforme o tipo
de veículo, os objetivos a serem atingidos e o número de
integrantes da equipe.
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SEÇÃO 3

TÁTICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS


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TÁTICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS


Na abordagem a veículos utilizando viaturas de 4
(quatro) rodas poderão ser empregadas 3 (três)
táticas:

 Tática de Posicionamento Paralelo;

 Tática de Posicionamento Diagonal;

 Tática de cerco, bloqueio e interceptação.


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TÁTICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS


Normalmente, as abordagens a veículos ocorrem nas
seguintes situações:

a) durante uma operação de blitz policial, quando a viatura e os


policiais militares montam um dispositivo apropriado para direcionar e
diminuir a velocidade do fluxo do trânsito, de forma a facilitar a
escolha e a ordem de parada dos veículos pelo PM Selecionador,
de acordo com o objetivo e o nível da intervenção;

b) durante o patrulhamento, por acionamento ou de iniciativa, o


comandante da guarnição, decide pela realização da abordagem
(parada ou em movimento);

c) durante perseguição policial, numa operação de cerco e


bloqueio.
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TÁTICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS


Toda e qualquer intervenção policial, seja simples ou
complexa, deve ser precedida de análise criteriosa das
informações, de forma que sejam organizadas, trabalhadas
e transformadas em dados, aplicando-se a metodologia de
avaliação de riscos. A classificação de risco poderá ser
alterada no transcorrer de uma intervenção policial,
consoante elevação ou diminuição da gravidade da
ocorrência.

A análise prévia de todos os dados levantados e dos


aspectos legais irá orientar os policiais militares quanto
à decisão de iniciar ou não a abordagem e quanto à escolha
dos dispositivos táticos e ao emprego de níveis de força,
coerentes com a situação apresentada.
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TÁTICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS

ATENÇÃO! Recomenda-se evitar a abordagem em regiões


com grande fluxo de pessoas. Em aclives e declives
acentuados as abordagens também podem oferecer risco a
todos os envolvidos.

Os procedimentos iniciam-se com a ordem de parada,


caso o veículo a ser abordado esteja em movimento,
utilizando a verbalização e sinais sonoros e gestuais.
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Posicionamento das viaturas

O posicionamento das viaturas é um fator


importante para proporcionar maior segurança aos
policias militares, melhorar a visualização do
veículo abordado, bem como facilitar o processo de
verbalização. Serão apresentadas nesse item as
principais variáveis de posicionamento de viaturas.
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Tática de Posicionamento Paralelo


Esta tática deve ser empregada em
abordagens nível 1, as quais tem
caráter educativo ou assistencial, ou
ainda em operações preventivas com
parada de veículos para fiscalização de
documentos e equipamentos
obrigatórios.

Nessa tática a viatura será


posicionada de 3 (três) a 5 (cinco)
metros de distância do veículo
abordado de forma paralela em
relação a calçada ou acostamento, à
retaguarda com a frente voltada e
alinhada ao ponto de foco;
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Tática de Posicionamento Diagonal


Consiste em tática a ser utilizada em abordagens a
veículos nível 2 ou 3, criando-se a área de
segurança.
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Tática de Posicionamento Diagonal


Esse posicionamento apresenta as seguintes vantagens:

 a formação de uma área de segurança. A viatura será


utilizada como abrigo, haja vista que o bloco do motor, as
rodas e as partes maciças oferecem proteção física aos
policiais militares;
 criação de um espaço seguro para o trânsito dos abordados
e do policial, evitando atropelamentos;
 o controle visual (pontos de foco e pontos quentes) das
portas e janelas do veículo, sem necessidade de exposição
na área de risco;
 uma posição segura para emprego da técnica de
verbalização;
 maior facilidade no caso de necessidade de uma saída
rápida da viatura.
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Tática de Posicionamento Diagonal


Excepcionalmente, como variante ao padrão
estabelecido para abordagens nível 2 ou 3, podem
ocorrer situações que impeçam ou prejudiquem esse
posicionamento (vias estreitas, grande fluxo de
trânsito/tráfego dentre outros), obrigando a equipe a
posicionar a viatura paralela à via.

Para isso, deverá ser observado:


I. espaço na via para desembarque e deslocamento dos policiais até as
posições de segurança;

II. visibilidade;

III. utilização de abrigos existentes no ambiente, como árvores, postes,


caçambas ou outros
veículos.
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Tática de Posicionamento Diagonal


a) Posicionamento com 1 (uma) viatura

A viatura será posicionada de 3 (três) a 5 (cinco) metros


de distância à retaguarda do veículo abordado, na diagonal
em relação à via, com a parte frontal voltada para o sentido da
via.
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Tática de Posicionamento Diagonal


b) Posicionamento com 2 (duas) viaturas
A primeira viatura será posicionada conforme descrito na
alínea anterior e a segunda viatura será posicionada na
diagonal em relação à via, de 3 (três) a 5 (cinco) metros de
distância da primeira viatura.
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Tática de Posicionamento Diagonal


c) Posicionamento com mais de 2 (duas) viaturas

Caso a intervenção ocorra com mais de 2 (duas)


viaturas, a terceira viatura em diante posicionará nas
interseções ou cruzamentos, a fim de isolar o perímetro
da abordagem.
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Posicionamento dos policiais militares


A seguir estão elencadas as posições que os policiais militares
devem utilizar considerando a viatura como elemento que
maximiza segurança:
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Posicionamento dos policiais militares


a) Posição 1 (P1): Posição do lado esquerdo da viatura,
próxima ao motor, atrás da parte frontal. Esta posição é o
local mais adequado para a verbalização, dada a facilidade de
interlocução com o condutor do veículo abordado. Portanto,
local ideal para se posicionar o PM Verbalizador. O policial
militar que ocupa a Posição 1 poderá ainda assumir a função
do PM Revistador/Vistoriador;

b) Posição 2 (P2): Posição à retaguarda da viatura pelo seu


lado direito, próxima ao parachoque. Proporciona coberta ao
policial, sendo local mais indicado para ações do PM
Comandante/Segurança, principalmente com o efetivo de
dois policiais;
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Posicionamento dos policiais militares


c) Posição 3 (P3): Esta posição se destina ao PM Segurança
da retaguarda. Além de focar sua atenção para a retaguarda da
viatura, dará cobertura ao PM Revistador durante a busca
pessoal. Nessa posição poderão permanecer um ou mais
policiais militares, de acordo com a quantidade de guarnições
empregadas na abordagem, os quais poderão ainda
posicionarem à frente ou à retaguarda da viatura;

d) Posição 4 (P4): Posição destinada ao policial militar que dará


cobertura ao PM Verbalizador, auxiliando-o nas respostas táticas
necessárias, devendo observar a postura tática adequada. A
localização dessa posição é variável, podendo o policial militar
nessa posição permanecer atrás do PM Verbalizador (motorista)
ou do PM Comandante. Nessa posição poderão permanecer
um ou mais policiais militares, de acordo com a quantidade de
guarnições empregadas na abordagem.
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Posicionamento dos policiais militares

ATENÇÃO! Além desses posicionamentos descritos, a fim


de potencializar a segurança, os policiais militares podem
utilizar algum abrigo existente no ambiente, como árvores,
postes, caçambas ou outros veículos.
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Procedimentos gerais básicos


Ao iniciar uma abordagem veicular, o policial militar deverá:

a) repassar ao COPOM ou correspondente a localização exata da


guarnição;

b) procurar fazer com que o veículo abordado pare em um local fora da


pista de rolamento (ou onde haja menos tráfego);

c) estar atento quanto às possíveis rotas de fuga;

d) evitar abordar próximo a locais onde pessoas hostis possam interferir na


abordagem;

e) à noite, quando possível, escolher locais já conhecidos e com


luminosidade favorável;

f) verificar a existência de outros veículos, que poderão dar cobertura ao


veículo abordado.
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Procedimentos gerais básicos

ATENÇÃO! Em que pese o Radiopatrulhamento Unitário


consistir numa variável de serviço do policiamento
preventivo, este não oferece condições de segurança à
atuação policial-militar para a realização da abordagem a
veículos, devido ao efetivo empregado (um policial). Caso
haja necessidade de atuar repressivamente, deverá
solicitar apoio.
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Procedimentos gerais básicos


Procedimentos para a Tática de Posicionamento Paralelo

Os policiais seguirão pela área de aproximação estando os


ocupantes do veículo ainda embarcados. O PM Verbalizador estará
com sua arma na posição 1 (arma localizada). O PM Segurança
estará com sua arma na posição 2 (arma em guarda baixa).
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Procedimentos gerais básicos


Procedimentos para a Tática de Posicionamento Paralelo

A disposição de um policial militar em cada lado do


veículo abordado confere maior capacidade de controle
e segurança, sendo, portanto, tática dissuasiva de ação
reativa por parte dos ocupantes do veículo. O PM
Verbalizador e o PM Segurança não devem se manter
apoiados ou mesmo encostados no veículo.

O PM Verbalizador e o PM Segurança não devem se


posicionar na área de alcance, evitando assim uma
possível agressão física (soco, uso de arma branca como
faca, chaves de fenda, trancas de carro, entre outros) por
parte de algum dos ocupantes do veículo.
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Procedimentos gerais básicos


Procedimentos para a Tática de Posicionamento Paralelo

Na área de aproximação, o PM Verbalizador perguntará


ao motorista do veículo abordado o seu nome e onde
se encontram os documentos de porte obrigatório,
antes de solicitar que os apanhe, facilitando assim um
melhor controle dos seus movimentos.

Ao adentrar à área de aproximação o PM Verbalizador


deve estabelecer uma comunicação clara e objetiva
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Procedimentos gerais básicos


Procedimentos para a Tática de Posicionamento Paralelo

ATENÇÃO! Conforme avaliação de risco, quando houver


passageiro no banco traseiro, o policial militar poderá se
posicionar antes do raio de abertura da porta traseira
esquerda e determinar que o motorista entregue os
documentos ao passageiro, para que lhe sejam repassados.
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Procedimentos gerais básicos


Procedimentos para a Tática de Posicionamento Paralelo

Com a mão livre, o PM Vistoriador deverá pegar os


documentos e realizar as seguintes ações:
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Procedimentos gerais básicos


a) vistoriar os documentos do veículo e do condutor: Certificado de
Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e Carteira Nacional de
Habilitação (CNH);
b) consultar prontuários dos ocupantes;
c) caso a consulta ocorra via rede de rádio da viatura, o PM Vistoriador
deve certificar-se que o PM Segurança está atento ao comportamento dos
abordados, e ao chegar à viatura, não deverá se colocar de costas para o
veículo abordado. Ao retornar, seguirá os mesmos procedimentos de
segurança de uma nova abordagem, ou seja, abordar pela área de
aproximação e não se posicionar na área de alcance;
d) surgindo suspeição ou constatada alguma irregularidade a abordagem
passa a ser considerada como nível 2 ou 3 a depender da circunstância
avaliada;
e) durante a abordagem, recomenda-se que o PM Segurança permaneça
na área de aproximação do lado direito do veículo, com arma na posição
2 (arma em guarda baixa), com foco nas mãos e na movimentação do
motorista e dos passageiros no interior do veículo, de acordo com a
avaliação de riscos.
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Procedimentos gerais básicos


Procedimentos para a Tática de Posicionamento Paralelo

Após fiscalizar os documentos de porte obrigatório, o PM


Vistoriador devolverá ao condutor, momento em que
deverá agradecer a colaboração e auxiliá-lo a retornar ao
trânsito. Se o abordado manifestar algum comportamento
de resistência, o policial militar deverá considerar as
orientações para verbalização e uso de força descritos nos
MTP 01, 02 e 03.
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Procedimentos gerais básicos


Visualização de fato ou conduta suspeita

Durante uma abordagem nível 1 o policial militar poderá


vislumbrar algum fato ou comportamento dos
ocupantes do veículo que gerem fundada suspeita.
Diante de uma situação como essa, deve passar a
considerar a intervenção como sendo nível 2 ou 3.
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Procedimentos gerais básicos


Visualização de fato ou conduta suspeita

Dentre os motivos que justificam a fundada suspeita


nos ocupantes do veículo, podemos citar alguns:

a) movimentos bruscos e sugestivos de ocultação de objetos


ilícitos;
b) informação de antecedentes criminais;
c) existência de mandado de prisão em aberto;
d) confirmação / detecção de veículo furtado;
e) identificação de adulteração de sinais veiculares ou de seus
componentes (chassi, placas, motor ou outro);
f) reconhecimento de cidadão infrator contumaz;
g) percepção de odores sugestivos de substância
entorpecente.
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Procedimentos gerais básicos


Visualização de fato ou conduta suspeita

A partir de então o policial deve manter uma postura firme


com voz moderada, fala fluente e persuasiva. Os policiais
devem controlar os pontos quentes do veículo
abordado e procurar por um abrigo no ambiente,
podendo recuar para a retaguarda da viatura.
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Procedimentos gerais básicos


Visualização de fato ou conduta suspeita

Em seguida, devem ordenar aos ocupantes que desçam do


veículo, um a um, a começar pelo condutor e posteriormente os
passageiros, preferencialmente nessa ordem. Os abordados devem
ser direcionados para a área de busca definida pelo policial (paredes,
muros, calçadas, atrás do veículo etc.).

Na sequência os policiais devem certificar-se de que não


há mais nenhum ocupante no veículo. Em seguida,
realizam-se as buscas pessoais.

A busca no veículo só poderá ser iniciada após


encerradas as buscas pessoais e os abordados estiverem
devidamente monitorados na área de custódia.
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Procedimentos gerais básicos


Procedimentos para a Tática de Posicionamento Diagonal

Após o devido posicionamento, os policiais militares


desembarcarão, fecharão as portas e posicionar-se-ão,
conforme abaixo:
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Procedimentos gerais básicos


Procedimentos para a Tática de Posicionamento Diagonal

Se a situação for avaliada como risco nível II, o


abordado será colocado em alguma das posições de
contenção, conforme avaliação de riscos.
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Procedimentos gerais básicos


Procedimentos para a Tática de Posicionamento Diagonal

Caso intervenção seja classificada como risco nível III,


o abordado será colocado na posição de contenção 3
ou 4.

Havendo mais passageiros, estes devem ser


desembarcados, um a um, utilizando verbalização
semelhante.
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Procedimentos gerais básicos


Procedimentos para a Tática de
Posicionamento Diagonal
Com os ocupantes do veículo
desembarcados e dispostos na
área de busca, o PM Verbalizador
com arma em pronta resposta
progride pelo lado esquerdo do
veículo abordado realizando uma
varredura até conseguir visualizar
o interior do veículo. Não havendo
risco, o PM Verbalizador
aproximará dos abordados para o
início da busca pessoal, quando
assumirá a função de PM
Revistador.
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Procedimentos gerais básicos


Procedimentos para a Tática de Posicionamento Diagonal

Caso identifiquem a presença de passageiro escondido


no interior do veículo, deverão executar o recuo tático e
iniciar um novo processo de verbalização na área de
segurança.

O policial militar que está ocupando a posição 2


monitora os abordados.

Após o policial militar que ocupava a posição 1 realizar a


varredura no veículo, o policial da posição 2 irá se
aproximar dos abordados adotando a Tática de
Aproximação Triangular (TAT).
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Variações da Tática de Posicionamento Diagonal


a) Dispositivo de 1 (uma) viatura
com 2 (dois) policiais militares

No dispositivo com dois policiais,


estes serão dispostos nas posições
1 e 2, conforme indica a Figura 5
exercendo as funções destas
posições. A viatura deverá posicionar-
se na diagonal em relação ao sentido
da via, quando esta possibilitar, a uma
distância de 3 (três) à 5 (cinco) metros
à retaguarda do veículo abordado, de
forma a oferecer uma área segura
para a atuação dos policiais militares.
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Variações da Tática de Posicionamento Diagonal


b) Dispositivo de 1 (uma) viatura com 3 (três) policiais
militares

No dispositivo com 3 (três) policiais militares, estes


serão dispostos nas posições 1, 2 e 3, exercendo as
funções destas posições. A viatura deverá se posicionar
conforme descrito na alínea anterior de forma a oferecer
uma área segura para a atuação dos policiais militares.
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Procedimentos gerais básicos


c) Dispositivo de 1 (uma)
viatura com 4 (quatro)
policiais militares

No dispositivo com 4 (quatro)


policiais, estes serão
dispostos nas posições 1, 2,
3 e 4, exercendo as funções
destas posições.

A viatura posicionará, conforme


descrito na alínea “a” de forma
a oferecer uma área segura
para a atuação dos policiais.
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Procedimentos gerais básicos


d) Dispositivo de 2 (duas) viaturas, com 2 (dois) policiais
militares em cada viatura
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Procedimentos gerais básicos


d) Dispositivo de 2 (duas) viaturas com 2 (dois) policiais
militares em cada viatura
A primeira viatura será posicionada conforme descrição da
alínea “a”. A segunda viatura posicionará à retaguarda da
primeira viatura, também de forma diagonal em relação à
via à uma distância de 3 (três) a 5 (cinco) metros da primeira
viatura e seus integrantes ocuparão as posições 3 e 4.

Nesta configuração, o policial na posição 4 fará a


cobertura do PM Verbalizador com as atenções voltada
para os abordados, enquanto o policial na posição 3 fará
a segurança da equipe com as atenções voltadas à
retaguarda
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Procedimentos gerais básicos


e) Dispositivo de 2 (duas) viaturas, com 2 (duas)
policiais militares na primeira viatura e 3 (três) na
segunda viatura
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Procedimentos gerais básicos


e) Dispositivo de 2 (duas) viaturas, com 2 (duas)
policiais militares na primeira viatura e 3 (três) na
segunda viatura

A primeira viatura posicionará conforme descrito na alínea


“a”, enquanto a segunda viatura posicionará à retaguarda da
primeira, em diagonal em relação à via à uma distância de 3
(três) a 5 (cinco) metros.

O PM Comandante e o motorista da segunda viatura


ocuparão a posição 4, dando cobertura ao Comandante
e ao motorista da primeira viatura, respectivamente.
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Procedimentos gerais básicos


e) Dispositivo de 2 (duas) viaturas, com 2 (duas)
policiais militares na primeira viatura e 3 (três) na
segunda viatura

O patrulheiro da segunda viatura ocupará a posição 3,


à retaguarda da segunda viatura, de forma a manter
também a segurança do perímetro.

Mediante avaliação de risco do PM na posição 3, este


poderá se posicionar à frente ou a retaguarda da segunda
viatura.
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Procedimentos gerais básicos


f) Dispositivo de 2 (duas) viaturas, com 2 (dois)
policiais militares na primeira viatura e 4 (quatro)
policiais militares na segunda viatura
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Procedimentos gerais básicos


f) Dispositivo de 2 (duas) viaturas, com 2 (dois)
policiais militares na primeira viatura e 4 (quatro)
policiais militares na segunda viatura

A primeira viatura posicionará conforme descrito na alínea


“a”, enquanto a segunda viatura posicionará à retaguarda
da primeira viatura, em diagonal em relação à via à uma
distância de 3 (três) a 5 (cinco) metros.

O PM Comandante e o motorista da segunda viatura


ocuparão a posição 4, dando cobertura ao Comandante
e motorista da primeira viatura, respectivamente.
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Procedimentos gerais básicos


f) Dispositivo de 2 (duas) viaturas com 2 (dois) policiais
militares na primeira viatura e 4 (quatro) policiais
militares na segunda viatura

Os patrulheiros da segunda viatura ocuparão a posição


3, à retaguarda da segunda viatura, de forma a manter
também a segurança do perímetro.

Mediante avaliação de risco do PM na posição 3, este


poderá se posicionar à frente ou a retaguarda da segunda
viatura.
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Procedimentos gerais básicos


g) Dispositivo de 2 (duas) viaturas, com 3 (três)
policiais militares na primeira viatura, e 3 (três) ou 4
(quatro) policiais militares na segunda viatura
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Procedimentos gerais básicos


g) Dispositivo de 2 (duas) viaturas, com 3 (três)
policiais militares na primeira viatura, e 3 (três) ou 4
(quatro) policiais militares na segunda viatura

A primeira viatura posicionará conforme descrito na


alínea “b” (1 viatura com 3 PM), enquanto a segunda
viatura posicionará à retaguarda da primeira viatura, em
diagonal em relação à via à uma distância de 3 (três) a 5
(cinco) metros.

O PM Comandante e o motorista da segunda viatura


ocuparão a posição 4, dando cobertura ao Comandante
e motorista da viatura principal, respectivamente.
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Procedimentos gerais básicos


g) Dispositivo de 2 (duas) viaturas com 3 (três) policiais
militares na primeira viatura e 3 (três) ou 4 (quatro)
policiais militares na segunda viatura

Os patrulheiros da segunda viatura ocuparão a posição


3, à retaguarda da segunda viatura, de forma a manter
também a segurança do perímetro.

Mediante avaliação de risco dos policiais militares na


posição 3, estes poderão se posicionarem à frente ou a
retaguarda da segunda viatura.
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Procedimentos gerais básicos


h) Dispositivo de 2 (duas) viaturas com 4 (quatro)
policiais militares em cada viatura
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Procedimentos gerais básicos


h) Dispositivo de 2 (duas) viaturas com 4 (quatro)
policiais militares em cada viatura

A primeira viatura posicionará conforme descrito na


alínea “c” (1 viatura com 4 PM) enquanto a segunda
viatura posicionará à retaguarda da primeira viatura, em
diagonal em relação à via à uma distância de 3 (três) a 5
(cinco) metros.

O PM Comandante da segunda viatura ocupará a


posição 4, dando cobertura ao Comandante da primeira
viatura.
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Procedimentos gerais básicos


h) Dispositivo de 2 (duas) viaturas com 4 (quatro) policiais
militares em cada viatura
O motorista da segunda viatura e o patrulheiro que ocupava
inicialmente a posição 3 posicionar-se-ão entre a primeira e
a segunda viatura, com a arma na posição de guarda baixa e
a silhueta reduzida, servindo de apoio aos policiais militares
que ocupam as posições 1 e 2, com a atenção voltada para o
veículo abordado.

Os patrulheiros da segunda viatura ocuparão a posição 3, à


retaguarda da segunda viatura, de forma a manter também a
segurança do perímetro.

Mediante avaliação de risco, os policiais militares na


posição 3 poderão se posicionar à frente ou à retaguarda da
segunda viatura.
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Vistoria e Busca em veículos


É Importante reafirmar a diferença entre os conceitos
de busca veicular e vistoria:

a) Busca veicular: consiste na verificação interna e


externa do veículo abordado, por meio de revista nos
compartimentos suscetíveis a serem utilizados para
esconder objetos ilícitos. A busca estende-se a quaisquer
outros objetos que estejam com as pessoas no interior do
veículo.

b) Vistoria: consiste no processo de conferência do


chassi, número do motor, carrocerias, placas e outros
sinais veiculares, verificando se estão dentro das
especificações exigidas pelas normas de trânsito.
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Vistoria e Busca em veículos

Também é feita a análise dos sinais veiculares e dos


documentos no sentido de verificar a existência de
adulterações ou falsificações, bem como vestigíos que
indiquem a ligação do veículo ou documentos a qualquer
outro crime. A vistoria será externa e interna.

A busca veicular será iniciada pelo porta-malas,


prossegue para região destinada aos ocupantes do
veículo e finaliza no box do motor. O policial deverá se
manter atualizado, visto que existem diversos locais onde é
possível ocultar objetos ilícitos no veículo.
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Vistoria e Busca em veículos


Para a busca no porta-malas, caso suspeite que ali
possa estar escondido um infrator ou uma vítima, o PM
Vistoriador se posicionará na extremidade direita
traseira do veículo abordado, com arma na posição 3
(guarda alta) e abrirá o porta-malas, enquanto recebe a
cobertura do PM Segurança.

Após a busca externa, se julgar conveniente, o PM


Segurança se deslocará até a área de custódia, onde
determinará ao motorista do veículo abordado, após
realizada busca pessoal, que o acompanhe na busca
interna. Caso o motorista esteja algemado e preso, o PM
Comandante poderá arrolar uma testemunha idônea para
acompanhar a busca interna.
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Vistoria e Busca em veículos


A consulta dos dados criminais dos abordados deverá ser
realizada enquanto eles se encontram na área de
custódia. Se retardada essa medida haverá possibilidade de
fuga se algum deles estiver com mandado de prisão em
aberto.

Os recursos tecnológicos que estejam à disposição para


comprovar a atuação legítima do policial militar e a
resistência do abordado poderão ser utilizados. Esses
registros eletrônicos só poderão ser utilizados de maneira
oficial, sendo vedada a divulgação ou distribuição destes à
imprensa ou a outros órgãos.
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Vistoria e Busca em veículos


Em casos de abordagens com baixa luminosidade,
recomenda-se a utilização da lanterna como recurso para
ofuscamento da visão do abordado.

Os policiais podem se deparar com condutores ou


ocupantes de veículos que apresentem alguma limitação
física ou mental. Tais fatores vão exigir do policial uma
capacidade de interpretar rapidamente sinais que
indiquem essas condições.

Uma pessoa com deficiência ou até mesmo idosos e crianças


podem trazer dificuldades de andamento em uma abordagem
policial. O policial deve manter-se calmo e procurar meios de
se comunicar e se fazer entender para alcançar os resultados
desejados.
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Abordagem a veículos utilizando


motocicletas policiais
Para abordagem a veículos utilizando motocicletas
policiais, os procedimentos descritos nesta Seção
devem ser aplicados naquilo que couber.

Especial atenção deve ser dada ao posicionamento das


motocicletas policiais em razão da limitação em utilizá-
las como abrigo.

Nesse sentido, ao aproximar-se e determinar a parada do


veículo abordado os policiais militares adotarão os
posicionamentos mostrados a seguir.

Serão empregados, no mínimo, 2 (dois) policiais


militares para as abordagens de níveis 2 ou 3.
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Abordagem a veículos utilizando


motocicletas policiais
Procedimentos com 3 (três) motocicletas policiais
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Abordagem a veículos utilizando


motocicletas policiais
Procedimentos com 3 (três) motocicletas policiais

O PM Comandante se posicionará atrás do veículo


abordado a uma distância de 3 (três) a 5 (cinco) metros
fora do alinhamento desse veículo, desembarcando
imediatamente, evitando ser atingido por um movimento de
marcha à ré, adotando a posição de arma em guarda
alta ou pronta resposta, mantendo o controle do ponto de
foco e monitoramento dos pontos quentes. Na sequência,
iniciará a verbalização.
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Abordagem a veículos utilizando


motocicletas policiais
Procedimentos com 3 (três) motocicletas policiais

O PM Segurança 1 manterá a mesma distância à


retaguarda do veículo pelo lado direito fora do
alinhamento do veículo, podendo utilizar o passeio,
alinhado ao PM Comandante, aplicando a Tática de
Aproximação Triangular, desembarcando
imediatamente com a arma na posição 3 ou 4.
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Abordagem a veículos utilizando


motocicletas policiais
Procedimentos com 3 (três) motocicletas policiais

O PM Segurança 2 posicionará a motocicleta a uma


distância aproximada de 1,5 (um e meio) metros à
retaguarda da motocicleta do PM Comandante, na
diagonal (45º) obstruindo a faixa de trânsito atrás do veículo
abordado. Deverá, em seguida, desembarcar da
motocicleta e se posicionar de modo a manter as
atenções voltadas para a retaguarda, bem como em
condições de prestar eventual apoio à abordagem policial

Os procedimentos para a verbalização, desembarque dos


ocupantes do veículo, busca e vistoria veicular são análogos
para a abordagem com viaturas de 4 (quatro) rodas.
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Abordagem a veículos utilizando


motocicletas policiais
Procedimentos com 2 (duas) motocicletas policiais
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Abordagem a veículos utilizando


motocicletas policiais
Procedimentos com 2 (duas) motocicletas policiais

Numa abordagem com 2 (duas) motocicletas policiais,


o PM Segurança posicionará a motocicleta a uma
distância aproximada de 1,5 metros à retaguarda do PM
Comandante, na diagonal (45º), obstruindo a faixa de
trânsito atrás do veículo abordado. Deve desembarcar
imediatamente com a arma na posição 3 ou 4, e se
deslocará à frente e à direita do veículo abordado,
devendo se posicionar alinhado ao PM Comandante,
aplicando a TAT,
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SEÇÃO 4

ABORDAGEM A VEÍCULOS COM


CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS
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Motocicletas e similares

Os motivos principais do uso de motocicletas em práticas


criminosas são:

 permitem transitar com rapidez entre veículos, mesmo


em situações de congestionamentos das vias;
 permitem ao condutor transitar em becos, escadarias e
vielas, bem como conversões rápidas, em espaço
reduzido e com poucas manobras, se a compararmos
aos automóveis;
 a utilização do capacete de segurança permite a
aproximação dos criminosos sem identificação;
 rapidez para embarque e desembarque dos ocupantes
em casos de fuga.
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Motocicletas e similares

Frente a essas variáveis, as abordagens a motociclistas


devem ser precedidas de um planejamento cauteloso que
considere, dentre outros aspectos, a avaliação de riscos.
Essas informações permitem ao policial militar prever
possíveis reações do abordado.

Os procedimentos táticos e técnicos aqui apresentados


darão ênfase à abordagem a motocicletas, contudo, em
situações de abordagem a ciclistas e triciclos, devem-se
adotar os mesmos procedimentos naquilo que couber.
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Procedimentos táticos para abordagem a


motocicletas
O procedimento de abordagem a motos apresenta a
mesma dinâmica prevista para a abordagem a veículos,
destacando como diferença básica a obediência a algumas
premissas de segurança.

Nestes casos, o comandante da equipe determinará que:

 o condutor da motocicleta desligue seu veículo;


 que todos os ocupantes da motocicleta desembarquem
com as mãos na cabeça e se postem à retaguarda dela.
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Procedimentos táticos para abordagem a


motocicletas
Ressalta-se que os abordados não devem retirar os
capacetes durante a abordagem, uma vez que o
equipamento limita o campo de visão, traz desconforto e
favorece a segurança policial durante a abordagem.

ATENÇÃO! Não é recomendável a realização de busca


pessoal com o abordado sobre a motocicleta.
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Procedimentos táticos para abordagem a


motocicletas
a) Procedimentos para a Tática de Posicionamento
Paralelo

No procedimento de abordagem a motocicleta com tática


de posicionamento paralelo da viatura policial-militar
observam-se, além das orientações já citadas no item 4.1,
aplicam-se os procedimentos descritos na Seção 3 no que
couber
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Procedimentos táticos para abordagem a


motocicletas
b) Procedimentos para a Tática de Posicionamento
Diagonal

Deve ser aplicado de forma análoga ao que já está descrito no item


anterior, devendo o policial militar certificar que a motocicleta foi
desligada. Em caso de motocicletas com 2 (dois) ocupantes, o
passageiro será o primeiro a ser desembarcado e conduzido à área
de busca.
Durante a verbalização, desembarque e busca pessoal não há a
necessidade de retirada do(s) capacete(s) do(s) abordado(s).
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Procedimentos táticos para abordagem a


motocicletas
c) Abordagem a motos utilizando motocicletas policiais

O procedimento de abordagem a motos utilizando


motocicletas policiais-militares apresenta o mesmo
posicionamento já descrito neste item, ressaltando alguns
cuidados:
Estando os abordados na posição de busca atrás do
veículo, os patrulheiros colocarão suas motos no descanso
lateral e desembarcarão
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Procedimentos táticos para abordagem a


motocicletas
c) Abordagem a motos utilizando motocicletas policiais

O PM Segurança, parado à frente e à direita do veículo


abordado, providencia a busca pessoal nos suspeitos, um
por vez,
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Procedimentos táticos para abordagem a


motocicletas
c) Abordagem a motos utilizando motocicletas policiais

Se no local da abordagem houver uma parede ou muro, os


abordados podem ser colocados com as mãos na parede
para realização da busca pessoal.
Feita a busca pessoal e não sendo encontrado nada que
expõe a risco a segurança da equipe, o PM Comandante
deverá:
 retirar os abordados da via pública levando-os para a calçada;
 posta-los em pé ou assentados com as mãos para trás;
 fará breve entrevista com os abordados (se carrega algo ilícito, onde mora,
se já foi preso, entre outras perguntas);
 no caso de trio de motocicletas policiais, durante o procedimento de
entrevista, o PM Segurança 2 deverá posicionar as motos junto a guia da
calçada 45º ou 90° e recolher os capacetes dos outros dois policiais.
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Procedimentos táticos para abordagem a


motocicletas
c) Abordagem a motos utilizando motocicletas
policiais

Sendo constatado o cometimento de crime, os


abordados deverão ser presos, algemados e
aguardarão no setor de custódia a chegada de uma
viatura quatro rodas para a condução dos presos.

Conforme a situação, a equipe poderá realizar a


entrevista dos abordados em separado para
verificação de possíveis incoerências entre as
respostas e elucidação dos fatos.
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Procedimentos táticos para abordagem a


motocicletas
c) Abordagem a motos utilizando motocicletas
policiais

A equipe aguardará a saída da motocicleta abordada


para posteriormente retornar ao policiamento.

Ressalta-se que em algumas situações impostas pela


dinâmica do trânsito as posições dos motociclistas
policiais podem se alternar. Nesses casos, o
motociclista policial que estiver à frente fará as funções
de comandante e as demais funções deverão se
ajustar conforme o posicionamento dos demais
policiais.
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Abordagem a ônibus
O policial militar precisa de um preparo específico que
considere todas as particularidades que envolvem a
abordagem a coletivos, tais como: diferentes tipos de
coletivos, capacidade de passageiros, diferentes finalidades
do transporte. Geralmente, nesse tipo de intervenção, o
número de envolvidos será superior ao de policiais.

O ânimo dos passageiros é um aspecto que influenciará


diretamente da avaliação de riscos da equipe policial. Há uma
diferença muito grande nas características de torcedores de
clubes de futebol indo para evento esportivo, os quais podem
ter feito o uso de bebida alcoólica ou outras substâncias, além
de algum possível comportamento agressivo, em relação a um
ônibus com romeiros a caminho de celebrações religiosas.
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Abordagem a ônibus
O fato do ônibus possuir uma ou mais portas e estar ou
não equipado com roletas influenciará diretamente nas
táticas de abordagem. Outros aspectos que impactarão nos
procedimentos de abordagem são a quantidade de
passageiros e a possibilidade de abertura das janelas.

As abordagens a ônibus, por suas características físicas e


capacidade de transporte de elevado número de passageiros,
embora seja possível uma ação com 2 (dois) ou 3 (três)
policiais militares, em razão da urgência que ocorrem em
algumas intervenções policiais e do efetivo disponível na
maioria das frações da PMMG, recomenda-se o efetivo de 4
(quatro) policiais militares, que assumirão o posicionamento
tático, conforme o previsto no 3.3.2 (Tática de
Posicionamento Diagonal), no que couber
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Abordagem a ônibus

ATENÇÃO! Para efeito de segurança nas


abordagens a coletivos com mais de duas portas,
independente da avaliação de risco (níveis I, II e
III), recomenda-se que a(s) porta(s) central(is)
permaneça(m) fechada(s).
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Abordagem a ônibus nível 1

A abordagem a ônibus
de nível 1 ocorrerá nas
operações educativas e
nas ações de caráter
assistencial.

Para essas operações,


recomenda-se o emprego
do dispositivo tático Blitz
Policial, que garante
segurança e eficiência em
operações com parada de
veículos.
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Abordagem a ônibus nível 1

As abordagens de caráter educativo a ônibus, em sua


maioria, ocorrem em operações conjuntas com outros
órgãos/instituições, por ocasião de campanhas de
conscientização e divulgação de temas de interesse
coletivo.

As abordagens de caráter assistencial geralmente


ocorrerão em ações isoladas de guarnições básicas, por
iniciativa ou empenho via COPOM ou correspondente.
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Abordagem a ônibus nível 2

A abordagem a ônibus nível 2 se caracteriza por ações


e operações de caráter preventivo com parada de
ônibus para fiscalizar documentos, equipamentos
obrigatórios ou averiguar pessoas em atitude suspeita,
que possam estar conduzindo drogas, armas e outros
produtos ilícitos, bem como identificar infratores.

Recomenda-se que seja utilizado o dispositivo tático tipo


Blitz Policial.

É importante reafirmar a necessidade de efetivo mínimo de


quatro policiais militares para abordagens a ônibus.
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Abordagem a ônibus nível 2

Nessas operações, os policiais militares não podem


precisar se há ou não infratores no interior dos ônibus.
Essa averiguação ocorre durante a abordagem, por meio
do reconhecimento de cidadão infrator já conhecido no
meio policial ou da confirmação de sua identificação junto à
central de comunicações.

No planejamento de operações preventivas,


recomenda-se o emprego de quatro policiais militares:
1(um) PM Verbalizador, 1(um) PM Revistador e 1(um)
PM Segurança, que adentrarão o coletivo, ficando o
quarto policial militar da guarnição responsável pela
segurança externa.
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Abordagem a ônibus nível 2

Face às características físicas, para fins de estudo,


dividiremos as abordagens a ônibus nível 2, em 4 (quatro)
variáveis:

Abordagem a ônibus sem roleta:


a) com uma porta de acesso
b) com 2 (duas) ou mais portas de acesso

Abordagem a ônibus com roleta


a) Com 1 (uma) porta de acesso
b) Ônibus com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso

Após a parada do veículo, o PM Comandante, que será


também o PM Verbalizador, se aproximará da porta
dianteira do ônibus e determinará ao motorista que abra a
porta.

O segundo policial militar que assumirá a segurança


interna posicionar-se-á próximo ao PM Comandante.

O terceiro policial militar que assumirá a função de PM


Revistador posicionar-se-á próximo à parte central do
ônibus sobre o passeio/acostamento com as atenções
voltadas para o interior do coletivo.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso

Um quarto policial militar posicionar-se-á sobre a


calçada/acostamento, próximo a parte traseira do coletivo,
assumindo a função de PM Segurança externa, onde
permanecerá com a atenção voltada para o interior do
ônibus e o perímetro do local da abordagem.

No interior do ônibus, é aconselhável que o PM


Verbalizador se posicione próximo ao assento do
motorista, momento em que se identificará e anunciará o
motivo da abordagem.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso

O PM Segurança interna que está junto com o PM


Verbalizador (PM Comandante) desloca-se para o fundo
do corredor realizando varredura visual, de forma a
identificar possíveis situações de suspeição.

Ao chegar no fundo do ônibus o PM Segurança interna


manterá a atenção voltada para o interior do coletivo em
direção à parte dianteira, não permitindo que nenhuma
pessoa permaneça à sua retaguarda.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso

O PM Revistador ao perceber o deslocamento do PM


Segurança interna adentrará ao ônibus e realizará uma
varredura visual deslocando até o fundo do ônibus,
retornando em seguida a fim de realizar as buscas que
julgar necessárias em pertences dos ocupantes e
eventualmente uma busca ligeira, caso seja constatado um
volume que sugira o porte de arma com algum passageiro.

ATENÇÃO! Em regra, recomenda-se que a busca pessoal


seja realizada na parte externa em todas as variáveis de
abordagem a ônibus.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso

É aconselhável que o PM Revistador posicione-se junto


à lateral do encosto do banco do abordado e inicie a
verbalização Pode ser que o policial militar se depare
com alguns objetos relativos à intimidade do abordado
que, se expostos, causarão constrangimentos. Nesse
caso, atente-se ainda para o fato de que o abordado
seguirá no coletivo, se não houver nada de ilegal em seu
desfavor. Por isso, aja com profissionalismo e discrição.

Caso não encontre objeto ilícito, devolva a bolsa. Considere


que pode haver bolsas, malas e mochilas da pessoa em
atitude suspeita no bagageiro interno, acima dos bancos,
ou mesmo embaixo dos assentos.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso

Identificada a necessidade de se realizar busca pessoal


em passageiros, ela não deve ser realizada no interior
do coletivo. Há muitos fatores desfavoráveis à execução
de busca pessoal no interior de ônibus, sobretudo fatores
referentes à segurança do policial, que pode ser colocado
em risco caso o abordado apresente resistência ativa com
ou sem arma.
Sendo assim, diante da necessidade da busca pessoal
nos abordados, estes devem ser retirados do coletivo e
conduzidos para a lateral do ônibus, que lhes servirá de
anteparo para apoiarem as mãos na posição indicada para
a realização da busca.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com uma porta de acesso

No caso de ônibus interestaduais e intermunicipais, é


importante realizar buscas nas malas do(s)
abordado(s), que se encontrarem no bagageiro externo.
O Auxiliar de viagem ou motorista do ônibus poderá ser
acionado para a conferência da etiqueta de identificação da
bagagem e será arrolado como testemunha da ação
policial.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas
de acesso

Para essa abordagem recomenda-se o posicionamento


tático com 4 (quatro) policiais militares. Inicialmente, o
posicionamento dos policiais militares será o seguinte:

- 1(um) PM Verbalizador e 1 (um) PM Revistador: parte


dianteira do coletivo;
- 1(um) PM Segurança interna: parte traseira do coletivo;
- 1(um) PM Segurança externa: do lado externo, sobre a
calçada, na parte central do coletivo.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus sem roleta com duas ou mais portas
de acesso
Após a parada do veículo, o PM Comandante juntamente com o
PM Revistador, se aproximará da porta dianteira do ônibus,
solicitará ao motorista que abra apenas as portas dianteira e
traseira e que mantenha fechada(s) a(s) porta(s) central(is),
quando houver
subitem. Nesse ponto, cabe relembrar a necessidade de que o
PM Segurança interna não deixe que passageiros fiquem a sua
retaguarda.
É aconselhável que o PM Segurança Externa se posicione
sobre o calçada/acostamento, próximo à porta central, se houver,
onde permanecerá com a atenção voltada para o interior do
ônibus.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com uma porta de acesso

Para essa abordagem serão realizados os


procedimentos descritos na abordagem a ônibus com 1
(uma) porta de acesso e sem roleta.

Devido ao fato do PM Segurança interna e do PM


Revistador terem que passar pela roleta e, eventualmente,
em razão da necessidade de desembarque de passageiros
para realização de busca pessoal na parte externa do
coletivo, o PM Comandante deverá constar no registro da
atividade tal situação para fins administrativos.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais
portas de acesso

Os ônibus que possuem roletas dividem o veículo em 2


(dois) compartimentos com 2 (duas) ou 3 (três) portas,
exigindo maior atenção para o controle visual e
verbalização com os passageiros. Para essa abordagem,
recomenda-se o posicionamento tático com 4 (quatro) policiais
militares. Inicialmente, o posicionamento dos policiais militares
será o seguinte:
 1 (um) PM Verbalizador e 1(um) PM Revistador: parte dianteira
do coletivo;
 1 (um) PM Segurança interna: parte traseira do coletivo;
 1 (um) PM Segurança externa: do lado externo, sobre a
calçada, na parte central do coletivo.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais portas de
acesso

A busca será realizada em duas fases distintas. Em um primeiro


momento será realizada nos ocupantes da parte dianteira do
veículo. Em seguida, a revista será realizada nos passageiros da
parte traseira, após a roleta, conforme será descrito a seguir.

A verbalização seguirá, no que couber, o adotado nos


procedimentos de abordagem para ônibus sem roleta.

Após a parada do veículo, o PM Comandante, juntamente com


o PM Revistador, aproximará da porta dianteira do ônibus,
solicitará ao motorista que abra apenas as portas dianteira e
traseira e que mantenha fechada(s) a(s) porta(s) central(is),
quando houver.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais
portas de acesso

O PM Segurança Interna adentrará no coletivo pela porta


traseira e se posicionará no fundo do ônibus, a fim de
manter o controle visual sobre os passageiros para que o
PM Comandante e o PM Revistador executem os
procedimentos, conforme o subitem 4.2.2.1, alínea “b”.
Nesse ponto, cabe relembrar a necessidade de que o PM
Segurança não deixe que passageiros fiquem a sua
retaguarda.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais
portas de acesso
É aconselhável que o PM Segurança Externa se posicione
sobre o passeio/acostamento, próximo à porta central, se
houver, onde permanecerá com a atenção voltada para o
interior do ônibus.

Realizada a primeira fase na parte dianteira do ônibus, o


PM Comandante permanecerá na parte dianteira do
coletivo, mantendo-se atento às atitudes dos passageiros.
O PM Revistador desembarcará e se deslocará para a
porta traseira do coletivo, enquanto os demais policiais
manterão o posicionamento.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais
portas de acesso
Excepcionalmente, conforme a avaliação de riscos, poderá
ser realizada uma busca ligeira em passageiros no interior
do ônibus, caso seja detectada alguma situação que
represente risco imediato aos policiais militares.

Ao final, o PM Verbalizador agradecerá a colaboração de


todos, esclarecendo a importância da abordagem na
manutenção da ordem pública.

LEMBRE-SE! Em regra, recomenda-se que a busca


pessoal seja realizada na parte externa em todas as
variáveis de abordagem a ônibus.
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Abordagem a ônibus nível 2


Abordagem a ônibus com roleta, com 2 (duas) ou mais
portas de acesso
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Abordagem a ônibus nível 3


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Abordagem a ônibus nível 3


A abordagem a ônibus nível 3 ocorrerá nas intervenções de
caráter repressivo, evidenciadas por:

a) comportamento que coloque em risco a própria vida ou a


de terceiros (ex. surf rodoviário);
b) atos de vandalismo, caracterizado pelo alto grau de
extensão da ameaça, inclusive com o envolvimento de
vários agentes;
c) agressão física ou moral;
d) passageiros portando arma(s);
e) passageiros transportando drogas e outros produtos
ilícitos;
f) autores de crime no interior do coletivo;
g) assalto aos passageiros, dentre outros.
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Abordagem a ônibus nível 3

A distância da viatura em relação ao ônibus é um


importante elemento tático (em razão das dimensões do
veículo) para ampliar a visualização no interior. Nesse
sentido, após a parada efetiva do ônibus, a guarnição
policial posicionará sua viatura atrás dele, a uma
distância de 5 (cinco) a 10 (dez) metros, na diagonal em
relação à via.

Os policiais militares poderão ainda procurar por abrigos no


ambiente a fim de melhorar o ângulo de visão e possibilitar
uma verbalização segura.
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Abordagem a ônibus nível 3

Se possível, o PM Verbalizador determinará ao


condutor do ônibus que abra apenas a porta traseira,
caso o veículo tenha mais de uma porta.

Caso a avaliação de riscos indique um risco real aos


policiais militares ou terceiros, o PM Verbalizador
determinará o desembarque de todos os ocupantes, um
de cada vez, e diante da incerteza da autoria e adotará a
posição de contenção 3 ou 4.
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Abordagem a ônibus nível 3

Em seguida, o policial militar da posição 1 ou 4


aproximará pelo lado esquerdo do ônibus realizando
uma varredura visual no interior do veículo a partir da
parte externa, contornando até a porta dianteira.

O condutor do ônibus pode se tornar uma importante fonte


de informações para a guarnição, e por isso ele deve
inicialmente permanecer no interior do coletivo.

A partir desse momento os policiais militares iniciarão os


procedimentos de busca pessoal e veicular.
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Abordagem a ônibus nível 3

ATENÇÃO! Caso a ocorrência evolua para situações de


crise, como presença de reféns e artefatos explosivos no
interior do coletivo, os policiais que estão realizando a
primeira intervenção deverão conter, isolar e acionar o
terceiro ou quarto esforço da malha protetora.
Se por alguma razão o ônibus permanecer em fuga, deverá
ser acionada a Operação de Cerco, Bloqueio e
Interceptação.
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Busca em ônibus
Com a finalidade de burlar a fiscalização policial, os
infratores procuram ocultar objetos, substâncias e outros
materiais ilícitos nos mais diversos locais:

a) Letreiro;
b) Lixeiras;
c) mesa do trocador/caixa;
d) caixa/compartimento de acesso ao eixo do coletivo;
e) compartimento de acesso ao tanque de combustível;
f) caixa de fusíveis;
g) pertences dos funcionários;
h) estofados e outros compartimentos;
i) bagageiros e bagagens;
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Abordagem a Caminhões

ATENÇÃO! Em qualquer nível de abordagem a caminhão é


primordial realizar o desembarque dos ocupantes da
cabine, em função da dificuldade de se visualizar o interior
e monitorar as ações nesse espaço.
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Abordagem a Caminhões
Abordagem a caminhões nível 1

A abordagem a caminhões de nível 1 ocorrerá nas


operações educativas e nas ações de caráter
assistencial.
As abordagens de caráter educativo a caminhões, em sua
maioria, ocorrem em operações conjuntas com outros
órgãos/instituições, por ocasião de campanhas de
conscientização e divulgação de temas de interesse
coletivo.
Para essas operações, recomenda-se o emprego do
dispositivo tático Blitz Policial, que potencializa a
segurança e eficiência em operações com parada de
veículos.
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Abordagem a Caminhões
Abordagem a caminhões nível 1

As abordagens de caráter assistencial geralmente


ocorrerão em ações isoladas de guarnições básicas, por
iniciativa ou empenho via COPOM ou correspondente.

O PM Segurança posicionará próximo à viatura policial ou


outro abrigo existente no ambiente à frente do caminhão,
de forma a monitorar o interior da cabine até o PM
Verbalizador ter condições de verbalizar com o motorista.
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Abordagem a Caminhões
Abordagem a caminhões nível 1

O PM Verbalizador deslocará pela retaguarda do


caminhão no sentido horário e realizará aproximação até
aproximadamente 3 (três) a 5 (cinco) metros da cabine.

O PM Verbalizador determinará ao motorista que desça do


veículo e procederá à abordagem.
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Abordagem a Caminhões
Abordagem a caminhões níveis 2 e 3

Os procedimentos táticos devem seguir o descrito na


subseção 3.3.2 (Tática de posicionamento Diagonal),
devendo adaptar o posicionamento do PM
Comandante/Segurança que se posicionará alinhado e
junto à extremidade traseira direita do caminhão.
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OPERAÇÃO CERCO, BLOQUEIO E


INTERCEPTAÇÃO
A perseguição policial e a Operação Cerco, Bloqueio e
Interceptação são intervenções policiais de nível III
Perseguição policial é a ação policial que ocorre antes
ou durante uma Operação Cerco, Bloqueio e
Interceptação, que consiste em acompanhar ou seguir
um suspeito de prática de delito, em fuga, com objetivo
de abordá-lo, identificá-lo e, se confirmada a infração,
prendê-lo.
Os motivos principais para o desencadeamento de uma perseguição
policial são:
a) situações em que a Polícia Militar persegue o agente de crime, logo
após o cometimento do delito;
b) situações em que um cidadão desobedece à ordem policial de parar
o veículo.
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OPERAÇÃO CERCO, BLOQUEIO E


INTERCEPTAÇÃO
Cerco: é uma ação tática, que consiste no posicionamento
conjunto de policiais militares e viaturas policiais (e
outros recursos logísticos) em pontos estratégicos dentro
de um espaço geográfico, a fim de controlar as rotas de
fuga do veículo evasor, por meio da disposição de
obstáculos na via de forma a reduzir a velocidade dos veículos
que passam pelo local.

Bloqueio: é uma ação tática que decorre do cerco e que


consiste no posicionamento de obstáculos com a
finalidade de interromper totalmente o fluxo da via.

Interceptação: é uma ação policial que visa a captura dos


ocupantes do veículo em fuga, a partir da imobilização
definitiva do veículo.
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Fundamentação legal

A Operação Cerco, Bloqueio e Interceptação é uma


intervenção policial legal, coercitiva, e que expressa o
poder discricionário conferido ao policial militar para
que promova com eficiência o policiamento ostensivo,
atendendo inclusive aos requisitos de um poder-dever de
que não poderá se furtar.

Como toda intervenção policial, deverá ser traduzida por


uma ação eficiente, que articule a técnica e a tática,
legitimada por dispositivos legais e institucionais, para que
a medida de restrição do direito de ir e vir das pessoas
envolvidas seja justificada pela necessidade de segurança
e bem-estar da coletividade.
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Fundamentação legal

O CPP estabelece, em seu art. 301, que “qualquer do povo


poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão
prender quem quer que seja encontrado em flagrante
delito” (BRASIL, 2010). Assim, o policial militar tem o dever
de conter o agente infrator no estado de flagrância.

A situação do flagrante impróprio, ou da chamada


“quase flagrância”, foi definida no inciso III do art. 302 do
CPP, e corresponde a quando se pressupõe a existência de
indícios suficientes de que a pessoa em fuga seja o autor
do delito, o que determinará o desencadeamento de uma
ação policial proporcional ao rompimento da ordem pública.
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Fundamentação legal

A perseguição policial também poderá ser


desencadeada para conter um cidadão, em atitude
suspeita, que desobedece à ordem policial de parada
para que seja abordado. Pode-se inferir que o crime de
desobediência encontra-se materializado na vontade
expressa e deliberada do cidadão em não atender ou
descumprir determinação legal.

A direção ofensiva imposta pelos policiais militares, durante


a perseguição, também encontra respaldo no CTB, na
medida em que as viaturas de polícia são definidas como
veículos de emergência, assim como os de salvamento, as
ambulâncias e os veículos de fiscalização de trânsito.
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Fundamentação legal

Esses veículos gozam de livre circulação,


estacionamento e parada, quando, comprovadamente,
estejam prestando socorro à sociedade.

Quando em circulação, normalmente serão identificados


pelo dispositivo de alarme sonoro (sirene) e de iluminação
intermitente, na cor vermelha, afixada sobre o teto.

Estando parados ou estacionados, a iluminação estará


acionada permanentemente, para a identificação do
atendimento de urgência.
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Fundamentação legal

Assim, uma vez justificada a perseguição policial e o


cerco e bloqueio, a Polícia Militar sempre estará
evocando todos os meios legais para restabelecer a
ordem pública e para prevenir que as consequências
danosas de determinado delito se multipliquem.

Concomitantemente, todas as ações policiais estarão


focadas na preservação da vida, na promoção das
garantias, direitos e liberdades fundamentais da pessoa
humana.
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Planejamento e desenvolvimento

As intervenções de cerco, bloqueio e interceptação


exigem ações estratégicas para cessar o deslocamento
de veículos em fuga. Essas ações serão traduzidas numa
organização sistêmica, que conjugue os recursos humanos
e logísticos e integre as unidades operacionais da Polícia
Militar, bem como os demais órgãos do Sistema de Defesa
Social, que auxiliarão nos resultados.

Em regra, uma Operação Cerco, Bloqueio e Interceptação


surge de um planejamento prévio, em função da
certificação de conduta criminosa, ou pode ser
desencadeada de forma adaptada durante o turno de
serviço, para conter um grave problema de perturbação da
ordem pública que não havia sido previsto.
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Planejamento e desenvolvimento

Quando aborda a questão do planejamento das


intervenções policiais, a Diretriz Geral para o Emprego
Operacional da PMMG (DGEOp) instrui que “não se
admite a ação de uma fração da Polícia Militar ou de um
militar isolado que não obedeça a um planejamento
oportuno e, via de regra, escrito. Nos casos simples ou de
urgência, poderá ser verbal ou mental.” (MINAS GERAIS,
2019a).

Nesse entendimento e em adequação ao planejamento, os


comandantes, nos diversos níveis, deverão observar fatores
intervenientes básicos, para o emprego da tropa, como o
preparo técnico para o tipo de operação, as condições físicas
e de saúde do policial militar, a experiência profissional, dentre
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Planejamento e desenvolvimento

Para o sucesso da intervenção, o efetivo será instruído,


receberá ordens claras e obedecerá ao planejamento
definido como o mais adequado à solução da ocorrência.

Entretanto, quando a operação for necessária e não


houver tempo para um planejamento prévio, haverá um
conjunto mínimo de procedimentos a serem
observados para o seu
lançamento, destacando-se:

a) a unidade de comando;
b) o compartilhamento de dados e informações sobre a ocorrência;
c) a definição de funções e pontos de cerco;
d) a atuação sistêmica.
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Planejamento e desenvolvimento

Com base no fundamento da Unidade de Comando, a


coordenação e o controle sobre emprego dos meios
logísticos, efetivo envolvido, armamento e equipamento
ficarão a cargo do oficial de serviço ou do policial militar
mais antigo no turno, que observará planejamento prévio
de sua Unidade para as operações Cerco, Bloqueio e
Interceptação, realizando as adaptações necessárias, ou
determinará uma linha de ação para essas intervenções
ocorridas durante o serviço.

Um bom planejamento evita distorções, durante a


execução, e proporciona grande assertividade nas
decisões do Comandante.
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Locais para realização Operação Cerco, Bloqueio e


Interceptação
Na montagem do dispositivo para a Operação Cerco,
Bloqueio e Interceptação deverão ser observados os
seguintes aspectos:

a) Favoráveis:
 redutores de velocidade (quebra molas, lombadas e radares eletrônicos),
principalmente em vias de trânsito rápido;
 abrigos naturais ou artificiais no ambiente;
 pontos de comandamento para uma melhor amplitude de visão do local;
 vias rurais (estradas e rodovias).

b) Desfavoráveis:
 abismos, paredes abruptas ou de danos naturais na via (buracos, obras),
que possam prejudicar a segurança de procedimentos;
 curvas, aclives, declives ou vias com grande circulação de pessoas;
 vias marginais em relação à via principal, ou de estradas vicinais que
possam favorecer a fuga do veículo.
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Locais para realização Operação Cerco, Bloqueio e


Interceptação

Caso seja necessária a montagem do cerco e bloqueio


em rodovias estaduais, poderão ser utilizados os
postos do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária
(BPMRv), que possuem estrutura e equipamentos
indispensáveis à segurança.

Em relação às rodovias federais, os pontos de cerco e


bloqueio deverão ser montados por intermédio de
contato com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), nas
situações em que forem viáveis.
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Distribuição de Funções

Como em toda intervenção, será imprescindível a definição


de papéis, para a organização da atuação policial militar:

a) PM Comandante da Operação

b) PM Comandante do Ponto de Cerco e Bloqueio

c) PM Segurança
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Distribuição de Funções

PM Comandante da Operação: será o policial militar em


função de comando do turno de serviço ou especialmente
designado para o comando daquela operação, ou o de
maior posto/graduação da guarnição, no momento da
eclosão dos fatos. Caberá a ele: o planejamento, a tomada
de decisões de forma a atingir os resultados propostos para
a intervenção policial; a definição de pontos de bloqueio e
dos recursos alocados para os locais; o controle das
comunicações operacionais; os anúncios ao escalão
superior; a instrução do efetivo empenhado e a
manutenção dos policiais em estado de prontidão coerente
com o nível de risco da ocorrência;
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Distribuição de Funções

PM Comandante do Ponto de Cerco e Bloqueio: é o


policial militar comandante da guarnição que o ocupou o
ponto de cerco e que poderá desencadear as ações do
bloqueio. É responsável pelo melhor posicionamento do
efetivo no ponto de cerco e por reportar ao Comandante da
Operação os ajustes realizados e ainda manter a rede-rádio
informada sobre desdobramentos naquele local;
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Distribuição de Funções

PM Segurança: é o policial militar responsável pela


segurança dos componentes da guarnição e pela
segurança periférica. Sua posição não é fixa, varia de
acordo com a quantidade de policiais envolvidos. A função
de segurança será bem definida em todos os momentos da
operação, em razão do risco em potencial que ela
representa. O militar mais antigo de cada ponto de cerco e
bloqueio dará a devida atenção à designação do PM
Segurança, já que esse policial militar cuidará, ainda, de
interferências como a presença de curiosos, enquanto os
demais mantêm o foco na chegada do veículo em fuga.
As demais funções que se fazem necessárias ao momento
específico da abordagem seguirão o previsto na Seção 2, deste
Manual Técnico-Profissional.
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Comunicações e Logística

As viaturas não empenhadas e aquelas que estiverem


empenhadas em ocorrências de menor relevância
deslocarão para os pontos de cerco pré-definidos ou
determinados pelo PM Comandante da Operação.

Sempre que possível, as viaturas lançadas no turno estarão


equipadas previamente com os recursos logísticos
necessários ao emprego imediato nesse tipo de
intervenção policial.
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Comunicações e Logística

Assim, serão necessários armamento (porte e portátil),


escudo balístico, apitos, rádios HT, cavaletes, cones, dentre
outros, podendo ser utilizados limitadores de fuga (ex.:
“cama de faquir”) e outros meios não convencionais (meios
de fortuna) para realização de operação dessa natureza.

Em razão da facilidade de transposição de obstáculos, a


utilização de viaturas de duas rodas poderá ser bastante
eficiente no monitoramento do veículo a ser bloqueado,
principalmente se motocicleta. Entretanto, ressalta-se que
essas viaturas não oferecem proteção ao policial militar,
além de exigirem velocidade compatível com a motocicleta
em fuga, o que poderá causar acidentes.
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Comunicações e Logística

Caso seja necessário o apoio do patrulhamento aéreo, os


policiais militares informarão um ponto de referência de fácil
visualização para a aeronave, que contribuirá na
localização dos infratores e no direcionamento das viaturas
que comporão o cerco/bloqueio.
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Procedimentos para a realização da perseguição


policial
Ao iniciar a perseguição ao veículo em fuga, os
policiais adotarão, no que couber, os seguintes
procedimentos:

a) deslocar-se utilizando o cinto de segurança;

b) apesar da dificuldade de monitoramento visual,


identificar e repassar ao COPOM ou correspondente, dados
do veículo em fuga (tipo, marca, modelo, cor, número da
placa, adesivos, localização, itinerário seguido, número de
ocupantes, comportamento, possibilidade de existência de
armas de fogo, possibilidade de queixa furto/roubo), que
subsidiarão a abordagem e a articulação da Polícia Militar
para o cerco e bloqueio;
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Procedimentos para a realização da perseguição


policial
c) acionar os sinais luminosos e a sirene para sinalizar a
situação de emergência policial aos usuários da via e
demonstrar a ordem de parada aos ocupantes do veículo
em fuga;

d) procurar manter as armas no coldre e sacá-las


somente no momento da parada do veículo em fuga. O
deslocamento desnecessário com a arma na posição 4
(pronta resposta) assusta a população, além de acarretar
riscos de disparos. Devido ao risco de lesões, os braços
dos policiais serão expostos para fora da viatura apenas
para sinalizar as ordens de parada ao condutor do veículo
em fuga, ou orientar demais usuários da via;
.
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Procedimentos para a realização da perseguição


policial
e) manter a distância mínima de segurança da viatura em
relação ao veículo em fuga. Essa distância poderá ser
aumentada para se os ocupantes efetuarem disparos de
arma de fogo contra a viatura. Nessas circunstâncias, os
policiais militares evitarão revidar a agressão;
f) o PM Comandante da guarnição que está em perseguição
deve pedir prioridade na rede-rádio.
LEMBRE-SE: Três razões essenciais para a disciplina das
comunicações na rede-rádio:

a) fazer com que as ordens do comandante da operação alcancem


todos os envolvidos;
b) auxiliar no controle do nível de estresse da ocorrência;
c) impedir que mensagens confusas alterem o estado de prontidão dos
policiais militares.
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Procedimentos para a realização da perseguição


policial
Devido aos possíveis resultados que poderão advir
dessas ações, recomenda-se ao policial militar que não
execute as seguintes medidas:

 ultrapassar ou emparelhar a viatura com o veículo em


fuga, efetuando manobras perigosas (“fechadas”);

 disparar arma fogo contra o veículo em fuga, pois haverá


risco de atingir transeuntes ou prováveis reféns em seu
interior.
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Procedimentos para a realização da perseguição


policial
As dificuldades mais comuns a essa intervenção são:

 escassez de dados sobre os ocupantes do veículo


(trajes, compleição física, periculosidade, vida pregressa,
dentre outros);
 fluxo da via, velocidade excessiva, desrespeito às regras
de trânsito pelo veículo em fuga, obstáculos naturais
durante o trajeto, dentre outras;
 possibilidade de existir reféns ou pessoas pertencentes a
grupos vulneráveis (crianças, adolescentes, pessoas
portadoras de necessidades especiais) no veículo em
fuga;
 falta de controle da trajetória pós alvo e dos danos
prováveis dos impactos de disparos de arma de fogo.
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Procedimentos para a realização da perseguição


policial

LEMBRE-SE: Nem sempre os motivos que levam um


condutor a fugir se deve ao cometimento de um crime. Os
motivos podem ser diversos. Dentre os inúmeros exemplos,
citam-se menores inabilitados, condutores sem
documentação obrigatória ou veículo particular prestando
socorro a pessoas em situações de urgência.
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Providências para a realização de cerco policial

Tendo progredido a perseguição policial e o PM


Comandante da Operação decidido pelo cerco das rotas
de fuga, simultaneamente, tomará outras providências
importantes para o sucesso da intervenção:
 determinará os pontos as serem cercados e deslocará o efetivo necessário à
manutenção dos postos, por tempo indeterminado, podendo recorrer,
inclusive, ao Plano de Cerco, Bloqueio e Interceptação da Unidade;
 estabelecerá, de forma clara, os limites territoriais de cada ponto de cerco,
para que a força policial empregada não se disperse;
 na ausência de COPOM ou correspondente, o PM Comandante da
Operação manterá a unidade das comunicações podendo designar,
inclusive, que um policial militar, com fluência verbal, realize o trabalho de
centralização das informações para alimentação da rede-rádio: sentido de
fuga; possibilidade de passagem pelo ponto de cerco; deslocamento da
imprensa; manifestação de populares; estradas vicinais; obras na via;
mudança ou abandono de veículos utilizados na prática do crime; evolução
dos fatos;
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Providências para a realização de cerco policial

 solicitará apoio de unidades operacionais, com responsabilidade territorial


sobre o itinerário do veículo em fuga, ou que possam contribuir na resolução
da ocorrência, caso essa medida não tenha sido tomada, no início da
perseguição;
 providenciará o anúncio circunstanciado ao escalão superior, assim que
possível;
 coordenará a distribuição do reforço policial-militar de forma a recobrir com
eficiência todos os pontos necessários;
 nas situações em que a Operação Cerco, Bloqueio e Interceptação se
estender por tempo indeterminado, providenciará substituição do efetivo
escalado nos pontos de cerco, bem como o suporte logístico necessário
(alimentação, reposição de baterias de rádio transmissor, lanternas, viaturas,
ambulância).
 A providência do cerco policial aos prováveis locais de passagem do veículo
em fuga decorrerá, ainda, de situações rotineiras de fuga de infratores do
local de crime, sem que haja, necessariamente, uma perseguição policial.
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Montagem de dispositivo de cerco da via

Durante a montagem do dispositivo, os policiais militares


irão considerar os aspectos de segurança adequados ao
tipo de via e ao fluxo de trânsito.

É possível que durante a montagem ocorra a presença de


curiosos nos pontos de cerco.

Havendo necessidade de tranquilizar a população, os


militares prestarão informações básicas e objetivas sobre a
intervenção, preservando os dados de caráter reservado,
que possam comprometer a operação. Além disso, os
policiais deverão retirar essas pessoas do local de cerco, a
fim impedir a exposição desnecessária aos riscos.
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Montagem de dispositivo de cerco da via

A montagem do cerco será o primeiro esforço de controle


nos itinerários prováveis de fuga do veículo, que terá como
objetivo realizar o monitoramento do local, disciplinar o
fluxo e a velocidade dos veículos, de forma a reduzir os
riscos à integridade física dos envolvidos, numa provável
abordagem.

Via de regra, a o estabelecimento do dispositivo do cerco


ocorrerá com o uso de cone ou similar e viaturas,
entretanto, é possível que se faça o cerco sem o
afunilamento da via, desde que as características do local
já possibilitem e redução da velocidade dos veículos.
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Existem 3 tipos mais comuns de dispositivos para a


montagem do cerco:
a) “Zigue e zague”: A viatura posicionará numa inclinação
de 45º em relação a guia do passeio, com a frente voltada
para o sentido fluxo da via. Os policiais militares
posicionarão próximos e após a viatura. Os cones serão
dispostos formando um “zigue-zaque” na via,
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Existem 3 tipos mais comuns de dispositivos para a


montagem do cerco:
b) Afunilamento paralelo: A viatura posicionará numa
inclinação de 45º em relação a guia do passeio, com a
frente voltada para o sentido do fluxo da via. Os policiais
militares posicionarão próximos e após a viatura. Os cones
serão dispostos longitudinalmente na mesma faixa em que
a viatura estiver posicionada
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Existem 3 tipos mais comuns de dispositivos para a


montagem do cerco:
c) Afunilamento Diagonal: A viatura posicionará numa
inclinação de 45º em relação a guia do passeio, com a
frente voltada para o sentido do fluxo da via. Os policiais
militares posicionarão próximos e após a viatura. Os cones
serão dispostos na mesma faixa em que a viatura estiver
posicionada, formando um fluxo diagonal,
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Existem 3 tipos mais comuns de dispositivos para a


montagem do cerco:

Os policiais militares utilizarão a viatura como


proteção, bem como poderão aproveitar os abrigos
existentes nas imediações.

A expectativa da identificação do veículo em fuga


contribuirá para aumentar o nível de estresse dos
policiais. Logo, o monitoramento das comunicações será
fundamental ao preparo mental e ao controle emocional,
que poderão influenciar na avaliação de riscos e no
domínio técnico dos militares que realizam o cerco.
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Providências para a realização de bloqueio policial

No que diz respeito ao momento do bloqueio, as


observações são as seguintes:

 o bloqueio não será feito nas áreas com aclives, declives, curvas, rodovias
ou locais com grande movimentação de pessoas. Nas vias de trânsito
rápido, o policial militar redobrará os cuidados com a segurança viária,
podendo aproveitar os locais de redução natural da velocidade
(proximidades de quebra-molas ou de redutores eletrônicos de velocidade);
 os militares utilizarão viaturas, equipamentos ou meios de fortuna, como
barreiras físicas na via que efetivem o bloqueio;
 a ação de bloqueio congestionará o tráfego, especialmente no meio urbano.
Diante dessa perspectiva, a atenção dos policiais militares será ser
redobrada quanto ao abandono do veículo na via ou quanto ao forçamento
de passagem em meio ao engarrafamento, inclusive pela mão contrária de
direção;
 com a possibilidade do abandono do veículo, poderão surgir novas rotas de
fuga dos infratores, que poderão prosseguir a pé, homiziar na área referente
ao cerco/bloqueio, ou até mesmo tomar outros veículos no trajeto.
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Providências para a realização de bloqueio policial

As dificuldades mais comuns que favorecem a evasão


do veículo do bloqueio policial são:

 conhecimento das rotas de fuga pelos infratores e o


desconhecimento pleno dessas rotas em relação a todos
os militares envolvidos na operação, principalmente
quando há envolvimento de várias Unidades
Operacionais;

 carência de viaturas suficientes para a cobertura de


todos os pontos de bloqueio, necessários à contenção do
veículo em fuga.
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Montagem do dispositivo de bloqueio na via

 poderão ser colocados limitadores de fuga a 5 (cinco) metros


após a segunda barreira;

 a viatura ficará posicionada num ângulo de 45º, com a frente


voltada para o sentido da via, e a uma distância de 100 (cem)
metros a 200 (duzentos) metros, conforme avaliação, da
segunda barreira. Dependendo da largura da via, serão necessárias
duas viaturas estacionadas a 45º para o bloqueio.
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Montagem do dispositivo de bloqueio na via

O melhor posicionamento para os policiais é estarem


dispostos na lateral da via, entre o início do bloqueio e
o local de posicionamento da viatura policial, utilizando
abrigos como muretas, postes, árvores e outros, ainda que
um pouco afastados da via. Recomenda-se que os policiais
estejam portando armas portáteis.

Estando nesse posicionamento os policiais minimizam


a possibilidade de serem atingidos por disparos de
arma de fogo. Tal posicionamento também favorece que
os disparos que porventura tiverem que ser realizados
pelos policiais militares sejam efetuados no sentido
perpendicular à via, minimizando os riscos a terceiros.
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Montagem do dispositivo de bloqueio na via

Numa ação de bloqueio os policiais militares não


deverão utilizar a viatura como abrigo, em razão da
possibilidade de serem atropelados ou atingidos por
disparos vindos do veículo em fuga.

Via de regra, a interceptação é realizada por policiais


que estejam na perseguição ao veículo em fuga.

ATENÇÃO! Durante a interceptação os policiais militares


que estão perseguindo o veículo, bem como os que estão
no bloqueio, deverão ter a máxima cautela com disparos
em direções opostas para não ocasionar o “Tiro amigo”.
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Montagem do dispositivo de bloqueio na via

Caso o veículo em fuga adentre ao bloqueio e não


esteja sendo perseguido, os policiais empregados no
bloqueio devem realizar a interceptação dentro das
condições existentes, realizando a progressão tática e
seguindo as orientações com relação a abordagem a
veículos descritas neste manual.

O PM Comandante da Operação poderá determinar que


um policial militar se antecipe ao dispositivo montado
na via e permaneça em local seguro (coberto e
abrigado), com a arma no coldre, fazendo a observação
avançada, a fim de detectar a aproximação do veículo em
fuga. Esse policial militar não realizará abordagem a
pessoas ou veículos e se aterá à observação.
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Montagem do dispositivo de bloqueio na via

ATENÇÃO! A Operação Cerco, Bloqueio e Interceptação é


uma intervenção de nível 3, com alternância dos estados
de prontidão e utilização de níveis de força mais elevados.
Entretanto, no interior da operação, poderão surgir
situações claras de aplicação das orientações contidas no
MTP 02 e que, inclusive, reduzirão o uso da força. É o caso
das pessoas que poderão ser abordadas fora da linha de
frente dos pontos de cerco/bloqueio, ou mesmo após a
retirada dos ocupantes, do interior do veículo interceptado.
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LIMITADORES DE FUGA

São ferramentas utilizadas com a finalidade de impedir


ou dificultar a fuga de infratores em veículos
automoveis e facilitar a sua consequente
prisão/apreensão, seja por meio da dilaceração /
perfuração de pneus, pela imobilização de rodas ou a
imobilização do veículo automotor.
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Fundamentação legal

O ordenamento jurídico, por intermédio do poder de


polícia – consagrado no art. 78 da Lei nº 5.172/96
concomitantemente com as definições trazidas na
Constituição de 1988, no art. 142, inciso V – autoriza a
Polícia Militar a adotar as providências legais
necessárias para a preservação e restabelecimento da
ordem pública e para a garantia dos interesses da
coletividade.
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Uso do limitador de fuga no cerco

No cerco, o uso do limitador


de fuga ocorrerá quando o
policial 1 que estiver
acompanhando o fluxo dos
veículos determinar que algum
veículo pare e o condutor
iniciar uma evasão.
Configurada a ação de
desobediência, o policial 2
deverá estender o limitador de
fuga sobre a via a fim de
perfurar os pneus do veículo
evasor e obstar a sua fuga.
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Uso do limitador de fuga no cerco

Assim que o veículo


evasor passar sobre o
limitador de fuga, a
ferramenta deve ser
recolhida, de maneira a
evitar que as viaturas
policiais que estejam em
perseguição passem sobre o
equipamento e sejam
danificadas, e com isso
fiquem impossibilitadas de
dar continuidade a ação,
caso seja necessário.
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Uso do limitador de fuga no bloqueio

O limitador de fuga deve ser instalado entre a segunda


e a terceira barreira de contenção, a 5 (cinco) metros de
distância da segunda barreira.

Ressalta-se que a distância entre o limitador de fuga e a


terceira barreira deve ser suficiente para que os efeitos de
comprometimento da dirigibilidade do veículo em fuga já se
façam sentir, possibilitando a real efetivação da
interceptação, entre 100 (cem) e 200 (duzentos) metros.
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Uso do limitador de fuga no bloqueio

As viaturas policiais que estiverem perseguindo o


veículo evasor não devem avançar com a viatura dentro
da área estabelecida como ponto de bloqueio se não
houver confirmação de que o equipamento limitador de
fuga tenha sido recolhido pela equipe policial que
estiver

ATENÇÃO! Policial, nessa situação não se posicione atrás


da viatura policial ocupando o ponto de bloqueio.
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Outras possibilidades de uso dos limitadores de


fuga
Algumas vezes, o policial militar não terá condições de
montar o dispositivo proposto para cerco e bloqueio,
seja pela exiguidade de tempo, seja pela falta de
equipamentos como cones ou cavaletes. Ainda assim,
nessas situações poderão ser empregados limitadores de
fuga. Contudo, o policial deve avaliar se não estará
expondo terceiros ou a si próprio a risco.

O policial deve primar para não ficar em local da via


onde o veículo suspeito possa colidir contra si ou a
viatura, seja pela ação intencional do infrator, seja pela
eventual perda de controle do veículo.
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Outras possibilidades de uso dos limitadores de


fuga
Observações gerais para o uso dos limitadores de fuga:

a) o policial militar responsável pelo acionamento do limitador de


fuga deverá estar em local seguro;
b) quando da realização de bloqueio total da via com o uso do
limitador de fuga recomenda-se o posicionamento de policiais
militares em ponto de comandamento ou abrigos que permitam uma
resposta mais segura;
c) sempre que possível, tão logo o veículo suspeito ou em fuga
passe pelo equipamento, o policial militar deverá fazer seu
recolhimento;
d) o policial militar deverá estar em via que seja reta e não seja
declive, não se recomendando ações em curvas, próximos a
abismos e locais onde o desvio na direção do veículo objeto da ação
policial possa resultar em maior dano do que o objetivo proposto.
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Outras possibilidades de uso dos limitadores de


fuga

Assim sendo, durante uma ação de resposta a


infratores, é facultado e lícito ao policial empregar o
equipamento para perfurar os pneus de veículos que
estejam no cometimento de delitos se a situação
requerer o seu emprego para evitar uma fuga e o
consequente aumento do risco a terceiros, avaliadas as
características do ambiente, as recomendações
técnicas do equipamento e as circunstâncias
determinantes do seu uso.
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Limitadores de fuga tipo postes

Existem limitadores que são postes/pilares móveis, também


conhecidos como “bollards”, ou “cabeços”, ou ainda,
“postes de amarração” que podem ser colocados com a
finalidade de evitar a passagem de veículos em todos os
momentos ou somente em determinados horários,
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Limitações no uso dos limitadores de fuga

a) no emprego do limitador de fuga, tipo “cama de faquir”,


em virtude do pneu do veículo conter fluídos que blindam
sua “banda de rodagem”, o esvaziamento pode não ocorrer
tão rápido quanto se espera;
b) pode ocorrer a não perfuração dos 4 (quatro) pneus se o
veículo a ser interceptado estiver transitando em velocidade
acentuada;
c) a eventual falta de agilidade do policial militar na ação de
puxar a base pantográfica que contém os perfuradores no
alinhamento correto pode implicar em grandes perdas na
efetividade do uso da ferramenta;
d) a efetividade da ferramenta pode ser prejudicada se o
motorista infrator conseguir realizar ação de desvio do
limitador de fuga.

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