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COORDENADOR

IGOR PEREIRA PINHEIRO


Promotor de Justiça do MPCE
Leis Penais Especiais
© Org.: Igor Pereira Pinheiro
EDITORA MIZUNO 2021
Revisão: Paulo Morais

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)

L532 Leis penais especiais / Alex Alves Do Nascimento... [et al.]. – Leme, SP: Mizuno, 2021.

2139 p. : 17 x 24 cm

1. Direito penal – Brasil. I. Título.

ISBN 978-65-5526-162-2 CDD 345.81

Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422

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Impresso no Brasil
Printed in Brazil
SOBRE OS AUTORES
ALEX ALVES DO NASCIMENTO
Advogado, professor e palestrante. Professor de bacharelado em Direito na FLF e UNINTA. Professor na pós
graduação em Direito da EADIR e Faculdade Via Sapiens. Professor de curso preparatório para concursos
Universo Juris. Bacharel em Direito pela UNIFOR. Pós graduado pela UNIDERP. Mestre em Direito pela Albany
Law School, NY, EUA. Título revalidado pela UFC.

ANDRÉ CLARK NUNES CAVALCANTE


Promotor de Justiça do Estado do Ceará. Coordenador criminal, controle externo da atividade policial e segurança
pública do MPCE. Coautor dos comentários do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais aos projetos de lei
anticrime.

ANTÔNIO EDILBERTO OLIVEIRA LIMA


Juiz de Direito do TJCE. Especialista, Mestre e Doutorando pela Universidade Clássica de Lisboa.

BIANCA SILVA DE AZEVEDO


Pós-graduada em Ciências Criminais e em Direito Processual Civil pela Instituto de Estudos Jurídicos; Assessora
de Promotor de Justiça no Estado do Espírito Santo; E-mail: bsazevedo.es@gmail.com.

BRUNO TADEU BARBOSA VERAS


Delegado de Polícia Civil do estado do Ceará; Professor de Direito Penal e Processual Penal; Professor da Pós
Graduação em segurança pública do Jus21; Diretor da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado do
Ceará na subsede Cariri (ADEPOL - CE).

EMERSON CASTELO BRANCO


Defensor Público, Prof.º de Direito Penal e Processo Penal. Doutor em Direito Constitucional e palestrante.

FRANCISCO HANDERSON MIRANDA GOMES


Promotor de Justiça no Estado do Ceará, Promotor Eleitoral da 79a zona eleitoral do Estado do Ceará. Especialista
em Direito e Processo Tributário, Direito Processual Civil e Combate à Corrupção e Desvio de Dinheiro Público.
Palestrante. Professor de Direito Penal, Processo Penal e Direito Eleitoral do Curso Universo Juris.

HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE


Higor Vinicius Nogueira Jorge é Delegado de Polícia no Estado de São Paulo, membro da Associação Internacional
de Informática Forense (Asiif) e da Associação Internacional de Investigação de Crimes de Alta Tecnologia (Htcia). É
professor da Academia de Polícia, do Ministério da Justiça, da Escola Brasileira de Direito (Ebradi), do Complexo de
Ensino Renato Saraiva (Cers), do MeuCurso e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Em 2017,
2019 e 2020 foi escolhido na categoria “Jurídica” entre os melhores Delegados do Brasil pelo Portal Nacional dos
Delegados & Revista da Defesa Social. É coautor das obras “Manual de Interceptação Telefônica e Telemática” e “Fake
News e Eleições – O Guia Definitivo” e coordenador dos livros “Enfrentamento da Corrupção e Investigação Criminal
Tecnológica” e “Tratado de Investigação Criminal Tecnológica”, ambos publicados pela editora Juspodivm.Possui o site
www.higorjorge.com.br.
IGOR PEREIRA PINHEIRO
Promotor de Justiça do MPCE, Especialista, Mestre e Doutorando em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade
de Lisboa, Coordenador das Pós-Graduações em Direito Político/Prática Eleitoral, Direito Administrativo e
Compliance/Repressão à Corrupção, todas da Faculdade CERS. Autor dos livros “Condutas Vedadas em Ano
Eleitoral”; “Crimes Eleitorais e Conexos”; “Lei do Abuso de Autoridade Comentada”, “Lei Anticrime Comentada”,
“Vade Mecum de Direito Anticorrupção Comentado” e “A Nova Campanha Eleitoral 2020”. todos pela Editora
Mizuno.

ILANA MARTINS LUZ


Doutora em direito penal pela USP. Mestre em Compliance criminal pela Universidad Castilla-La Mancha. Mestre
em Direito Público pela Universidade Federal. Advogada criminalista

JOÃO GABRIEL CARDOSO


João Gabriel Cardoso é Delegado de Polícia no Estado do Ceará. Palestrante. Professor da Faculdade Ieducare e
da Faculdade Alencarina de Sobral. Professor do Curso Preparatório para Carreiras Jurídicas Universo Juris. Autor
de diversos artigos jurídicos. Autor da obra jurídica “Direito Penal das Minorias e dos Grupos Vulneráveis”, pela
editora Juspodivm.

MAURO MESSIAS
Mauro Messias é promotor de Justiça e membro auxiliar do CAO Criminal do MPPA. Admitido no Master of Laws
da Universidade da Califórnia em Los Angeles (Estados Unidos). Mestre em Direito. Autor de livros e artigos
científicos. Professor de Direito Processual Penal. Associado à Associação Internacional de Criminologia de Língua
Portuguesa. Autor do projeto “MP Consensuado: Desburocratizando a Justiça Criminal”, premiado em 2019 pelo
Conselho Nacional do Ministério Público. Criador do AppCrim.

MONIQUE MOSCA GONÇALVES


Mestre em Ciências Jurídico-Ambientais pela Universidade de Lisboa. Pós-graduada em Direito Penal pela
Anhanguera/UNIDERP. Promotora de Justiça do Estado de Minas Gerais. Ex-membro do Ministério Público do
Estado de Mato Grosso.

RAFHAEL RAMOS NEPOMUCENO


Promotor de Justiça no Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE). Analista Judiciário no Tribunal Regional
Federal da 1ª Região de 2012 a 2014. Especialista em Direito Processual. Professor de Processo Penal para
concursos de Magistratura e Ministério Público no curso Mege e na Pós-Graduação da Unichristus.

RAPHAEL VIANA
Advogado. Ex-presidente da Comissão de Ética e Disciplina da OAB Subsecção Sobral (2014-2017); Ex-Secretário
Geral da OAB; Subsecção Sobral (2016-2018); Vice-presidente da OAB Sobral (2019-2021); Especialista em
Direito Constitucional pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA; Mestre em Direito pela Universidade
Federal de Santa Catarina - USFC; Doutorando em Direitos e Garantias Fundamentais pela Faculdade de Direito
de Vitória - FDV; Membro da Academia Sobralense de Letras Jurídicas - ASLEJUR; Professor universitário e do
curso preparatório Universo Juris - UJ; Coordenador do Curso de Direito da Faculdade ViaSapiens - FVS.

RODRIGO MONTEIRO DA SILVA


Doutorando em Estado de Derecho y Gobernanza Global (Universidad de Salamanca, Espanha); Mestre em
Direitos e Garantias Fundamentais (Faculdade de Direito de Vitória – FDV); Especialista em Crime Organizado,
Corrupção e Terrorismo (Universidad de Salamanca, Espanha); Especialista em Direito Público (Universidade
Gama Filho); Professor na Pós-Graduação de Prevenção e Repressão à Corrupção no CERS, na Fundação Escola
do Ministério Público de Espírito Santo e em diversos cursos de pós-graduação; Instrutor do Programa Nacional
de Capacitação e Treinamento para o Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (PNLD); Promotor de
Justiça no Estado do Espírito Santo; E-mail: rodrigomonteiro.es@gmail.com.

SARAH FERREIRA
Advogada e professora de Direito Empresarial.

VINICIUS FERNANDO DOS REIS SANTOS


Defensor Público do Distrito Federal. Ex-advogado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). Especialista em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Professor
de Direito Penal, Processo Penal e Criminologia da Escola da Magistratura do Distrito Federal e da Escola da
Defensoria Pública do DF. Professor em diversos cursos preparatórios para concurso.

VLADIMIR ARAS
Doutorando em Direito (UniCeub), Mestre em Direito Público (UFPE), Professor Assistente de Processo Penal
(UFBA), e membro do Ministério Público Federal em Brasília.

WILLIAM GARCEZ
Delegado de Polícia (PCRS). Pós-graduado com Especialização em Direito Penal e Direito Processual Penal.
Professor de Direito Criminal da Graduação e da Pós-graduação da Fundação Educacional Machado de Assis
(FEMA) e de cursos preparatórios para concursos públicos (Ad VerumCERS, Casa do Concurseiro e CPC
Concursos). Palestrante. Organizador, autor e coautor de obras e artigos jurídicos. Instagram @prof.williamgarcez
APRESENTAÇÃO

O sistema normativo criminal brasileiro é composto por dezenas de diplomas


legais aprovados ao longo do tempo, sendo alguns extremamente atuais (como a
Nova Lei de Licitações – Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021) e outros que re-
montam à década de 40 do século passado (como a Lei de Contravenções Penais
– Decreto-Lei nº 3.688/1941).
O livro Leis Penais Especiais Comentadas na Visão do STF, STJ e TSE tem o ob-
jetivo editorial de realizar um estudo doutrinário, prático, crítico e objetivo
das principais normas extravagantes penais. Nesse tocante, cumpre destacar
que, ao contrário do que ocorre com as obras que possuem a mesma temática, o
Direito Criminal Eleitoral foi inserido, de modo que se realizou um estudo material
e processual de todos os crimes eleitorais à luz da doutrina e da jurisprudência do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Deve-se destacar que todos os autores são integrantes de carreiras distin-
tas do Sistema de Justiça Criminal na qualidade de Juiz, Promotores de Justi-
ça, Procurador Regional da República, Delegados de Polícia, Defensores Públicos
e Advogados, o que permitiu uma visão ampla dos temas e não necessariamente
vinculada a uma determinada carreira.
A obra tem o mérito de expor os assuntos à luz dos entendimentos majori-
tários dos Tribunais Superiores, sem, contudo, se limitar a isso, pois há o acrés-
cimo de aspectos práticos e juízos críticos que os autores entendem cabíveis
em cada dispositivo analisado.
Não bastassem tais características diferenciais, a obra também tratou de temas
atuais que impactam diretamente na aplicação das leis penais analisadas, tais como
o regramento normativo do CNJ e as decisões dos Tribunais Superiores à respeito
das prisões e medidas cautelares no contexto da Pandemia COVID-19, os efeitos
da rejeição dos vetos à Lei Anticrime (Lei nº 13.964/2019), o acordo de não
persecução penal (ANPP) na Justiça Comum e Eleitoral, o direito fundamen-
tal anticorrupção, as investigações e ações privadas nos crimes de corrupção,
os inquéritos policiais na Justiça Eleitoral e o procedimento investigatório criminal
(PIC) conduzido pelo Ministério Público.
A obra contempla, ao final, o estudo de 41 leis (além dos capítulos extras acima
citados) e um sumário (com acesso via QR CODE) identificador das Recomendações
e Resoluções do CNJ/CNMP sobre os assuntos analisados pelos autores.
Trata-se, portanto, de obra indispensável para todos os que se interessam
pelo Direito Penal e Processual Penal, seja com o fim de encontrar respostas
para os dilemas da prática profissional, ou mesmo para os estudos acadêmicos
da graduação ou pós-graduação, bem como preparação para os mais variados
concursos públicos.

Igor Pereira Pinheiro


Autor e Coordenador da Obra
SUMÁRIO
Sumário
PARTE I
ASPECTOS PRELIMINARES AO ESTUDO DAS LEIS PENAIS

CAPÍTULO 1
Acordos de Não Persecução Penal na Justiça Comum e na Justiça Eleitoral. 51
1 O ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL................................................................................ 51
1.1 Breve conceituação................................................................................................................. 52
1.2 Implementação........................................................................................................................ 55
1.3 Cabimento............................................................................................................................... 57
1.3.1 Tabela de vedações. A hipótese do concurso de pessoas. Crime de racismo e injúria
racial................................................................................................................................. 58
1.3.2 Antigas vedações........................................................................................................... 60
1.3.3 Arquivamento................................................................................................................. 62
1.3.4 Aferição da pena mínima em abstrato. Aplicação analógica de súmulas do STF e do
STJ................................................................................................................................... 63
1.3.5 Crimes culposos com resultado violento. Violência imprópria. Crime preterdoloso...... 65
1.3.6 Transação penal. Linha do tempo dos três principais benefícios negociais.................. 66
1.3.7 Reincidência. Conduta criminal habitual, reiterada ou profissional................................ 67
1.3.8 Pessoa jurídica e crimes ambientais. Disregard doctrine................................................... 68
1.3.9 Crimes de abuso de autoridade..................................................................................... 70
1.3.10 Acordos Penais na Área Eleitoral: Panorama Geral.................................................... 70
1.3.10.1 Inaplicabilidade Objetiva dos Acordos Criminais no Caso de Sistema Punitivo
Diferenciado à Luz da Jurisprudência do TSE: ......................................................... 70
1.3.10.2 Transação Penal e Suspensão Condicional do Processo na Área Eleitoral...... 72
1.3.10.3 (In)Aplicabilidade do Acordo de Não Persecução Penal nos Crimes Eleitorais: ....... 75
1.3.11 Discricionariedade........................................................................................................ 79
1.3.12 Recusa pelo Ministério Público após provocação do investigado............................... 81
1.4 Condições a serem pactuadas................................................................................................ 82
1.4.1 Pena ou condição livremente assumida?...................................................................... 82
1.4.2 A inaplicabilidade da Resolução n.º 154/2012 do CNJ.................................................. 84
1.4.3 Os “falsos” acordos penais............................................................................................ 84
1.4.4 Condições possíveis de serem ajustadas. Übermassverbot e untermassverbot. Win-
win negotiations................................................................................................................ 86
1.4.5 Danos causados por crimes ambientais. Reparação in integrum.................................. 88
1.4.6 Renúncia a armas de fogo de uso permitido................................................................. 89
1.4.7 O acordo de não persecução total. Crimes praticados contra a Administração Pública........ 90
1.4.8 Renúncia do investigado a recursos interpostos........................................................... 93
1.4.9 Renúncia do Ministério Público a requerimentos cautelares já formulados................... 94
1.4.10 Crimes tributários. A (in)utilidade da cláusula de reparação do dano.......................... 95
1.5 Descumprimento justificado e injustificado. Fungibilidade, novação e direito de justificação. 96
1.5.1 Não oferecimento de suspensão condicional do processo.............................................. 97
1.5.2 Não restituibilidade da obrigação parcialmente cumprida............................................. 97
1.6 Natureza jurídica da confissão................................................................................................ 98
1.6.1 Brady material e a supressão de evidência favorável à defesa..................................... 100
1.6.2 Magnus consensus e condição de evitação da denúncia.............................................. 102
1.6.3 Venire contra [p]actum proprium................................................................................. 103
1.6.4 Proteção à confissão consensualmente obtida. De lege ferenda e de lege lata........... 104
1.6.5 Autos apensos. A hipótese de desentranhamento da confissão.................................... 106
1.6.6 A audiência de custódia................................................................................................. 108
1.7 Contraditório e ampla defesa, presunção de inocência e devido processo legal................... 109
1.7.1 Contraditório e ampla defesa......................................................................................... 109
1.7.2 Presunção de inocência................................................................................................. 111
1.7.3 Devido processo legal.................................................................................................... 112
1.8 Reparação do dano causado à vítima. A centralidade do ofendido........................................ 112
1.9 Convite/notificação e audiência extrajudicial........................................................................... 115
1.10 Homologação do acordo e fiscalização das condições......................................................... 119
1.10.1 Natureza jurídica da homologação.............................................................................. 119
1.10.2 Papel do juiz na homologação..................................................................................... 119
1.10.3 Aglutinação de audiências........................................................................................... 122
1.10.4 Acordo homologado ou recusado................................................................................ 123
1.10.5 Fiscalização................................................................................................................. 124
2 PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE DA AÇÃO PENAL PÚBLICA: OS ACORDOS DE NÃO
PROCESSAR............................................................................................................................... 125
2.1 Pactum de non petendo ou acordo de imunidade condicional................................................ 128
2.2 Direito comparado................................................................................................................... 129
2.3 Confusão com o plea bargaining norte-americano................................................................. 132
2.4 O caminho político-criminal sem volta. Ausência de interesse de agir................................... 134
2.5 A morosidade processual........................................................................................................ 136
2.6 O colapsante sistema prisional no Brasil................................................................................ 140
2.7 A (in)validade do artigo 18 da Resolução n.º 181/2017 do CNMP.......................................... 143
2.7.1 As ações diretas de inconstitucionalidade..................................................................... 144
2.7.2 Argumento da força de norma primária......................................................................... 144
2.7.3 Argumento da presunção de constitucionalidade.......................................................... 145
2.7.4 Argumento da ausência de matéria processual............................................................. 146
2.7.5 Argumento da ausência de matéria penal..................................................................... 148
2.8 Nova natureza penal do acordo de não persecução............................................................... 149
2.9 O acordo de não continuidade da persecução penal.............................................................. 150
2.10 O acordo de não representação infracional.......................................................................... 154
2.11 O acordo de não persecução penal adesivo ou bifurcado.................................................... 157
3 ROTEIRO DE ATUAÇÃO E MODELOS DIGITAIS PARA MEMBROS DO MP, JUDICIÁRIO, OAB
E DEFENSORIA PÚBLICA............................................................................................................ 159
3.1 Primeiro passo........................................................................................................................ 159
3.2 Segundo passo....................................................................................................................... 160
3.3 Terceiro passo......................................................................................................................... 162
3.4 Quarto passo........................................................................................................................... 164
3.5 Quinto passo........................................................................................................................... 167
3.6 Sexto passo............................................................................................................................ 171
3.7 Sétimo passo.......................................................................................................................... 173
3.8 Oitavo passo........................................................................................................................... 175
3.9 Nono passo............................................................................................................................. 176
3.10 Fluxograma........................................................................................................................... 178

CAPÍTULO 2
Prisões e Medidas Cautelares Penais Durante a Pandemia COVID 19................ 179
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS.......................................................................................................... 179
2. DAS RECOMENDAÇÕES DO CNJ RELACIONADAS À APRECIAÇÃO DAS INTERNAÇÕES,
DAS PRISÕES E DA EXECUÇÃO PENAL POR OCASIÃO DA PANDEMIA COVID-19.............. 180
2.1. Dos termos e propósito das Recomendações....................................................................... 180
2.2. Das Recomendações nº62/2020 e nº 91/2021...................................................................... 183
2.2.1. Da vigência e aplicação................................................................................................ 183
2.2.2. Da finalidade................................................................................................................. 183
2.2.3. Das providências no âmbito das Varas da Infância e Juventude.................................. 186
2.2.4. Medidas a serem adotadas na “fase de conhecimento criminal”.................................. 192
2.2.4.1. Da reanálise das prisões provisórias................................................................... 194
2.2.4.2. Da prisão preventiva como medida excepcional................................................. 196
2.2.4.3. Da suspensão do dever de apresentação periódica........................................... 198
2.2.4.4. Da realização das audiências de custódia.......................................................... 198
2.2.4.5. Da realização de atos processuais (audiência e demais) por videoconferência. 206
2.2.5. Medidas a serem adotadas na fase de execução penal............................................... 208
2.2.5.1. Imprescindibilidade da abordagem individual da situação carcerária do (a)
apenado (a)................................................................................................................ 210
2.2.5.2. Das saídas temporárias dos regimes fechado e semiaberto: aplicação da sú-
mula vinculante 56...................................................................................................... 211
2.2.5.2.1. Da observância da Súmula Vinculante nº 56............................................. 212
2.2.5.2.2. Dos parâmetros de aplicação da súmula vinculante 56............................. 213
2.2.5.3. Da prisão domiciliar nos regimes semiaberto e aberto........................................ 215
2.2.5.4. Suspensão temporária do dever de apresentação regular em juízo................... 218
2.2.6. Vedação quanto à aplicação das medidas previstas nas Recomendações 62/2020 e
91/2021............................................................................................................................. 219
2.2.7.Medida a ser observada em caso de prisão por dívida alimentar.................................. 222
2.2.8. Medidas gerais de prevenção e redução de contágio.................................................. 223

CAPÍTULO 3
O Direito Fundamental Anticorrupção e a Tutela Mínima Anticorrupção na
Área Criminal.......................................................................................................................... 233
1. FUNDAMENTO TEÓRICO E LEGISLATIVO DO DIREITO FUNDAMENTAL ANTICORRUPÇÃO. 233
2. A SUPRALEGALIDADE DOS TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS ANTICOR-
RUPÇÃO E A PROIBIÇÃO DE RETROCESSO (TUTELA MÍNIMA ANTICORRUPÇÃO)............ 244

CAPÍTULO 4
Investigações Particulares e a Possibilidade de Uso da Ação Penal Privada
nos Crimes de Corrupção e nos Crimes Eleitorais................................................. 255
1. O DEVER CÍVICO DOS CIDADÃOS, A OBRIGAÇÃO LEGAL DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLI-
COS DE COMUNICAR A OCORRÊNCIA DE CRIMES QUE TENHAM CIÊNCIA, AS IMUNIDA-
DES CONFERIDAS PELA LEGISLAÇÃO AOS DENUNCIANTES (WHISTLEBLOWER) E OS
DELITOS CORRELATOS.............................................................................................................. 255
2. A AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA E AS INVESTIGAÇÕES PARTICULARES..... 258

CAPÍTULO 5
Atos Normativos e Recomendações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
e do Conselho Nacional do Ministério Público na Área Criminal ................... 267
1. BREVE EXPLICAÇÃO. .................................................................................................................. 267
2. RESOLUÇÕES E RECOMENDAÇÕES CRIMINAIS DO CNMP QUE POSSUEM CONEXÃO
COM AS LEIS PENAIS ESPECIAIS............................................................................................. 267
3. RESOLUÇÕES E RECOMENDAÇÕES CRIMINAIS DO CNJ QUE POSSUEM CONEXÃO COM
AS LEIS PENAIS ESPECIAIS....................................................................................................... 269

PARTE II
LEIS PENAIS ESPECIAIS COMENTADAS

CAPÍTULO 1
Abuso de Autoridade................................................................................................................ 283
1. BREVE INTRODUÇÃO SOBRE A EVOLUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ABUSO DE PODER/
AUTORIDADE NO DIREITO BRASILEIRO.................................................................................... 283
2. PREMISSAS CONSTITUCIONAIS E CONVENCIONAIS NECESSÁRIAS PARA UMA COR-
RETA 1. INTERPRETAÇÃO E ALICAÇÃO DA NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE........... 288
2.1. A violação ao princípio da taxatividade em alguns crimes de abuso de autoridade................. 289
2.2. A inconvencionalidade da Lei do Abuso de Autoridade no tocante ao enfraquecimento da
independência das instituições que atuam na prevenção e repressão à corrupção e a violação
ao princípio da tutela mínima anticorrupção........................................................................... 298
3. ASPECTOS MATERIAIS E PROCESSUAIS GERAIS DA NOVA LEI DO ABUSO DE AUTORIDADE.. 306
3.1. Âmbito de Incidência: Atos praticados no exercício da função ou fora dela, desde que
valendo-se das prerrogativas ou facilidades inerentes a mesma.......................................... 306
3.2. Sujeito Ativo do Crime de Abuso de Autoridade..................................................................... 307
3.3. A Questão da Competência para o Julgamento do Crime de Abuso de Autoridade: Justiça
Federal, Estadual e Militar........................................................................................................ 309
3.3.1. É possível a Justiça Eleitoral Julgar Crime de Abuso de Autoridade? .................. 312
3.3.2. A Competência e o Foro por Prerrogativa de Função............................................ 313
3.3.3. Da Imprescindível Comprovação do Dolo Específico para a Caracterização do Crime
de Abuso de Autoridade: Uma Válvula de Escape Necessária para Diferenciar o
Abuso de Autoridade dos Erros Inerentes à Atividade Humana............................ 315
3.3.4. Da Ação Penal........................................................................................................ 317
3.3.5. Dos Ritos Processuais Aplicáveis aos Crimes de Abuso de Autoridade e seus
Consectários Legais................................................................................................... 320
EFEITOS DA CONDENAÇÃO............................................................................................................. 325
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS........................................................................................ 327
DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA............................................................. 330
DECRETAR PRISÃO MANIFESTAMENTE ILEGAL........................................................................... 334
CONDUÇÃO COERCITIVA MANIFESTAMENTE ILEGAL.................................................................. 338
FALTA DE COMUNICAÇÃO DE PRISÃO........................................................................................... 346
CONSTRANGIMENTO ILEGAL DO PRESO...................................................................................... 353
CONSTRANGIMENTO A DEPOR....................................................................................................... 358
FALTA DE IDENTIFICAÇÃO AO PRESO............................................................................................ 360
INTERROGATÓRIO POLICIAL DURANTE O REPOUSO NOTURNO............................................... 363
OBSTRUÇÃO ILEGAL DE PLEITO DE PRESO................................................................................. 366
IMPEDIMENTO DE ENTREVISTA DO PRESO COM ADVOGADO................................................... 369
VIOLAÇÃO À SEPARAÇÃO DE PRESOS.......................................................................................... 370
INVASÃO DE DOMICÍLIO................................................................................................................... 374
INOVAÇÃO ARTIFICIOSA .................................................................................................................. 378
CONSTRANGIMENTO PARA ADMISSÃO HOSPITALAR DE PESSOA EM ÓBITO.......................... 379
OBTENÇÃO OU USO DE PROVA MANIFESTAMENTE ILÍCITA....................................................... 382
REQUISIÇÃO OU INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO PENAL OU ADMI-
NISTRATIVO SEM QUALQUER INDÍCIO.................................................................................... 386
DA INCONSTITUCIONALIDADE E INCONVENCIONALIDADE DO ARTIGO....................... 386
DIVULGAÇÃO DE GRAVAÇÃO.......................................................................................................... 388
PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO FALSA........................................................................................... 390
INICIAR OU PROCEDER À INVESTIGAÇÃO SEM JUSTA CAUSA FUNDAMENTADA OU CON-
TRA QUEM SABE INOCENTE..................................................................................................... 392
DA INCONSTITUCIONALIDADE E INCONVENCIONALIDADE DO ARTIGO....................... 392
DEMORA INJUSTIFICADA DE INVESTIGAÇÃO............................................................................... 394
DA INCONSTITUCIONALIDADE E INCONVENCIONALIDADE DO ARTIGO....................... 394
NEGATIVA DE ACESSO AOS AUTOS DE PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO E CÓPIA DE
DOCUMENTOS............................................................................................................................ 395
EXIGÊNCIA SEM AMPARO LEGAL.................................................................................................... 401
BLOQUEIO EXACERBADO DE ATIVOS FINANCEIROS.................................................................. 404
PROCRASTINAÇÃO DE JULGAMENTO MEDIANTE PEDIDO DE VISTA............................................ 407
ANTECIPAÇÃO DE CULPA POR MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ANTES DE CONCLUÍDA
A INVESTIGAÇÃO E FORMALIZADA A ACUSAÇÃO................................................................. 409
VIOLAÇÃO AO SIGILO DE COMUNICAÇÃO E DE DADOS.............................................................. 412
PERDA DO CARGO POR REINCIDÊNCIA EM CRIMES PREVISTOS NO ESTATUTO DA CRIANÇA
E DO ADOLESCENTE................................................................................................................... 415
VIOLAR DIREITO OU PRERROGATIVA DE ADVOGADO................................................................. 416

CAPÍTULO 2
Lei de Crimes Hediondos........................................................................................................ 425
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS.......................................................................................................... 425
1.1 A relação entre comoções sociais e as alterações promovidas na lei de crimes hediondos.. 426
2. TIPOS PENAIS................................................................................................................................ 427
2.1 Homicídio................................................................................................................................ 427
2.2 Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida
de morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts.
142 e 144 da Constituição Federal......................................................................................... 435
2.3 Roubo...................................................................................................................................... 438
2.3.1 Roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima........................................ 439
2.3.2 Roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou
pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B)................... 439
2.3.3 Roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º).......... 440
2.4 Extorsão qualificada................................................................................................................ 441
2.5 Extorsão mediante sequestro.................................................................................................. 442
2.6 Estupro.................................................................................................................................... 443
2.7 Estupro de vulneráveis............................................................................................................ 445
2.8 Epidemia com resultado morte................................................................................................ 447
2.9 Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos
ou medicinais.......................................................................................................................... 448
2.10 Favorecimento à prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou ado-
lescente ou de vulnerável....................................................................................................... 448
2.11 Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo
comum.................................................................................................................................... 449
2.12 Genocídio.............................................................................................................................. 450
2.13 Crimes relacionados às armas de fogo........................................................................... 451
2.13.1 Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido............................................... 452
2.13.2 Comércio ilegal de arma de fogo................................................................................. 453
2.13.3 Tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição..................................... 453
2.14 Organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado... 454
2.15 Crimes equiparados a hediondos.......................................................................................... 454
2.15.1 Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins............................................................. 455
2.15.2 Tortura.......................................................................................................................... 456
2.15.3 Terrorismo.................................................................................................................... 457
3. AS CONSEQUÊNCIAS PRÁTICAS................................................................................................ 457
3.1 Anistia, graça e indulto............................................................................................................ 458
3.1.1 Anistia............................................................................................................................ 458
3.1.2 Graça............................................................................................................................. 460
3.1.3 Indulto............................................................................................................................ 461
3.1.3.1 Indulto humanitário............................................................................................... 463
3.2 Fiança..................................................................................................................................... 464
3.3 Liberdade provisória................................................................................................................ 466
4. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA.......................................................................... 468
4.1 Progressão de regime ............................................................................................................ 470
5. RECOLHIMENTO À PRISÃO PARA APELAR ............................................................................... 473
6. PRISÃO TEMPORÁRIA.................................................................................................................. 474
7. OS ESTABELECIMENTOS PENAIS DE SEGURANÇA MÁXIMA.................................................. 475
8. A MAJORAÇÃO DA MULTA............................................................................................................ 476
9. LIVRAMENTO CONDICIONAL....................................................................................................... 477
10. AUMENTO DE PENAS DE CRIMES ESPECÍFICOS .................................................................. 479
11. COLABORAÇÃO PREMIADA NO CRIME DE EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO ............. 479
12. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA PARA CRIMES HEDIONDOS.......................................................... 480
12.1 Delação premiada................................................................................................................. 481
13. CAUSA DE AUMENTO DE PENA ................................................................................................ 481
14. CONTAGEM EM DOBRO DOS PRAZOS PROCESSUAIS.......................................................... 482
15. O REVOGADO ARTIGO 11........................................................................................................... 482
16. VIGÊNCIA...................................................................................................................................... 483
17. PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO.................................................................................................. 483
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 485

CAPÍTULO 3
Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95)............................................................ 487
1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS...................................................................................................... 487
1.1 O conceito de infração de menor potencial ofensivo e critérios orientadores......................... 489
1.2 Competência .......................................................................................................................... 491
1.2.1 Critérios de fixação........................................................................................................ 491
1.2.1.1 Competência em razão do local........................................................................... 491
1.2.1.2 Competência em razão da matéria....................................................................... 495
1.2.1.3 Competência em razão da pessoa....................................................................... 497
1.2.2 Natureza da competência.............................................................................................. 497
1.2.3 Demais aspectos........................................................................................................... 497
1.3 Atos processuais..................................................................................................................... 497
1.4 Termo circunstanciado de ocorrência...................................................................................... 499
1.5 Dos institutos despenalizadores.............................................................................................. 501
1.5.1 Composição dos danos civis ........................................................................................ 501
1.5.2 Transação penal ........................................................................................................... 504
1.5.3 Suspensão condicional do processo ............................................................................ 509
1.6 Sistema recursal ..................................................................................................................... 515
1.6.1 Apelação ....................................................................................................................... 516
1.6.2 Embargos de declaração............................................................................................... 516
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 521

CAPÍTULO 4
Interceptação Telefônica (Lei nº 9.296/96).................................................................... 523
1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS...................................................................................................... 523
2. REQUISITOS E CABIMENTO ........................................................................................................ 526
3. ENCONTRO FORTUITO DE PROVAS........................................................................................... 533
4. PROCEDIMENTO E LEGITIMADOS.............................................................................................. 536
5. PRAZO............................................................................................................................................ 538
6. DA CAPTAÇÃO AMBIENTAL.......................................................................................................... 540
7. DOS CRIMES.................................................................................................................................. 543
7.1 Art. 10 Da Lei nº 9.296/96....................................................................................................... 543
7.2 art. 10-A da Lei nº 9.296/96..................................................................................................... 546
NOTA DE ATUALIZAÇÃO....................................................................................................... 549
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 553

CAPÍTULO 5
Lei de Execução Penal............................................................................................................. 555
1. Aspectos gerais: objeto, aplicação e princípios constitucionais incidentes da execução penal
(artigos 1º ao 5º)........................................................................................................................... 555
1.1. Propósito da execução penal (art. 1º).................................................................................... 556
1.2. Princípios aplicáveis à execução penal.................................................................................. 557
1.2.1. Princípio da dignidade da pessoa humana................................................................... 557
1.2.2. Princípio do contraditório e da ampla defesa................................................................ 558
1.2.3. Princípio da isonomia.................................................................................................... 559
1.2.4. Princípio da legalidade.................................................................................................. 560
1.2.5. Princípio da individualização da pena........................................................................... 561
1.2.6. Princípio da jurisdição da pena..................................................................................... 561
1.2.7. Princípio da cooperação............................................................................................... 562
2. Do condenado e do internado: classificação, individualização e identificação do perfil
genético....................................................................................................................... 562
2.1. Da classificação do apenado................................................................................................. 563
2.2. Da Comissão Técnica de Classificação................................................................................. 563
2.3. Do exame criminológico......................................................................................................... 564
2.4. Da identificação do perfil genético......................................................................................... 565
3. Da assistência ao preso e ao interno (artigos 10 a 37)................................................................... 572
3.1. Considerações iniciais............................................................................................................ 572
3.2. Da assistência material (arts. 12 e 13).................................................................................. 573
3.3. Da assistência à saúde (art. 14)............................................................................................. 574
3.4. Da assistência jurídica (arts. 15 e 16).................................................................................... 574
3.5. Da assistência educacional (arts. 17 a 21-A)......................................................................... 575
3.6. Da assistência social (arts. 22 e 23)...................................................................................... 576
3.7. Da assistência religiosa (art. 24)............................................................................................ 576
3.8. Da assistência ao egresso (arts. 25 a 27).............................................................................. 577
4. Do trabalho...................................................................................................................................... 577
5. Dos direitos, deveres e disciplina no âmbito da execução penal (arts. 38 a 60)............................. 580
5.1. Dos deveres (arts. 38 a 39).................................................................................................... 580
5.2. Dos direitos (arts. 40 a 43)..................................................................................................... 582
5.3. Da disciplina (arts. 43 a 60).................................................................................................... 585
5.3.1. Considerações gerais................................................................................................... 585
5.3.2. Das faltas disciplinares (arts. 49 a 51).......................................................................... 587
5.3.3. Da falta grave (arts. 50 e 51)........................................................................................ 588
5.3.4. Do regime disciplinar diferenciado – RDD (art. 52)....................................................... 591
5.3.5. Das sanções e recompensas (arts. 53 a 56)................................................................ 597
5.3.5.1. Das sanções disciplinares (arts. 53 e 54)............................................................ 597
5.3.5.2. Das recompensas (arts. 55 e 56)........................................................................ 599
5.3.6. Da aplicação das sanções disciplinares....................................................................... 599
5.3.7. Do procedimento disciplinar (arts. 59 e 60).................................................................. 600
6. Dos órgãos da Execução Penal (arts. 61 a 81-B)........................................................................... 601
6.1. Do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (arts. 62 a 64)........................... 602
6.2. Do Juízo da Execução (arts. 65 e 66).................................................................................... 603
6.3. Do Ministério Público (arts. 67 e 68)...................................................................................... 606
6.4. Do Conselho Penitenciário (arts. 69 e 70)............................................................................. 608
6.5. Dos Departamentos Penitenciários (arts. 71 a 77)................................................................ 609
6.5.1. Do Departamento Penitenciário Local.......................................................................... 611
6.5.2. Da direção dos estabelecimentos penais..................................................................... 611
6.6. Do Patronato (arts. 78 e 79)................................................................................................... 611
6.7. Do Conselho da Comunidade (arts. 80 e 81)......................................................................... 612
6.8. Da Defensoria Pública............................................................................................................ 612
7. Dos estabelecimentos penais.......................................................................................................... 615
7.1. Da Penitenciária (arts. 87 a 90).............................................................................................. 618
7.2. Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar (arts. 91 e 92)....................................................... 618
7.3. Da Casa de Albergado (arts. 93 a 95).................................................................................... 619
7.4. Do centro de observação (arts. 96 a 98)................................................................................ 619
7.5. Dos hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico.............................................................. 619
7.6. Da Cadeia Pública.................................................................................................................. 620
8. Da execução das penas.................................................................................................................. 621
8.1. Da Guia de Recolhimento...................................................................................................... 621
8.2. Dos regimes prisionais........................................................................................................... 626
8.3. Da soma e unificação das penas........................................................................................... 627
8.4. Da progressão de regime....................................................................................................... 630
8.4.1. Do critério objetivo para progressão no caso de crimes comuns................................................... 632
8.4.2. Dos novos prazos para progressão de regime prisional no caso de condenação por
crime hediondo ou equiparado............................................................................................... 633
8.4.3. Do critério subjetivo...................................................................................................... 637
8.4.4. Fundamentação da decisão.......................................................................................... 638
8.5. Da progressão de regime especial......................................................................................... 639
8.6. Tráfico de drogas privilegiado e a progressão de regime...................................................... 640
8.7. Da (im) possibilidade de progressão per saltum.................................................................... 641
8.8. Progressão de regime: um direito do réu ou um dever do Estado?....................................... 642
8.9. Falta grave: interrupção do prazo para obtenção da progressão de regime (§6º) e a conta-
gem do prazo para “reabilitação” do apenado que comete falta grave (§7º).......................... 643
8.10. Progressão de regime e a súmula vinculante 56................................................................. 645
8.11. Da progressão para o regime aberto.................................................................................... 646
8.12. Da prisão domiciliar em substituição ao regime aberto........................................................ 648
9. Da regressão do regime prisional.................................................................................................... 650
9.1. Da (im) possibilidade de regressão per saltum...................................................................... 651
10. Das autorizações de saída............................................................................................................ 652
11. Remição......................................................................................................................................... 654
11.1. Da remição pelo estudo........................................................................................................ 655
11.2. Da remição pelo trabalho..................................................................................................... 657
11.3. Cumulação de remição pelo estudo e pelo trabalho............................................................ 658
11.4. Desconto do período remido em condenações que ultrapassem 30/40 anos..................... 658
11.5. Repercussão da falta grave na remição............................................................................... 659
11.6. Natureza jurídica dos dias remidos...................................................................................... 659
12. Do livramento condicional............................................................................................................. 660
12.1. Considerações gerais........................................................................................................... 660
12.2. Dos requisitos para o alcance do livramento condicional.................................................... 660
12.2.1. Dos requisitos objetivos.............................................................................................. 661
12.2.2. Dos critérios subjetivos............................................................................................... 662
12.3. Do livramento condicional per saltum.................................................................................. 663
12.4. Das condições a serem fixadas no livramento condicional.................................................. 664
12.5. Competência do juízo da execução na hipótese de o apenado mudar de endereço.......... 664
12.6. Da Carta de Livramento....................................................................................................... 665
12.7. Da revogação do livramento condicional................................................................................ 667
12.7.1. Da revogação obrigatória............................................................................................ 668
12.7.2. Da revogação facultativa............................................................................................ 668
12.8. Da suspensão do livramento condicional............................................................................. 669
12.9. Da modificação das condições do livramento condicional................................................... 670
12.10. Extinção da pena pelo decurso do período de prova......................................................... 670
13. Da monitoração eletrônica............................................................................................................. 671
13.1. Considerações gerais........................................................................................................... 671
13.2. Hipóteses de uso da monitoração eletrônica....................................................................... 671
13.3. Dos deveres do apenado quando do uso do equipamento.................................................. 672
13.4. Da revogação do monitoramento eletrônico........................................................................ 673
14. Das penas restritivas de direitos................................................................................................... 675
14.1. Considerações gerais........................................................................................................... 675
14.2. Da prestação de serviço à comunidade............................................................................... 675
14.2.1. Considerações gerais................................................................................................. 676
14.2.2 Da limitação de fim de semana.................................................................................... 676
14.2.3. Da interdição temporária de direitos........................................................................... 677
15. Da suspensão condicional da pena............................................................................................... 678
15.1. Considerações gerais........................................................................................................... 678
15.2. Da competência para conceder o sursis e as condições necessárias................................. 679
15.3. Do cumprimento do sursis.................................................................................................... 680
15.4. Revogação do sursis............................................................................................................ 682
16. Da pena de multa.......................................................................................................................... 683
16.1. Considerações gerais........................................................................................................... 684
16.2. Natureza da pena de multa: legitimidade e competência para sua cobrança...................... 685
16.3. Procedimento....................................................................................................................... 686
17. Da execução das medidas de segurança..................................................................................... 686
17.1. Considerações gerais........................................................................................................... 687
17.2. Do processamento da guia de execução da medida de segurança.................................... 687
17.3. Da cessação da periculosidade........................................................................................... 688
18. Dos incidentes de execução.......................................................................................................... 690
18.1. Das conversões................................................................................................................... 690
18.2. Da substituição da pena privativa de liberdade por medida de segurança.......................... 692
18.3. Do excesso ou desvio de execução..................................................................................... 693
18.4. Da anistia e do indulto.......................................................................................................... 694
18.4.1. Considerações gerais................................................................................................. 695
18.4.2. Da anistia.................................................................................................................... 695
18.4.3. Do indulto individual ou graça..................................................................................... 696
18.4.4. Do indulto coletivo....................................................................................................... 696
18.4.5. Da comutação............................................................................................................. 696
18.4.6. Diferenças e aproximações entre os institutos........................................................... 697
19. Do procedimento judicial e o recurso de agravo em execução..................................................... 698
19.1. Considerações gerais........................................................................................................... 698
19.2. Do recurso de agravo em execução.................................................................................... 699
20. Das disposições finais................................................................................................................... 700
20.1. Da segurança dos estabelecimentos e o direito à privacidade do preso............................. 700
20.2. Do uso de algemas.............................................................................................................. 701
20.3. Da não obrigatoriedade do trabalho..................................................................................... 701
20.4. Do preso civil........................................................................................................................ 702
20.5. Dos registros penais............................................................................................................. 702
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 703

CAPÍTULO 6
Comentários à Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006).................................................... 705
1. ASPECTOS GERAIS....................................................................................................................... 705
2. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (ARTS. 1º E 2º).......................................................................... 706
3. DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS - SISNAD: FINALIDA-
DE, PRINCÍPIOS E OBJETIVOS (ARTS. 3º AO 5º)..................................................................... 707
3.1 Finalidade (art. 3º)................................................................................................................... 707
3.2 Dos princípios e objetivos do SISNAD (arts. 4º e 5º).............................................................. 708
3.3 Organização e competência do SISNAD (art. 8º-A)................................................................ 709
3.3.1. Do plano nacional de políticas sobre drogas (art. 8º-D)............................................... 711
3.3.2. Dos conselhos de políticas sobre drogas (art. 8-E)...................................................... 711
3.4 Do acompanhamento e avaliação das políticas sobre drogas (arts. 16 e 17)........................ 712
4. DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO, ATENÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL
DE USUÁRIOS E DEPENDENTES DE DROGAS (ARTS. 18 A 26-A)......................................... 712
4.1 Das medidas preventivas (arts. 18 a 19-A)............................................................................. 712
4.2 Das medidas de atenção e reinserção social (arts. 20 a 22).................................................. 714
4.2.1 Da educação na reinserção social e econômica........................................................... 715
4.2.2 Do tratamento do usuário ou dependente químico (art. 23).......................................... 716
4.2.2.1 Da medida de internação voluntária..................................................................... 717
4.2.2.2 Da medida de internação involuntária.................................................................. 717
4.2.2.3 Disposições gerais acerca da internação............................................................. 719
4.3 Do plano individual de atendimento........................................................................................ 720
4.4 Do acolhimento em comunidade terapêutica acolhedora....................................................... 720
4.5 Dos crimes e das penas (arts. 27 a 30).................................................................................. 720
4.5.1 Da aplicação das penas (art. 27)................................................................................... 721
4.5.2 Do crime de consumo pessoal de drogas...................................................................... 722
4.5.2.1 Da natureza da conduta....................................................................................... 722
4.5.2.2 Dos elementos do tipo.......................................................................................... 724
4.5.2.3 Sujeito ativo.......................................................................................................... 726
4.5.2.4 Das penas aplicáveis............................................................................................ 727
4.5.2.5 Da extensão da conduta....................................................................................... 728
4.5.2.6 Reincidência específica e reincidência penal....................................................... 728
4.5.2.7 Do descumprimento das medidas........................................................................ 730
4.5.2.8 Conduta descrita no artigo 28 e o princípio da insignificância.............................. 732
4.5.2.9 Da prescrição ....................................................................................................... 734
4.5.2.10 Da aplicação dos institutos de consensualidade punitiva................................... 735
5. DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO E AO TRÁFICO DE DROGAS.................................................. 736
6. DOS CRIMES.................................................................................................................................. 737
6.1 Considerações gerais.............................................................................................................. 737
6.1.1 Natureza dos crimes definidos na Lei de Drogas.......................................................... 737
6.1.2 Crimes de “tráfico de drogas” e instrumentos de consensualidade punitiva.................. 737
6.2 Do tráfico ilícito de entorpecente (art. 33)............................................................................... 741
6.2.1 Considerações gerais.................................................................................................... 741
6.2.2 Dos elementos do tipo................................................................................................... 742
6.2.3 Do sujeito ativo.............................................................................................................. 742
6.2.4 Crime de tráfico de drogas (art. 33) x crime de consumo de drogas (art. 28)............... 743
6.2.5 Da prova da materialidade do delito.............................................................................. 744
6.2.6 Do alargamento das condutas....................................................................................... 746
6.2.7 Da indução, instigação e auxílio ao uso indevido de droga (§2º).................................. 747
6.2.8 Do oferecimento de droga à “pessoa de seu relacionamento” (§3º)............................. 749
6.2.9 Do tráfico privilegiado (§4º)............................................................................................ 750
6.2.9.1 Da natureza do crime........................................................................................... 751
6.2.9.2 Da incidência da causa de diminuição de pena................................................... 752
6.2.9.3 Dos requisitos do tráfico de drogas privilegiado................................................... 752
6.2.9.4 Da (im)possibilidade de aplicação do acordo de não persecução penal - ANPP. 754
6.2.9.5 Da aplicação dos institutos de consensualidade punitiva nas diversas hipóte-
ses de tráfico de drogas............................................................................................. 754
6.3 Das ações relacionadas aos instrumentos de produção de drogas (art. 34).......................... 755
6.3.1 Considerações gerais.................................................................................................... 756
6.3.2 Dos elementos do tipo................................................................................................... 756
6.3.3 Do sujeito ativo.............................................................................................................. 757
6.3.4 Da (im)possibilidade de aplicação dos institutos de consensualidade punitiva na hi-
pótese do artigo 34........................................................................................................... 757
6.4 Da associação para a prática dos crimes descritos nos artigos 33, 34 e 36 (art. 35)............. 757
6.4.1 Considerações iniciais................................................................................................... 757
6.4.2 Elementos do tipo.......................................................................................................... 758
6.4.3 Sujeito ativo................................................................................................................... 759
6.4.4 Associação criminosa x tráfico de drogas privilegiado................................................... 759
6.4.5 Da (im)possibilidade de aplicação dos institutos de consensualidade punitiva na hi-
pótese do artigo 35........................................................................................................... 760
6.5 Do financiamento do tráfico de drogas (art. 36)...................................................................... 761
6.5.1 Considerações iniciais................................................................................................... 761
6.5.2 Elementos do tipo.......................................................................................................... 761
6.5.3 Do sujeito ativo.............................................................................................................. 762
6.5.4 Da impossibilidade de aplicação dos institutos de consensualidade punitiva na hipó-
tese do artigo 34............................................................................................................... 763
6.6 Colaboração com o tráfico de drogas (art. 37)........................................................................ 763
6.6.1 Considerações iniciais................................................................................................... 764
6.6.2 Elementos do tipo.......................................................................................................... 765
6.6.3 Sujeito ativo................................................................................................................... 765
6.6.4. Da (im)possibilidade de aplicação dos institutos de consensualidade punitiva na
hipótese do artigo 37........................................................................................................ 766
6.7 Prescrição ou ministração culposa de drogas (art. 38)........................................................... 766
6.7.1 Considerações iniciais................................................................................................... 767
6.7.2 Elementos do tipo.......................................................................................................... 767
6.7.3 Sujeito ativo................................................................................................................... 767
6.7.4 Da possibilidade de aplicação dos institutos de consensualidade punitiva na hipótese
do artigo 38....................................................................................................................... 768
6.8 Condução de embarcação ou aeronave após o consumo de drogas..................................... 768
6.8.1 Considerações iniciais................................................................................................... 768
6.8.2 Elementos do tipo.......................................................................................................... 768
6.8.3 Sujeito ativo................................................................................................................... 769
6.8.4 Da (im) possibilidade de aplicação dos institutos de consensualidade punitiva na
hipótese do artigo 38........................................................................................................ 769
6.9 Das causas de aumento de pena (art. 40).............................................................................. 770
6.9.1 Considerações iniciais................................................................................................... 771
6.9.2 Da transnacionalidade da conduta X competência da Justiça Federal (arts. 40, I, e
70)..................................................................................................................................... 771
6.9.3 Abuso de confiança pela função ou condição................................................................ 773
6.9.4 Da proteção dos lugares estratégicos........................................................................... 773
6.9.5 Do uso de violência, grave ameaça ou intimidação....................................................... 774
6.9.6 Do tráfico interestadual.................................................................................................. 775
6.9.7 Envolvimento daqueles que têm menor capacidade de resistência.............................. 775
6.9.8 Financiamento ou custeio do crime............................................................................... 776
6.10 Redução de pena pela colaboração voluntária (art. 41)....................................................... 777
6.11 Da fixação da pena................................................................................................................ 778
6.12 Da fixação da pena de multa................................................................................................ 780
6.13 Vedações processuais aos crimes previstos nos arts. 33, caput e §1º, a 37........................ 781
6.14 Causas de isenção de pena.................................................................................................. 784
6.15 Do encaminhamento do agente para tratamento.................................................................. 787
7. DO PROCEDIMENTO PENAL ESPECIAL DA LEI Nº 11.343/06 (ARTS. 48 E 49)......................... 788
7.1 Do procedimento a ser adotado para o crime descrito no artigo 28....................................... 789
7.2 O procedimento do artigo 48 e a ADI 3807............................................................................. 790
7.3 Da proteção aos colaboradores e testemunhas...................................................................... 791
8. DA INVESTIGAÇÃO POLICIAL NOS CRIMES TIPIFICADOS NA LEI Nº 11.343/06 (ART. 50)..... 791
8.1 Do auto de prisão em flagrante............................................................................................... 792
8.1.1 Considerações iniciais................................................................................................... 792
8.1.2 Do laudo de constatação preliminar.............................................................................. 793
8.1.3 Da destruição do entorpecente apreendido................................................................... 794
8.2 Prazo do Inquérito Policial (art. 51)......................................................................................... 794
8.3 Conclusão das investigações policiais (art. 52)...................................................................... 796
8.4 Dos procedimentos investigativos (art. 53)............................................................................. 798
9. DA INSTRUÇÃO CRIMINAL (ARTS. 54 A 59)................................................................................. 800
9.1 Das providências a serem adotadas pelo Ministério Público (art. 54).................................... 801
9.2 Do início da persecução penal em juízo (art. 55).................................................................... 803
9.3 Da realização da audiência de instrução e julgamento (arts. 57 e 58)................................... 808
9.4 Da (in)constitucionalidade da prisão como requisito para o recurso (art. 59)......................... 810
10. DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS E PERDIMENTO DE BENS NO COMBATE AO TRÁFICO
DE DROGAS (ARTS. 60 A 64)...................................................................................................... 811
10.1 Considerações gerais............................................................................................................ 811
10.2 Da concessão das medidas assecuratórias (art. 60)............................................................ 811
10.3 Da apreensão e alienação dos bens utilizados para a prática do crime (art. 61)................. 814
10.4 Da cessão de uso dos bens apreendidos (art. 62)................................................................ 816
10.5 Do perdimento de bens (art. 63)........................................................................................... 817
11. DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL (ART. 65)......................................................................... 819
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 821

CAPÍTULO 7
Crimes de Responsabilidade dos Prefeitos ................................................................... 823

CAPÍTULO 8
Crimes de Trânsito ..................................................................................................................... 825
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................ 825
2. DISPOSIÇÕES GERAIS................................................................................................................. 828
2.1 Art. 291, caput.............................................................................................................. 828
2.2 Art. 291, §§ 1º e 2º................................................................................................................. 829
2.3 Art. 291, § 4º........................................................................................................................... 830
2.4 Art. 292........................................................................................................................ 830
2.5 Arts. 293 e 295............................................................................................................. 831
2.6 Art. 294........................................................................................................................ 833
2.7 Art. 296........................................................................................................................ 835
2.8 Art. 297........................................................................................................................ 835
2.9 Art. 298........................................................................................................................ 836
2.10 Art. 301...................................................................................................................... 837
3. CRIMES EM ESPÉCIE.................................................................................................................... 838
3.1 Cabimento dos institutos despenalizadores............................................................................ 838
3.2 Art. 302........................................................................................................................ 841
3.3 Art. 303........................................................................................................................ 843
3.4 Art. 304........................................................................................................................ 846
3.5 Art. 305........................................................................................................................ 847
3.6 Art. 306........................................................................................................................ 849
3.7 Art. 307........................................................................................................................ 852
3.8 Art. 307, parágrafo único.............................................................................................. 853
3.9 Art. 308........................................................................................................................ 854
3.10 Art. 309...................................................................................................................... 856
3.11 Art. 310...................................................................................................................... 857
3.12 Art. 311...................................................................................................................... 858
3.13 Art. 312...................................................................................................................... 859
3.14 Art. 312-A................................................................................................................... 861
4. MODIFICAÇÃO PELA LEI Nº 14.071 DE 13/10/2020..................................................................... 862
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 865

CAPÍTULO 9
Crimes Contra a Humanidade e Tribunal Penal Internacional................................ 867
1. CONVENÇÕES DA ONU................................................................................................................ 867
a. Convenção para prevenção e repressão de crimes de genocídio............................................ 868
b. Convenção para eliminação de todas as formas de discriminação racial................................. 869
c. Convenção para eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher................ 870
d. Convenção dos direitos da criança........................................................................................... 871
e. Convenção sobre os direitos de todos os trabalhadores.......................................................... 872
f. Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência....................................................... 872
2. SISTEMA GLOBAL.......................................................................................................................... 873
a. Organização das Nações Unidas.............................................................................................. 875
b. Documentos generalistas.......................................................................................................... 878
i. Pacto dos Direitos Civis e Políticos...................................................................................... 878
ii. Pacto dos Direitos Econômicos, sociais e culturais............................................................ 879
iii. Declaração e programa de ação de Viena......................................................................... 880
c. História dos direitos humanos no Brasil.................................................................................... 881
d. Combate aos crimes internacionais no Brasil através de tratados internacionais de Direitos
Humanos................................................................................................................................. 882
2. DIREITO INTERNACIONAL - TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL............................................................ 887
2.1. Contexto histórico.................................................................................................................. 887
2.2. Definição................................................................................................................................ 889
2.3. Princípios............................................................................................................................... 891
2.4. Requisitos.............................................................................................................................. 892
2.5. Âmbito de direito interno........................................................................................................ 893
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 895
CAPÍTULO 10
Delitos Informáticos (Lei nº 12.737/2012)....................................................................... 897
1. CRIMES PREVISTOS NA LEI......................................................................................................... 897
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 903

CAPÍTULO 11
Crimes no ECA.............................................................................................................................. 905
1. ANÁLISE INICIAL DOS CRIMES NO ECA: ................................................................................... 905
2 COMENTÁRIOS AOS CRIMES DO ECA:........................................................................................ 912
2.1 Omissão do registro de atividades ou do fornecimento da declaração de nascimento Art.
228 ....................................................................................................................................... 912
2.2 Omissão da identificação do neonato e da parturiente ou de realização de exames neces-
sários Art. 229 ....................................................................................................................... 914
2.3 Privação ilegal da liberdade Art. 230 .................................................................................... 915
2.4 Falta de comunicação Art. 231................................................................................................ 916
2.5 Submissão a vexame ou constrangimento Art. 232................................................................ 918
2.6 Crime de tortura Art. 233......................................................................................................... 919
2.7 Omissão na liberação Art. 234................................................................................................ 919
2.8 Descumprimento de prazo Art. 235......................................................................................... 921
2.9 Impedimento da ação de autoridade Art. 236....................................................................... 922
2.10 Subtração de criança ou adolescente Art. 237...................................................................... 923
2.11 Promessa ou entrega de filho ou pupilo Art. 238................................................................... 925
2.12 Tráfico internacional de criança ou adolescente Art. 239...................................................... 926
2.13 Utilizaçào de criança ou adolescente em pornografia Art. 240............................................. 928
2.14 Comércio de pedofilia Art. 241.............................................................................................. 931
2.15 Difusão de pedofilia Art. 241-A.............................................................................................. 933
2.16 Posse de material de pedofilia Art. 241-B............................................................................. 936
2.17 Simulação de pedofilia Art. 241-C......................................................................................... 939
2.18 Aliciamento de criança e adolescentes Art. 241-D................................................................ 940
2.19 Normal penal explicativa Art. 241-E...................................................................................... 941
2.20 Venda de arma, munição ou explosivo Art. 242.................................................................... 942
2.21 Venda ou entrega de produtos que causem dependência Art. 243...................................... 943
2.22 Venda de fogos de artifício Art. 244...................................................................................... 944
2.23 Exploração sexual de criança ou adolescente Art. 244-A..................................................... 945
2.24 Corrupção de crianças e adolescentes Art. 244-B................................................................ 947
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 949
CAPÍTULO 12
Crimes do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90)........................... 951
1. INTRODUÇÃO AOS CRIMES CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO PREVISTOS NO CÓ-
DIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC)............................................................................ 951
2 - ASPECTOS PROCESSUAIS RELEVANTES................................................................................ 951
3 - BREVES COMENTÁRIOS E CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS CRIMES CONTRA AS
RELAÇÕES DE CONSUMO DO CDC.......................................................................................... 953
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 983

CAPÍTULO 13
Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03)................................................................................. 985
1 - A IMPORTÂNCIA DOS CRIMES PREVISTOS NO ESTATUTO DO IDOSO................................. 985
2 - ASPECTOS PROCESSUAIS RELEVANTES................................................................................ 985
3. BREVES COMENTÁRIOS E CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS CRIMES CONTRA OS
IDOSOS........................................................................................................................................ 987
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1017

CAPÍTULO 14
Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e as Relações de Consumo.... 1019
1. ANÁLISE INICIAL DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA, ECONÔMICA E AS RELA-
ÇÕES DE CONSUMO.................................................................................................................. 1019
2 - COMENTÁRIOS AOS CRIMES CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA................................................. 1019
2.1 Causas de Aumento de Pena................................................................................................. 1020
2.2 Causa de Diminuição de Pena................................................................................................ 1020
2.3 Extinção da Punibilidade ........................................................................................................ 1021
2.4 Exaurimento da Via Administrativa.......................................................................................... 1021
2.5 Princípio da Insignificância...................................................................................................... 1022
2.6 Crimes em Espécie................................................................................................................. 1023
3 - COMENTÁRIOS AOS ILÍCITOS NAS RELAÇÕES DE CONSUMO............................................. 1029
3.1 Crime de Perigo Abstrato........................................................................................................ 1031
3.2 Causas de Aumento de Pena................................................................................................. 1031
3.3 Causa de Diminuição de Pena................................................................................................ 1031
3.4 Transação Penal, Suspensão Condicional do Processo e Acordo de Não Persecução
Penal....................................................................................................................................... 1031
3.5 Crimes em Espécie................................................................................................................. 1032
3.6 Termo de Ajustamento de Conduta......................................................................................... 1038
4. COMENTÁRIOS AOS CRIMES CONTRA ORDEM ECONÔMICA................................................. 1039
4.1 Crimes Contra a Economia Lei nº 8.137/90............................................................................ 1040
4.2 Causas de Aumento de Pena................................................................................................. 1041
4.3 Causa de Diminuição de Pena................................................................................................ 1041
4.4 Crimes em Espécie................................................................................................................. 1041
4.5 Infrações Contra Ordem Econômica Antitruste....................................................................... 1043
4.5.1 Definições para Análise de Infrações............................................................................. 1044
4.5.2 Concentração Entre Agentes Econômicos.................................................................... 1046
4.5.3 Acordos Entre Agentes Econômicos.............................................................................. 1047
4.5.4 Abuso da Posição Dominante........................................................................................ 1049
4.5.5 Penas ............................................................................................................................ 1050
4.5.6 Prescrição...................................................................................................................... 1051
4.5.7 Espécies de Processos Administrativos........................................................................ 1051
4.5.8 Soluções Negociais Antitruste....................................................................................... 1052
5. CONCLUSÕES FINAIS................................................................................................................... 1054
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1057

CAPÍTULO 15
Crimes Contra Ordem Econômica (Lei nº 8.176/91) .................................................. 1059
1 - COMENTÁRIOS AOS CRIMES CONTRA ORDEM ECONÔMICA................................................ 1059
2. LENIÊNCIA...................................................................................................................................... 1060
3. CRIMES EM ESPÉCIE.................................................................................................................... 1061
4. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 1064
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1065

CAPÍTULO 16
Lei Maria da Penha .................................................................................................................... 1067
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................ 1067
2. ANÁLISE SOBRE A CONSTITUCIONALIDADE DA LEI................................................................. 1070
2.2 Não violação do princípio da igualdade.................................................................................. 1070
2.3 Não violação da competência dos tribunais............................................................................ 1070
2.4 Não aplicação da Lei nº 9.099/95 (Juizados estaduais)......................................................... 1071
3 ASPECTOS GERAIS E DIRETRIZES INICIAIS............................................................................... 1072
4 DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER................................................... 1073
4.1 Violência contra mulher x violência doméstica e familiar contra mulher................................. 1074
4.2 Conduta................................................................................................................................... 1075
4.3 Violência de gênero................................................................................................................. 1075
4.4 Sujeito passivo........................................................................................................................ 1076
4.5 Sujeito ativo............................................................................................................................. 1077
4.6 Âmbito de aplicação da lei ..................................................................................................... 1078
4.6.1 Âmbito da unidade doméstica ....................................................................................... 1078
4.6.2 Âmbito da família .......................................................................................................... 1079
4.6.3 Nas relações íntimas de afeto....................................................................................... 1080
5. DIREITO HUMANO DA MULHER DE NÃO SOFRER VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR .... 1081
6. DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA MULHER ........................... 1081
6.1 Violência física........................................................................................................................ 1083
6.2 Violência psicológica............................................................................................................... 1083
6.3 Violência sexual...................................................................................................................... 1084
6.4 Violência patrimonial............................................................................................................... 1086
6.5 Violência moral........................................................................................................................ 1088
7. DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DOMÉSTICA E FAMILIAR................................... 1088
7.1 Das medidas integradas de prevenção................................................................................... 1088
7.2 Da assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar................................. 1090
7.3 Do atendimento pela autoridade policial................................................................................. 1092
7.3.1 Da inquirição da mulher-vítima e testemunhas ............................................................. 1093
7.3.2 Das providências........................................................................................................... 1095
7.3.3 Procedimento policial..................................................................................................... 1096
7.3.3.1 Oitiva da ofendida................................................................................................. 1096
7.3.3.2 Colheita de provas................................................................................................ 1097
7.3.3.3 Dos pedidos da ofendida...................................................................................... 1097
7.3.3.4 Do corpo de delito e outras perícias..................................................................... 1098
7.3.3.5 Oitiva do agressor e das testemunhas................................................................. 1099
7.3.3.6 Da verificação da posse/porte de arma de fogo................................................... 1099
7.3.3.7 Remessa de informações sobre deficiência......................................................... 1100
7.3.3.8 Medidas protetivas pela autoridade policial e a ADI 6.138................................... 1101
8 DO PROCEDIMENTO NA LEI MARIA DA PENHA.......................................................................... 1103
8.1 Do juizado de violência doméstica e familiar.......................................................................... 1103
8.2 Da competência nas ações de dissolução de vínculo............................................................. 1105
8.3 Competência cível do juizado especializado de violência moméstica e familiar contra a
mulher..................................................................................................................................... 1106
8.4 Natureza da ação penal na lesão corporal leve e culposa no contexto da Lei Maria da
Penha...................................................................................................................................... 1108
8.5 Possibilidade de retratação da representação........................................................................ 1109
8.6 Da aplicação e substituição de pena ...................................................................................... 1110
9 DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA............................................................................... 1112
9.1 Natureza jurídica das medidas protetivas de urgência........................................................... 1113
9.2 Quem pode pedir as medidas protetivas................................................................................. 1113
9.2.1 Autoridade policial.......................................................................................................... 1114
9.2.2 Juiz ex officio................................................................................................................. 1115
9.3 Procedimento judicial.............................................................................................................. 1115
9.3.1 Da concessão das medidas protetivas.......................................................................... 1116
9.3.2 Da possibilidade de aplicação isolada ou cumulada..................................................... 1117
9.3.3 Da revisibilidade das medidas protetivas de urgência................................................... 1117
9.3.4 Prisão preventiva do agressor....................................................................................... 1118
9.3.5 Fiança pelo Delegado de Polícia................................................................................... 1120
9.3.6 Da comunicação à ofendida.......................................................................................... 1121
10 DAS MPU´S QUE OBRIGAM O AGRESSOR................................................................................ 1122
11 DAS MPU´S QUE OBRIGAM A OFENDIDA................................................................................... 1124
12 DO CRIME DE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA......................... 1125
13. ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO........................................................................................ 1127
14. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.......................................................................................................... 1128
15. EQUIPE DE ATENDIMENTO MULTIDICIPLINAR......................................................................... 1129
16. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS.................................................................................................. 1130
17. DISPOSIÇÕES FINAIS................................................................................................................. 1130
18. INOVAÇÃO LEGISLATIVA – LEI Nº 14.132/2021 QUE INSTITUIU O CRIME DE PERSEGUI-
ÇÃO (STALKING), ACRESCENTANDO O ART.147-A AO CÓDIGO PENAL................................ 1132

CAPÍTULO 17
Estatuto do Desarmamento................................................................................................... 1135
1. INTRODUÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS..................................................................................... 1135
1.1 Crimes de dano e de perigo e a visão do STF.............................................................. 1135
1.2 Diferença entre uso permitido, restrito e proibido................................................................... 1137
1.3 Causas de aumento de pena (arts. 19 e 20)........................................................................... 1145
1.4 Liberdade provisória (art. 21)......................................................................................... 1146
1.5 Exame pericial e destruição ou doação da arma de fogo (art. 25)..................................... 1147
1.6 Banco Nacional de Perfis Balísticos (art. 34-A)................................................................ 1148
1.7 Cabimento dos institutos despenalizadores............................................................................ 1149
2. DOS CRIMES E DAS PENAS......................................................................................................... 1153
2.1 Posse irregular de arma de fogo de uso permitido (art. 12).............................................. 1153
2.2 Omissão de cautela (art. 13).......................................................................................... 1155
2.3 Omissão de cautela equiparada (art. 13, parágrafo único).............................................. 1157
2.4 Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (art. 14).................................................... 1158
2.5 Disparo de arma de fogo (art. 15).................................................................................. 1160
2.6 Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (art. 16)......................................... 1162
2.7 Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, na modalidade equiparada (art. 16,
§ 1º)............................................................................................................................. 1163
2.8 Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido (art. 16, § 2º)............................... 1165
2.9 Comércio ilegal de arma de fogo (art. 17)....................................................................... 1166
2.10 Tráfico internacional de arma de fogo (art. 18).............................................................. 1168
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1173

CAPÍTULO 18
Comentários à Lei de Lavagem de Dinheiro................................................................... 1175

PARTE I
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS SOBRE LAVAGEM DE DINHEIRO.................................................. 1175
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 1175
2 ANTES DE MAIS NADA: LINHAS GERAIS SOBRE O CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO....... 1178
2.1 A Origem do Crime de Lavagem de Dinheiro.......................................................................... 1180
2.2 O Estado brasileiro e lavagem de dinheiro............................................................................. 1182
2.3 Lavagem de dinheiro e crime organizado............................................................................... 1183
2.4 Corrupção e lavagem de dinheiro........................................................................................... 1186
3 O SISTEMA NACIONAL ANTILAVAGEM DE DINHEIRO................................................................ 1187
3.1 O subsistema de prevenção à lavagem de dinheiro............................................................... 1189
3.2 SUBSISTEMA DE REPRESSÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO.............................................. 1193
3.3 Subsistema de recuperação de ativos.................................................................................... 1194
3.4 O SUBSISTEMA DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL....................................................... 1196
4. OS REGIMES GLOBAIS DE PROIBIÇÃO E OS MANDADOS CONVENCIONAIS DE CRIMINA-
LIZAÇÃO....................................................................................................................................... 1197
5. A CLASSIFICAÇÃO DA LEI BRASILEIRA DE LAVAGEM DE DINHEIRO...................................... 1199
5.1. Uma lei de terceira geração................................................................................................... 1203

PARTE II
ASPECTOS PENAIS DA LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO.............................................................. 1204
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................ 1204
2 O BEM JURÍDICO RESGUARDADO .............................................................................................. 1204
3 TIPOLOGIAS DE LAVAGEM DE CAPITAIS..................................................................................... 1208
3.1 A lavagem transnacional de ativos.......................................................................................... 1211
3.2 Moedas virtuais e lavagem de dinheiro................................................................................... 1214
4 ANÁLISE DO CRIME DE LAVAGEM DE CAPITAIS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA..................... 1218
4.1 O tipo objetivo do crime de lavagem de dinheiro.................................................................... 1218
4.1.1 O tipo penal principal do art. 1º, caput, da Lei 9.613/1998............................................ 1218
4.1.2 Figuras equiparadas do art. 1º, §1º, da Lei 9.613/1998................................................. 1226
4.1.3 Figuras equiparadas do art. 1º, §2º, da Lei 9.613/1998 ................................................ 1229
4.2. A escala penal do crime de lavagem de dinheiro................................................................... 1231
4.3 Sujeito ativo do crime de lavagem de dinheiro........................................................................ 1234
4.3.1 A autolavagem .............................................................................................................. 1234
4.3.2 O recebimento de honorários maculados e o crime de lavagem de capitais................. 1241
4.4 Elemento subjetivo do crime de lavagem de dinheiro............................................................. 1244
4.4.1 Dolo eventual e cegueira deliberada............................................................................. 1247
4.5 Consumação e tentativa.......................................................................................................... 1251
4.6. A causa especial de aumento de pena do §4º do art. 1º da Lei 9.613/98.............................. 1254
4.7. Delação premiada e colaboração premiada........................................................................... 1257
4.8. Meios especiais de obtenção de provas................................................................................ 1260
4.8.1. Técnicas especiais de investigação (TEI) e lavagem de dinheiro................................ 1260
4.8.1. Ação controlada em lavagem de ativos........................................................................ 1261
4.8.2 Infiltração de agentes em lavagem de dinheiro............................................................. 1262

PARTE III
ASPECTOS PROCESSUAIS DA LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO................................................. 1263
1. AÇÃO PENAL NO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO.............................................................. 1263
2. Rito processual................................................................................................................................ 1263
3. Autonomia processual do crime de lavagem de dinheiro................................................................ 1264
4 INFRAÇÕES PENAIS ANTECEDENTES EXTRATERRITORAIS.................................................... 1266
5 UNIDADE DE PROCESSO E JULGAMENTO................................................................................. 1266
6 QUESTÕES RELATIVAS À COMPETÊNCIA................................................................................... 1267
6.1 A competência federal em lavagem de dinheiro transnacional............................................... 1268
6.2 As varas especializadas em lavagem de dinheiro .................................................................. 1268
6.3 A competência da Justiça Militar para julgar lavagem de dinheiro.......................................... 1269
6.4 A competência da Justiça Eleitoral para julgar lavagem de dinheiro...................................... 1270
7. AUTONOMIA TÍPICA E AUTONOMIA PROCESSUAL.................................................................... 1271
8. A APLICAÇÃO DO ART. 366 DO CPP NOS CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO.................... 1272
9. LIBERDADE PROVISÓRIA E DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE......................................... 1272
10. Medidas assecuratórias quanto ao crime de lavagem de dinheiro............................................... 1274
10.1 Alienação antecipada: requisitos gerais................................................................................ 1275
10.2 Revogação das medidas assecuratórias.............................................................................. 1275
10.3 Comparecimento pessoal do proprietário ou posseiro.......................................................... 1276
10.4 Medidas assecuratórias para a reparação do dano e outros valores................................... 1276
10.5 Alienação antecipada. Procedimento.................................................................................... 1277
11 Sobrestamento de medidas de cautelares..................................................................................... 1283
12 Administração de bens submetidos a medidas acautelatórias....................................................... 1284
12.1 Procedimento ....................................................................................................................... 1285
12.2 Direitos e deveres do administrador...................................................................................... 1286
13. Efeitos da condenação ................................................................................................................. 1287
14. Recuperação e repatriação de ativos............................................................................................ 1288
14.1. Bloqueio de ativos no exterior.............................................................................................. 1289
15. MEDIDAS ASSECURATÓRIAS PARA A REPATRIAÇÃO DE ATIVOS......................................... 1294
15.1. Cooperação ativa para a repatriação de ativos.................................................................... 1294
15.2 Cooperação passiva para a repatriação de ativos................................................................ 1295
15.3 Promessa de reciprocidade................................................................................................... 1296
15.4 Partilha internacional de ativos na cooperação passiva....................................................... 1296

PARTE IV
DEVERES ADMINISTRATIVOS NA LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO............................................. 1297
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS........................................................................................................... 1297
2 OS SUJEITOS OBRIGADOS PELA LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO.......................................... 1298
3 DOS DEVERES ADMINISTRATIVOS PLD/CFT.............................................................................. 1301
3.1 O dever de conformidade (compliance).................................................................................. 1302
3.2 Dever de identificação (know you customer).......................................................................... 1303
3.3 Dever de diligência ................................................................................................................ 1304
3.4 Dever de registro..................................................................................................................... 1305
3.5 Deveres de controle interno e de formação ........................................................................... 1306
3.6 Dever de sujeição a supervisão ............................................................................................. 1306
3.7 Dever de colaboração............................................................................................................. 1307
3.8 Dever de sigilo........................................................................................................................ 1307
3.9. Abrangência do dever de identificação ................................................................................. 1308
3.10. Dever de conservação e prazo de retenção dos dados cadastrais e do registro de opera-
ções ....................................................................................................................................... 1308
3.11 Registro de operações pelo valor global............................................................................... 1309
3.12. O Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS)......................................... 1309
3.13 Dever de verificação ............................................................................................................. 1309
3.14 Dever de comunicação.......................................................................................................... 1310
3.15 Dever de comunicação negativa........................................................................................... 1311
3.16 Poder regulamentar sobre operações suspeitas................................................................... 1311
3.17 Exclusão de responsabilidade civil e administrativa............................................................. 1312
3.18. Dever de compartilhamento de comunicações de operações suspeitas............................. 1312
3.19 Dever de comunicação prévia de transferências internacionais e de saques e pagamen-
tos em espécie........................................................................................................................ 1313
3.20 Dever de recusa.................................................................................................................... 1313
3.21 Dever de abstenção ............................................................................................................. 1317
3.22 Designação de um responsável de cumprimento................................................................. 1319
4 RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA POR FALHA DE COMPLIANCE................................... 1319
4.1 Processo administrativo sancionador...................................................................................... 1321
4.2 Responsabilidade criminal dos sujeitos obrigados.................................................................. 1324
4.3 Responsabilidade civil por falhas de compliance.................................................................... 1324
5 O CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS (COAF).................................... 1325
5.1 Poder regulamentar do COAF................................................................................................. 1326
5.2 Mecanismos de coordenação e de intercâmbio de informações ........................................... 1326
5.3 Acesso a dados cadastrais bancários e fiscais pelo COAF.................................................... 1327
5.4 Intercâmbio de informações.................................................................................................... 1327
5.5 Composição do COAF............................................................................................................ 1330
5.6 Regimento interno do COAF................................................................................................... 1330

PARTE V
OUTRAS MEDIDAS DE INVESTIGAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS.............................................. 1331
1 APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CPP............................................................................................... 1331
2 REQUISIÇÃO DIRETA DE DADOS CADASTRAIS......................................................................... 1331
3 TRANSFERÊNCIA DE DADOS DE QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO .......................................... 1335
4 AFASTAMENTO AUTOMÁTICO DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS INDICIADOS........................... 1336
5 PRAZO DE RETENÇÃO DE DADOS FISCAIS............................................................................... 1338
6 VIGÊNCIA DA LEI 9.613/1998......................................................................................................... 1338

CAPÍTULO 19
Lei de Prisão Temporária (Lei nº 7.960/89)..................................................................... 1341
1. ANÁLISE HISTÓRICA DA LEI DE PRISÃO TEMPORÁRIA............................................................ 1341
2. CONCEITO DE PRISÃO TEMPORÁRIA........................................................................................ 1342
3. HIPÓTESES DE DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA....................................................... 1342
3.1 Imprescindibilidade da prisão temporária para as investigações............................................ 1344
3.2 Ausência de residência fixa e o não fornecimento de elementos necessários à identificação
do indiciado............................................................................................................................. 1345
3.3 Fundadas razões de autoria ou participação do indiciado nos crimes previstos no rol taxa-
tivo do inciso III do art. 1º e no art. 2º da Lei nº 8.072/90....................................................... 1346
4. PRISÃO TEMPORÁRIA COMO MEDIDA CAUTELAR ULTIMA RATIO E NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DO NÃO CABIMENTO DE MEDIDA CAUTELAR DIVERSA DA PRISÃO.... 1350
5. MOMENTO PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA.................................................. 1351
6. PROCEDIMENTO LEGAL............................................................................................................... 1352
7. PRAZO DE DURAÇÃO................................................................................................................... 1353
8. SEPARAÇÃO DO PRESO TEMPORÁRIO DOS DEMAIS PRESOS.............................................. 1354
9. PRISÃO TEMPORÁRIA E LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE....................................................... 1355
10. PLANTÃO PERMANENTE DO PODER JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO.................. 1355
11. VIGÊNCIA DA LEI.......................................................................................................................... 1355
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1357

CAPÍTULO 20
Lei de Genocídio (Lei nº 2.889/56)..................................................................................... 1359
1. ANÁLISE INICIAL DO CRIME DE GENOCÍDIO............................................................................. 1359
2. ASPECTOS PROCESSUAIS RELEVANTES ................................................................................. 1361
3. CRIMES DE GENOCÍDIO (ART. 1º)................................................................................................ 1362
4. ASSOCIAÇÃO PARA FINS DE GENOCÍDIO (ART. 2º).................................................................. 1364
5. INCITAÇÃO À PRÁTICA DO GENOCÍDIO (ART. 3º)...................................................................... 1366
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1369

CAPÍTULO 21
Lei de Tortura (Lei nº 9.455/97)............................................................................................ 1371
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS.......................................................................................................... 1371
2. ASPECTOS PROCESSUAIS RELEVANTES. ................................................................................ 1372
3. TORTURA INQUISITORIAL, TORTURA-CRIME E TORTURA DISCRIMINATÓRIA...................... 1372
4. TORTURA-CASTIGO OU VINDICATIVA......................................................................................... 1377
5. TORTURA DO ENCARCERADO.................................................................................................... 1378
6. TORTURA OMISSIVA...................................................................................................................... 1379
7. TORTURA QUALIFICADA PELO RESULTADO.............................................................................. 1381
8. CAUSAS DE AUMENTO DE PENA................................................................................................ 1381
9. EFEITO AUTOMÁTICO DA CONDENAÇÃO.................................................................................. 1383
10. INSUSCETIBILIDADE DE GRAÇA, ANISTIA, INDULTO E COMUTAÇÃO DA PENA.................. 1384
11. REGIME INICIAL FECHADO E INCONSTITUCIONALIDADE...................................................... 1386
12 - EXTRATERRITORIALIDADE....................................................................................................... 1386
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1387

CAPÍTULO 22
Lei Antiterrorismo (Lei nº 13.260/16)................................................................................ 1389
1. ANÁLISE INICIAL DOS CRIMES DA LEI ANTITERRORISMO....................................................... 1389
2. ASPECTOS PROCESSUAIS RELEVANTES.................................................................................. 1395
2.1 Conceito de terrorismo............................................................................................................ 1395
2.2 Conceito jurídico de terrorismo e sistema de classificação..................................................... 1395
2.3 Terrorismo como crime equiparado a hediondo...................................................................... 1396
2.4 Terrorismo e crime contra a vida............................................................................................. 1396
2.5 Terrorismo e genocídio............................................................................................................ 1397
2.6 O terrorismo e as velocidades do Direito Penal...................................................................... 1397
2.7 O terrorismo e o Direito Penal do inimigo............................................................................... 1398
2.8 Causa de aumento da pena.................................................................................................... 1401
2.9 Desistência voluntária e arrependimento eficaz...................................................................... 1401
2.10 Juiz natural: Competência da Justiça Federal...................................................................... 1402
2.11 Medidas assecuratórias......................................................................................................... 1402
2.12 Prisão temporária.................................................................................................................. 1404
3. COMENTÁRIOS AOS CRIMES...................................................................................................... 1404
3.1 Terrorismo propriamente dito (stricto sensu)........................................................................... 1404
3.2 Organização terrorista............................................................................................................. 1410
3.3 Preparação de terrorismo........................................................................................................ 1412
3.4 Financiamento do terrorismo e organizações terroristas........................................................ 1416
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1419

CAPÍTULO 23
Investigação Criminal (Lei nº 12.830/2013)................................................................... 1421
1. COMENTÁRIOS GERAIS SOBRE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL.................................................... 1421
2. ASPECTOS PROCESSUAIS RELEVANTES.................................................................................. 1426
2.1 Classificação da investigação criminal.................................................................................... 1426
2.2 Funções da autoridade policial................................................................................................ 1426
2.3 Autoridade policial: o Delegado de Polícia.............................................................................. 1429
2.4 Investigação criminal constitucional: Estado de Direito.......................................................... 1431
2.5 Apuração de infrações penais................................................................................................. 1436
2.6 Poder requisitório do Delegado de Polícia.............................................................................. 1440
2.7 Cláusula de reserva de jurisdição........................................................................................... 1441
2.8 Avocação e redistribuição de inquéritos policiais.................................................................... 1444
2.9 Inamovibilidade relativa do Delegado de Polícia..................................................................... 1446
2.10 Indiciamento criminal............................................................................................................. 1447
2.11 Controle de legalidade das requisições ministeriais.............................................................. 1450
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1453

CAPÍTULO 24
Lei da Identificação Criminal................................................................................................. 1457
1. COMENTÁRIOS GERAIS SOBRE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL................................................... 1457
2. ASPECTOS PROCESSUAIS RELEVANTES.................................................................................. 1460
2.1 Identificação civil e hipóteses de identificação criminal.......................................................... 1460
2.2 Espécies de identificação criminal.......................................................................................... 1463
2.3 A identificação genética: A Lei nº 12.654/12 e a Lei nº 13.964/19.......................................... 1465
2.4 Condução coercitiva e a vedação a não autoincriminação..................................................... 1469
2.5 O sigilo da identificação criminal............................................................................................. 1469
2.6 O banco de dados de perfil genético e a exclusão de dados.................................................. 1470
2.7 Supressão da identificação fotográfica dos autos................................................................... 1471
2.8 Banco nacional multibiométrico e de impressões digitais....................................................... 1472
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1475

CAPÍTULO 25
Lei de Improbidade (Lei 8429/92 - Artigo 19)............................................................... 1477
1 – BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A REVOGAÇÃO TÁCITA DO CRIME.............................. 1477
2 – DISTINÇÃO COM O CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE. ..................................................... 1478

CAPÍTULO 26
LACP (Lei 7347/85 - Artigo 10).............................................................................................. 1481
1. BREVE INTRODUÇÃO ÀS INVESTIGAÇÕES CÍVEIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO E A CORRE-
LAÇÃO COM O CRIME DO ARTIGO 10 DA LEI DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ............................. 1481
2. DAS CONDUTAS TÍPICAS. ........................................................................................................... 1485
3. ANÁLISE DA ELEMENTAR “DADOS TÉCNICOS INDISPENSÁVEIS”.......................................... 1485
4. DO ELEMENTO SUBJETIVO E DA CONSUMAÇÃO..................................................................... 1488
5. MEDIDAS PROCESSUAIS CABÍVEIS DIANTE DO COMPORTAMENTO TÍPICO. ...................... 1490
5.1 Afastamento do cargo, emprego ou função no âmbito cível e criminal................................... 1490
5.2 Busca e apreensão. .............................................................................................................. 1493
6. ACORDOS PENAIS. ...................................................................................................................... 1493
7. ILÍCITOS CORRELATOS. .............................................................................................................. 1493

CAPÍTULO 27
Lei das Telecomunicações (Lei nº 9.472/1997)............................................................ 1495
1 - ATIVIDADES DE TELECOMUNICAÇÃO CLANDESTINAS. LEI Nº 9.472/1997........................... 1495
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1499

CAPÍTULO 28
Lei de Contravenções Penais (Decreto-Lei nº 3.688/41).......................................... 1501
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS.......................................................................................................... 1501
2. ASPECTOS PROCESSUAIS RELEVANTES ATINENTES ÀS CONTRAVENÇÕES PENAIS....... 1502
3. APLICAÇÃO DAS REGRAS GERAIS DO CÓDIGO PENAL.........................................................
.....................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................... 1502
4. TERRITORIALIDADE...................................................................................................................... 1503
5. VOLUNTARIEDADE. DOLO E CULPA............................................................................................ 1504
6. TENTATIVA...................................................................................................................................... 1504
7. PENAS PRINCIPAIS....................................................................................................................... 1505
8. PRISÃO SIMPLES.......................................................................................................................... 1506
9. REINCIDÊNCIA............................................................................................................................... 1506
10. ERRO DE DIREITO....................................................................................................................... 1507
11. CONVERSÃO DA MULTA EM PRISÃO SIMPLES ....................................................................... 1508
12. LIMITE DAS PENAS..................................................................................................................... 1509
13. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA DE PRISÃO SIMPLES................................................. 1509
14. PENAS ACESSÓRIAS.................................................................................................................. 1510
15. MEDIDAS DE SEGURANÇA......................................................................................................... 1510
16. PRESUNÇÃO DE PERICULOSIDADE......................................................................................... 1511
17. INTERNAÇÃO EM COLÔNIA AGRÍCOLA OU EM INSTITUTO DE TRABALHO, DE REEDU-
CAÇÃO OU DE ENSINO PROFISSIONAL................................................................................... 1512
18. INTERNAÇÃO EM MANICÔMIO JUDICIÁRIO OU EM CASA DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO....... 1512
19. AÇÃO PENAL CABÍVEL ............................................................................................................... 1512
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1553
CAPÍTULO 29
Crimes nas Licitações Públicas............................................................................................ 1555
Análise Comparada entre a Lei n°14.133/2021 e a Lei n°8.666/93. .................... 1555
1. CONTRATAÇÕES PÚBLICAS, CORRUPÇÃO E ELEIÇÕES NO BRASIL: UM CÍRCULO VICIO-
SO QUE A NOVA LEI DE LICITAÇÕES AJUDARÁ A COMBATER. ............................................ 1555

CAPÍTULO 33
Crimes Ambientais (Lei nº 9605/98)................................................................................. 1571
1. QUESTÕES FUNDAMENTAIS DO DIREITO PENAL AMBIENTAL................................................ 1571
1.1 O bem jurídico-penal ambiente............................................................................................... 1571
1.2 Sociedade de riscos e a proteção penal do ambiente............................................................ 1572
1.3 A omissão imprópria dos controladores e a responsabilidade penal da pessoa jurídica........ 1578
2. DA APLICAÇÃO DA PENA.............................................................................................................. 1590
3. QUESTÕES PROCESSUAIS RELEVANTES................................................................................. 1601
3.1 A apreensão de produtos e de instrumentos do crime............................................................ 1601
3.2 A ação e o processo penal ambiental..................................................................................... 1607
4. CRIMES AMBIENTAIS EM ESPÉCIE............................................................................................. 1614
4.1 Delitos contra a fauna............................................................................................................. 1625
4.1.1 Morte, caça, utilização e tráfico de animais silvestres .................................................. 1627
4.1.2 Exportação de peles e couros ...................................................................................... 1633
4.1.3 Introdução nacional irregular de espécime animal ........................................................ 1634
4.1.4 Maus-tratos a animal..................................................................................................... 1636
4.1.5 Perecimento da fauna aquática..................................................................................... 1648
4.1.6 Pesca ilegal.................................................................................................................... 1649
4.1.7 Pesca qualificada........................................................................................................... 1654
4.1.8 Conceito de pesca:........................................................................................................ 1656
4.1.9 Excludentes de ilicitude:................................................................................................ 1657
4.2 Delitos contra a flora............................................................................................................... 1658
4.2.1 Destruição de floresta de preservação permanente...................................................... 1658
4.2.2 Destruição de vegetação na mata atlântica................................................................... 1663
4.2.3 Corte de árvores de preservação permanente.............................................................. 1665
4.2.4 Dano em unidade de conservação................................................................................ 1667
4.2.5 Incêndio em mata ou floresta......................................................................................... 1671
4.2.6 Fabrico, venda, transporte ou soltura de balões ........................................................... 1674
4.2.7 Extração ilegal de minério em floresta pública ou APP.................................................. 1676
4.2.8 Corte de madeira de lei.................................................................................................. 1678
4.2.9 Recepção ou aquisição ilegal de produtos vegetais...................................................... 1681
4.2.10 Impedimento da regeneração natural de vegetação............................................. 1685
4.2.11 Destruição ou lesão de plantas de ornamentação................................................. 1689
4.2.12 Destruição ou dano em florestas........................................................................... 1691
4.2.13 Desmatamento ou degradação de florestas públicas.................................................. 1693
4.2.14 Comércio ou utilização de motosserra......................................................................... 1695
4.2.15 Penetração em unidade de conservação com substâncias ou instrumentos de caça
ou exploração ilegal.......................................................................................................... 1698
4.2.16 Causas de aumento de pena....................................................................................... 1701
4.3 Poluição e outros crimes ambientais....................................................................................... 1702
4.3.1 Poluição de qualquer natureza...................................................................................... 1702
4.3.2 Atividade minerária sem licença.................................................................................... 1710
4.3.3 Atividade ilegal com substância tóxica ou perigosa....................................................... 1713
4.3.4 Causas de aumento de pena......................................................................................... 1719
4.3.5 Atividade sem licença.................................................................................................... 1719
4.3.6 Disseminação de doença, praga ou espécies perigosas............................................... 1724
4.4 Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural................................................ 1725
4.4.1 Destruição ou deterioração de objeto protegido............................................................ 1725
4.4.2 Alteração de aspecto ou estrutura de local protegido.................................................... 1729
4.4.3 Construção irregular...................................................................................................... 1734
4.4.4 Pichação ou conspurcação urbana................................................................................ 1736
4.5 Crimes contra a administração ambiental............................................................................... 1740
4.5.1 Falsidade ideológica ambiental...................................................................................... 1740
4.5.2 Concessão de licença irregular...................................................................................... 1742
4.5.3 Omissão de dever legal ou contratual ambiental .......................................................... 1744
4.5.4 Obstar ou dificultar a fiscalização ambiental.................................................................. 1749
4.5.5 Fasidade de estudo, laudo ou relatório ambiental......................................................... 1753
NOTA DE ATUALIZAÇÃO....................................................................................................... 1756
1. TEMA REPETITIVO 1.036 DO STJ: APREENSÃO DE VEÍCULO USADO EM INFRAÇÃO AM-
BIENTAL INDEPENDE DE USO EXCLUSIVAMENTE ILÍCITO.................................................... 1756
2. DECISÃO CAUTELAR NA ADPF 569/DF E A DESTINAÇÃO DE PRESTAÇÕES PECUNIÁRIAS
DECORRENTES DE MEDIDAS DESPENALIZADORAS EM CRIMES AMBIENTAIS ................ 1757
3. TATUAGEM ESTÉTICA EM ANIMAIS E O CRIME DE MAUS-TRATOS (ART. 32 DA LEI Nº
9605/98)........................................................................................................................................ 1759
4. CONFLITO APARENTE DE NORMAS E CONCURSO DE CRIMES ENTRE OS TIPOS PENAIS
DO ART. 40, 48 E 64 DA LEI 9605/98........................................................................................... 1763
5. MATERIALIDADE DO CRIME AMBIENTAL E A VALIDADE DO EXAME DE CORPO DE DELITO
INDIRETO..................................................................................................................................... 1764
CAPÍTULO 34
Crimes Falimentares.................................................................................................................. 1767
1. ANÁLISE INICIAL DOS CRIMES FALIMENTARES........................................................................ 1767
1.1. Condição objetiva de punibilidade.......................................................................................... 1767
1.2. Objeto jurídico........................................................................................................................ 1768
1.3. Sujeitos ativos........................................................................................................................ 1768
1.4. Competência.......................................................................................................................... 1769
1.5. Ação penal............................................................................................................................. 1769
1.6. Prescrição.............................................................................................................................. 1769
1.7. Acordo de não persecução penal........................................................................................... 1770
1.8. Unicidade............................................................................................................................... 1770
2. CRIMES EM ESPÉCIE.................................................................................................................... 1771
2.1. Fraude a credores.................................................................................................................. 1771
2.2. Violação de sigilo empresarial................................................................................................ 1773
2.3. Divulgação de informações falsas.......................................................................................... 1773
2.4. Indução a erro........................................................................................................................ 1774
2.5. Favorecimento de credores.................................................................................................... 1775
2.6. Desvio, ocultação ou apropriação de bens............................................................................ 1776
2.7. Aquisição, recebimento ou uso ilegal de bens....................................................................... 1776
2.8. Habilitação ilegal de crédito................................................................................................... 1777
2.9. Exercício ilegal de atividade................................................................................................... 1777
2.10. Violação de impedimento..................................................................................................... 1778
2.11. Omissão dos documentos contábeis obrigatórios................................................................ 1779
3. EFEITOS DA SENTENÇA............................................................................................................... 1779
3.1. Reforma da Lei nº 11.101/2005.............................................................................................. 1780
3.2. Prazo para extinção de obrigação de falido condenado por crime falimentar....................... 1780
3.3. Novo texto sobre extinção de obrigação do falido................................................................. 1781
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE OS CRIMES FALIMENTARES............................................. 1781
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1785

CAPÍTULO 35
Lei de Organização Criminosa (Lei nº 12.850/13)........................................................ 1787
1. ASPECTOS GERAIS DA LEI.......................................................................................................... 1787
1.1. Origem da lei.......................................................................................................................... 1788
2. MODALIDADES DE UNIÃO DE PESSOAS PARA DELINQUIR..................................................... 1790
3. CONCEITO LEGAL DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.................................................................. 1796
4. CRIME DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA...................................................................................... 1803
4.1. Crime de obstrução de justiça................................................................................................ 1808
4.2. Modalidades mais gravosas................................................................................................... 1809
4.3. - Consequências penais e processuais penais para agentes públicos e líderes de organi-
zações criminosas.................................................................................................................. 1813
5. DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE PROVA............................................................................ 1826
5.1. Colaboração premiada........................................................................................................... 1827
5.1.1. Etapas prévias ao acordo de colaboração.................................................................... 1831
5.1.2. Dos benefícios ao colaborador..................................................................................... 1837
5.1.3. Fase judicial e execução do acordo de colaboração.................................................... 1846
5.1.4. Direitos do colaborador................................................................................................. 1866
5.1.5. Conteúdo do acordo e procedimento de homologação................................................ 1869
5.2. Captação ambiental (art. 3º, II e art. 8º-A da Lei nº 9.296/96)............................................... 1873
5.3. Ação controlada (art. 3º, III, arts. 8º e 9º)............................................................................... 1876
5.4. Acesso a registro, dados cadastrais, documentos e informações (art. 3º, IV e arts. 15 a
17)........................................................................................................................................... 1883
5.5. Interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas (art. 3º, V)................................... 1886
5.6. Afastamento de sigilo financeiro, bancário ou fiscal (art. 3º, VI)............................................ 1887
5.7. Infiltração física ou virtual de agentes (art. 3º, VII e arts. 10 a 14)......................................... 1902
5.8. Cooperação interinstitucional (art. 3º, VIII)............................................................................. 1912
6. Crimes ocorridos na investigação e na obtenção da prova (arts. 18 a 21)..................................... 1914
6.1. Revelação não autorizada da identidade ou imagem de colaborador. ................................. 1915
6.2. Falsa colaboração ................................................................................................................. 1916
6.3. Violação de sigilo .................................................................................................................. 1918
6.4. Recusa, omissão ou uso indevido de dados requisitados..................................................... 1920
6.5. Análise do cabimento de institutos despenalizadores .......................................................... 1926
7. DISPOSIÇÕES FINAIS................................................................................................................... 1929
8. CONCLUSÃO.................................................................................................................................. 1950
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 1953

CAPÍTULO 36
Crimes Eleitorais – Aspectos Materiais e Processuais............................................... 1955
1. BREVE NOTA SOBRE OS CRIMES ELEITORAIS: UMA VISÃO GERAL E CRÍTICA................... 1955
2 - Aspectos Materiais e Processuais das Infrações Penais Eleitorais............................................... 1957
2.1. Conceito de Infração Penal Eleitoral (Análise Formal e Material).......................................... 1959
2.2. Competência Legislativa, Previsões Típicas e a Proibição de Retrocessos Legislativos
(Aplicação do Princípio da Tutela Mínima Anticorrupção)....................................................... 1962
2.3. A Equivocada Correlação Automática Entre Ano Eleitoral, Período Eleitoral E Crime
Eleitoral. ..................................................................................................................... 1973
2.4. Distinção Entre Crimes Eleitorais e Políticos. ....................................................................... 1983
2.5. Classificação das Infrações Penais Eleitorais........................................................................ 1989
2.6. Pseudo Infrações Penais Eleitorais........................................................................................ 1989
2.7. Regime Jurídico Material Híbrido e Peculiaridades Normativas............................................ 1993
2.7.1. Inaplicabilidade do Princípio da Insignificância: ........................................................... 1993
2.7.2. Tipificação Exclusiva na Modalidade Dolosa, O Dolo “Geral” Como Regra é a Ne-
cessidade da Descrição do Dolo Específico na Denúncia, Quando o Mesmo For Exigi-
do para a Configuração do Crime: ................................................................................... 1996
2.7.3. O Conceito de Funcionário Público para Fins Penais Eleitorais: ................................. 1999
2.7.4. Padronização das Penas Mínimas Fixadas e Reflexos Processuais Quanto à Apli-
cabilidade dos Institutos da Suspensão Condicional do Processo e do Acordo de Não
Persecução Penal: ........................................................................................................... 1999
2.7.5. Causas de Aumento e Diminuição das Penas (Cabimento, Quantum Legal e Limites): ..... 2002
2.7.6. Peculiaridades da Pena de Multa: ............................................................................... 2003
2.7.7. Sistema Punitivo Diferenciado Para Alguns Crimes e Seus Reflexos Processuais
Quanto à Inaplicabilidade dos Institutos da Transaçao Penal, Suspensão Condicional do
Processo e do Acordo de Não Persecução Penal: .................................................................... 2007
2.7.8. Crimes Eleitorais Praticados Via Imprensa: ................................................................. 2009
2.8. Investigações Criminais Eleitorais (Públicas e Privadas) e a Sua Correlação Com os Cri-
mes Contra a Administração Pública e de Abuso de Autoridade............................................ 2009
2.8.1. O Inquérito Policial Eleitoral: ........................................................................................ 2009
2.8.2. O Procedimento Investigatório Criminal Eleitoral: ........................................................ 2048
2.8.3 As Investigações Particulares e Sua Validade Moderada: ............................................ 2062
2.9. Regime Jurídico Processual Híbrido e Peculiaridades Normativas....................................... 2066
2.9.1. A Inaplicabilidade do Juiz das Garantias ao Processo Penal Eleitoral por Manifesta
Inconstitucionalidade Formal:........................................................................................... 2067
2.9.2. Aplicação dos Institutos Despenalizadores no Processo Penal Eleitoral:..................... 2070
2.9.3. A Competência Criminal da Justica Eleitoral:................................................................ 2077
2.9.4. O Foro Por Prerrogativa de Função: ............................................................................ 2084
2.9.5. Quadro-Resumo da Competência Criminal Eleitoral:................................................... 2089
2.9.6. Vedação de Prisão Prevista no Código Eleitoral (Filtragem Constitucional e Reflexos
da Lei Anticrime na “Garantia Eleitoral” do Artigo 236): ................................................... 2090
2.9.7. As Imunidades Prisionais Previstas na Constituição Federal e na Legislação Extra-
vagante que Devem Ser Observadas: ............................................................................. 2101
2.9.7.1. O Regime Prisional do Presidente da República e Demais Chefes do Poder
Executivo: .................................................................................................................. 2101
2.9.7.2. O Regime Prisional dos Parlamentares Federais, Estaduais e Municipais: ....... 2103
2.9.7.3. O Regime Prisional dos Advogados: .................................................................. 2105
2.9.7.4. O Regime Prisional dos Juízes e Membros do Ministério Público: ..................... 2106
2.9.8. Ação Penal: .................................................................................................................. 2107
2.9.9. Denúncia Criminal:........................................................................................................ 2108
2.9.10 Rito Processual Parcialmente Derrogado Pelo Código de Processo Penal:............... 2111
2.9.11 - Condenação Criminal, Suspensão dos Direitos Políticos e Perda do Cargo: ........... 2115
2.7.12. Condenação Pela Prática de Crimes (Eleitorais ou Não) e a Inelegibilidade
Decorrente:................................................................................................................. 2117

ÍNDICE ALFABÉTICO REMISSIVO.................................................................................................. 2123


PARTE I
ASPECTOS PRELIMINARES AO ESTUDO DAS LEIS PENAIS
capítulo 1
Acordos de Não Persecução Penal na Justiça Comum e na
Justiça Eleitoral
IGOR PEREIRA PINHEIRO
MAURO MESSIAS

1 O ACORDO DE NÃO PERSECU- artigo 18 da Resolução n.º 181/2017


ÇÃO PENAL do Conselho Nacional do Ministério
Público1 (posteriormente modificada
Diante da atual leitura acerca do pa- pela Resolução n.º 183/2018, também
pel do Ministério Público à luz da Consti- do CNMP). A nova lei promoveu várias
tuição da República Federativa do Brasil alterações na sistemática do acordo –
de 1988, que reclama da instituição uma que serão analisadas no decorrer desta
postura cada vez mais resolutiva, em obra – e teve como principal êxito afa-
vez de demandista, o ato de transferir star os argumentos contrários à valida-
ao Poder Judiciário a solução dos mais de desse instrumento negocial, calcados
variados casos penais, indistintamente, na suposta inconstitucionalidade formal
sem uma reflexão político-criminal, tem da Resolução n.º 181/2017 do CNMP.
se revelado preocupante e apresentado Vale referir que havia duas propostas
resultados insatisfatórios. de positivação do acordo de não per-
secução penal na legislação federal: o
O perfil resolutivo exige do Ministé-
Projeto de Lei n.º 10.372/20182 (conhe-
rio Público atuação estratégica no plano cido como “Projeto de Segurança Públi-
extrajudicial, especialmente na quali- ca”, apresentado por uma comissão de
dade de agente pacificador da conflituo- juristas presidida pelo min. do STF Ale-
sidade social. Nesse passo, a incorpora- xandre de Moraes) e o Projeto de Lei n.º
ção de mecanismos consensuais na área 882/20193 (o chamado “Projeto Anticri-
criminal tem surgido como uma solução me”, de autoria do Ministério da Justiça
promissora, capaz de demonstrar que e Segurança Pública), apensado àquele
a atuação extrajudicial da instituição é por ser mais antigo.
fundamental para a efetivação dos inte-
resses da sociedade por celeridade na
resolução dos casos penais. 1 O artigo 18 da Resolução n.º 181/2017 do CNMP
pode ser consultado nos anexos desta obra.
Daí o surgimento do acordo de não 2 O Projeto de Lei n.º 10.372/2018, no tocante ao
acordo de não persecução penal, pode ser consulta-
persecução penal, que, até o advento do nos anexos desta obra.
da Lei Anticrime (Lei n.º 13.964/2019), 3 O Projeto Anticrime, quanto ao acordo de não per-
secução penal (item XII), pode ser consultado nos
encontrava-se previsto somente no anexos desta obra.
ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
IGOR PEREIRA PINHEIRO | MAURO MESSIAS

A primeira proposta se mostrava em dispositivo legal próximo àquele que


preferível – a qual, de fato, recebeu pri- disciplina o arquivamento (pois não ca-
mazia pelo Legislativo –, embora ambos berá o acordo em caso de arquivamen-
os projetos de lei, a nosso ver, mereces- to, como será visto adiante), o legislador
sem aperfeiçoamentos. Tais propos- decidiu criar o artigo 28-A, porque ime-
tas (somadas a outras do mesmo tema, diatamente posterior ao artigo 28, em
mas, com menor alavanca política) in- respeito ao que preceitua o artigo 12, III,
tegraram uma onda, ainda pujante, de b, da Lei Complementar n.º 95/1998, a
expansão legislativa da justiça con- chamada “Lei das Leis”:
sensual na área criminal. Até mesmo
o projeto do novo Código de Processo b) é vedada, mesmo quando recomen-
Penal (Projeto de Lei n.º 8.045/2010) dável, qualquer renumeração de arti-
prevê a resolução penal pactuada em gos e de unidades superiores ao artigo,
referidas no inciso V do art. 10, deven-
seu artigo 3084. do ser utilizado o mesmo número
Por fim, ressalte-se que, embora a do artigo ou unidade imediatamente
“vigência” do novo artigo 28 do CPP5 anterior, seguido de letras maiúscu-
esteja suspensa até pronunciamento las, em ordem alfabética, tantas quan-
tas forem suficientes para identificar os
final do Plenário do STF, conforme de- acréscimos. (negritado)
cidido cautelarmente pelo min. Luiz Fux
na ADI n.º 6305/DF – sim, suspendeu-se
Portanto, a decisão cautelar proferi-
a “vigência”, e não a “validade” –, o vi-
da pelo min. Luiz Fux na ADI n.º 6305/
gor do artigo 28-A do CPP permanece
DF não atingiu a “vigência” do artigo
íntegro. Afinal, os referidos dispositivos
28-A do CPP.
legais são autônomos entre si. Explico.
Como o acordo de não persecução
penal teve de ser disciplinado no “Livro 1.1 Breve conceituação
I – Título III – Da Ação Penal” do CPP, O acordo de não persecução penal,
instituído pela Lei Anticrime no artigo
4 Ressalvados os casos submetidos ao Tribunal do Júri
28-A do Código de Processo Penal, con-
e de violência doméstica contra a mulher, até o início siste no ajuste, em procedimento que
da audiência de instrução, cumpridas as disposições
do rito ordinário, o Ministério Público e o acusado,
apure crime de média gravidade, isto
por seu defensor, poderão requerer o julgamento é, com pena mínima inferior a quatro
antecipado de mérito e a aplicação imediata de pena
nos crimes que não estejam submetidos ao procedi-
mento sumaríssimo e cuja sanção máxima cominada
não ultrapasse oito anos.
5 Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito poli-
cial ou de quaisquer elementos informativos da mes-
ma natureza, o órgão do Ministério Público comuni-
cará à vítima, ao investigado e à autoridade policial
e encaminhará os autos para a instância de revisão
ministerial para fins de homologação, na forma da lei.

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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anos6 7 (e. g. uso de documento falso, do acordo pelo juiz das garantias (ar-
furto qualificado e embriaguez ao volan- tigo 3º-B, XVII, do CPP10).
te), entre o membro do Ministério Públi- Destaque-se que a “vigência” do
co8 (ou querelante9) e o investigado, no novel juiz das garantias também está
qual sejam pactuadas condições (e não suspensa até pronunciamento final do
penas), com a obrigatória homologação Plenário do STF na ADI n.º 6305/DF. As-
sim, enquanto suspenso o artigo 3º-B e
ss. do CPP, a competência para apreciar
6 O artigo 28-A, caput, do Projeto Anticrime reduzia
sobremaneira o universo de infrações penais passíveis o acordo de não persecução penal será
de celebração de acordo de não persecução penal, o do juiz de conhecimento do procedi-
que era visto com preocupação, pois caminhava na
contramão da ampliação dos espaços de consenso na mento investigativo.
Justiça criminal. O projeto permitia o acordo somen-
te para infrações com pena máxima inferior a quatro
anos.
7 O requisito do quantum da pena, previsto no artigo
Atenção:
28-A, caput, do CPP, possui alguma semelhança com
o teor do artigo 44, I, do Código Penal, que admi- Pela sistemática anterior (artigo 18, § 6º,
te a substituição da pena privativa de liberdade por da Resolução n.º 181/2017 do CNMP), ha-
pena restritiva de direito quando aquela for aplicada vendo discordância da autoridade judicial,
em medida não superior (ou seja, igual ou inferior)
a quatro anos. Observe-se que a Lei Anticrime ad-
o órgão ministerial revisor (Procurador-
mite o acordo apenas para os delitos com pena mí- -Geral de Justiça, na área estadual, ou Câ-
nima abstrata inferior a quatro anos, ao passo que mara de Coordenação e Revisão, na sea-
o Código Penal permite a mencionada substituição ra federal) era provocado a manter ou
quando a pena aplicada for igual ou inferior a quatro
anos. Assim, enquanto a Lei Anticrime cuida da pena
não o acordo firmado, em procedimento
“abstrata” e “inferior” a quatro anos, o Código Penal análogo ao vetusto artigo 28 do CPP11
versa a pena “em concreto” e “igual ou inferior” a (modificado substancialmente pela Lei An-
quatro anos. ticrime). Logo, a homologação do Poder
8 Embora se trate de posição doutrinária isolada, há
quem critique a Lei Anticrime por não ter contem-
Judiciário não era obrigatória.
plado a legitimidade do delegado de polícia para a 11
celebração de acordo de não persecução penal (HO-
FFMANN; HABIB; COSTA, 2019, p. 2).
9 Tal como ocorre na transação penal (STJ, RHC n.º
102.381/BA), defendemos a possibilidade de o que- 10 Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo
relante oferecer acordo de não persecução penal. controle da legalidade da investigação criminal e pela
Tome-se o exemplo do crime de calúnia mediante salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia te-
paga (artigos 138 e 141, § 1º, do Código Penal), que nha sido reservada à autorização prévia do Poder
se procede mediante queixa (artigo 145 do Código Judiciário, competindo-lhe especialmente: [...] XVII
Penal). Todavia, como tais hipóteses são bastante - decidir sobre a homologação de acordo de não
incomuns, esta obra dará preferência à legitimidade persecução penal ou os de colaboração premiada,
ativa do Ministério Público, que alcança a esmagadora quando formalizados durante a investigação.
maioria dos casos passíveis de acordo de não per- 11 Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de
secução penal – inclusive aqueles poucos em que a apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do
vítima decida agir por inércia do Parquet (ação penal inquérito policial ou de quaisquer peças de informa-
privada subsidiária da pública). Assim, as expressões ção, o juiz, no caso de considerar improceden-tes as
“denúncia”, “ação penal pública” ou “Ministério Pú- razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças
blico”, majoritariamente utilizadas nesta obra, po- de informação ao procurador-geral, e este oferece-
dem ser substituídas, respectivamente, por “queixa”, rá a denúncia, designará outro órgão do Ministério
“ação penal privada” ou “querelante”, sempre que o Público para oferecê-la, ou insistirá no pe-dido de ar-
caso admitir proposta de acordo de não persecução quivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a
penal e o ofendido for legitimado ativo. atender.

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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O acordo busca evitar a proposi- Vale referir que o nomen juris dado
tura de uma denúncia – daí ser incor- ao novo instituto negocial causa alguma
reto oferecê-lo juntamente com esta estranheza. Concordamos com Rodri-
(v. g. na cota ministerial) –, havendo, go Brandalise e Mauro Fonseca Andrade
sempre, a participação da defesa téc- (2019, p. 236), para quem há uma con-
nica e do membro do Poder Judiciário. trariedade entre a nomenclatura ado-
O adimplemento integral do acordo tada, a saber, “não persecução penal”, e
por parte do investigado evitará defini- o fato de a persecução penal lato sensu
tivamente a propositura de ação penal já ter sido iniciada, face a investigação
pública, resultando na extinção da pu- criminal em curso. A nosso ver, melhor
nibilidade12 do acordante (artigo 28-A, seria a seguinte taxonomia: acordo de
§ 13, do CPP). não persecução em juízo13.
Descumprida injustificadamente a Por fim, é demasiado importante
tratativa por parte do investigado, res- destacar que o acordo de não perse-
tará ao membro do Ministério Público cução penal é uma espécie de nego-
comunicar tal fato ao Poder Judiciário, ciação. Sem prejuízo de uma definição
mediante requerimento de (1) rescisão mais específica no decorrer desta obra,
judicial do acordo, (2) intimação à víti- negociação é uma “comunicação de ida
ma e (3) vista dos autos, para posterior e volta”, concebida para que se chegue
oferecimento de denúncia. a uma avença quando os acordantes
possuem tanto interesses em comum
quanto divergências (FISHER; URY; PAT-
Atenção:
TON, 2005, p. 15). A negociação, ao lado
A necessidade de rescisão judicial do da justiça restaurativa, da mediação e da
acordo também é uma novidade imple- arbitragem, formam as quatro princi-
mentada pelo artigo 28-A do CPP, origina- pais ferramentas de resolução alterna-
da tanto do Projeto de Lei n.º 10.372/2018 tiva de disputas – RAD (Alternative Dis-
(artigo 28-A, § 12) quanto do Projeto Anti-
pute Resolution – ADR), ou, segundo a
crime (artigo 28-A, § 10).
taxonomia mais recente, tratamento
adequado do conflito. Apenas as duas
primeiras possuem reconhecida aplica-
12 Em que pese o teor do artigo 18, § 11, da Resolução ção na área criminal brasileira – inclusive
n.º 181/2017 do CNMP, no sentido de que a evitação se entrecruzando, tanto que, segundo o
da denúncia ocorreria por ausência de interesse de
agir do Parquet, a nova lei determinou que o cum-
enunciado n.º 10 da I Jornada de Direito
primento integral do acordo ensejasse a extinção da e Processo Penal do Conselho da Justi-
punibilidade do agente, à semelhança do que ocorre
na transação penal e na suspensão condicional do
processo. A verdade é que a Resolução n.º 181/2017
do CNMP não poderia ter disposto sobre causa ex- 13 Em consideração à remota hipótese de acordo de
tintiva da punibilidade, que é matéria penal, em razão não persecução penal para evitar a propositura de
da competência privativa da União para legislar sobre queixa, abandonamos a expressão “acordo de não
esse tema (artigo 22, I, da CRFB). denunciação”, utilizada na 1ª edição desta obra.

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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ça Federal, “Recomenda-se a realização Conforme o ato normativo acima,


de práticas restaurativas nos acordos “dentre o conjunto de competências e
de não persecução penal, observada a habilidades a serem desenvolvidas no
principiologia das Resoluções n.º 225 do processo de aprendizagem, espera-se,
CNJ e 118/2014 do CNMP”. ao menos, [...] desenvolver a cultura
A literatura jurídica nacional está re- do diálogo e o uso de meios con-
pleta de obras sobre ciências criminais, sensuais de solução de conflitos”.
mas, infelizmente, ainda possui pouco Festeja-se essa postura porque vai ao
material doutrinário acerca da aplicação encontro do propósito do tratamen-
de métodos de tratamento adequado do to adequado do conflito: a ampliação
conflito (especialmente a negociação) à dos mecanismos de solução de disputas,
seara criminal. Isso se deve, em grande diante da evidente inefetividade do sis-
parte, à formação do bacharel em Direi- tema de justiça tradicional para resolver
to no país, que historicamente não rece- os diferentes tipos de conflitos.
beu o devido investimento nesse senti-
do. Hoje, a tendência é que esse quadro
mude significativamente. A Portaria n.º 1.2 Implementação
1.351/2018, do Ministério da Educação,
Em sua essência, a dinâmica dos
homologou o Parecer n.º 635/2018 da
acordos de não persecução penal é co-
Câmara de Educação Superior do Con-
selho Nacional de Educação, que pro- mum à dos demais atos extrajudiciais
moveu a revisão das diretrizes curricu- normalmente praticados nas unidades
lares nacionais do curso de graduação do Ministério Público, como a instau-
em Direito. Nos termos do referido ato ração de procedimentos, a confecção e
regulamentar: expedição de ofícios e o agendamento
e realização de audiências em gabinete.
O curso de graduação em Direito deverá A rotina do acordo pode facilmente
assegurar, no perfil do graduando, sólida ser implementada nas unidades minis-
formação geral, humanística, capacidade teriais com atribuição criminal, pois os
de análise, domínio de conceitos e da
recursos necessários e a infraestrutura
terminologia jurídica, adequada argu-
mentação, interpretação e valorização exigida são ordinários. Naturalmen-
dos fenômenos jurídicos e sociais, além te, em um primeiro momento, haverá
do domínio das formas consensuais um acréscimo de atos jurídicos prati-
de composição de conflitos, aliado a cados no interior do Parquet, em razão
uma postura reflexiva e de visão críti-
do número de expedientes que o novo
ca, que fomente a capacidade e a apti-
dão para a aprendizagem, autônoma e instrumento extrajudicial demanda (v. g.
dinâmica, indispensável ao exercício do convite para o investigado comparecer
Direito, à prestação da justiça e ao de- ao Ministério Público, consulta à vítima e
senvolvimento da cidadania. (negritado) minuta do termo de acordo de não per-
secução penal).

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
IGOR PEREIRA PINHEIRO | MAURO MESSIAS

A médio prazo, contudo, o esforço Ministério Público deve possuir uma


inicial será fortemente recompensado “atuação crescentemente resolutiva,
pela economia de atos gerada, sobre- [...] preferencialmente sem a necessida-
tudo a diminuição de audiências de ins- de de processo judicial e no menor tem-
trução e julgamento, memoriais, senten- po e custo social possíveis”. Segundo o
ças e eventuais recursos. Quanto maior seu artigo 1º, § 2º:
o número de acordos de não persecu-
ção penal bem sucedidos, menor será Sempre que possível e observadas as pe-
a quantidade de ações penais no Poder culiaridades do caso concreto, será prio-
Judiciário, invertendo-se, com isso, a ló- rizada a resolução extrajudicial do con-
flito, controvérsia ou situação de lesão
gica da hiperjudicialização, isto é, do ou ameaça, especialmente quando essa
exercício de pretensões jurídicas ex- via se mostrar capaz de viabilizar uma
clusivamente perante os tribunais, um solução mais célere, econômica, imple-
fenômeno inerente à nossa cultura de- mentável e capaz de satisfazer adequa-
mandista, sobretudo na área penal. damente as legítimas expectativas dos
titulares dos direitos envolvidos, contri-
Nesse ponto, Danielle Arlé (2017, p. buindo para diminuir a litigiosidade.
130) defende uma mudança de rumo,
partindo da hiperjudicialização para
a hiperjusticialização, ou seja, o “uso Atenção:
adequado do amplo sistema de acesso Assim como o CNMP, a Corregedoria Na-
à justiça e não apenas o acesso ao Po- cional do Ministério Público já incentiva-
der Judiciário”, como tradicionalmente va a prática do acordo de não persecução
ocorre de modo demandista. Não à toa, penal. Ambos os órgãos editaram a Re-
comendação Conjunta n.º 2/2018, a qual,
essa mudança de cultura vem refor-
em seu artigo 5º, V, dispõe que a eficiên-
çada expressamente pelo artigo 3º, § cia funcional da atuação do membro ou da
2º, do CPC, segundo o qual “O Estado unidade do Ministério Público será aferida,
promoverá, sempre que possível, a solu- entre outros aspectos, pela utilização de
ção consensual dos conflitos”, estímulo mecanismos de resolução consensual,
como a negociação, a mediação, a conci-
que falta à seara criminal.
liação, as práticas restaurativas, as conven-
Nada obstante, o STF já reconheceu ções processuais, os acordos de resultado,
que a ampliação de espaços de consenso assim como outros métodos e mecanis-
em sede de persecução penal valoriza a mos eficazes na resolução dos conflitos,
das controvérsias e dos problemas.
autonomia da vontade dos interessa-
dos (Inq. n.º 3.715/DF). Essa atitude
evolutiva vem sendo estimulada já há Tamanho o reforço dado pela Corre-
algum tempo pelo CNMP, o qual, por gedoria Nacional do Ministério Público,
meio da Recomendação n.º 54/2017, em maio do ano de 2019 (ou seja, durante
salienta em seus considerandos que o a vigência da Resolução n.º 181/2017 do

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CNMP), o Corregedor Nacional expediu tratamento extrajudicial aos crimes de


ofício aos diversos chefes dos Ministérios média gravidade que preencham os
Públicos do país, advertindo que: requisitos negativos dispostos no artigo
28-A do CPP. Mesmo os delitos anterio-
a “não observância da Resolução [n.º res à Lei Anticrime admitem o acordo,
181/2017 do CNMP], ou embaraços considerando que a lei possui efeito
na sua aplicabilidade, podem demandar imediato (artigo 6º, caput, da LINDB14),
proposituras de Reclamação para Pre-
servação da Competência e da Autorida-
havendo, inclusive, enunciado do Con-
de das Decisões do Conselho Nacional selho Nacional de Procuradores-Gerais
do Ministério Público e/ou a instauração de Justiça – CNPG a esse respeito15.
de procedimentos disciplinares correla- Em princípio, vários crimes compor-
tos, a exemplo de Reclamações Discipli-
nares, Sindicâncias e Processos Adminis-
tam a celebração de acordo de não per-
trativos Disciplinares. secução penal: posse irregular de arma
de fogo de uso permitido, embriaguez
ao volante, receptação dolosa, estelio-
Atitude semelhante foi adotada em
nato, furto qualificado, etc. A enverga-
setembro de 2019 pela Corregedoria
dura do novel acordo é tamanha que os
do Tribunal Regional Federal da 1ª Re-
crimes praticados por autoridades com
gião (Circular COGER – 8721150), ao
foro ratione personae vel muneris no STF
recomendar a magistrados a utilização
e no STJ também admitem a avença
do acordo de não persecução penal:
(artigo 1º, § 3º, da Lei n.º 8.038/1990),
“recomendo aos Senhores Magistrados
conforme modificação implementada
a aplicação da mencionada Resolução,
pela Lei Anticrime.
principalmente neste momento, em que
se faz premente a utilização de métodos Com isso, os crimes de média gra-
alternativos de soluções de conflitos e a vidade passam a representar um largo
otimização dos recursos públicos”. campo de atuação estratégica à dispo-
sição do membro do Ministério Público,
Os detalhes acerca da implementa-
cuja resolutividade pode gerar uma
ção da sistemática do acordo de não per-
verdadeira economia de força de tra-
secução penal podem ser conferidos no
balho a ser investida (1) na solução dos
Roteiro de Atuação, que apresenta um
temas mais prementes para a sociedade,
passo a passo destinado aos membros do
conforme o poder de agenda do Par-
Ministério Público, do Poder Judiciário, da
quet, e (2) na suavização da morosidade
OAB e da Defensoria Pública.

1.3 Cabimento 14 A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respei-


tados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a
coisa julgada.
O alcance do acordo de não persecu- 15 Cabe acordo de não persecução penal para fatos
ção penal é grande, pois envolve novo ocorridos antes da vigência da Lei n.º 13.964/2019,
desde que não recebida a denúncia.

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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processual que assola o Poder Judi- relatório “Justiça em Números”, ano-


ciário. Na lição de Maria Tereza Sadek -base 2018, elaborado pelo Conselho
(2009, p. 133), o poder de agenda do Nacional de Justiça – CNJ (2019, p. 163)
Ministério Público consiste na capacida- o tempo médio de tramitação dos pro-
de da instituição de determinar a sua cessos criminais baixados na fase de co-
agenda, ou seja, definir o que vai fazer, nhecimento do 1º grau é de três anos e
como vai fazer e quando vai fazer, ao dez meses, na Justiça Estadual.
que dará prioridade e ao que não dará
prioridade, diferentemente das demais 1.3.1 Tabela de vedações. A hi-
instituições do sistema de justiça, como pótese do concurso de pessoas.
o Poder Judiciário, que, regra geral, não Crime de racismo e injúria racial
possui controle de sua agenda, pois,
para atuar, deve ser provocado, isto é, Para uma compreensão dos casos
funciona de modo passivo. nos quais, em tese, o acordo de não per-
A morosidade processual, por sua secução penal seja cabível, vide a “Tabela
vez, será abordada em tópico próprio. de Vedações” abaixo:
Por ora, basta citar que, segundo o

TABELA DE VEDAÇÕES

Fundamento
Hipótese de vedação Observações
normativo

Artigo 28-A, Ex.: atipicidade, ausência de indícios de


Arquivamento
caput, do CPP autoria, etc.

Para a aferição da pena mínima cominada


ao delito, serão consideradas as causas de
Pena mínima igual ou Artigo 28-A, aumento e diminuição aplicáveis ao caso
superior a 4 anos caput, do CPP concreto (artigo 28-A, § 1º, do CPP).
Cumpre aplicar o teor das Súmulas n.º 243
do STJ e n.º 723 do STF.

A vedação é limitada à violência contra


pessoas, e não coisas. A vedação alcança
Crime cometido com Artigo 28-A,
a violência imprópria, contudo, não se
violência ou grave ameaça caput, do CPP
aplica aos crimes culposos com resultado
violento.

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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A celebração do acordo
não atende ao que seja
Artigo 28-A, Discricionariedade regrada do membro do
necessário e suficiente
caput, do CPP Parquet.
para a reprovação e
prevenção do crime

Contravenções penais e crimes a que a


Possibilidade de transação Artigo 28-A, § lei comine pena máxima não superior a 2
penal 2º, I, do CPP anos, cumulada, ou não, com multa (artigo
62 da Lei dos Juizados Especiais).

Investigado for reincidente


ou se houver elementos
probatórios que indiquem Por “reincidente” se entende (1) o
Artigo 28-A, §
conduta criminal habitual, reincidente em crime doloso e (2) o
2º, II, do CPP
reiterada ou profissional, reincidente específico.
exceto se insignificantes as
infrações penais pretéritas

Ter sido o agente


beneficiado nos 5
(cinco) anos anteriores Vide artigos 76 e 89 da Lei dos Juizados
ao cometimento da Especiais. A vedação não menciona a
Artigo 28-A, §
infração, em acordo de anterior pactuação dos demais acordos de
2º, III, do CPP
não persecução penal, não processar, a exemplo da colaboração
transação penal ou premiada.
suspensão condicional do
processo

Crimes praticados no
âmbito de violência
doméstica ou familiar, ou Artigo 28-A, § Ex.: crimes praticados no âmbito da Lei
praticados contra a mulher 2º, IV, do CPP Maria da Penha.
por razões da condição de
sexo feminino

É importante deixar claro que, ao investigados que serão denunciados, de-


menos em tese, não há vedação para verá ser requerido em cota ministerial o
acordo em hipótese de concurso de desmembramento do feito.
pessoas. Em se tratando de um único Questão curiosa é o cabimento de
procedimento investigativo contando acordo de não persecução penal nos cri-
com vários investigados e apenas parte mes de (i) racismo tipificados na Lei n.º
deles faça jus à proposta, não há óbice 7.716/1989 e (ii) injúria racial (artigo
ao oferecimento de acordo somente a 140, § 3º, do CP). Observe-se inexistir
estes. Naturalmente, em relação aos

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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vedação expressa no artigo 28-A do CPP e a disciplina (artigo 18, § 12)17.


à celebração de acordo em casos envol- Com o advento da Lei Anticrime, as
vendo tais delitos. Enfrentando a temática, duas primeiras vedações não mais
contudo, o Ministério Público do Estado subsistem. Assim, (1) não há teto ve-
de São Paulo recomendou que os órgãos datório para crimes passíveis de acordo
de execução: de não persecução penal e (2) a proxi-
midade da prescrição da pretensão pu-
[...] devem evitar qualquer instrumento nitiva estatal deixa de ser uma vedação,
de consenso (transação penal, acordo de pois, agora, a prescrição não corre
não persecução penal e suspensão con-
dicional do processo) nos procedimen-
enquanto não cumprido ou não rescin-
tos investigatórios e processos criminais dido o acordo de não persecução penal
envolvendo crimes de racismo, com- (artigo 116, IV, do CP).
preendidos aqueles tipificados na Lei n.º Quanto à (im)possibilidade de celebra-
7.716/89 e no art. 140, §3º, do Código
Penal, pois desproporcional e incompa- ção de acordo de não persecução penal
tível com infração penal dessa natureza, em crimes militares, cumpre destacar de
violadora de valores sociais. antemão uma séria incongruência pre-
sente no ordenamento jurídico. Segundo
1.3.2 Antigas vedações o artigo 90-A da Lei n.º 9.099/1995, de-
clarado constitucional pelo STJ18, os be-
Pela sistemática anterior (Resolu- nefícios da transação penal e da suspensão
ção n.º 181/2017 do CNMP), não ca- condicional do processo não se aplicam no
bia acordo de não persecução penal: âmbito da Justiça Militar. Ora, como pode
(1) em delitos cujo dano causado fosse a legislação penal proibir benefícios ne-
superior a vinte salários mínimos gociais em crimes mais leves (hipóteses
ou a parâmetro econômico diver- de transação penal e sursis processual) e,
so definido pelo respectivo órgão de em tese, aceitá-los em delitos mais gra-
revisão16 (artigo 18, § 1º, II), (2) se o ves (casos de acordo de não persecução
aguardo para o cumprimento do acor- penal)? Problemática semelhante ocorre
do pudesse acarretar a prescrição da com relação aos crimes previstos no Es-
pretensão punitiva estatal (artigo 18, § tatuto do Idoso, que, por força da ADI n.º
1º, IV) e (3) em delito cometido por 3.096/DF, não admitem transação penal e
militares capaz de afetar a hierarquia suspensão condicional do processo.

16 Na esfera federal, a Orientação Conjunta n.º 3/2018,


expedida pelas 2ª, 4ª e 5ª CCRs, em seu item 2, d, 17 Segundo a pesquisa de Luiz Felipe Carvalho Silva
havia aumentado o teto previsto no artigo 18, § 1º, II, (2019, p. 261), o “Código Penal Militar só tem como
da Resolução n.º 181/2017 do CNMP, para sessenta bens jurídicos a hierarquia e a disciplina em poucos
salários mínimos, ao adotar como critério analógico de seus crimes”.
o limite previsto no artigo 3º da Lei dos Juizados Es- 18 Jurisprudência em Teses n.º 96, Tese 9: É constitucio-
peciais Federais. Hoje, a disposição acima perde a sua nal o art. 90-A da Lei n.º 9.099/95, que veda a aplica-
utilidade. ção desta aos crimes militares.

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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Em princípio, por conta do silêncio Nesse ponto, é importante atentar


legislativo, seria cabível o acordo de não para a hipótese de tráfico de drogas
persecução penal nos crimes cometi- privilegiado. Em 2016, no julgamento
dos por militares – e nos previstos no do HC n.º 118.533/MS, o STF decidiu
Estatuto do Idoso. Contudo, entenden- que o chamado tráfico de drogas privile-
do haver uma falha legística, o Superior giado não possui natureza hedionda.
Tribunal Militar19 e o próprio Ministério A decisão foi elogiável porque resultou
Público Militar20 – na contramão do que na libertação imediata de 45% (quaren-
dizia o artigo 18, § 12, da Resolução n.º ta e cinco por cento) das mulheres pre-
181/2017 do CNMP – definiram o não sas à época, vítimas de um processo de
cabimento do acordo de não perse- criminalização que pesava contra elas,
cução penal nos crimes cometidos por pois a maioria dessas mulheres ocupava
militares. uma posição absolutamente coadjuvante
Outrossim, espantoso notar que no crime, realizando serviços de trans-
a vedação prevista no artigo 18, § 1º, porte de drogas e pequeno comércio,
V, primeira parte, da Resolução n.º sendo poucas as que exerciam ativida-
181/2017 do CNMP, relativa aos cri- des de gerência do tráfico, como já havia
mes hediondos, não foi contemplada revelado o Levantamento de Informa-
expressamente pela Lei Anticrime – ções Penitenciárias – INFOPEN (2014,
atecnia semelhante àquela cometida pelo p. 5). Assim, ao menos em tese, cabe
Projeto Anticrime, que, em seu artigo acordo de não persecução penal quanto
28-A, § 1º, não dispunha nesse sentido. ao crime de tráfico de drogas privile-
Em que pese o lapso do legislador, en- giado, salvo se esse acordo não atender
tendemos que a celebração de acordo ao que seja necessário e suficiente para
de não persecução penal em crimes he- a reprovação e prevenção do crime, ou
diondos não preenche o requisito sub- seja, não preencher o requisito subje-
jetivo previsto no artigo 28-A, caput, tivo disposto no artigo 28-A, caput, do
do CPP, isto é, não atende ao que seja CPP.
necessário e suficiente para a reprova-
ção e prevenção do delito. A propósito,
o enunciado n.º 23 do CNPG dispõe no
mesmo sentido21.

19 Vide STM, Habeas Corpus n.º 7000374-


06.2020.7.00.0000, rel. Min. José Coêlho Ferreira, j.
26/08/2020. mes praticados no âmbito de violência doméstica ou
20 Vide a suspensão cautelar da vigência do art. 18 e do familiar, ou praticados contra a mulher por razões da
§2º do art. 19 da Resolução n.º 101/CSMPM, ocor- condição de sexo feminino, bem como aos crimes
rida durante a 269ª Sessão Ordinária do Conselho hediondos e equiparados, pois em relação a estes o
Superior do MPM, em 30/9/2020. acordo não é suficiente para a reprovação e preven-
21 Veda-se o acordo de não persecução penal aos cri- ção do crime.

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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Por fim, interessante frisar que o Pro-


Atenção:
jeto Anticrime, em seu artigo 28-A, § 1º,
No HC n.º 612.449/SP, o STJ entendeu também não proibia o acordo de não
idônea a recusa do Ministério Público, persecução penal para os casos de vio-
fundada na gravidade concreta do caso, em
lência doméstica e familiar contra a
celebrar acordo de não persecução penal
com pessoa a quem se atribuía o delito de mulher, o que, felizmente, não vingou.
tráfico de drogas privilegiado. Parece-nos que a incorporação de ve-
dação nesse sentido foi salutar, como
pode ser conferido a partir do infográ-
fico abaixo:

Imagem n.º 1

Observe-se que, segundo os dados pela Lei Maria da Penha, referendan-


acima, fornecidos pelo Fórum Brasilei- do, pois, o teor do artigo 41 da Lei n.º
ro de Segurança Pública (FBSP, 2019), 11.340/200622.
536 mulheres foram vítimas de agres-
são física a cada hora, no ano de 2018, 1.3.3 Arquivamento
o equivalente a 4,7 milhões de mulheres
no país. Ora, perante esse quadro ab- Arquivamento é o ato complexo,
solutamente alarmante, a integridade formado pela conjugação de vontades
física da mulher não parece se encontrar independentes entre si e manifestadas
suscetível a espaços de consenso na área por órgãos diversos, por meio do qual
criminal. Essa conclusão já era adotada o Ministério Público apresenta a sua opinio
pelo STJ na Súmula n.º 536, que veda a
transação penal e a suspensão condicio- 22 Aos crimes praticados com violência doméstica e fa-
miliar contra a mulher, independentemente da pena
nal do processo aos delitos alcançados prevista, não se aplica a Lei n.º 9.099, de 26 de se-
tembro de 1995.

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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delicti negativa, ou seja, decide não no artigo 14, parágrafo único, do CP, isto
exercer a ação penal pública, ao verificar é, de “um a dois terços”. A fração aplicá-
(1) a ausência de pressuposto processual vel deve ser a mais favorável ao imputa-
ou de condição para o exercício da ação do, ou seja, a que mais diminua a pena
penal, (2) a falta de justa causa para o mínima em abstrato (no caso, dois ter-
exercício da ação penal, (3) a atipicidade ços). De modo semelhante, em se tra-
da conduta, (4) a existência manifesta de tando de causa de aumento de pena,
causa excludente da ilicitude, (5) a exis- aplica-se a fração que menos aumente
tência manifesta de causa excludente da a pena in abstrato.
culpabilidade (salvo a inimputabilidade) Não se olvide, ainda, a curiosa hi-
e (6) a existência de causa extintiva da pótese de concurso de causas de
punibilidade. aumento ou de diminuição. Cleber
Portanto, nos termos do artigo 28-A, Masson (2014, p. 235) exaure o tema ao
caput, do CPP, ocorrendo quaisquer das traçar o seguinte panorama:
hipóteses acima, resta inviável a celebra-
ção de acordo de não persecução penal, Da leitura do art. 68, parágrafo único, do
como, inclusive, já se sabe em relação CP extraem-se as seguintes conclusões:
à transação penal (artigo 76 da Lei n.º a) se existirem duas ou mais causas de
aumento ou de diminuição previstas na
9.099/199523). Em ambos os dispositivos Parte Geral, ambas deverão ser aplica-
legais há a expressão “não sendo caso de das, desde que obrigatórias; b) se exis-
arquivamento”. tirem duas ou mais causas de aumento
ou de diminuição previstas na Parte Es-
pecial, ou na legislação especial (analogia
1.3.4 Aferição da pena mínima in bonam partem), o juiz pode limitar-se a
em abstrato. Aplicação analógi- um só aumento ou a uma só diminuição,
ca de súmulas do STF e do STJ ainda que obrigatórias, prevalecendo,
nesse caso, a causa que mais aumente
Nos termos do artigo 28-A, § 1º, ou mais diminua. Cuida-se de faculda-
do CPP, para a aferição da pena mínima de judicial; c) se existirem uma causa
de aumento e uma causa de diminuição,
cominada ao delito, serão consideradas
simultaneamente, ambas deverão ser
as causas de aumento e diminuição apli- aplicadas, desde que obrigatórias. Em
cáveis ao caso concreto. Dessa forma, primeiro lugar, o magistrado aplica as
a título exemplificativo, crimes pratica- causas de aumento, e depois as de di-
dos de forma tentada devem receber a minuição. Não pode a sentença fazê-las
recair ao mesmo tempo, compensando-
causa de diminuição de pena prevista
-as; e d) se existirem, ao mesmo tempo,
duas causas de aumento, ou então duas
causas de diminuição, previstas uma na
23 Havendo representação ou tratando-se de crime de
ação penal pública incondicionada, não sendo caso de
Parte Geral e outra na Parte Especial ou
arquivamento, o Ministério Público poderá propor a legislação especial, todas elas serão apli-
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou cáveis. Por questão de lógica intrínseca à
multas, a ser especificada na proposta.

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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estrutura do tipo penal, incidem inicial- Importante frisar, contudo, que a Sú-
mente as causas de aumento e de dimi- mula n.º 723 do STF não parece abranger
nuição da Parte Especial ou da legislação satisfatoriamente as hipóteses de mais
especial, e, posteriormente, as majoran-
de dois crimes continuados. É que,
tes ou minorantes da Parte Geral.
segundo o sistema da exasperação
no crime continuado simples ou comum
Outrossim, como ressaltado na Tabe- (artigo 71, caput, do CP), aumenta-se a
la de Vedações, quando do cômputo da pena entre 1/6 e 2/3 proporcionalmente
pena mínima em abstrato, cumpre apli- ao número de crimes praticados. É fa-
car por analogia o teor da Súmula n.º 243 moso o critério doutrinário e jurispru-
do STJ24, que exige a análise de eventual dencial para o cálculo da exasperação:
concurso material de crimes, concurso para duas infrações penais, aumento de
formal ou continuidade delitiva25. Assim, o 1/6 (um sexto); três, 1/5 (um quinto);
acordo de não persecução penal não será quatro, 1/4 (um quarto); cinco, 1/3 (um
aplicável às infrações penais cometidas em terço); seis, 1/2 (metade); sete, 2/3 (dois
concurso material, concurso formal ou terços); oito ou mais, 2/3 (dois terços)
continuidade delitiva, quando a pena mí- relativamente a sete crimes e os demais
nima cominada, seja pelo somatório, seja serão considerados circunstâncias judi-
pela incidência da majorante, for igual ou ciais desfavoráveis para a dosimetria da
pena-base (MASSON, 2014, p. 241).
superior a quatro anos.
A título exemplificativo, caso uma
Também por analogia, deve ser ob-
investigação aponte a prática, em crime
servada a redação da Súmula n.º 723 do
continuado, de sete receptações qua-
STF, segundo a qual o acordo não será
lificadas (artigo 180, § 1º, do CP, com
possível nos casos de crime continua- pena mínima abstrata de 3 anos), o
do simples ou comum (artigo 71, ca- Ministério Público poderá celebrar acor-
put, do CP), se a soma da pena mínima do de não persecução penal com o in-
da infração mais grave com o aumento vestigado, caso a Súmula n.º 723 do STF
mínimo de um sexto for igual ou su- seja aplicada em sua literalidade, pois,
perior a quatro anos. aqui, o aumento será de apenas 1/6 (um
sexto), resultando em uma pena mí-
nima abstrata de 3 anos e 6 meses, a
24 O benefício da suspensão do processo não é apli- preencher o quantum exigido pelo artigo
cável em relação às infrações penais cometidas em
concurso material, concurso formal ou continuidade 28-A, caput, do CPP, que não pode ser
delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo igual ou superior a 4 anos. Por ou-
somatório, seja pela incidência da majorante, ultra-
passar o limite de um (01) ano. tro lado, caso se aplique o sistema da
25 Enunciado n.º 29 do CNPG: Para aferição da pena exasperação, a pena mínima abstrata
mínima cominada ao delito a que se refere o artigo
28-A, serão consideradas as causas de aumento e
de 3 anos será aumentada de 2/3 (dois
diminuição aplicáveis ao caso concreto, na linha do terços), perfazendo o total de 5 anos, a
que já dispõe os enunciados sumulados n.º 243 e n.º
723, respectivamente, do Superior Tribunal de Justiça
impossibilitar a celebração de acordo.
e Supremo Tribunal Federal.

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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Portanto, defendemos que, nas hipó- g. famoso exemplo do “uso de sonífe-


teses de mais de dois crimes continua- ro”, que reduz a capacidade da vítima de
dos, a Súmula n.º 723 do STF não possui resistir).
aplicabilidade. Portanto, a nosso sentir, cabe acor-
do de não persecução penal em crimes
1.3.5 Crimes culposos com re- culposos com resultado violento,
sultado violento. Violência im- embora o mesmo não possa ser dito em
própria. Crime preterdoloso relação aos delitos praticados mediante
violência imprópria.
Defendemos que os delitos culposos
Resta saber se os crimes preterdo-
com resultado violento não integram o
losos são passíveis de acordo de não
conceito de “crime cometido com vio-
persecução penal. O artigo 18 do Có-
lência”, o qual, necessariamente, deman-
digo Penal define tanto o crime doloso
da dolo do agente para a sua configura-
(inciso I28) quanto o culposo (inciso II29),
ção. Note-se que, em crimes culposos, a
contudo, há uma terceira modalidade de
violência pode vir a ocorrer no resultado
delito: o preterdoloso (ou preterinten-
indesejado, mas não na conduta conce-
cional), que, segundo o escólio de Cezar
bida pelo agente – na linha, por sinal, do
Roberto Bitencourt (2012, p. 317):
que preceituam os enunciados n.º 23 do
CNPG26 e n.º 74 do CAOCrim do Minis-
[É o] crime cujo resultado vai além da
tério Público do Estado de São Paulo27. intenção do agente, isto é, a ação volun-
Entretanto, os delitos cometidos tária inicia dolosamente e termina cul-
com violência imprópria devem ser posamente, porque, afinal, o resultado
efetivamente produzido estava fora da
abarcados pela presente restrição, pois,
abrangência do dolo. Em termos bem
conforme o escólio de Cleber Masson esquemáticos, afirma-se, simplistamen-
(2014, p. 198), “a violência imprópria te, que há dolo no antecedente e cul-
nada mais é do que uma forma especí- pa no consequente. (negritado)
fica de violência”, a qual, contudo, não
emprega força física contra a vítima (e. O principal exemplo de crime preter-
doloso citado pela doutrina é o delito de
26 É cabível o acordo de não persecução penal nos cri- lesão corporal qualificada pelo resultado
mes culposos com resultado violento, uma vez que
nos delitos desta natureza a conduta consiste na
morte (art. 129, § 3º, do Código Penal).
violação de um dever de cuidado objetivo por ne- Aqui, há efetivamente o dolo de lesionar,
gligência, imperícia ou imprudência, cujo resultado é
involuntário, não desejado e nem aceito pela agente,
mas, o resultado produzido desborda o
apesar de previsível.
27 É cabível o acordo de não persecução penal nos cri-
mes culposos com resultado violento, pois, nesses 28 Art. 18 - Diz-se o crime: I - doloso, quando o agente
delitos, a violência não está na conduta, mas no resul- quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
tado não querido ou não aceito pelo agente, incum- 29 Art. 18 - Diz-se o crime: II - culposo, quando o agen-
bindo ao órgão de execução analisar as particularida- te deu causa ao resultado por imprudência, negligên-
des do caso concreto. cia ou imperícia.

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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propósito do autor, que culposamen- trabalham com graus de pena bastante


te causa a morte da vítima. Daí Cleber distintos entre si.
Masson (2014, p. 110) frisar que o crime A presente vedação se justifica pelo
preterintencional é uma figura híbrida: fato de o ordenamento jurídico já garan-
“O propósito do autor era praticar um tir ao investigado por delito de menor
crime doloso, mas, por culpa, sobreveio potencial ofensivo o acordo de transa-
resultado mais gravoso”. ção penal, que, saliente-se, é mais van-
As definições doutrinárias acima nos tajoso do que o acordo de não perse-
permitem defender o cabimento do cução penal (especialmente pelo fato de
acordo de não persecução penal em cri- aquele não envolver a necessidade de
mes preterdolosos quando a violência confissão). Busca-se, pois, evitar a so-
contra a pessoa residir exclusivamente breposição de benefícios negociais.
no resultado culposo. Assim, no delito Não confundir tais acordos com um
de lesão corporal qualificada pelo resul- terceiro tipo de tratativa admitida no
tado morte (art. 129, § 3º, do Código país: a suspensão condicional do proces-
Penal), não cabe o citado acordo, pois so. O sursis processual ocorre após o
a violência contra a pessoa existe desde recebimento da denúncia, logo, con-
o dolo de lesionar. Já o delito de aban- figura um acordo realizado no curso de
dono de incapaz qualificado pela lesão um processo-crime.
corporal grave (artigo 133, § 1º, do Có- Para uma visualização dos mecanis-
digo Penal) admite, em tese, o acordo mos negociais acima na forma de linha
de não persecução penal, uma vez que a do tempo, vide a imagem abaixo:
violência contra a pessoa reside exclusi-
vamente no resultado culposo.

1.3.6 Transação penal. Linha do


tempo dos três principais bene-
fícios negociais
Nos termos do artigo 28-A, § 2º, I,
do CPP, não será cabível o acordo de
não persecução penal se o fato jurídico
em análise admitir a celebração de tran-
sação penal. Ambas as avenças configu-
ram formas de resolução penal pactu-
ada firmadas pré-processualmente,
ou seja, antes do oferecimento e, sobre-
tudo, recebimento da denúncia, mas,

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ACORDOS DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA JUSTIÇA COMUM E NA JUSTIÇA ELEITORAL
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Imagem n.º 2 (autoria própria)

Note-se que a decisão de recebi- passou-se a distinguir (1) o reinciden-


mento da ação penal marca a diferença te doloso específico (artigo 44, § 3º,
entre os momentos para, de um lado, in fine, do CP), (2) o reincidente em
celebrar acordos de transação penal ou crime doloso e (3) o reincidente em
de não persecução penal, e, de outro, crime culposo, de modo que somente
para pactuar acordo de suspensão con- o primeiro caso restou insuscetível de
dicional do processo. substituição da pena privativa de liber-
dade por restritiva de direito.
1.3.7 Reincidência. Conduta cri- Observe-se que, como salienta Gui-
minal habitual, reiterada ou pro- lherme de Souza Nucci (2014, p. 250),
fissional até mesmo o reincidente em crime
Segundo a definição do próprio Có- doloso, em determinadas hipóteses,
digo Penal (artigo 63), a reincidência pode vir a ser beneficiado com a subs-
ocorre “quando o agente comete novo tituição em comento, desde que, em
crime, depois de transitar em julgado a face da condenação anterior, a medida
sentença que, no País ou no estrangeiro, seja socialmente recomendável e a rein-
o tenha condenado por crime anterior”. cidência não se tenha operado em vir-
tude da prática do mesmo crime (rein-
Cezar Roberto Bitencourt (2012, p.
cidente doloso específico), conforme a
546–547) leciona que, pela redação an-
redação do artigo 44, § 3º, do CP. De
terior do artigo 44, II, do Código Penal
todo modo, certo é que o reincidente
(dada pela Lei n.º 7.209/1984), as penas
em crime culposo faz jus à substitui-
restritivas de direitos eram inaplicá-
ção da pena privativa de liberdade por
veis em casos de reincidência. Apenas
restritiva de direito.
com o advento da Lei n.º 9.714/1998,

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