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LQual o Código que fala sobre o trânsito no Brasil?

Em quais
artigos estão os crimes de trânsito? CTB (Código de Trânsito Brasileiro). CRIMES DE
TRÂNSITO
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos
neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de
Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
§ 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76
e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência;
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição
automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor,
não autorizada pela autoridade competente;
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50
km/h (cinqüenta quilômetros por hora).

Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes
de trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração:
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de
grave dano patrimonial a terceiros;
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do
veículo;
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de
passageiros ou de carga;
VI - utilizando veículo em que tenham sidoadulterados equipamentos ou características que
afetem a sua segurança ou o seufuncionamento de acordo com os limites de velocidade
prescritos nas especificações do fabricante;
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.

Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:


Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é
aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima
do acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de
transporte de passageiros.

Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:


Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro
à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da
autoridade pública:

Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à


responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída:

Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:

Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para


dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código:

Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou
competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra
de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de
risco à incolumidade pública ou privada:

Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou
Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:

Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não
habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem,
por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não
esteja em condições de conduzi-lo com segurança:

Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de


escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros
estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo
de dano:

Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na


pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo
penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o
perito, ou juiz:

2. Qual a diferença entre perito judicial e assistente técnico? O perito é um auxiliar da


justiça, e escreve um laudo imparcial enquanto o assistente representa a parte e é de sua
confiança, sendo indicado, contratado e pago pela parte, e escreve um parecer parcial.

3. Quais são os princípios da Criminalística? Princípio da troca de Locard (todas ações


resultam em uma marca de prova ou vestígio), Princípio da Análise (sempre seguir o
método científico), Princípio da Interpretação (Dois objetos podem ser indistinguiveis, mas
nunca idênticos, podendo ser uma distinção genérica, específica ou individualizada),
Princípio da Discrição (o resultado de um exame pericial é constante com relação ao
tempo, devendo ser exposto com linguagem ética e juridicamente perfeita, com resultados
dos exames Periciais expostos de forma clara, raxional e fundamentada em princípios
cientificos), Princípio da Documentação (todo vestígio deve ser documentado desde seu
nascimento no local do crime até sua análise e descrição final de forma a se estabelecer
histórico fiel da sua origem).

4. Quais são os tópicos necessários num laudo pericial? O laudo precisa esclarecer tudo
possível acerta do objeto de estudo. De forma sucinta,
● a exposição do objeto da perícia; - Objeto é a peça questionada, o objeto que será
analisado pelo perito
● análise técnica ou científica realizada pelo perito; - os exames periciais, o que o
perito encontrou e concluiu nos exames.
● indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se
originou; - sempre precisamos mostrar os métodos, os equipamentos etc., pois
conforme vimos, precisa seguir um método científico aceito na comunidade
cientifica, e se outro perito for reproduzir o exame precisa chegar a um mesmo
resultado.
● Resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo
órgão do Ministério Público. – Nunca devemos deixar de responder os quesitos e o
despacho da nomeação.
● é indicado também compor Capa, índice, objetivos, histórico, considerações,
descrição de equipamentos, descrição da peça questionada, descrição da peça
padrão, dos exames realizados, conclusão, respostas aos quesitos, sumário e
encerramento.

Dentro do tópico Local no laudo ou parecer os vestígios deverão ser elencados do início
para o fim da trajetória do acidente, com a localização e descrição dos vestígios
encontrados, além do apontamento da região do choque. Tudo deve ser documentado em
croquis seguindo o art. 429 do CPC que nos traz a seguinte redação:

• Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos utilizar-se de


todos os meios necessários, ouvindo testemunhas,
obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em
repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas,
desenhos, fotografias e outras quaisquer peças.

As fases do exame de acidente de trânsito, desde o atendimento do local até a expedição


do documento são:
• Coleta e registro de dados de campo (exame do local)
• Análise dos dados
• Documentação ou elaboração do documento, boletim de ocorrência,certidão, relatório,
parecer técnico etc – sempre ilustrados por croquis e
fotografias
As fotografias podem ser:
• Panorâmicas
• Geral
• Detalhada (especificidades)
E os desenhos que são a reprodução gráfica panorâmica do palco do acidente
pode seguir dois métodos básicos:
• Método das coordenadas
• Método da triangulação

5. Em quantas fases se divide o levantamento de local de acidente? Três fatores contribuem


para um acidente e devem ser estudados, o viário, o veicular e o humano. No fator humano,
por exemplo, investiga-se desde a habilitação e treinamento do
condutor até suas condições de saúde e de atenção no momento do acidente. Avalia-se no
fator ambiente o clima e as condições da via, inclusive com relação ao traçado e
sinalização. Quanto ao veículo, uma inspeção criteriosa verifica se existem defeitos
pré-existentes que poderiam ter contribuído para o acidente.

ISOLAMENTO E PREVENÇÃO
Ao chegar ao local do crime, o perito deverá garantir a sua segurança pessoal, das vítimas
e dos vestígios por meio do correto isolamento do local do acidente. Segundo Codi citando
Aragão (2015, p. 14), deve-se fazer o prévio reconhecimento do local,
tendo uma primeira vista do palco do sinistro analisando previamente a ocorrência e os
fatores envolvidos, proporcionando uma orientação para o
levantamento.Após o isolamento do local e o socorro às vítimas vivas, inicia-se o processo
de
coleta de dados cujo objetivo é a análise criteriosa dos componentes encontrados no
cenário do acidente, principalmente no sítio de colisão.

VESTÍGIOS EM LOCAIS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO


Primeiramente temos que analisar a posição final dos veículos, pois isso vai ajudar a fazer a
reconstrução da dinâmica do evento investigado. Podendo ser chamado de ponto inaugural
da investigação, o perito vai olhar o evento “de trás pra frente”do ponto de repouso –
imobilização – até o início do sinistro. Analisamos também o ponto de impacto, que é o
ponto onde se deu o embate –
tanto entre veículos quanto entre veículos e pedestre. O ponto de impacto propicia ao perito
conhecer onde realmente se iniciou o acidente. É indicado por agregados presentes na
infraestrutura ou frações de componentes fragmentáveis desprendidos dos veículos durante
o acidente e que ficam dispostos nas vias. Exemplo disso é pedaços de vidro, lascas de
pintura, manchas de óleo etc. Quando esses pedaços se desprendem do veículo durante o
sinistro continuam se movendo na mesma direção e sentido do veículo, causando uma
dispersão dos vestígios. A forma de deposição desses vestígios na via determinará a
direção e
com isso ajudarão o perito a fazer a dinâmica do evento. Há também as marcas de
frenagem assinalam a trajetória do veículo na iminência do acidente e, portanto, a sua
origem, assim se
constituem num dado precioso para a definição de uma série de parâmetros, inclusive para
a estimativa da velocidade de marcha do veículo.

LEVANTAMENTO DE LOCAL DE ACIDENTE


O Levantamento do Local de Acidentes compreende a fase inicial da Perícia de Acidentes
de Trânsito, realizada com ou sem ajuda de instrumentos tecnológicos de registro. Vê-se,
pois, que no exame de acidente de tráfego, depois da coleta de dados ou levantamento do
local, ocorre a análise e interpretação dos vestígios, etapa demarcada pelo bom senso e/ou
por princípios técnicos científicos, que determinam a conclusão com a definição da causa
determinante, encerrando
todo o processo com a expedição do correspondente documento, o boletim de ocorrência, a
certidão ou o relatório técnico, a ponte entre o órgão de trânsito e a sociedade para qual
trabalham.

1) Coleta de dados preliminares e elaboração de croqui manual do local, seguindo de


registros de:
a) Data e hora do levantamento
b) Data e hora do acidente
c) Velocidade máxima permitida no local
d) Nome das vias, tipo, inclinação e traçado da mesma
e) Condições Climáticas
f) Condições das vias e acidentes topográficos
g) Sinalização vertical e horizontal presentes
h) Veículos envolvidos
i) Sentido de tráfego dos veículos
j) Pontos de referência fixos e permanentes, só menos 2
k) Marcas de frenagem, derrapagem, sulcagem, fricção
l) Marcas de líquidos e partes desprendida dos veículos

2) Levantamento dos veículos, forças envolvidas sobre os veículos e os danos


decorrentes do acidente de tráfego:
a) Documentação e renavam
b) Ano/modelo
c) Cor
d) Placa
e) Chassis
f) Tipo do veículo
g) Titularidade de propriedade
h) Em seguida, serão analisadas e registradas as condições do veículo e seus
equipamentos, verificado o funcionamento de seus mecanismos como freios, cinto
de segurança, faróis e lâmpadas, bem como o estado de pneus e mecânica como
um todo.

3) A terceira fase terá como base o fator humano, baseando-se nos dados dos
condutores e proprietários, bem como na oitiva de testemunhas.
Esta fase deve ter pertinência investigativa, sendo ouvida em conjunto as partes que forem
conflitantes ou contraditórias.

6. Trânsito e tráfego são sinônimos? Justifique. Considera-se trânsito a utilização das vias
por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzindo ou não, para fins de
circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga, com percursos
geralmente estabelecidos, e tráfego o movimento e a imobilização de pedestres, veículos ou
animais sobre vias terrestres, considerados quanto cada unidade de per si, isto é, a
dinâmica do deslocamento físico de pessoas, animais e veículos no seu aspecto individual,
podem ser considerados pelo sendo comum como sinônimos, apesar que a meu ver o
trânsito trás a tona também o arcabouço das regras que regulam o tráfego, que seria a
dinâmica de deslocamento das pessoas, animais e veículos.

7. Qual o conceito de acidente de trânsito? Qualquer acontecimento desagradável ou infeliz


que envolva Dani, perda, sofrimento ou morte. Também pode se definir como acontecimento
ou ocorrência casual e inesperada. É um evento casual, imprevisto e inevitável que pode
gerar transtornos, prejuízos, ferimentos e até morte. Outra definição mais detalhada pode
ser Acidente é qualquer acontecimento inesperado, casual, fortuito,
por ação ou omissão, imperícia, imprudência, negligência, caso fortuito ou força maior, e
que foge ao curso normal, do qual advém danos à pessoa e/ou patrimônio. Logo acidente
de tráfego, é qualquer acontecimento involuntário, inevitável e imprevisível, ou ainda
inevitável, mas previsível, ou ainda imprevisível, mas evitável, do qual participam, pelo
menos, um veículo em movimento, além de pelo menos um pedestre ou obstáculo fixo,
isolado ou conjuntamente, ocorrido numa via terrestre e
resultando em danos ao patrimônio, lesões físicas ou morte.

8. Quais são as classificações de tipos de acidente? Choque: embate de um veículo contra


um obstáculo fixo, tais como árvore, muros etc.
Capotamento: evento no qual o veículo gira em torno do seu próprio eixo (vertical) e na
fase final de imobilização, apresenta-se apoiado sobre a sua cobertura, com as rodas para
cima, sobre a capota;
Tombamento: evento no qual o veículo gira em torno do seu eixo vertical, e na fase final da
imobilização, apresenta-se apoiado sobre uma das laterais; - 90º

9. Quais os tipos de vias existentes? Vias terrestres urbanas e rurais são ruas, avenidas,
logradouros, caminhos, passagens, estradas ou rodovias. São consideradas vias terrestres
as praias abertas a circulação pública, vias internas pertencentes a condomínios e vias e
áreas de estacionamento de estabelecimento privado de uso coletivo. Quanto as vias, ainda
existem as rodovias de pista dupla (110km/h veículos leves e 90 km/h outros), rodovias de
pista simples (100km/h para veículos leves e 90km/h demais), de trânsito rápido (80km/h),
as arteriais (60km/h), as estradas (60km/h), as coletoras (40 km/h) e as locais (30km/h)

10. Faça um texto sobre o que aprendeu no curso

O curso trás conhecimentos sobre a atuação do Perito imparcial e nomeado pelo juiz para
produção de Laudos, visando auxiliar a justiça, e também distingue bem os limites e
diferenças da atuação do Perito Assistente Técnico, que representa uma das partes, e
comumente apresenta um parecer que pode ser favorável ou não as conclusões do Perito
Nomeado, podendo utilizar-se na sua fundamentação do acesso obtido as provas constante
nos laudos do Perito Criminal (este, um funcionário federal concursado com acesso a cena
do crime). Além disso trouxe todo referencial teórico e jurídico, de linguagem jurídica,
questões como O CPC, o CTB, além de questões científicas e de metodologia, como
modelos de Laudo/Parecer/Croquis de valioso caráter didático. Minha única dúvida é se
existe um aplicativo específico para produzir croquis profissionais como os mostrados na
apostila.

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