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Jônatas Vicente

DIREITO PENAL 7° SEMESTRE P2

AULA 25/04
. Crimes de trânsito
Lei 9.503/97

Dolo eventual: CP, quando se coloca várias circunstancias que contribuem


para o risco;
Culpa consciente: CTB, se acredita na habilidade para evitar resultado

- Crimes cujo trâmite corre pelo JECRIM: Lesão corporal que são exceção e
não vai tramitar pelo JECRIM ----1° estar sob influência de álcool ou outra
substancia; 2° Em disputa ou exibição; 3° Quando se está em alta velocidade
em 50 km/hr acima da velocidade permitida.

Definição de veículo automotor: Art. 4°, anexo I

CONTRAN 465/2013: Dá nova redação ao art. 1º da Resolução nº 315, de 8 de maio


de 2009, do Contran, que estabelece a equiparação dos veículos ciclo-elétrico, aos
ciclomotores e os equipamentos obrigatórios para condução nas vias públicas abertas à
circulação e dá outras providências.

- Agravantes genéricas: Art. 298


1-elementar; 2-qualificadora; 3-causa de aumento; 4-agravante

Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos


crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração:

I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande


risco de grave dano patrimonial a terceiros;

II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou


adulteradas;

III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;


IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de
categoria diferente da do veículo;

V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais


com o transporte de passageiros ou de carga;

VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados


equipamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu
funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas
especificações do fabricante;

VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente


destinada a pedestres.

-Prisão em flagrante e fiança: Art. 301

A lei beneficia quem socorre a vitima

Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de


que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá
fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.

- Crimes em espécie:

1. Homicídio culposo na direção de veículo automotor Art. 302

Para ser aplicado o CP, deve ser na forma dolosa ou em casos do acidente
não for em via pública.

Para ser aplicado o CTB, tem que estar na direção do veículo, tem que ser
culposo, para fins de aplicação do CTB, deve ser em via pública.

2. Lesão corporal culposa na direção de veículo automotor Art. 303

§1°- Causa de aumento;

§2°- Qualificadora

3. Omissão de socorro Art. 304

- Motorista que causou culposamente o acidente: Crime culposo + causa de


aumento

- Motorista que se envolveu no acidente sem agir culposamente: 304 CTB


Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar
imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa
causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não


constituir elemento de crime mais grave.

Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do


veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate
de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.

- Motoristas/outras pessoas não envolvidas no acidente: 135 CP

Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo


sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão


resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a
morte.

4- Fuga do local do acidente Art. 305

Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente,


para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser
atribuída:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa

5- Embriaguez ao volante Art. 306

Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade


psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência:

Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e


suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor.
§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas
por:

I - Concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool


por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool
por litro de ar alveolar; ou

II - Sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo


Contran, alteração da capacidade psicomotora.

§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida


mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico,
perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em
direito admitidos, observado o direito à contraprova.

§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os


distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de
caracterização do crime tipificado neste artigo.

§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado


pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia -
INMETRO - para se determinar o previsto no caput.

Culpa consciente x Dolo eventual:

Nas duas situações é possível prever o resultado. Porém, na culpa consciente


o agente acredita na sua habilidade para evitar a produção do resultado,
enquanto no Dolo eventual, o agente não se importa com a produção do
resultado.

- Não se considera Dolo eventual se tiver apenas uma circunstância.

AULA 02/05
Aula realizada para dar uma revisão sobre teoria geral e elementos que
constituem o crime

AULA 09/05

. Lavagem de dinheiro
Lei 9.613/98

1. Definição Art. 1°
Atividade e desvinculação ou afastamento do dinheiro da sua origem ilícita para
que possa ser aproveitado.
*Aplica-se a lavagem de dinheiro mesmo que a infração penal anterior tenha
sido praticada no exterior, por força da extraterritorialidade.

2. Fases
1° colocação: Separação de fato do dinheiro

2° Dissimulação: Multiplica-se as transações de modo que se perca a trilha do


dinheiro.
* Para o recebimento da denúncia basta o indício de infração penal
antecedente. Não exigindo condenação pena previa.
* Não há lavagem de dinheiro sem ocultação ou dissimulação, como nas
hipóteses que o agente se valendo do produto de crime compra imóvel em seu
próprio nome ou deposita dinheiro em conta de sua titularidade, bem como
quando a mero proveito econômico do produto de crime, como o pagamento de
contas, gasto em viagens/restaurantes.

3° Integração: O dinheiro é empregado em negócios lícitos dificultando a


investigação. Exaurimento aumenta a pena.

3. Bem jurídico
É pluriofensivo, abarca o bem jurídico do crime antecessor, a adm da justiça e
a ordem econômica.

4. Sujeitos
Ativo: Qualquer pessoa, inclusive o sujeito ativo da infração penal antecedente
Passivo: Coletividade

5. Tipo objetivo
Tipo penal misto alternativo
Ocultar  esconder
Dissimular  enganar/disfarçar
* O objeto material é mais amplo que dinheiro: Engloba bens (móveis e
imóveis), direitos (títulos), ou valores (moedas).

6. Tipo subjetivo
Dolo, não admite modalidade culposa

Perguntas
1. Favorecimento real x lavagem de dinheiro

2. Evasão de diverso x lavagem de dinheiro

3. É possível reconhecer concurso material entre os crimes de corrupção


passiva e lavagem de dinheiro?

AULA 16/05

. Estatuto do desarmamento

Lei 10.826/2003

Bem jurídico: Incolumidade pública


A incolumidade pública significa evitar o perigo ou risco coletivo, tem relação
com a garantia de bem-estar e segurança de pessoas indeterminadas ou de
bens diante de situações que possam causar ameaça de danos.

Posse: Possibilidade de comprar e registrar uma arma apenas para mantê-la


em casa ou em seu local de trabalho
Porte: Permissão de circulação com a arma em público, pelas ruas e
ambientes externos a própria residência ou local de trabalho do portador.
1. Posse irregular de arma de fogo de uso permitido Art. 12

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,


acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo
com determinação legal ou regulamentar, no interior de
sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local
de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal
do estabelecimento ou empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa

O território determina a irregularidade da posse.

Casa é o local onde o sujeito mora, incluindo seu quintal. Se for na zona rural,
abarca suas terras desde que more nesse local.

O STJ entende que caminhão não é casa e nem local de trabalho, é


instrumento.

Veículo automotor não é considerado casa para fins de aplicação do estatuto.

Local de trabalho só vale pra quem é dono de empresa ou gerente,

Acessório  Objeto que acoplado a arma, melhora o desempenho do atirador,


(mira, silenciador, etc);

Munição  Tudo que da capacidade de funcionamento a arma para carga ou


disparo, (projéteis, chumbo, cartucho, etc).

STJ admite princípio da insignificância em casos de pequena quantidade de


munição. 3 munições

Não configura crime quando o projétil é utilizado como adereço, (colar,


chaveiro, etc).

2. Porte irregular de arma de fogo de uso permitido Art. 14

Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em


depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.


Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver
registrada em nome do agente.

Tipo penal misto alternativo

Crime de tipo misto cumulativo: é o crime que possui mais de um núcleo do


tipo, sendo que as condutas não são fungíveis entre si. Estão no mesmo tipo
penal por opção do legislador, mas poderiam estar em tipos penais diversos. A
prática de cada um deles configura um delito diverso.

Só se considera absorvido o crime de porte ilegal de arma de fogo quando a


conduta é realizada como meio para outro crime.

3. Disparo de arma de fogo Art. 15

Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em


lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
finalidade a prática de outro crime:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é


inafiançável.

São requisitos cumulativos, local habitado e via pública.

4. Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito ou proibido Art.16

Restrito  CAPUT

Proibido  §2°

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber,


ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição
de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:


I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal
de identificação de arma de fogo ou artefato;

II – modificar as características de arma de fogo, de forma


a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou
restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo
induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;

III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato


explosivo ou incendiário, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar;

IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma


de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado;

V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente,


arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança
ou adolescente; e

VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização


legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou
explosivo.

§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste


artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é
de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.

5. Tráfico internacional de arma de fogo Art. 18

Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do


território nacional, a qualquer título, de arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização da autoridade
competente:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou


entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação
de importação, sem autorização da autoridade competente,
a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.

Importar ou exportar arma de fogo. Existe consumação quando é pego na


fronteira.

A pessoa que favorece o tráfico é considerada autor. Se for servidor público,


responde por tráfico e corrupção passiva.
AULA 23/05

.Crimes de preconceito ou discriminação

Lei 7.716/89

Injúria racial X Racismo

- Não existe mais injúria racial no CP

Art. 141, §3°: Sendo ataque pessoal ou generalizado sobre cor da pele, é
racismo.

-Calunia: Atribuir fato criminoso a alguém de forma específica

-Difamação: Atribuir a alguém que não seja criminoso, mas afeta a honra
subjetiva

-Injúria: Atribuir fato criminoso de forma não específica, honra subjetiva.

Injúria discriminatória X Racismo

Racismo  Raça, cor e etnia;

Injúria discriminatória  Religião, origem, idoso/deficiência

AULA 30/05
.Racismo
Lei 7.716/89

Raça Não existe mais raça na concepção biológica, então o conceito de


raça deve ser interpretado como um conceito social ou como sinônimo de
etnia;
Cor  Cor da pele;
Grupo étnico  São dados biológicos, culturais. Psicológicos, políticos e
linguísticos;
Religião  Fé ou crença em algo expressada com um conjunto de
práticas, rituais e preceitos seguidos pelo grupo
Obs: Se afetar o coletivo, é considerado como Racismo. Se afetar o
individual, é considerado injúria discriminatória.

Procedência nacional  Nacionais de outro Estado ou região de um


mesmo país.

-É ação pública incondicionada

Atividade que foi dado em sala pela prof:

1- Favorecimento real x lavagem de dinheiro

No que diz respeito ao crime de favorecimento real, o autor do


crime, de qualquer forma, assegura o proveito de um delito
cometido por outra pessoa, quer seja por amizade, afetividade etc.,
ou seja, um indivíduo comete um crime de roubo, por exemplo, e
um amigo desse roubador guarda em sua casa o produto do roubo,
para assegurar o proveito do crime.

Lavagem de dinheiro é o termo utilizado para caracterizar a


alteração da origem dos recursos financeiros, isto é, a
transformação de dinheiro sujo (ilícito) em dinheiro limpo (licito).
Esse tipo de crime ocorre com o intuito de impedir que os
montantes sejam rastreados pelas autoridades.

2- Evasão de divisão x lavagem de dinheiro

Na evasão, o agente quer "aplicar o dinheiro no exterior - seja para


obter melhor remuneração, seja para sonegar a sua existência para
não pagar imposto de renda etc., mas não para esconder a origem -
criminosa. Então, nem sempre a remessa do dinheiro ao exterior
configura a própria prática de crime de lavagem. Lavagem de
dinheiro é o termo utilizado para caracterizar a alteração da origem
dos recursos financeiros, isto é, a transformação de dinheiro sujo
(ilícito) em dinheiro limpo (licito). Esse tipo de crime ocorre com o
intuito de impedir que os montantes sejam rastreados pelas
autoridades

3- É possível reconhecer concurso material entre os crimes de


corrupção passiva e lavagem de dinheiro?

Não há possibilidade de concurso material entre o delito de


corrupção passiva e de lavagem de dinheiro na hipótese em que o
mesmo agente tenha praticado ambos os delitos.

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