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POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA


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Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, aqui seguem nossas redes sociais:


Carlos Sobrinho - @sobrinhoqc
Bruno Aguiar - @brunoaguiaaar
Jeferson Aguiar - @jeff.concurseiro

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SUMÁRIO

Lei nº 4.898/65 (Abuso de Autoridade).............................................................................. 3


Lei nº 8.072/90 (Crimes Hediondos)................................................................................. 13
Lei nº 9.455/97 (Tortura)................................................................................................... 19
Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente).................................................... 23
Lei 11.340/2006 (lei Maria da penha)................................................................................. 36
Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento)............................................................. 40
Questões............................................................................................................................. 53

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LEI N. 13.869/2019 – ABUSO DE AUTORIDADE
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Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público,
servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do
poder que lhe tenha sido atribuído.

§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de autoridade quando


praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si
mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
 Mero capricho pessoal.
 Prejudicar outrem.
 Beneficiar a si mesmo ou a terceiro.

§ 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura


abuso de autoridade.

Só há crime de abuso de autoridade quando o agente tem a finalidade de prejudicar outrem


ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
MPB

Divergência na interpretação da lei ou na avaliação dos fatos e provas - não configuram crime
de abuso de autoridade.

Art. 2º É SUJEITO ATIVO do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor
ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se
limitando a:
I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas;
II - membros do Poder Legislativo
III - membros do Poder Executivo;
IV - membros do Poder Judiciário;
V - membros do Ministério Público;
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas

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Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce,
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ainda que transitoriamente ou SEM REMUNERAÇÃO, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo.

Ação penal pública INCONDICIONADA em todos os crimes desta lei.

§ 1º Será admitida AÇÃO PRIVADA se a ação penal pública NÃO FOR INTENTADA NO PRAZO
LEGAL, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor
recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte
principal.
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em
que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.

PONTOS IMPORTANTES!
É um prazo decadencial impróprio, pois quando acabar os 6 MESES a ação volta ao Ministério
Público.

Ação privada é cabível caso não seja intentada no prazo legal pelo MP.

Art. 4º São efeitos da condenação:


I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;

II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1


(um) a 5 (cinco) anos;

III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública.

Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são
condicionados à ocorrência de REINCIDÊNCIA em crime de abuso de autoridade e NÃO são
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença.

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PONTOS IMPORTANTES! 5
É obrigatória a indenização ao dano causado.
Para perder o cargo deverá ter reincidência especifica.

E a perda do cargo NÃO SERÁ AUTOMÁTICA.

Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas


nesta Lei são:

I - Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;


II - Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis)
meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens;
III - (VETADO). Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas
autônoma ou cumulativamente.

Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de
natureza civil ou administrativa cabíveis.

Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta funcional
serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração.

Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se


podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões
tenham sido decididas no juízo criminal.

Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a


sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em
legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

DOS CRIMES

Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as


hipóteses legais:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

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Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo
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razoável, deixar de:
I - relaxar a prisão manifestamente ilegal;

II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade


provisória, quando manifestamente cabível;
III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente cabível.

Exemplos:

 Prisão preventiva.
 Prisão temporária.
 Em desconformidade com as hipóteses legais.

Só pode ser praticado por AUTORIDADE JUDICIÁRIA.

Art. 10. Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente


descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa

O QUE É UMA CONDUÇÃO COERCITIVA?


Trata-se de um método impositivo aplicado pelas autoridades policiais por ordem do
Poder Judiciário para garantir que as pessoas intimadas prestem depoimentos para a
investigação em andamento.
Aqui é um crime que pode ser praticado pelo juiz, autoridade policial, MP.

Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária


no prazo legal: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:

I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou preventiva à


autoridade judiciária que a decretou;

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II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
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encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada;
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada
pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das testemunhas;
IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão
preventiva, de medida de segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e
excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de
promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.

Art. 13. Constranger o preso ou o detento, MEDIANTE VIOLÊNCIA, GRAVE AMEAÇA ou


redução de sua capacidade de resistência, a:
I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública;
II - submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei;
III - produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)
anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência

Crime praticado contra PESSOA PRESA.


Requer violência ou GRAVE AMEAÇAR.

Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função,
ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único.

Incorre na mesma pena quem prossegue com o interrogatório:


I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ou
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou defensor público, sem a
presença de seu patrono.

Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua
captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

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Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em
sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou
atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função

Aqui, é a violação a GARANTIA CONSTITUCIONAL de reconhecimento de quem efetuou sua


prisão.

Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno,
salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em
prestar declarações:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa

Art. 19. Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade


judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias
de sua custódia:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena o magistrado que, ciente do impedimento ou da


demora, deixa de tomar as providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente para
decidir sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade judiciária que o seja.

Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu
advogado:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o investigado
de entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo
razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se
durante a audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por
videoconferência.

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Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou
adolescente na companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado, observado o
disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do


ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições,
sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. § 1º Incorre na mesma pena, na forma
prevista no caput deste artigo, quem:
I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou
suas dependências;
II - (VETADO);

ARTIGO MAIS IMPORTANTE PARA AS PROVAS DE POLÍCIA!


III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou
antes das 5h (cinco horas).

§ 2º NÃO HAVERÁ CRIME se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver
FUNDADOS INDÍCIOS (atenção a esse TERMO) que indiquem a necessidade do ingresso em
razão de situação de flagrante delito ou de desastre.

VIOLAÇÃO DO ARTIGO:
I - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
DURANTE O DIA, POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL;

Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de processo, o


estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de
responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a responsabilidade:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

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Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a conduta com o intuito de:

I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa por excesso praticado no curso de


diligência;
II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou informações incompletos para desviar
o curso da investigação, da diligência ou do processo.

Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de


instituição hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já
tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua
apuração:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à


violência.

Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização,


por meio manifestamente ilícito:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único.

Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado,
com prévio conhecimento de sua ilicitude.

Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal


ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime,
de ilícito funcional ou de infração administrativa:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar


sumária, devidamente justificada.
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda
produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do
investigado ou acusado:

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Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou
administrativo com o fim de prejudicar interesse de investigado:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa
fundamentada ou contra quem sabe inocente:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do


investigado ou fiscalizado:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou
conclusão de procedimento, o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do
investigado ou do fiscalizado

Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação
preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento
investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção de
cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a
realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de


não fazer, sem expresso amparo legal:

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Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
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Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou função pública ou invoca
a condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para obter vantagem ou
privilégio indevido.

Art. 36. Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia


que extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da parte e,
ante a demonstração, pela parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha


requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou
retardar o julgamento:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive
rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Se cair alguma alternativa COBRANDO PENAS, são essas penas que a lei traz:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

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LEI DE CRIMES HEDIONDOS
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XLIII - a lei considerará crimes INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA a


prática da TORTURA, O TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E DROGAS AFINS, O
TERRORISMO E OS DEFINIDOS COMO CRIMES HEDIONDOS, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem

Os crimes de tortura, de tráfico ilícito de drogas e de terrorismo são mencionados


especificamente pela Constituição.

Esses são considerados crimes equiparados a hediondos. Axiologicamente, não há nenhuma


diferença entre eles, mas Lei n. 8.072/1990, bem como a própria Constituição, mencionam
esses crimes separadamente, de forma que não fazem parte do conjunto dos crimes
hediondos, apesar de terem muitas vezes o mesmo tratamento e de também serem
mencionados pela lei.

Os crimes hediondos e os crimes equiparados a hediondos são inafiançáveis e insuscetíveis


de graça ou anistia.

A Lei dos Crimes Hediondos menciona ainda, em seu art. 2º, a impossibilidade de concessão
de indulto:

Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas


afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
I - anistia, graça e indulto;
II - fiança.

Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei


no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:

I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda
que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V,
VI, VII e VIII);

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I-A - lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de
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morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142
e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;
II - roubo: a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); b)
circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de
arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); c) qualificado pelo resultado lesão
corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal
ou morte (art. 158, § 3º);
IV - Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 1o, 2o e 3o); V
- estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);
VI - Estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
VII-A – (VETADO)
VII-B - Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins
terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela
Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou
adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).
IX - Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo
comum (art. 155, § 4º-A) Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou
consumados:
I - O crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de
1956;
II - O crime de posse ou porte ilegal de ARMA DE FOGO DE USO PROIBIDO, previsto no art.
16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;

III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22
de dezembro de 2003;

IV - O crime de TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO, acessório ou munição,


previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;

V - o crime de ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, quando direcionado à prática de crime hediondo


ou equiparado.

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2.1. Homicídio - O homicídio simples (art. 121 do Código Penal), em regra, não é considerado
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crime hediondo. Para que um homicídio seja hediondo, é necessário que seja qualificado,
encontrando previsão no §2o do art. 121.

Homicídio qualificado § 2° Se o homicídio é cometido:


I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou


torne impossível a defesa do ofendido;

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena


- reclusão, de doze a trinta anos;
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino;
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da
função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: Pena - reclusão, de doze a trinta
anos.

UMA NOVIDADE CRIADA EM 2015 É A QUALIFICADORA DO FEMINICÍDIO:


Neste caso o crime é qualificado por ter sido cometido contra vítima mulher, por razões da
condição de sexo feminino.
O próprio Código Penal considera que há essa motivação nos seguintes casos:
a) Violência doméstica e familiar;
b) Menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Outra qualificadora incluída em 2015 no Código Penal é a que diz respeito ao homicídio
cometido contra agentes de segurança. Sobre isso você precisa ter atenção aos seguintes
detalhes:
a) O crime deve ser cometido contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
Constituição Federal, ou seja, integrantes das Forças Armadas, das Forças de Segurança
Pública (polícias e bombeiros), guardas municipais (encontram previsão no §8o do art. 144 da
Constituição), bem como agentes de trânsito (previstos no §10 do art. 144). A qualificadora
alcança também os integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública;

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b) A vítima precisa estar no exercício da função, ou o crime precisa guardar relação com a
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função por ele exercida. A condição não se estende, em regra, a agentes aposentados. Mas,
se mesmo aposentado, foi vítima de crime em decorrência da sua função que exercia
anteriormente, temos a qualificadora.

c) A vítima também pode ser cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
grau do agente de segurança, desde que o crime tenha relação com a função por ele exercida.

§1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço).

O homicídio privilegiado, portanto, ocorre em algumas situações nas quais a atitude do


agente é um pouco mais “compreensível”, e por isso sua pena deve ser abrandada.

1. O HOMICÍDIO QUALIFICADO-PRIVILEGIADO NÃO FIGURA NO ROL DOS CRIMES


HEDIONDOS. Precedentes do STJ. 2. Afastada a incidência da Lei n.º 8.072/90, o regime
prisional deve ser fixado nos termos do disposto no art. 33, § 3º, c.c. o art. 59, ambos do
Código Penal.

3. In casu, a pena aplicada ao réu foi de seis anos, dois meses e vinte dias de reclusão, e as
instâncias ordinárias consideraram as circunstâncias judicias favoráveis ao réu. Logo, deve ser
estabelecido o regime prisional intermediário, consoante dispõe a alínea b, do § 2º, do art.
33 do Código Penal.
4. Ordem concedida para, afastada a hediondez do crime em tela, fixar o regime inicial
semiaberto para o cumprimento da pena infligida ao ora Paciente, garantindo-se-lhe a
progressão, nas condições estabelecidas em lei, a serem oportunamente aferidas pelo Juízo
das Execuções Penais.

Continuando o estudo do homicídio, devemos ainda mencionar uma hipótese em que o


homicídio simples será considerado hediondo: estamos falando do homicídio praticado em
atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente!

Existe muita discussão acerca do que seria o grupo de extermínio aqui mencionado pelo
legislador.

Para que a atividade seja considerada típica de grupo de extermínio, basta que a prática do
homicídio seja caracterizada pela impessoalidade na escolha da vítima.
O agente resolve, por exemplo, eliminar pessoas que correspondam a determinado
estereótipo, como, por exemplo, negros, travestis, prostitutas, ladrões, policiais e menores
de idade.

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Atividade típica de grupo de extermínio é a chacina que ELIMINA A VÍTIMA PELO SIMPLES
FATO DE PERTENCER A DETERMINADO GRUPO OU DETERMINADA CLASSE SOCIAL OU
RACIAL, COMO, POR EXEMPLO, MENDIGOS, PROSTITUTAS, HOMOSSEXUAIS,
PRESIDIÁRIOS, ETC. A impessoalidade da ação (...) é uma das características fundamentais,
sendo irrelevante a unidade ou pluralidade de vítimas. Caracteriza-se a ação de extermínio
mesmo que seja morta uma única pessoa, desde que se apresente a impessoalidade da ação,
ou seja, pela razão exclusiva de pertencer ou ser membro de determinado grupo social, ético,
econômico, étnico, etc.

O pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido: A Lei n. 13.497/2017 incluiu na lista
dos crimes hediondos o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito,
tipificado pelo art. 16 da Lei n. 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento). Posteriormente,
com a vigência do Pacote Anticrime, o crime hediondo passou a ser apenas a posse e o porte
de arma de fogo de uso PROIBIDO (não mais a restrita).

Os crimes equiparados a hediondos são tratados por leis específicas, que precisam ser
estudadas com calma: a) Lei n. 11.343/2006 (Tráfico de Drogas); b) Lei n. 9.455/1997
(Tortura); e c) Lei n. 13.260/2016 (Terrorismo).

O STF NÃO reconhece mais o caráter hediondo do tráfico de drogas privilegiado.

§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
É interessante também saber que o juiz deve decidir fundamentadamente se o réu poderá
apelar em liberdade, caso haja condenação. A redação anterior do §1º era de que a pena seria
cumprida integralmente em regime fechado.

O §1º, porém, foi declarado INCONSTITUCIONAL PELO STF, em sede de controle difuso, no
julgamento do HC 111840. Abaixo transcrevo trecho da ementa do julgado:

A Lei dos Crimes Hediondos determina que a pena deve ser cumprida inicialmente em regime
fechado. Todavia, o STF já declarou este dispositivo INCONSTITUCIONAL em sede de controle
difuso.

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O art. 288 do Código Penal diz respeito ao crime de ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. Quando a
associação criminosa tiver por objeto a PRÁTICA DE CRIMES HEDIONDOS OU EQUIPARADOS
a hediondos, haverá aumento de pena: a pena cominada pelo CP é de reclusão de 1 a 3 anos,
enquanto, neste caso, será de reclusão de 3 a 6 anos.

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LEI DE TORTURA
19

O termo “tortura” designa qualquer ato pelo qual DORES OU SOFRIMENTOS AGUDOS,
FÍSICOS OU MENTAIS, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou
de uma terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato cometido; de
intimidar ou coagir esta pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em
discriminação de qualquer natureza; quando tais dores ou sofrimento são infligidos por um
funcionário público ou outra pessoa no exercício de funções públicas, ou por sua instigação,
ou com o seu consentimento ou aquiescência.

Tortura:

➔ Inafiançável

➔ Insuscetível - graça ou anistia

Cuidado! as bancas dizem que é imprescritível.


NÃO é verdade!
Tortura → NÃO é imprescritível.

Tortura → crime EQUIPARADO A HEDIONDO.

STF → indulto é VEDADO para os crimes de tortura.


Tortura → CRIME COMUM

Competência para julgar → JUSTIÇA ESTADUAL OU FEDERAL, depende do lugar em que foi
cometido.

Quais são os crimes de tortura?

➔ Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe


sofrimento físico ou mental com fim de → obter informação, declaração ou confissão da
vítima ou de terceira pessoa.

➔ Para provocar ação ou omissão de natureza criminosa.

➔ Em razão de discriminação racial ou religiosa.

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Reclusão: 02 a 08 anos
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Tortura → admite tentativa.
Tortura → admite desistência voluntária.
Tortura → não admite arrependimento eficaz.
Tortura própria → o agente tinha o dever de apurar e não apurou.
Tortura imprópria → o agente tinha o dever de evitar a tortura.
Tortura → crime formal → não é necessário resultado naturalístico.

Tortura-prova

Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento


físico ou mental, com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de
terceira pessoa.

Tortura-crime
Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento
físico ou mental, para provocar ação ou omissão de natureza criminosa. O agente responde
pela tortura e pelo crime.

Tortura discriminação
Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento
físico ou mental, em razão de discriminação racial ou religiosa.

Tortura - castigo

Submeter alguém, sob sua guarda poder ou autoridade com emprego de violência ou grave
ameaça a intensivo sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou
medida de caráter preventivo:

Crime próprio
Crime material: o resultado tem que ser atingido para ser consumado o crime!

Admite tentativa

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Sujeito ativo → segundo STJ → SOMENTE PODE SER AGENTE ativo do crime de tortura-
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castigo → aquele que detiver outra pessoa sob sua guarda, poder ou autoridade.
Sujeito passivo: é quem está sujeito a guarda, poder ou autoridade do agente.

Tortura preso ou indivíduo sujeito a medidas de segurança:


Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança
a sofrimento físico ou mental, por intermédio da pratica de ato não previsto em lei ou
não resultado de medida legal.
Norma penal em branco, pois dependerá de uma complementação, pois fala-se em
qualquer ato não previsto na lei.

Tortura na sua forma de omissão

Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evita-las ou apura-
las, incorre na pena de detenção 1 a 4 anos.

Formas qualificadas

➔ Se resulta lesão corporal de natureza GRAVE OU GRAVÍSSIMA, a pena é de reclusão de


quatro a dez anos;

➔ Se resulta MORTE, a reclusão é de oito a dezesseis anos.


São preterdolosas essas modalidades

CAI BASTANTE! CAUSAS DE AUMENTO DE PENA!

➔ Se o crime for cometido por agente público.

➔ Se o crime for cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou


maior de sessenta anos.

➔ Se crime for cometido mediante sequestro.

EFEITOS DA SENTENÇA.
A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para
seu exercício pelo DOBRO DA PENA APLICADA.

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Agentes condenados por tortura

➔ Após o trânsito em julgado: perderão os cargos, empregos e funções públicas.

➔ E ficaram pelo DOBRO DO PRAZO da pena imposta, SEM PODER EXERCÊ-LOS.

A perda de cargo, função ou emprego é de EFEITO AUTOMÁTICO da condenação, não sendo


necessária fundamentação concreta.

STJ

Art. 1º § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o
cumprimento da pena em regime fechado

STF→ INCONSTITUCIONALIDADE do artigo da lei de crimes hediondos que fere o princípio da


individualização da pena o regime inicialmente fechado.

STJ INFO 540 → não é obrigatório que o condenado por crime de tortura inicie o
cumprimento de pena no regime prisional fechado.

EXTRATERRITORIEDADE

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em
território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob a
jurisdição brasileira.

Info 549 "Crime de tortura praticado contra brasileiro no exterior: trata-se de hipótese de
extraterritorialidade incondicionada (art. 2º da Lei 9.455⁄97)."

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
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O art. 1º traz a finalidade do Estatuto, que é dispor sobre a proteção integral à criança e ao
adolescente

Tanto a criança como o adolescente são sujeitos de direitos que recebem tratamento
especial devido à condição de pessoa em desenvolvimento.
O art. 2º do ECA estabelece os conceitos de criança e de adolescente.

O ECA não adota o critério psicológico para distinguir criança de adolescente, mas critério de
idade: Criança é a pessoa até 12 anos de idade incompletos e adolescente é a pessoa entre
12 e 18 anos incompletos.

Criança: 0 até 12 anos de idade incompletos


Adolescente: Entre 12 e 18 anos

PRINCÍPIOS BASILARES DO ECA

princípio da prioridade absoluta

Segundo o referido princípio, constitui dever da família, da sociedade e do Estado em ação


conjunta assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão

o princípio enuncia que “à frente dos adultos, estão as crianças e adolescentes”

Exemplos:

 primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.


 precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.
 preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.
 destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
infância e à juventude.

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Princípio da dignidade

O referido princípio caminha junto com o princípio da prioridade absoluta e informa o


respeito que se deve ter em relação aos direitos fundamentais das crianças e adolescentes.
Ademais, esse princípio é qualificado pela necessidade de mínima assistência ao menor

Nesse contexto, o art. 3º, do ECA, reforça que crianças e adolescentes gozam de todos os
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, com a obrigação de que sejam
asseguradas oportunidades e facilidades para lhes propiciar o desenvolvimento físico, moral,
espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Além disso, em respeito à dignidade das crianças e adolescentes, estabelece o art. 5º
algumas vedações importantes, a fim de que eles não sejam submetidos à negligência, à
discriminação, à exploração, à violência, à crueldade e à opressão. Como forma de evitar
tais atos, há a previsão de crimes e sanções civis e administrativas para quem violar, por ação
ou omissão, a dignidade das crianças e adolescentes.
Não discriminação
Cumpre destacar, ainda, que a Lei nº 13.257/2016 acrescentou o parágrafo único ao art. 3º,
do ECA, para prever que os direitos que serão estudados ao longo do Estatuto são aplicados
a todas as crianças e adolescentes sem qualquer discriminação. Desse modo, são vedadas as
discriminações entre os protegidos pelo ECA em razão do nascimento, situação familiar,
idade, sexo, raça, étnica entre outros.

regra de interpretação do Estatuto: a interpretação deve levar em conta os fins sociais a que
se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a
condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento

PARÂMETROS INTERPRETATIVOS DO ECA

 os fins sociais a que ela se dirige;


 as exigências do bem comum;
 os direitos e deveres individuais e coletivos;
 a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento

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As medidas de proteção serão aplicáveis todas as vezes que os direitos de crianças e
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adolescentes não estiverem sendo respeitados, seja por ação ou por omissão dos genitores,
dos responsáveis ou do Estado.

APLICAM-SE AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO QUANDO OS DIREITOS DAS CRIANÇAS E


ADOLESCENTES FOREM VIOLADOS

 por ação ou omissão da sociedade ou do Estado


 por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável
 em razão da própria conduta da criança ou adolescente

PREMISSAS DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO

• crianças e adolescentes são considerados sujeitos de direitos • proteção integral e


prioritária
• responsabilidade primária e solidária do poder público • interesse superior da criança e do
adolescente
• privacidade
• intervenção precoce
• intervenção mínima
• proporcionalidade e atualidade • responsabilidade parental
• prevalência da família
• obrigatoriedade da informação
• oitiva obrigatória e participação

MEDIDAS DE PROTEÇÃO
• encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade.
• orientação, apoio e acompanhamento temporários.
• matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental.
• inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção
da família, da criança e do adolescente.

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• requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou
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ambulatorial.
• inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a
alcoólatras e toxicômanos.
• acolhimento institucional.
• inclusão em programa de acolhimento familiar.
• colocação em família substituta.

Das medidas acima devemos ter em mente que o acolhimento institucional e o acolhimento
familiar são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para
reintegração familiar OU, não sendo esta possível, para colocação em família substituta.

O afastamento da criança ou do adolescente do convívio familiar poderá ocorrer apenas


mediante decisão judicial, a pedido do Ministério Público.

Por outro lado, constada a impossibilidade de reintegração, a entidade encaminhará relatório


ao Ministério Público, para o ajuizamento da ação de destituição do poder familiar. Com o
recebimento desse relatório, o órgão ministerial terá prazo de 15 dias para promover a
ação, exceto se compreender, por estudos complementares, que a reintegração será
possível.

É importante mencionar a existência de cadastro em cada comarca ou foro regional com


informações atualizadas sobre as crianças e adolescente em regime de acolhimento familiar
e institucional mantido pela autoridade judiciária. Terão acesso a esse cadastro o Ministério
Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da Assistência Social e os Conselhos Municipais
dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Assistência Social

Verificada a inexistência de registro anterior, o assento de nascimento da criança ou


adolescente será feito à vista dos elementos disponíveis, mediante requisição da autoridade
judiciária. Os registros e certidões necessários à regularização são isentos de multas, custas e
emolumentos, gozando de absoluta prioridade.

ATO INFRACIONAL

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Em razão da idade, as crianças e adolescentes são considerados inimputáveis. Assim, se
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praticarem atos ilícitos não se sujeitam à disciplina do Código Penal e do Direito Processual
Penal, mas às regras referentes à prática de atos infracionais disciplinadas pelo ECA,
independentemente da natureza do ato praticado.

Dada a natureza peculiar que se confere ao tratamento de crianças, embora pratiquem atos
infracionais, a estas não serão aplicadas medidas socioeducativas, mas tão somente
medidas de proteção

Mesmo aos adolescentes, embora sejam responsabilizados pelos atos infracionais praticados,
será observado um processo diferenciado, denominado de ação socioeducativa, de
titularidade do Ministério Público. Nesse procedimento haverá a apuração da autoria e
materialidade dos fatos praticados e, caso sejam confirmados, haverá aplicação de uma das
medidas socioeducativas que serão estudadas adiante.

Frise-se que, embora aos adolescentes seja passível a aplicação de medidas socioeducativas,
nada impede que a eles sejam aplicadas medidas de proteção. Tais medidas podem ser
aplicadas isoladamente ou em conjunto (por exemplo, duas medidas de proteção).
Inclusive, é possível ser aplicada medida socioeducativa cumulada com medida de proteção.
A definição das medidas aplicáveis dependerá da análise do processo em concreto.
CRIANÇAS

 Praticam atos infracionais.


 São aplicadas apenas medidas de proteção.
ADOLESCENTES

 Praticam atos infracionais


 São aplicadas medidas socioeducativas e medidas de proteção.

Ato infracional
Conduta prevista como crime ou contravenção penal quando praticada por criança ou
adolescente.

O art. 103, do ECA, define que são considerados como atos infracionais a prática, por menores
de 18 anos, de condutas descritas como crime ou como contravenção penal.

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O art. 104, por sua vez, reitera o dispositivo constitucional que afirma que os menores de
28
18 anos são inimputáveis. Para consideração da inimputabilidade, considera-se a idade do
adolescente à data do fato.

E, como analisado acima, a prática de ato infracional por crime sugere a aplicação de medida
de proteção (não socioeducativa) na forma do art. 105, do ECA

Direitos

 A privação de liberdade é excepcional. Logo, somente poderá ocorrer em


caso de decisão escrita e fundamentada da autoridade judiciária.

 Ao ser apreendido, o adolescente deverá ser identificado e informado quanto


aos seus direitos.

 Se o adolescente não for liberado pela autoridade, deve-se comunicar


imediatamente a autoridade judiciária e a família (ou pessoa indicada pelo
adolescente).

 A internação provisória, que somente poderá ser decretada por


decisão judicial fundamentada, será pelo prazo improrrogável de
45 dias.
 O adolescente civilmente identificado não será submetido a
identificação compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e
judiciais, salvo para efeito de confrontação, se houver dúvida
fundada.

DECRETO DE INTERNAÇÃO PROVISÓRIA


 decisão judicial fundamentada
 à vista de indícios de autoria e materialidade
 por até 45 dias improrrogáveis

Garantias Processuais Em relação às garantias processuais é importante que você memorize


que a privação de liberdade observará o devido processo legal, especialmente:
• o pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação;
• a igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e
produzir todas as provas necessárias à sua defesa;

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• a defesa técnica por advogado;
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• a assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;
• o direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
• o direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do
procedimento.

Medidas Socioeducativas Uma vez praticado um ato infracional por um adolescente, surge a
possibilidade de aplicação de medida socioeducativa, nos termos que analisaremos aqui.

Medidas socioeducativas são medidas jurídicas aplicadas aos adolescentes que praticarem
atos infracionais por meio de uma ação socioeducativa (ou representação) promovida pelo
Ministério Público a ser processada perante a Vara da Infância e Juventude

Essas medidas podem ser classificadas em dois grupos: as restritivas de liberdade e as


medidas de meio aberto. Ambas possuem objetivo pedagógico: ressocialização do
adolescente para inibir a violência.
MEDIDAS DE MEIO ABERTO

 Advertência
 Obrigação de reparar o dano
 Prestação de serviços à comunidade
 Liberdade assistida
MEDIDAS RESTRITIVAS DE LIBERDADE

 Semiliberdade
 Internação
PRINCÍPIOS

 Brevidade
 Excepcionalidade
 Respeito à condição de pessoa em desenvolvimento.

Pelo princípio da brevidade, devemos compreender que as medidas restritivas de liberdade


devem ser aplicadas pelo tempo estritamente necessário para a ressocialização do
adolescente.

O princípio da excepcionalidade informa que as medidas socioeducativas restritivas


somente devem ser aplicadas se, uma vez caracterizada dentro das hipóteses legais, as
medidas de meio aberto demonstrem-se ineficazes.

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Por fim, a aplicação das medidas socioeducativas restritivas deve observar o princípio
segundo o qual os adolescentes são considerados pessoas em desenvolvimento, de modo que
devem ser tratados de acordo com sua condição durante a restrição de liberdade, e não como
detentos.

A medida aplicada ao adolescente deve levar em conta a sua capacidade de cumpri-la, as


circunstâncias e a gravidade da infração. Não se admite a prestação de trabalho forçado em
hipótese alguma. Além disso, adolescentes portadores de doença ou deficiência mental
receberão tratamento individualizado e especializado, em local adequado às suas condições.

FATORES A SEREM CONSIDERADOS PELO JUIZ DA VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE NA


APLICAÇÃO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
• capacidade de cumpri-la
• circunstâncias
• gravidade da infração

O artigo 113 autoriza a aplicação cumulativa ou isolada das medidas socioeducativas, bem
como sua substituição a qualquer momento. Há previsão também de que a aplicação das
medidas deve levar em conta as necessidades pedagógicas do adolescente, com preferência
às medidas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários

A regra é que para a aplicação de medida socioeducativa é necessária a existência de provas


suficientes da autoria e da materialidade da infração, ressalvada a hipótese de remissão. Além
disso, a aplicação da medida de advertência depende apenas de prova da materialidade e
indícios suficientes da autoria.

Advertência Quanto à advertência, esta consiste numa admoestação verbal, que será
reduzida a termo e assinada

 É a medida socioeducativa mais branda e poderá ser aplicada com base em prova da
materialidade e de indícios de autoria. Portanto,
 NÃO É NECESSÁRIA A PROVA DA AUTORIA PARA APLICAÇÃO DA MEDIDA
SOCIOEDUCATIVA DE ADVERTÊNCIA.
É importante compreender a desnecessidade de a autoria restar plenamente comprovada
para aplicação da medida.
 A advertência consiste tão somente em uma admoestação verbal que parte do juiz.

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Obrigação de Reparar o Dano Em relação à obrigação de reparar o dano, ela só deve ser
aplicada em atos infracionais com reflexos patrimoniais.

A obrigação consiste na restituição da coisa, na promoção do ressarcimento do dano ou outra


forma de compensação do prejuízo da vítima. No caso de manifesta impossibilidade de
cumprimento da obrigação, a medida pode ser substituída por outra adequada.

OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO


 Será adotada a obrigação de reparar danos, quando da conduta do adolescente
decorrer reflexos patrimoniais.
 Registre-se, entretanto, que atos infracionais mais graves, como o roubo, embora
gerem danos, a reparação desse não será suficiente, em razão da gravidade da
conduta. De toda forma, a aplicação dependerá sempre da análise do caso concreto,
haja vista os objetivos pedagógicos das medidas socioeducativas.

Prestação de Serviços à Comunidade Em relação à medida socioeducativa de prestação de


serviços à comunidade, esta consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral por
duração não excedente a 6 meses.
As tarefas são cumpridas em entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros
estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais.
As tarefas devem ser atribuídas de acordo com as aptidões do adolescente, com jornada
máxima de 8 horas aos sábados, domingos e feriados, de modo a não prejudicar a frequência
escolar ou jornada normal de trabalho.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE
Constitui na execução de tarefas gratuitas de interesse geral, pelo prazo máximo de 6 meses,
para uma carga horária máxima de 8 horas por semana.
A medida poderá ser cumprida em dias úteis, sábados e, inclusive, em domingos e feriados.
Não poderá afetar a frequências às aulas e a jornada de trabalho, se houver.

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LIBERDADE ASSISTIDA
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A liberdade assistida constitui a última alternativa antes da aplicação das medidas


restritivas de liberdade.
Consiste no acompanhamento, na orientação e no apoio ao adolescente por meio de um
educador.
Do mesmo modo terá duração mínima de 6 meses e caracteriza-se pelo acompanhamento
mais próximo do socioeducando.
Haverá a nomeação de um orientador a quem incumbe: ▪ promover socialmente o
adolescente e sua família (programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social);
supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar;

diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de inserção no mercado de


trabalho; e
apresentar relatório do caso

Regime de Semiliberdade A medida socioeducativa de semiliberdade é expressamente


disciplinada no art. 120, do ECA.

A adoção da semi-liberdade pode ser determinada desde o início ou como forma de transição
para o meio aberto.
É possível a realização de atividades externas independentemente de autorização judicial. A
semiliberdade consiste em um acompanhamento mais severo, uma vez que o adolescente
permanecerá custodiado em entidades institucionais próprias.

Durante o dia, o adolescente executará atividades normais na comunidade, como estudar e


trabalhar.
À noite deve se recolher à unidade de internação.

De todo modo, esse regramento não é fixo, pois há a possibilidade de serem avaliadas, junto
à equipe técnica da instituição de semiliberdade, alternativas diversas, como custódia
durante o dia ou, inclusive, passar a noite junto à família.

Esse regramento e, inclusive a fixação de atividades externas, é obrigatório e independe de


autorização judicial, devendo ser ajustado entre o adolescente e a direção da instituição, de
acordo com o plano de atendimento individualizado, fixado com o adolescente no início do
cumprimento da medida socioeducativa.

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ATIVIDADES EXTERNAS

• são obrigatórias
• independem de autorização judicial

De acordo com a doutrina, a execução de medidas socioeducativas de semiliberdade observa


o princípio da incompletude institucional, de modo que a execução das atividades correlatas
depende de recursos da comunidade, tais como cursos de profissionalização, de
escolarização, de atividades profissionais etc.
Quanto ao prazo máximo, a medida socioeducativa de semiliberdade não comporta prazo
determinado. De todo modo, ela não poderá ultrapassar o prazo de 3 anos, devendo ser
reavaliada a cada 6 meses pelo juiz da infância e juventude

SEMILIBERDADE
Prazo Máximo: 3 anos
Reavaliação: a cada 6 meses

INTERNAÇÃO
A medida mais severa de todas é expressamente disciplinada no ECA entre os seus arts. 121
e 125.
Trata-se da medida de internação, que constitui verdadeira medida privativa de liberdade. A
internação é a medida mais extrema e consiste na restrição total da liberdade, de modo que
o adolescente permanecerá institucionalizado integralmente.
É possível, ainda assim, a realização de atividades externas a critério da equipe técnica (salvo
determinação judicial em contrário), contudo, estas são acompanhadas por educadores.
Ademais, é possível ao magistrado, a depender da situação, vedá-las.

ATIVIDADES EXTERNAS
é possível, a critério dos educadores
exceto se houver determinação judicial

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A internação não comporta prazo determinado, mas não poderá, em qualquer caso,
34
ultrapassar o prazo de três anos

Além disso, o jovem, se internado por fato cometido quando adolescente, deverá ser
obrigatoriamente liberado aos 21 anos.

Tal como a semiliberdade, a medida socioeducativa de internação será reavaliada a cada seis
meses.
A desinternação é sempre precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Público.

E em que situações deve ser aplicada a medida extrema?


Dada a excepcionalidade da medida, a internação somente poderá aplicar aplicada numa das
três hipóteses previstas no art. 122 do ECA, que são taxativas.

Além disso, a medida a ser aplicada no inc. III ganha um adjetivo: a sanção. Quando, por
reiterado descumprimento da medida socioeducativa de meio aberto ou de semiliberdade,
é possível que o juiz determine a internação-sanção pelo prazo máximo de 3 meses,
conforme disciplina o art. 122, §1, do ECA.
A medida de internação-sanção é peculiar e será aplicada pelo juiz da execução em caso de
reiterado descumprimento da medida socioeducativa que está sendo acompanhada.

Sumula 492 O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.

SUSPENSÃO DO DIREITO DE VISITAS

 suspensão temporária
 depende de decisão judicial
 ocorrerá quando houver indícios sérios e suficientes de que tais visitas são
prejudiciais ao adolescente custodiado

A remissão constitui uma forma de perdão ou redução do rigor das penalidades do ECA e
será concedida por iniciativa do Ministério Público. Esse instituto poderá ser aplicado antes
de iniciar o procedimento ou no curso do processo

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No início do processo, a remissão será concedida com exclusão do processo, a depender das
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circunstâncias e do fato no contexto social. Nesse caso, a remissão será homologada por
sentença pelo Juiz da Infância e Juventude.

A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da


responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir
eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a colocação em
regime de semi-liberdade e a internação.

A medida aplicada em remissão pode ser revista judicialmente a qualquer templo, por pedido
do adolescente ou seu representante ou, ainda, do Ministério Público.

MEDIDAS APLICÁVEIS AOS PAIS OU RESPONSÁVEL

• encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e


promoção da família

• inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a


alcoólatras e toxicômanos
• encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico
• encaminhamento a cursos ou programas de orientação

• obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento


escolar
• obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado
• advertência
• perda da guarda
• destituição da tutela
• suspensão ou destituição do poder familiar

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LEI 11.340/2006 LEI MARIA DA PENHA
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DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de
48 (quarenta e oito) horas:

I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de


urgência;

II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária,


quando for o caso, inclusive para o ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de
anulação de casamento ou de dissolução de união estável perante o juízo competente;

III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.

IV - determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor.

Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas PELO JUIZ, A
REQUERIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO OU A PEDIDO DA OFENDIDA.

§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato,


independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público,
devendo este ser prontamente comunicado.

§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e


poderão ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados.

§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida,


conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender
necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o
Ministério Público.

§ 4º As medidas protetivas de urgência serão concedidas em juízo de cognição sumária


a partir do depoimento da ofendida perante a autoridade policial ou da apresentação de suas
alegações escritas e poderão ser indeferidas no caso de avaliação pela autoridade de
inexistência de risco à integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da ofendida
ou de seus dependentes.

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ATENÇÃO: As medidas protetivas de urgência serão concedidas independentemente da
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tipificação penal da violência, do ajuizamento de ação penal ou cível, da existência de
inquérito policial ou do registro de boletim de ocorrência.

§ 6º As medidas protetivas de urgência vigorarão enquanto persistir risco à integridade


física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da ofendida ou de seus dependentes.

Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a


prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
Público ou mediante representação da autoridade policial.

Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo,
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem
razões que a justifiquem.

Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor,
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do
advogado constituído ou do defensor público.

Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao


agressor. → POR MOTIVOS ÓBVIOS 

Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor

Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:

I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão


competente, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 ;

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:

a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o


limite mínimo de distância entre estes e o agressor;

b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de


comunicação;

c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física


e psicológica da ofendida;

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IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de
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atendimento multidisciplinar ou serviço similar;

V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.

VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação; e

VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de atendimento individual


e/ou em grupo de apoio.

§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na


legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem,
devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público.

§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições


mencionadas no caput e incisos do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o
juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de
urgência concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato
do agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer
nos crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso.

§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz


requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial.

§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e


nos §§ 5º e 6º do art. 461 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).

Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida

Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:

I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de


proteção ou de atendimento;

II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo


domicílio, após afastamento do agressor;

III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a
bens, guarda dos filhos e alimentos;

IV - determinar a separação de corpos.

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V - determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em instituição de educação
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básica mais próxima do seu domicílio, ou a transferência deles para essa instituição,
independentemente da existência de vaga.

Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de
propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes
medidas, entre outras:

I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;

II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e


locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial;

III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;

IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos


materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida.

Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos
incisos II e III deste artigo.

Do Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência


Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência

Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência
previstas nesta Lei:

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.

§ 1º A configuração do crime INDEPENDE DA COMPETÊNCIA CIVIL OU CRIMINAL DO


JUIZ QUE DEFERIU AS MEDIDAS.

§ 2º NA HIPÓTESE DE PRISÃO EM FLAGRANTE, APENAS A AUTORIDADE JUDICIAL


PODERÁ CONCEDER FIANÇA.

§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.

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ESTATUTO DO DESARMAMENTO
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Arma de Fogo: arma que arremessa projéteis empregando a força expansiva dos gases,
gerados pela combustão de um propelente confinado em uma câmara, normalmente
solidária a um cano, que tem a função de dar continuidade à combustão do propelente, além
de direção e estabilidade ao projétil.

AS ARMAS DE FOGO DE USO PERMITIDO, conforme o Decreto n. 9.847/2019, são as armas


de fogo semiautomáticas ou de repetição que sejam:

a) de porte que, com a utilização de munição comum, não atinjam, na saída do cano, energia
cinética superior a mil e duzentas libras-pé e mil seiscentos e vinte joules;

b) portátil de alma lisa; ou

c) portátil de alma raiada que, com a utilização de munição comum, não atinjam, na saída do
cano, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé e mil seiscentos e vinte joules.

JÁ AS ARMAS DE USO RESTRITO são as armas de fogo automáticas e as semiautomáticas ou


de repetição que sejam:

a) não portáteis;

b) de porte que, com a utilização de munição comum, atinjam, na saída do cano, energia
cinética superior a mil e duzentas libras-pé e mil seiscentos e vinte joules; ou

c) portátil de alma raiada que, com a utilização de munição comum, atinjam, na saída do
cano, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé e mil seiscentos e vinte joules; Para
os efeitos do estatuto, são equiparados às armas de uso restrito aquelas que estão com os
sinais identificadores suprimidos.

SINARM
Art. 1º O Sistema Nacional de Armas – SINARM, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito
da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.

Características do SIRNAM:
 Órgão responsável pelo cadastro e controle de todas as pessoas que portam armas no
território nacional, EXCLUÍDAS AQUELAS ARMAS PERTENCENTES EM QUE CABE AO
EXÉRCITO BRASILEIRO O CONTROLE.
 Compete  identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante
cadastro

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 Cadastras armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no país.
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 Cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela PF.
 Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências
suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de
empresas de segurança privada e de transporte de valores
 Identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de
fogo
 Integrar o cadastro os acervos policias já existentes
 Cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos
policias e judicias
 Cadastrar os armeiros em atividade no país, bem como conceder licença para exercer a
atividade
 Cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportades e
importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições

ATENÇÃO! ARMAS DAS POLICIAS CIVIS, integram o SINARM.

ARMAS DAS POLICIAS MILITARES - SIGMA (sistema de gerenciamento militar de


armas)

REGISTRO:

 É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.


 As armas de fogo de uso restrito serão registradas no comando do exército.
 Requisitos para aquisição de arma de fogo de uso permitido, de início deve haver a
EFETIVA NESCESSIDADE, e comprovar os seguintes requisitos.
 Comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de
antecedentes criminais fornecidas pela justiça federal estadual, militar e eleitoral e de
não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser
fornecidas por meios eletrônicos.
 Apresentação de documento comprobatório de ocupação licita e residência certa.
 Comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para manuseio de arma de
fogo.

Prazo para renovação dos requisitos de manutenção do certificado de registro de arma de


fogo (CRAF):

 10 anos tanto para armas de uso permitidos quanto para armas de uso restrito.
 Antes eram 3 para uso restrito e 5 para uso permitido.

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E após atendido os requisitos o que acontecerá?
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 SINARM expede a autorização de compra de arma de fogo, em nome do requerente e
para a arma indicada, SENDO INTRANSFERÍVEL ESSA AUTORIZAÇÃO.
 Aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma
registrada e na quantidade estabelecida em lei.
 Será concedida ou recusada a autorização no prazo de 30 dias úteis a contar da data de
requerimento

CAI EM CONCURSO!

§ 3º A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar


a venda à autoridade competente, como também a manter banco de dados com todas as
características da arma e cópia dos documentos previstos neste artigo.

§ 4º A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente


por essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem
vendidas.

§ 5º A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente


será efetivada mediante AUTORIZAÇÃO DO SINARM.

Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional,
autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua
residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde
que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.

CRAF - Somente autoriza a ter POSSE DE ARMA.

Quem emite o certificado de registro:


 POLICIA FEDERAL, e terá que ser precedido de autorização do SINARM.

PORTE DE ARMA

É PROIBIDO o porte de arma de fogo em todo território nacional, salvo para os casos previsto
em legislação própria e para integrantes: DAS FORÇAS ARMADAS, e integrantes dos Órgãos
do art 144 da constituição (AUTORIDADES DE SEGURANÇA):
V – Os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do
Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República; (Vide Decreto
n. 9.685, de 2019)

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VI – Os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da
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Constituição Federal;

VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das
escoltas de presos e as guardas portuárias;

VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos


desta
Lei;

IX – para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades


esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei,
observando-se,
no que couber, a legislação ambiental.

X – Integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal


do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada pela Lei n. 11.501,
de 2007)

XI – os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os


Ministérios Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros
pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma de
regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional
do Ministério Público - CNMP.

E AS GUARDAS MUNICIPAIS?
Alexandre de Moraes em 2018 autorizou a suspensão do trecho que proíbe o porte de armas
para integrantes das guarda municipais de municípios com menos de 50 mil habitantes e
permite o porte funcional aos integrantes das guardas que tem entre 50 mil e 500 mil
habitantes, com base nos princípios da isonomia e da razoabilidade.

§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de AGENTES E GUARDAS PRISIONAIS poderão


portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou
instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam:

I – Submetidos a regime de dedicação exclusiva;

II – Sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e

III – subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno.


GCM  não possuem o porte em todo território nacional

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§ 3º A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais estão condicionadas
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à formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade
policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições
estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça.

Integrantes de áreas rurais: (traz a responsabilização do caçador para subsistência que der
outro uso em sua arma);

Requisitos para os integrantes de áreas rurais (que necessitem de arma):

§ 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para
subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos,
de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove
a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes
documentos:

I – documento de identificação pessoal;

II – comprovante de residência em área rural; e

III – atestado de bons antecedentes.

§ 6º O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente
de outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo
de arma de fogo de uso permitido.

§ 7º Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões
metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço.

AS Pessoas que utilizam armas de fogo, quando em serviço, pelas empresas de segurança,
essas armas não são de propriedade das pessoas SERÃO DE PROPRIEDADE E
RESPONSABILIDADE DA EMPRESA.

Incorre no CRIME DE OMISSÃO DE CAUTELA.


Proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e de transporte de
valores que deixar de comunicar a policial federal, perda, furto roubo ou outras formas de
extravio de armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras
24 HORAS DEPOIS DE OCORRIDO O FATO!

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§ 2º O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério Público designará os servidores de seus
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quadros pessoais no exercício de funções de segurança que poderão portar arma de fogo,
RESPEITADO O LIMITE MÁXIMO DE 50% (CINQUENTA POR CENTO) do número de servidores
que exerçam funções de segurança.

A lista de servidores deverá ser atualizada SEMESTRALMENTE no SINARM.

ATENÇÃO!
Compete ao MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (não é o ministro) a autorização o porte de arma para
os responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visitas ou sediados no brasil, e
ao comando do exército o registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para
colecionadores, atiradores e caçadores, e de representantes estrangeiros em competição
internacional oficial de tiro realizada no território nacional

QUEM AUTORIZA O PORTE DE ARMA DE USO PERMITIDO NO TERRITORIO NACIONAL?


 Polícia federal, contudo, só será concedida após a autorização do SINARM.
 Pode ser concedida com eficácia temporária e territorial limitada
Depende dos seguintes requisitos:

 Demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou


ameaça à sua integridade física.

Atender às exigências previstas no art. 4:

Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar
a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:

I – Comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes


criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar
respondendo a
inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos;

II – Apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;

III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma


de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.)

Apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro
no órgão competente

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§ 2º A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente
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sua eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob
efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.

Se a pessoa for detida ou abordada em estado de embriaguez ou sob efeito de substancias


químicas ou alucinógenas perderá AUTOMATICAMENTE SUA EFICÁCIA.

Art. 11. Fica instituída a COBRANÇA DE TAXAS, nos valores constantes do Anexo desta Lei,
pela prestação de serviços relativos:

I – ao registro de arma de fogo;


II – à renovação de registro de arma de fogo;
III – à expedição de segunda via de registro de arma de fogo;
IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;
V – à renovação de porte de arma de fogo;
VI – à expedição de segunda via de porte federal de arma de fogo.
§ 1º Os valores arrecadados destinam-se ao CUSTEIO E À MANUTENÇÃO DAS ATIVIDADES
DO SINARM, DA POLÍCIA FEDERAL E DO COMANDO DO EXÉRCITO, no âmbito de suas
respectivas responsabilidades

CRIMES:
Bem jurídico tutelado: INCOLUMIDADE PÚBLICA.

Os crimes são de PERIGO ABSTRATO, isto é, quando a lei presume e considera como
resultante de certas condições, com base em regras ditadas pela experiência.

(CESPE) Conforme a jurisprudência pacificada do STF, o crime de porte ilegal de arma de


fogo é de perigo abstrato, de modo que não se exige demonstração de ofensividade real
para sua consumação.

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido


Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua
residência ou dependência
desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do
estabelecimento ou empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

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Lembrar que o CRAF (certificado de registro de arma de fogo) SOMENTE AUTORIZA A POSSE
e não o porte.

Legislador entende que: a posse é caso o indivíduo esteja no interior de sua residência ou
local de tralho com a arma.
Caso ele esteja na casa da mãe passando o dia de folga e leve a arma, ele responderá por
PORTE.

SE LIGA!
NÃO configura crime de posse irregular de arma de fogo a conduta do agente que mantem
sob guarda, no interior de sua residência, arma de fogo de uso permitido com o registro
vencido, STJ.
Porém, autorização vencida de porte, SIM, configura crime.
Outro entendimento forte de cair em prova!
Agente esteja com diversas armas de fogo, se for do mesmo tipo, exemplo: todas de uso
permitido, ou várias de uso restrito, o agente responde somente por um crime, e claro a
quantidade influenciará na aplicação da pena.
E se forem misturadas? permitido e restrito, concurso formal

Omissão de cautela

Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de


empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial
e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de
fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro)
horas depois de ocorrido o fato.

Crime de menor potencial ofensivo


Quem possui arma de fogo e deixa de forma negligente em qualquer lugar de sua residência.
Crime próprio: pois, só pode ser praticado pelo dono da arma.

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Crime material: Apenas quando o agente se apropria da arma é que se consuma.
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Porte ilegal de arma de fogo


Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de
fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo
estiver registrada em nome do agente.

Situação: extras muros, fora da residência;


No caso da posse temos intra muros: ou residência ou trabalho.

ATENÇÃO!
Informativo n. 544. “demonstrada por laudo pericial a inaptidão da arma de fogo para o
disparo, é atípica a conduta de portar ou de possuir arma de fogo, diante da ausência de
afetação do bem jurídico incolumidade pública, tratando-se de crime impossível pela
ineficácia absoluta do meio”.

E se a arma funciona as vezes? OCORRERÁ O CRIME, STF entende que o funcionamento


imperfeito da arma de fogo não afasta a tipicidade material do crime de porte ilegal de arma
de fogo.

Portar arma de fogo sem munição é crime?


A jurisprudência diz que sim, pois é um crime de perigo abstrato.

Homicídio e o porte ilegal de armas?


Princípio da consunção: o agente responderá apenas pelo homicídio, se for no mesmo
contexto fático
Contudo, se for em contexto distintos, com dolos autônomos, teremos o concurso de crimes.

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Agente age em legitima defesa, portando arma de fogo de forma ilegal: 49
STF -- seria conduta típica, contudo, não seria ilícita, então o agente não responderia pelo
porte ilegal de arma.

Guia de tráfego para colecionadores, atiradores e caçadores.


Expedida pelo comando do exército:
o Exército Brasileiro, através da portaria n. 28 do COLOG, autorizou o atirador desportivo a
transportar uma arma municiada do local de guarda de seu acervo até os locais de
treinamentos e competição.

Três requisitos para atiradores esportivos:

➞ Ser uma arma de porte;

➞ Registrada no acervo de tiro desportivo;

➞ Desde que no deslocamento dos locais de guarda até os locais de competição e/ou
treinamento.

Disparar armar de fogo

Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências,
em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a
prática de outro crime:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável.

Parágrafo único. Não é legítimo o uso de arma de fogo:

I – Contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que não represente risco imediato de
morte ou de lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros; e

II – Contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto quando o ato
represente risco de morte ou lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros.

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de USO RESTRITO


Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou

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ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo
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com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:

I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo


ou artefato;

II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de


fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro
autoridade policial, perito ou juiz;

III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;

IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca
ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição
ou explosivo a criança ou adolescente; e

VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma,


munição ou explosivo.

§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso


PROIBIDO, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.

ATENÇÃO!
Supressão ou alteração da marca: é aquela raspagem que as pessoas fazem nas armas,
portanto se for uma arma de uso permitido, e o agente raspar responderá pelo ARTIGO 16.

Comercio ilegal e tráfico de arma

Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em
proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa.

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§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma
de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o
exercido em residência.

§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição,
sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente
policial disfarçado,
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente

Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:

Pena – reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente
policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente

Tráfico internacional de arma de fogo: crime de competência da JUSTIÇA FEDERAL.


CASO SEJA ARMA DE USO RESTRITO A PENA SERÁ AUMENTADA DA METADE.

Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se:

I – forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta
Lei; ou

II – o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza

O STF no julgamento do RHC 143.449/MS aplicou o princípio da insignificância para a posse


munição. O relator, Ministro Ricardo Lewandowski, afirmou que a posse de uma única
munição desacompanhada da arma de fogo é incapaz de provocar qualquer lesão ao bem
jurídico tutelado (incolumidade pública).

Na mesma linha de entendimento, o STJ aplicou o princípio da insignificância na apreensão


de munição sem arma de fogo.

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LEMBRAR! 52
Posse com autorização vencida = mera irregularidade;
Porte com autorização vencida = crime.

Segundo o Estatuto do Desarmamento as armas de fogo apreendidas que não mais


interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz ao Comando do Exército,
para, no prazo de ATÉ 48H:

Destruição

Doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas.

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QUESTÕES PARA PRATICAR:
53

ABUSO DE AUTORIDADE

Ano: 2021 Banca: CETAP Órgão: SEAP - PA Prova: CETAP - 2021 - SEAP - PA - Policial Penal -
Agente Penitenciário (Masculino)
Considere que determinado agente penitenciário, com a finalidade específica de beneficiar
terceiro, constrangeu preso sob sua custódia, mediante violência, a produzir prova contra si
mesmo. Nesse caso, é correto afirmar, conforme a Lei n.º 13.869, de 05 de setembro de 2019
(Lei de Abuso de Autoridade) e suas alterações, que:

A o agente não cometeu crime de abuso de autoridade, eis que não é considerado como
autoridade na forma da Lei n.º 13.869, de 05 de setembro de 2019.
B o agente cometeu crime de abuso de autoridade, cuja pena cominada é de detenção, de 1
(um) a 4 (quatro) anos, sem prejuízo da pena cominada à violência.
C o agente não cometeu crime de abuso de autoridade, já que a conduta descrita não está
tipificada na Lei n.º 13.869, de 05 de setembro de 2019.
D o agente cometeu crime de abuso de autoridade, dado o emprego de violência. Se, no
entanto, tivesse constrangido o preso mediante grave ameaça, a conduta seria atípica, ainda
que praticada com as mesmas finalidades.

GAB: B
Exatamente isto, o crime de constranger preso tem detenção de 1 a 4 anos

O agente cometeu crime de abuso de autoridade, cuja pena cominada é de detenção, de 1


(um) a 4 (quatro) anos, sem prejuízo da pena cominada à violência.

Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução
de sua capacidade de resistência, a:

I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública;

II - submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei;

III - (VETADO).

III - produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à
violência.

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Ano: 2021 Banca: CETAP Órgão: SEAP - PA Prova: CETAP - 2021 - SEAP - PA - Policial Penal -
54
Agente Penitenciário (Masculino)
De acordo com a Lei.º 13.869, de 05 de setembro de 2019 e suas alterações, é sujeito ativo
do crime de abuso de autoridade:

A somente militares ou pessoas a eles equiparadas.


B somente membros das carreiras de segurança pública.
C somente membros do Poder Executivo.
D qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de
Território.

Gab: D

Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou
não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se
limitando a:

I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas;

II - membros do Poder Legislativo;

III - membros do Poder Executivo;

IV - membros do Poder Judiciário;

V - membros do Ministério Público;

VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas.

Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo.

Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TJ-RO Prova: FGV - 2021 - TJ-RO - Técnico Judiciário
Constitui delito de abuso de autoridade cumprir mandado de busca e apreensão domiciliar:

A fora do período de luminosidade solar;


B após as 18h ou antes das 6h;
C após as 20h ou antes das 8h;
D após as 21h ou antes das 5h;

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E fora do horário de expediente forense.
55

GABARITO: D.

Lei nº 13.869/2019 - Lei de abuso de autoridade.

Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do


ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições,
sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem:

I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou


suas dependências;

II - (VETADO);

III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou
antes das 5h (cinco horas).

Ano: 2021 Banca: PM-MT Órgão: PM-MT Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia
Militar
Resolvi certo!
De acordo com a Lei nº 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade,
haverá crime quando o agente policial

A cumprir mandado de busca e apreensão domiciliar depois das 5 h (cinco horas) e antes das
21 h (vinte e uma horas).
B ingressar, à revelia da vontade do ocupante, em imóvel alheio ou suas dependências.
C permanecer em imóvel alheio ou suas dependências, sem determinação judicial, para
prestar socorro.
D ingressar em imóvel alheio ou suas dependências, quando houver fundados indícios de
situação de flagrante delito.
E adentrar imóvel alheio ou suas dependências, quando houver fundados indícios da
necessidade do ingresso em razão de desastre.

GAB B

Fundamentação:

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Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do
56
ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições,
sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem:

I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou


suas dependências;

III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar ""após as 21h"" (vinte e uma horas)
ou ""antes das 5h"" (cinco horas).

§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados
indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão de situação de flagrante delito ou
de desastre.

Ano: 2021 Banca: PM-MT Órgão: PM-MT Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia
Militar
Segundo os dispositivos da Lei nº 13.869/2019, que define os crimes de abuso de autoridade,
acerca dos efeitos da condenação e das penas restritivas de direitos, assinale a afirmativa
correta.

A As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.


B Deve o Juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor máximo para reparação
dos danos causados pelo crime, considerando o caráter punitivo da obrigação de indenizar.
C A perda do cargo, do mandato ou da função pública decorre automaticamente da
condenação por crime de abuso de autoridade.
D Em caso de reincidência em crime de abuso de autoridade, é prevista pena de inabilitação
para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 2 (dois) a 8 (oito) anos.
E O sujeito ativo do crime de abuso de autoridade poderá ser condenado à pena restritiva de
direitos cumulada com a privativa de liberdade.

GABARITO: A

a) CERTO: Art. 5º, Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas
autônoma ou cumulativamente.

b) ERRADO: São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano


causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor
mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele
sofridos;

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c) ERRADO: Art. 4º São efeitos da condenação: III - a perda do cargo, do mandato ou da
57
função pública. Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo
são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença.

d) ERRADO: Art. 4º São efeitos da condenação: II - a inabilitação para o exercício de cargo,


mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos;

e) ERRADO: Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de


liberdade previstas nesta Lei são:

Ano: 2021 Banca: PM-MT Órgão: PM-MT Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar
Tendo em vista as disposições gerais da Lei nº 13.869/2019, que define os crimes de abuso de
autoridade, é INCORRETO afirmar:

A Constitui crime de abuso de autoridade a conduta praticada pelo agente público com a
finalidade específica de beneficiar a si mesmo ou a terceiro.
B O agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-
las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído, comete crime de abuso de autoridade.
C Constitui crime de abuso de autoridade a conduta praticada pelo agente público com a
finalidade específica de prejudicar outrem.
D A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas pode configurar abuso
de autoridade.
E Constitui crime de abuso de autoridade a conduta praticada pelo agente público por mero
capricho ou satisfação pessoal.

GABARITO: D

a) CERTO: Art. 1º, § 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de
autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem
ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.

b) CERTO: Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente
público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse
do poder que lhe tenha sido atribuído.

c) CERTO: Art. 1º, § 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de
autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem
ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.

d) ERRADO: Art. 1º, § 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e


provas não configura abuso de autoridade.

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e) CERTO: Art. 1º, § 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de
58
autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem
ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.

Ano: 2021 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guarujá - SP Prova: VUNESP - 2021 -
Prefeitura de Guarujá - SP - Procurador Jurídico
Os crimes da Lei de Abuso de Autoridade são de ação penal

A privada.
B pública condicionada à representação do ofendido.
C pública, condicionada à conclusão do processo administrativo disciplinar.
D pública incondicionada, não se admitindo ação privada subsidiária.
E pública incondicionada, admitindo-se, contudo, ação privada subsidiária.

GAB:E

Pontos relevantes sobre a nova Lei de Abuso de Autoridade (13.869/19)

Vejamos,

1. Detenção de 6 meses a 2 anos + multa


2. Detenção de 1 a 4 anos + multa
3. Não existe pena de reclusão e a pena máxima é de 4 anos
4. SEMPRE SERÁ DETENÇÃO + MULTA.
5. Não há crime CULPOSO
6. Sem dolo específico não será abuso de autoridade, portanto atípico
7. Agente público aposentado ou exonerado (sozinho) não comete abuso de autoridade
8. Ação Penal Pública INCONDICIONADA
9. Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal.
10. A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data
em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.

ELEMENTO ESPECÍFICO:

Só comete abuso de autoridade quem gosta de MPB.

• Mero capricho ou satisfação pessoal;

• Prejudicar outrem;

• Beneficiar a si mesmo.

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Ano: 2021 Banca: NC-UFPR Órgão: PC-PR Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de
59
Polícia
Sobre a Lei nº 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, assinale a
alternativa correta.

A O interrogatório pode ser realizado em período de repouso noturno, sem que a realização
do ato constitua abuso de autoridade nas hipóteses de cumprimento de prisão preventiva,
temporária e captura em flagrante, ainda que sem a concordância do preso.
B É típica a conduta da autoridade que deixa de comunicar imediatamente a prisão de
qualquer pessoa e o local onde se encontra esse preso à sua família ou à pessoa por ele
indicada.
C Os crimes de abuso de autoridade só se processam mediante representação da vítima.
D É atípica a conduta da autoridade que prossegue com o interrogatório de pessoa que tenha
decidido exercer o direito ao silêncio.
E A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não serve como
fundamento para afastar a configuração de abuso de autoridade.

GABARITO: B

Assertiva A. Incorreta. Art. 18, L. 13.869/19. Submeter o preso a interrogatório policial


durante o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele,
devidamente assistido, consentir em prestar declarações: Pena - detenção, de 6 (seis) meses
a 2 (dois) anos, e multa.

Assertiva B. Correta. Art. 12, L. 13.869/19. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em


flagrante à autoridade judiciária no prazo legal: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: I - deixa de comunicar, imediatamente, a


execução de prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a decretou; II - deixa
de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua
família ou à pessoa por ela indicada;

Assertiva C. Incorreta. Art. 3º, L. 13.869/19. Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal
pública incondicionada.

Assertiva D. Incorreta. Art. 15, L. 13.869/19. Constranger a depor, sob ameaça de prisão,
pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou
resguardar sigilo:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue com o interrogatório: I - de pessoa
que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ou II - de pessoa que tenha optado por ser
assistida por advogado ou defensor público, sem a presença de seu patrono.

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Assertiva E. Incorreta. Art. 1º, § 2º, L. 13.869/19. A divergência na interpretação de lei ou na
60
avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade.

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CRIMES HEDIONDOS
61
Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-SC Prova: FCC - 2021 - DPE-SC - Defensor Público

Considera-se hediondo o crime de

A fraude eletrônica praticada contra pessoa idosa.


B roubo circunstanciado pelo emprego de arma.
C extorsão na forma simples ou qualificada.
D furto qualificado pelo emprego de explosivo.
E aborto provocado por gestante ou terceiro.

A questão pede a assertiva CORRETA, vejamos:

A) Fraude eletrônica contra pessoa idosa.

O crime em apreço não está no rol dos crimes hediondos, mas veja: houve um aumento na
pena relacionado ao tipo penal.

Art. 171, §2ºA:

A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é cometida com a


utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de
redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer
outro meio fraudulento análogo.

B) Roubo circunstanciado pelo emprego de arma.

A assertiva induz a erro (me induziu kkkk). Na verdade não é apenas "arma", dado que pode
ser arma branca, e na verdade somente o roubo circunstanciado pelo emprego de arma DE
FOGO (uso proibido ou restrito) que é hediondo (art. 1º, II, b, da lei 8.072/90).

C) Extorsão na forma simples ou qualificada.

A extorsão na forma simples não é hediondo. É hediondo apenas a extorsão qualificada pela
restrição da liberdade da vítima OU lesão corporal OU morte.

É hediondo também a extorsão mediante sequestro E extorsão qualificada (Art. 1º, III e IV, da
lei 8.072/90).

D) Furto qualificado pelo emprego de explosivo.

É a assertiva correta.

Veja o inciso IX do artigo 1º da lei:

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furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
62
E) Aborto provocado por gestante ou terceiro.

Não é crime hediondo, embora o Senado pretenda um dia torná-lo.

Face às explanações, vê-se que a assertiva correta é a letra D.

Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: TJ-GO Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
Segundo tese fixada pelo Superior Tribunal de Justiça, os apenados que, embora tenham
cometido crime hediondo ou equiparado sem resultado morte, e que não sejam reincidentes
em delito de natureza semelhante, poderão progredir de regime prisional quando tiverem
cumprido ao menos

A sessenta por cento da pena.


B oitenta por cento da pena.
C cinquenta por cento da pena.
D quarenta por cento da pena.
E setenta por cento da pena.

GAB D

É importante que você tenha em mente os prazos para progressão: (Colocarei de maneira
resumida) (fundamentação Art. 112 da LEP)

16% Primário - crime sem violência e grave ameaça;

20% Reincidente - crime sem violência e grave ameaça;

25% Primário - crime com violência e grave ameaça;

30% Reincidente - crime com violência e grave ameaça;

40% Primário - crime hediondo ou equiparado SEM resultado morte; (GABARITO)

50% (Nesse há três hipóteses)

I- Primário em crime hediondo ou equiparado COM resultado morte (VEDADO O


LIVRAMENTO CONDICIONAL)

II- Comando de org. crim. estruturada para prática de crime de hediondo ou equiparado

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III - Constituir milícia privada; 63

60% Reincidente - crime hediondo ou equiparado SEM resultado morte;

70% Reincidente - crime hediondo ou equiparado COM resultado morte. (VEDADO O


LIVRAMENTO CONDICIONAL

Ano: 2021 Banca: NC-UFPR Órgão: PC-PR Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de
Polícia / Papiloscopista
Conforme o disposto na Lei nº 8.072/1990, assinale a alternativa que reúne apenas crimes
considerados hediondos.

A Epidemia com resultado morte, homicídio qualificado por motivo torpe e estupro.
B Homicídio culposo, estupro de vulnerável e furto qualificado pelo emprego de explosivo.
C Roubo qualificado pelo resultado morte, peculato e feminicídio.
D Homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, extorsão mediante
sequestro e aborto.
E Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou
adolescente ou de vulnerável, infanticídio e genocídio.

GABARITO - A

B) Homicídio culposo, estupro de vulnerável e furto qualificado pelo emprego de explosivo.

C) Roubo qualificado pelo resultado morte, peculato e feminicídio.

D) Homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, extorsão mediante


sequestro e aborto.

E) Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou


adolescente ou de vulnerável, infanticídio e genocídio.

----------------------------------------------

NÃO EXISTE CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA HEDIONDO.

DOS CRIMES CONTRA A VIDA HEDIONDOS:

Somente o homicídio em algumas formas:

I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda
que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V,
VI, VII e VIII);

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obs: Privilegiado - Não Hediondo
64
Privilegiado- qualificado - Não Hediondo

Ano: 2021 Banca: IDECAN Órgão: PC-CE Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia
Civil
De acordo com a legislação, consideram-se hediondos os delitos listados nas alternativas a
seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.

A roubo praticado mediante emprego de explosivo


B furto praticado mediante emprego de explosivo
C roubo circunstanciado pela restrição da liberdade da vítima
D estupro
E favorecimento da prostituição de adolescente

GABARITO: A.

O furto qualificado mediante emprego de explosivos é considerado hediondo. Por outro lado,
se o explosivo é utilizado no crime de roubo, essa circunstância aumenta a pena em 2/3 desse
delito, mas não será considerado hediondo por ausência de previsão legal. Lembrando que
o ordenamento jurídico adotou o sistema legal para definição de crimes hediondos e a
modalidade de roubo não está tipificada na Lei 8.072/1990.

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LEI DE TORTURA
65

Ano: 2021 Banca: CETAP Órgão: SEAP - PA Prova: CETAP - 2021 - SEAP - PA - Policial Penal -
Agente Penitenciário (Masculino)
Ainda sobre o crime de tortura, é correto afirmar:

A Trata-se sempre de crime próprio, que somente pode ser cometido por policiais civis ou
militares.
B A tortura-prova ocorre quando a intenção do sujeito, ao torturar a vítima, é a de obter
informação, declaração ou confissão da própria vítima ou de terceira pessoa.
C A chamada tortura-castigo sujeita o autor do crime à pena de detenção, de 2 (dois) a 8 (oito)
anos.
D As disposições da Lei n.º 9.455, de 7 de abril de 1997, se aplicam apenas quando o crime
for cometido em território nacional, ainda que a vítima seja brasileira ou encontrando-se o
agente em local sob jurisdição brasileira.

Gab: B

Exatamente a descrição do tipo penal

A tortura-prova ocorre quando a intenção do sujeito, ao torturar a vítima, é a de obter


informação, declaração ou confissão da própria vítima ou de terceira pessoa.

Ano: 2021 Banca: CETAP Órgão: SEAP - PA Prova: CETAP - 2021 - SEAP - PA - Policial Penal -
Agente Penitenciário (Masculino)
De acordo com a Lei n.º 9.455, de 7 de abril de 1997, e suas alterações, o crime de tortura:

A atrai pena de detenção, de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, e multa.


B tem a pena aumentada de um sexto até a metade se o crime for praticado contra criança.
C a condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para
seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
D apesar de inafiançável, o crime de tortura é suscetível de graça ou anistia.

Gab: C

Cai demais!

Lei 9455/97, Art. 1, § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego


público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

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Ano: 2021 Banca: CETAP Órgão: SEAP - PA Prova: CETAP - 2021 - SEAP - PA - Policial Penal -
66
Agente Penitenciário (Masculino)
Na chamada tortura para a prática de crime, a consumação ocorre:

A quando é obtida em razão de discriminação racial ou religiosa.


B apenas quando ocorre lesão corporal de natureza grave ou gravíssima na vítima.
C apenas quando a violência ou a grave ameaça causar sofrimento físico na vitima.
D quando a violência ou a grave ameaça causar sofrimento físico ou mental na vítima.

Gab: D

Quando a violência ou a grave ameaça causar sofrimento físico ou mental na vítima.

Ano: 2021 Banca: CETAP Órgão: SEAP - PA Prova: CETAP - 2021 - SEAP - PA - Policial Penal -
Agente Penitenciário (Feminino)
Ainda sobre a Lei n.º 9.455, de 07 de abril de 1997, e suas alterações, aquele que se omite em
face das condutas que constituem crime de tortura, quando tinha o dever de evitá-las ou
apurá-las:

A incorre na pena de detenção de um a quatro anos.


B a pena é de reclusão de quatro a dez anos.
C a pena é reduzida em até um terço.
D não será penalizado, vez que não há penalidade prevista na lei para essa conduta.

Gab: A

Detenção 1 a 4 | Omissão

Reclusão de 2 a 8 | Tortura (Caput)

Reclusão 4 a 10 | lesão corporal de natureza grave ou gravíssima

Reclusão 8 a 16 | morte

Ano: 2021 Banca: CETAP Órgão: SEAP - PA Prova: CETAP - 2021 - SEAP - PA - Policial Penal -
Agente Penitenciário (Feminino)
Em conformidade com a Lei n.º 9.455, de 07 de abril de 1997, e suas alterações, o crime de
tortura, se cometido por agente público:

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Alternativas
67
A deixa de ser inafiançável.
B é suscetível de graça ou anistia.
C iniciará o cumprimento da pena em regime semi-aberto.
D tem a pena aumentada de um sexto até um terço.

Gab: D

§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:

I - se o crime é cometido por agente público;

Ano: 2021 Banca: PM-MT Órgão: PM-MT Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia
Militar
A Lei nº 9.455/1997 define como crime de tortura constranger alguém com emprego de
violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental, com o fim de obter
informação da vítima ou de terceira pessoa. Segundo as disposições legais acerca do tema,
aquele que se omite, em face da prática de tal conduta, quando tinha o dever de evitá-la ou
apurá-la,

A se for agente público, somente responderá na esfera cível por ato de improbidade
administrativa.
B responde pelo crime de omissão de socorro, nos termos da legislação penal.
C incorre na mesma pena de quem praticou o ato.
D se condenado, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
E incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

Gab: E

Viu uma tortura? denuncie no disk tortura 14.28.410.816

Detenção 1 a 4 | Omissão

Reclusão de 2 a 8 | Tortura (Caput)

Reclusão 4 a 10 | lesão corporal de natureza grave ou gravíssima

Reclusão 8 a 16 | morte

Aumenta-se a pena de um sexto até um terço

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I - se o crime é cometido por agente público;
68
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou
maior de 60 anos;

III - se o crime é cometido mediante sequestro

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
69

Ano: 2021 Banca: OBJETIVA Órgão: Prefeitura de Horizontina - RS Prova: OBJETIVA - 2021 -
Prefeitura de Horizontina - RS - Professor - Anos Iniciais
De acordo com a Lei nº 8.069/1990 - ECA, sobre o direito à educação, analisar os itens abaixo:

I. O Poder Público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a calendário,


à seriação, a currículo, à metodologia, à didática e à avaliação, com vistas à inserção de
crianças e adolescentes excluídos do Ensino Fundamental obrigatório.

II. No processo educacional, respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos


próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da
criação e o acesso às fontes de cultura.

III. Os Estados, com apoio dos Municípios, estimularão e dificultarão a destinação de recursos
e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a
juventude.

Está(ão) CORRETO(S):

A Somente o item I.
B Somente o item III.
C Somente os itens I e II.
D Somente os itens II e III.
E Todos os itens.

Gab : C

III) Os Estados, com apoio dos Municípios, estimularão e dificultarão a destinação de recursos
e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a
juventude. Correto: FACILITARÃO.

Só com essa palavra (dificultarão) dá para resolver a questão.

Ano: 2021 Banca: CPCON Órgão: Prefeitura de Cacimba de Dentro - PB Prova: CPCON - 2021
- Prefeitura de Cacimba de Dentro - PB - Professor A - Fundamental I
A lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA). O ECA representa um avanço na proteção do grupo social a que se destina. Assinale a
assertiva que apresenta CORRETAS prescrições desta lei.

A A promoção de campanhas educativas permanentes para a divulgação do direito da criança


e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento

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cruel ou degradante e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos é atribuição dos
70
estados e municípios, conforme o logradouro destes.
B Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou
crença, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou
a comunidade em que vivem, apenas.
C Os municípios, com apoio dos estados e da União, devem estimular e facilitar a destinação
de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a
infância e a juventude.
D As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e
adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem devidamente identificada,
adesivada com indicação de seu conteúdo do público ao qual se destina.
E São assegurados serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial
apenas às vítimas de negligência, maus tratos e exploração sexual.

Gabarito: C

A- A promoção de campanhas educativas permanentes para a divulgação do direito da


criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos é
atribuição dos estados e municípios, conforme o logradouro destes.

Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão atuar de forma
articulada na elaboração de políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir o
uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas não violentas
de educação de crianças e de adolescentes, tendo como principais ações: I - a promoção de
campanhas educativas permanentes para a divulgação do direito da criança e do adolescente
de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou
degradante e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos;

B- Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem


discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou
crença, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou
a comunidade em que vivem, apenas.

Art. 3º, Parágrafo único ECA. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças
e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia
ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e
aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra
condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.

D- As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e


adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem devidamente identificada,
adesivada com indicação de seu conteúdo do público ao qual se destina.

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Art. 78 ECA. As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças
71
e adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de
seu conteúdo.

Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens
pornográficas ou obscenas sejam protegidas com embalagem opaca.

E- São assegurados serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial


apenas às vítimas de negligência, maustratos e exploração sexual.

Art. 87, III ECA - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às
vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;

Ano: 2021 Banca: OBJETIVA Órgão: Prefeitura de Pato Bragado - PR Prova: OBJETIVA - 2021 -
Prefeitura de Pato Bragado - PR - Assistente Social

Em conformidade com a Lei nº 8.069/1990 - ECA, sobre o direito à vida e à saúde, assinalar a
alternativa CORRETA:

A Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante


e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao
Conselho Tutelar da respectiva localidade, com prejuízo de outras providências legais.
B As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para a adoção
serão obrigatoriamente encaminhadas, com constrangimento, à Justiça da Infância e da
Juventude.
C O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica para
a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas
de educação sanitária para pais, educadores e alunos.
D É facultativa a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.

Letra C

A. E (sem prejuízo) art. 13

B. E ( sem constrangimento) art. 13, s1

C. C ( art 14)

D. E ( é obrigatório) art. 14 s1.

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Ano: 2021 Banca: AMEOSC Órgão: Prefeitura de Guarujá do Sul - SC Prova: AMEOSC - 2021 -
72
Prefeitura de Guarujá do Sul - SC - Professor de História
O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece os princípios que a formação técnico-
profissional deve obedecer. Estando tais princípios citados entre os itens abaixo, analise-os:

I.Garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular.


II. Atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente.
III. Horário especial para o exercício das atividades.
IV.Garantia de estágio preparatório remunerado.

Estão CORRETOS, apenas:

A Os princípios foram citados nos itens I, II e III.


B Os princípios foram citados nos itens I, II e IV.
C Os princípios foram citados nos itens II, III e IV.
D Os princípios foram citados nos itens I, III e IV.

Gabarito: Letra A

Art. 63 do ECA - A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;

II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

III - horário especial para o exercício das atividades

Ano: 2020 Banca: Instituto Consulplan Órgão: Prefeitura de Formiga - MG Prova: Instituto
Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Agente de Trânsito e Transporte

“Considerando o Estatuto da Criança e do Adolescente, nenhuma criança ou adolescente


menor de _____________ poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado
dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial respeitadas as exceções
previstas na Lei.” Assinale a alternativa que contém a idade que completa corretamente a
afirmativa anterior.

A dez anos
B doze anos
C quatorze anos
D dezesseis anos

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Gabarito: D
73
Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar
para fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem
expressa autorização judicial.

§ 1º A autorização NÃO será exigida quando:

a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente menor de 16


(dezesseis) anos, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região
metropolitana

b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver acompanhado

1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o


parentesco;

2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.

§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização


válida por dois anos.

Ano: 2020 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Bagé - RS Prova: FUNDATEC - 2020 -
Prefeitura de Bagé - RS - Professor de Educação Infantil
Dentre os produtos proibidos à venda para crianças e adolescentes, segundo o Estatuto da
Criança e do Adolescente, estão:

I. Fogos de artifício.
II. Armas e munições.
III. Bilhetes lotéricos.

Quais estão corretas?

A Apenas I.
B Apenas III.
C Apenas I e III.
D Apenas II e III.
E I, II e III.

Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:

I - armas, munições e explosivos;

II - bebidas alcoólicas;

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III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por
74
utilização indevida;

IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam
incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida;

V - revistas e publicações a que alude o art. 78;

VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.

Ano: 2020 Banca: AMEOSC Órgão: Prefeitura de Tunápolis - SC Provas: AMEOSC - 2020 -
Prefeitura de Tunápolis - SC - Professor de Ensino Fundamental Séries Iniciais
Sobre a prevenção da ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do
adolescente, assinale a alternativa correta, nos termos da Lei nº 8.069/90:

A É dever dos profissionais de educação, somente.


B É dever de todos.
C É dever somente dos profissionais de segurança pública.
D É dever somente das autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Gabarito = B.

Art. 70 ECA: É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da
criança e do adolescente.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP Prova: VUNESP -
2020 - Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP - Guarda Municipal

Nos termos da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), é


correto afirmar:

A as crianças menores de oito anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de
apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.
B é facultado às emissoras de rádio e televisão exibir, no horário recomendado para o público
infanto juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas.
C é facultado no início dos espetáculos apresentar ou anunciar a sua classificação, antes de
sua transmissão ou exibição.
D as revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e
adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu
conteúdo.

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E as revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil poderão conter ilustrações,
75
fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas e tabaco, sendo vedada as
ilustrações de armas e munições.

Letra A) ERRADO!

Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos classificados
como adequados à sua faixa etária.

Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer nos
locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.

Letra B) ERRADO!

Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para o público
infanto juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas.

Letra C) ERRADO!

Art. 76 (...)

Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou anunciado sem aviso de sua classificação,
antes de sua transmissão, apresentação ou exibição.

Letra D) CORRETA!

Art. 78. As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e


adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu
conteúdo.

Letra E) ERRADO!

Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não poderão conter
ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e
munições, e deverão respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família.

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LEI MARIA DA PENHA 76

Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: Câmara Municipal de Itatiba - SP Prova: IBFC - 2022 - Câmara
Municipal de Itatiba - SP - Advogado
Concernente ao crime de “descumprimento de decisão judicial que defere medidas protetivas
de urgência”, previsto expressamente na “Lei Maria da Penha” (Lei nº 11.340/06), assinale a
alternativa incorreta.

A
A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu as
medidas
B
Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial pode conceder fiança
C
A pena de detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, uma vez aplicada ao agressor, exclui a
aplicação de outras sanções
D
Referida infração penal é de ação penal pública incondicionada

GABARITO: C

Artigo 24º-A: Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência:
detenção de 3 meses a 2 anos.

§ 3º: O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.

Ano: 2019 Banca: IBFC Órgão: FSA-SP Prova: IBFC - 2019 - FSA-SP - Vigilante Patrimonial

Nos últimos tempos, tem aumentado a preocupação com a prevenção e combate à violência
contra a mulher. A esse respeito, assinale a alternativa correta.

A
Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura,
nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência,
preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social
B
A Lei Maria da Penha, deve ser vista como um importante instrumento para que a mulher em
situação de violência doméstica ou familiar possa ter os seus direitos respeitados. Contudo,
não se verifica a sua aplicação
C

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Antes da publicação da Lei Maria da Penha, nos casos de agressões físicas, não dependia da
77
vontade da vítima a abertura de inquérito policial
D
Não se trata de forma de violência doméstica e familiar contra a mulher, a violência
psicológica, apenas a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda a
integridade ou saúde corporal

GABARITO: A

Lei nº 11.340/2006. Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia,


orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e
facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu
aperfeiçoamento moral, intelectual e social.

Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Vinhedo - SP Prova: IBFC - 2020 - Prefeitura de
Vinhedo - SP - Guarda Municipal
A denominada “Lei Maria da Penha” (Lei nº 11.340/2006) cria mecanismos para coibir a
violência doméstica e familiar contra a mulher. No que se refere à “Lei Maria da Penha” e
suas alterações posteriores, analise as afirmativas abaixo:

I. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade


policial deverá, entre outras providências, garantir proteção policial, quando necessário,
comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

II. A autoridade policial deverá remeter, no prazo de 3 dias, expediente apartado ao


procurador do município com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas
de urgência.

III. Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por
hospitais e postos de saúde.

Assinale a alternativa correta.

A
As afirmativas I, II e III estão corretas
B
Apenas as afirmativas I e II estão corretas
C
Apenas as afirmativas II e III estão corretas
D
Apenas as afirmativas I e III estão corretas

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78
GABARITO: D

CORRETO

Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade


policial deverá, entre outras providências:

I garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério


Público e ao Poder Judiciário;

ERRADO

Art 12 II - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com
o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;

CORRETO

Art 12 § 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos


fornecidos por hospitais e postos de saúde.

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ESTATUTO DO DESARMAMENTO 79

Ano: 2021 Banca: PM-MT Órgão: PM-MT Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia
Militar
Nos termos da Lei nº 10.826/2003, conhecida como Estatuto do Desarmamento, aquele que
deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou
pessoa com deficiência mental se apodere de arma de fogo, que esteja sob sua posse ou que
seja de sua propriedade, incorre no seguinte crime:

A Omissão de cautela.
B Posse irregular de arma de fogo.
C Porte ilegal de arma de fogo.
D Negligência qualificada.
E Omissão negligente.

GAB A

Fundamentação:

Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade:

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

A pena de detenção no estatuto do desarmamento é aplicada apenas para os seguintes casos:

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido

Omissão de cautela

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-SC Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - MPE-
SC - Promotor de Justiça Substituto - Prova 1

Considerando a legislação especial, julgue o item a seguir.

O porte de arma de fogo com registro vencido é mera irregularidade administrativa, sendo
tal conduta atípica em qualquer circunstância.

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Alternativas
80
Certo
Errado

ERRADO.

Vamos facilitar...

POSSE de arma de fogo de uso PERMITIDO com registro vencido: mera irregularidade
administrativa. STJ APn n. 686/AP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Corte Especial, DJe de
29/10/2015

PORTE de arma de fogo, seja de uso permitido, restrito ou proibido com registro vencido:
Caracteriza CRIME (art. 14 da Lei 10.826/2003) ou de arma de fogo de uso restrito (art. 16 da
Lei 10.826/2003). STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp 885281-ES, Rel. Min. Antonio Saldanha
Palheiro, julgado em 28/04/2020 (Info 671)

Ano: 2021 Banca: IDECAN Órgão: PC-CE Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Escrivão de Polícia
Civil

Breno foi preso em flagrante de posse de uma unidade de munição de uso permitido (calibre
.9mm), desacompanhada de arma de fogo compatível com sua utilização. Nesse sentido, com
base no entendimento mais recente do STF acerca do tema, assinale a alternativa correta.

A Incide o princípio da insignificância, causa supralegal de exclusão da tipicidade penal em


sua dimensão material. A conduta, portanto, não é típica.
B A conduta é típica formal e materialmente, mas não haverá responsabilização penal em
virtude do exercício regular do direito.
C A conduta é típica, antijurídica e culpável, mas não punível pelo princípio da insignificância.
D Não incide o princípio da insignificância, pois o delito é crime de dano, e, portanto, a lesão
é presumida.
E A conduta é atípica formalmente, sendo certo que a atipicidade formal está respaldada no
princípio da insignificância.

GABARITO: A

Trata-se de entendimento recentíssimo dos tribunais superiores, que aplicaram o Princípio da


Insignificância (causa supralegal de exclusão de tipicidade material) nos casos de crimes de
posse/porte de munição (ínfima quantidade) desacompanhada de arma de fogo.

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Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN
81
- Cargo 8 - Agente Federal de Execução Penal

Com base na legislação penal, julgue o item seguinte.

É permitido a agentes e guardas prisionais não submetidos a regime de dedicação exclusiva


portar arma de fogo particular ou fornecida por sua corporação enquanto não estiverem de
serviço.

Alternativas
Certo
Errado

ERRADO

devem estar em dedicação exclusiva.

Lei 10.826/03

Art. 6º § 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão


portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou
instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam:

I – submetidos a regime de dedicação exclusiva

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN
- Cargo 8 - Agente Federal de Execução Penal

Com base na legislação especial, julgue o próximo item.

Quando não mais interessarem à investigação, as armas de fogo apreendidas serão


encaminhadas ao Ministério da Justiça para destruição.

Certo
Errado

ERRADO

Destruição das Armas:

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*Encaminhadas pelo Juiz ----------------------------------Comando do exercito em até 48h.
82
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos
autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz
competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para
destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do
regulamento desta Lei.

-----------------------------------------------------------------------------

Autorização para o Porte: PF após autorização do SINARM;

Autorização para compra de Arma de Fogo : SINARM;

Autorizar a aquisição de armas de fogo de uso restrito: Comando do Exército;

autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos Estrangeiros


em visita ou sediados no Brasil : Ministério da Justiça;

Expedir Certificado de Registro de Arma de Fogo de uso permitido : PF após autorização do


Sinarm;

Concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e


caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro
realizada no território nacional: Comando do exército

Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-PA Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA -
Investigador de Polícia Civil

Referente ao Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa


correta

A O Sistema Nacional de Armas (Sinarm), instituído no Ministério da Defesa, no âmbito da


Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.
B A Polícia Militar expedirá autorização de compra de arma de fogo, após atendidos os
requisitos estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo essa
autorização intransferível.
C A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma
registrada e na quantidade estabelecida no regulamento dessa Lei.
D Ao Exército compete cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder
licença para exercer a atividade.
E A autorização para o porte de arma de fogo, de uso permitido em todo o território nacional,
é de competência do Sinarm e somente será concedida após autorização da Polícia Federal.

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83
A - Errada. Lei 10.826/03. Art. 1 O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído
no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território
nacional.

B - Errada. § 1 O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os


requisitos anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada,
sendo intransferível esta autorização.

C - Correta. § 2 A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente


à arma registrada e na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei.

D - Errada. Art. 2 Ao Sinarm compete:

VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a
atividade

E - Errada. Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o
território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após
autorização do Sinarm.

Ano: 2021 Banca: MPDFT Órgão: MPDFT Prova: MPDFT - 2021 - MPDFT - Promotor de Justiça
Adjunto
No que diz respeito à Lei nº 10.826/2003, Estatuto do Desarmamento, assinale a opção
CORRETA:

A Não pratica crime policial civil que porta arma de fogo sem registro no órgão competente.
B A posse em residência de arma de fogo com registro vencido é conduta atípica.
C A posse ilegal de arma de fogo sem que haja munição na mesma localidade é conduta
atípica.
D A previsão legal de que o porte ilegal de arma de fogo de uso restrito é crime hediondo foi
declarada pelo Supremo Tribunal Federal como inconstitucional.
E O porte de granada de gás lacrimogêneo se enquadra no tipo penal do art. 16, §1º, III, que
assemelha o porte ilegal de arma de uso restrito ao porte de artefato explosivo ou incendiário,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

GABARITO: LETRA B

LETRA A – ERRADO: É típica e antijurídica a conduta de policial civil que, mesmo autorizado a
portar ou possuir arma de fogo, não observa as imposições legais previstas no Estatuto do
Desarmamento, que impõem registro das armas no órgão competente. STJ. 6ª Turma. RHC
70141-RJ, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 7/2/2017 (Info 597).

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LETRA B – CERTO: “A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça decidiu, no julgamento da
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Ação Penal n. 686/AP, que, uma vez realizado o registro da arma, o vencimento da
autorização não caracteriza ilícito penal, mas mera irregularidade administrativa que autoriza
a apreensão do artefato e aplicação de multa” (APn n. 686/AP, relator Ministro João Otávio
de Noronha, Corte Especial, DJe 29/10/2015).

Mas cuidado porque "O entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça no
julgamento da APn n. 686/AP É RESTRITO AO DELITO de posse ilegal de arma de fogo de USO
PERMITIDO (art. 12 da Lei 10.826/2003), não se aplicando ao crime de porte ilegal de arma
de fogo (art. 14 da Lei 10.826/2003), muito menos ao delito de porte ilegal de arma de fogo
de uso restrito (art. 16 da Lei 10.826/2003), cujas elementares são diversas e a reprovabilidade
mais intensa" STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp 885281-ES, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro,
julgado em 28/04/2020 (Info 671).

LETRA C – ERRADO: O delito em exame, enquanto infração penal de perigo abstrato e de


mera conduta, corresponde a um verdadeiro tipo penal preventivo, o qual busca minimizar
o risco de comportamentos que vêm produzindo efeitos danosos à sociedade, de sorte
que tal figura típica se perfaz com o simples portar ilicitamente, ainda que por um curto
espaço de tempo e mesmo com o armamento devidamente desmuniciado.

LETRA D – ERRADO: Não há decisão neste sentido. A bem da verdade, mostra-se importante
o fato de que "A posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, prevista no caput do
art. 16 da Lei n. 10.826/03, com redação dada pela Lei n. 13.964/19, bem como as condutas
equiparadas previstas no §1º do mesmo dispositivo legal, desde que atinentes a artefatos
dessa natureza, ou seja, de uso restrito, não são mais considerados hediondos, funcionando
o Pacote Anticrime, nesse ponto, como verdadeira novatio legis in melius dai por que o novo
regramento deve retroagir em benefício de tais condenados" (DE LIMA, Renato
Brasileiro. Pacote Anticrime – Comentário à Lei 13.964/19 – artigo por artigo. 1ª Ed., Salvador:
Editora Juspodivm, 2020, p. 429).

LETRA E – ERRADO: A conduta de portar granada de gás lacrimogêneo ou granada de gás de


pimenta não se subsome (amolda) ao delito previsto no art. 16, parágrafo único, III, da Lei nº
10.826/2003. Isso porque elas não se enquadram no conceito de artefatos explosivos. STJ.
6ª Turma. REsp 1627028/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 21/02/2017
(Info 599).

Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-PA Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA -
Delegado de Polícia Civil
Sobre o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa INCORRETA.

A O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos


estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível essa
autorização.

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B O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será
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precedido de autorização do Sinarm.
C Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões
metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço.
D A expedição da autorização de compra de arma de fogo será concedida, ou recusada com
a devida fundamentação, no prazo de sessenta dias úteis, a contar da data do requerimento
do interessado.
E As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos,
quando não mais interessarem à persecução penal, serão encaminhadas pelo juiz
competente ao Comando do Exército, no prazo de até quarenta e oito horas, para destruição
ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento
dessa Lei.

GABARITO OFICIAL - D

A ) Autorização para o Porte: PF após autorização do Sinarm

Autorização para compra de Arma de Fogo : Sinarm

Autorizar a aquisição de armas de fogo de uso restrito: Comando do Exército

autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros


em visita ou sediados no Brasil : Ministério da Justiça

Expedir Certificado de Registro de Arma de Fogo de uso permitido : PF após autorização do


Sinarm

concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores


e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no
território nacional: Comando do exército

C ) Atenção!

O entendimento do Supremo Tribunal é no sentido de que " é inconstitucional a restrição do


porte de arma de fogo aos integrantes de guardas municipais das capitais dos estados e dos
municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes e de guardas municipais dos
municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil)
habitantes, quando em serviço. STF. Plenário. ADC 38/DF, ADI 5538/DF e ADI 5948/DF, Rel.
Min. Alexandre de Moraes, julgados em 27/2/2021 (Info 1007)."

Entretanto, na minha inocência , assim está escrito na fria da lei:

Art. 6,§ 7º Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões
metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo quando em serviço.

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D ) Art .4, § 6o A expedição da autorização a que se refere o § 1o será concedida, ou recusada
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com a devida fundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do
requerimento do interessado.

E ) Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada
aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz
competente ao Comando do Exército, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, para
destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do
regulamento desta Lei

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021
- Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal

Com relação aos crimes previstos em legislação especial, julgue o item a seguir.

É conduta atípica o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido com registro de cautela
vencido.

Certo
Errado

GABARITO - ERRADO

Porte + Registro vencido = crime

Posse + Registro vencido = Para o entendimento majoritário = não crime

Pequeno resumo:

Arma desmontada ou desmuniciada - Há crime da lei 10.826/03

Não majora o art. 157.( Roubo )

Arma Absolutamente Inapta para disparos - Não há crime da lei 10.826/03.

Arma de brinquedo / Simulacro / Réplica - Não há crime da lei 10.826/06

Cuidado - Até pode haver 157 , MAS NÃO MAJORADO.

Arma branca - Não é crime da lei 10.826/03

CUIDADO! Majora o roubo de 1/3 até metade ( Art. 157, § 2º, VII )

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Certificado de registro vencido - Não há crime de Posse ( Art. 12 ) , Mas há porte ( Art 14 )
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Fonte: Rogério Sanches, Comentários à lei de armas.

Ano: 2020 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Panambi - RS Prova: FUNDATEC - 2020 -
Prefeitura de Panambi - RS - Fiscal de Trânsito

De acordo com as disposições do Art.10 da Lei Federal nº 10.826/2003, a autorização para o


porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência
da(do) __________________ e somente será concedida após autorização do
__________________________.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

A Secretaria Estadual da Segurança Pública do RS – Sistema Estadual de Segurança Pública


B Polícia Federal – Sistema Nacional de Armas
C Ministério da Justiça e Segurança Pública – Sistema Único de Segurança Pública
D Ministério da Defesa – Comando do Exército Brasileiro
E Ministério da Segurança Institucional – Sistema Único de Segurança Pública

GABARITO - B

Autorização para o Porte: PF após autorização do Sinarm

Autorização para compra de Arma de Fogo : Sinarm

Autorizar a aquisição de armas de fogo de uso restrito: Comando do Exército

autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros


em visita ou sediados no Brasil : Ministério da Justiça

Expedir Certificado de Registro de Arma de Fogo de uso permitido : PF após autorização do


Sinarm

concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores


e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada n

território nacional: Comando do exército

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