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Código Brasileiro de Trânsito
Lei 9.503/97

Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas
gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como
a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.

§ 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de
26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.705, de 2008)

I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; (Incluído pela Lei
nº 11.705, de 2008)
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de
perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela Lei nº 11.705,
de 2008)
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por
hora). (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)

§ 2o Nas hipóteses previstas no § 1 o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da
infração penal. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)

Obs.: Não será TCO, em regra se aplica os institutos despenalizadores, salvo a exceção acima. Aplicação
subsidiária – art. 12, do CP

§ 4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas no art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 (Código Penal), dando especial atenção à culpabilidade do agente e às circunstâncias e consequências do
crime.  Lei 13.546/17

Obs.: A Lei 13.546 é de 20/12/17, vigência em 19/04/18

Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode
ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)

Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo
automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.  art. 68 do CP (cálculo da pena)

§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em
quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. (efeito automático)

§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo


automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver recolhido a
estabelecimento prisional. (execução da pena)

Pena restritiva de direitos no CP

Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são:

III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo.

Prescrição

Art. 109, parágrafo único:

“Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade.”

Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da ordem
pública (periculum libertatis ou periculum in mora), poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a

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requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão
motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua
obtenção.

Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento
do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.

Medida cautelar pessoal


Para qualquer crime da CBT?

1ª Cor. Somente para os art. 302, 303, 306 e 308


2ª Cor. Para qualquer crime

Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação será
sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito
do Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente.

Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará (deverá após
alteração, no lugar de poderá) a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo
automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)

Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima,
ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que
houver prejuízo material resultante do crime.

§ 1º. A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
§ 2º. Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52 do Código Penal.
§ 3º. Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado. (Exceto dos danos morais e/ou
lucros cessantes – Resp 1.039.015/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª Turma, j. 16.09.2008)

Natureza jurídica da multa reparatória

1ª Cor. Sanção civil. Desconto do valor no cível dá essa conotação


2ª Cor. Sanção penal. Semelhante á pena de prestação pecuniária do art. 45, §1º do CP, e se trata de pena restritiva
de direitos

Multa reparatória com prestação pecuniária, bis in idem?

STJ, 5ª T e 6ª T entendem que não. Resp 736.784/SC, 2005 e 772.721/AC, 2006

Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo
cometido a infração:

I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros;
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga;
VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afetem a sua segurança
ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.

Obs.: Art. 61 do CP (agravantes genéricas) + art. 298 do CBT (agravantes genéricas específicas)

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Art. 299. (VETADO)

“Art. 299. Nas infrações penais de que trata este Código não constitui circunstância atenuante o fato de contar o
condutor do veículo menos de vinte e um anos, na data do evento, ou mais de setenta, na data da sentença."

Razões do veto:
"Este artigo pretende que o fato do condutor de veículos que contar menos de vinte e um anos ou mais de setenta
anos não constitua circunstância atenuante para a aplicação da pena. Isto contraria a tradição jurídica brasileira e,
especialmente, a sistemática estabelecida do Código Penal. De qualquer modo, não se justifica, na espécie, o
tratamento especial ou diferenciado, que se pretende conferir aos delitos de trânsito, razão pela qual deve ser
vetado."

Art. 300. (VETADO)


"Art. 300. Nas hipóteses de homicídio culposo e lesão corporal culposa, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se
as consequências da infração atingirem, exclusivamente, o cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente,
irmão ou afim em linha reta, do condutor do veiculo."

Razões do veto:
"O artigo trata do perdão judicial, já consagrado pelo Direito Penal. Deve ser vetado, porém, porque as hipóteses
previstas pelo § 5° do art. 121 e § 8° do artigo 129 do Código Penal disciplinam o instituto de forma mais abrangente."

Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a
prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.

Obs.: Prisão em flagrante e fiança – liberdade provisória desvinculada

Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:

CRIME CULPOSO – Art. 18, II do CP.


O dolo eventual afasta a aplicação do 302, CTB, levando para o art. 121, CP

STJ: “1. É iterativa a jurisprudência desta Corte no sentido de que a via estreita do habeas corpus não se
compatibiliza com a necessidade de revolvimento do conjunto fático-probatório, necessário para se perquirir se a
conduta atribuída ao ora paciente se amolda ao dolo eventual ou se decorre de culpa - inobservância do dever geral
de cuidado. 2. De todo modo, a Sexta Turma já decidiu que, "sendo os crimes de trânsito em regra culposos,
impõe-se a indicação de elementos concretos dos autos que indiquem o oposto, demonstrando que o
agente tenha assumido o risco do advento do dano, em flagrante indiferença ao bem jurídico tutelado" (HC
58.826/RS, Relatora Ministra Maria Thereza de Assis Moura, DJe de 8.9.2009). 3. Entretanto, na ação penal de que
aqui se cuida, os elementos apontados na origem - velocidade aproximada de 100 km/h, em movimentada
via, acrescida do avanço do sinal fechado -, são hábeis a, num primeiro momento, autorizar a acusação pelo
delito contra a vida, na modalidade dolosa (dolo eventual). 4. Com efeito, as circunstâncias do caso indicam
não ter sido reconhecida automaticamente a competência do júri popular. Ao revés, agiram as instâncias ordinárias
atentas aos elementos colhidos no decorrer da instrução, o que afasta o constrangimento ilegal propalado. (HC
160336/SP, 6ª Turma, Relator Min. Og Fernandes, julgado em 20.10.2011)

STJ: (...)5. É possível, em crimes de homicídio na direção de veículo automotor, o reconhecimento do dolo eventual
na conduta do autor, desde que se justifique tal excepcional conclusão a partir de circunstâncias fáticas que,
subjacentes ao comportamento delitivo, indiquem haver o agente previsto e anuído ao resultado morte. 6. A
embriaguez do agente condutor do automóvel, sem o acréscimo de outras peculiaridades que ultrapassem a
violação do dever de cuidado objetivo, inerente ao tipo culposo, não pode servir de premissa bastante para a
afirmação do dolo eventual. Conquanto tal circunstância contribua para a análise do elemento anímico que move o
agente, não se ajusta ao melhor direito presumir o consentimento do agente com o resultado danoso apenas porque,
sem outra peculiaridade excedente ao seu agir ilícito, estaria sob efeito de bebida alcoólica ao colidir seu veículo
contra o automóvel conduzido pela vítima.(...) (STJ, Resp. 1.689.173 – SC. J. 06/12/17)

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1C: Doutrina Majoritaria sustenta que a formula criada EMBRIAGUEZ + VELOCIDADE EXCESSIVA não é sufiente
para a caracterização do dolo eventual. Rogerio Greco e Bruno Gilaberte.

2C: STF e STJ não afastam a possibilidade de dolo eventual nessas hipóteses, porem a avaliação deve ficar a cargo
do Juiz Natural que nesse caso é o Tribunal do Júri.

Embriaguez isolada não permite concluir dolo eventual (STJ, Resp. 1.689.173 – SC. J. 06/12/17)

Ex: Morte proveniente de acidente de trânsito provocado durante uma competição de “racha”.

1C: A jurisprudência entende que configura o crime de homicídio em razão do dolo eventual. STF no julgamento
do HC 101.698/RJ (18.10.2011), rel. Min. Luiz Fux. STJ (“a tentativa é compatível com o delito de homicídio
praticado com dolo eventual, na direção de veículo automotor” - AgRg no REsp 1.322.788/SC, da minha relatoria,
Sexta Turma, DJe 3/8/2015) (HC n. 308.180/SP, Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, DJe
20/9/2016)  REsp 1.486.745 6ªT STJ 04/18

2C: Trata-se de crime culposo, incidindo a Lei de Trânsito. Alexandre de Moraes.

3C: Prof. Bruno Gilaberte. A análise deve ser casual, não se pode etiquetar uma situação abstrata em dolo eventual
ou culpa consciente.

COAUTORIA EM DELITO CULPOSO – Pai que empresta o carro ao filho e este causa o acidente.

STJ: “HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR EM COAUTORIA. FILHO QUE PEGA
O CARRO DO PAI E CAUSA ACIDENTE DE TRÂNSITO COM RESULTADO MORTE. COAUTORIA EM CRIME
CULPOSO. POSSIBILIDADE. ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE CRIMINAL AO PAI. IMPOSSIBILIDADE.
AUSÊNCIA DOS ELEMENTOS CARACTERIZADORES DO CONCURSO DE AGENTES. 3. NÃO
COMPROVAÇÃO DE QUE O PAI PERMITIU A SAÍDA DO FILHO COM O CARRO NA DATA DOS FATOS.
AUSÊNCIA DE PREVISIBILIDADE APTA A CONFIGURAR O DELITO CULPOSO QUE SE ATRIBUI AO PAI.

2. A doutrina majoritária admite a coautoria em crime culposo. Para tanto, devem ser preenchidos os
requisitos do concurso de agentes: a) pluralidade de agentes, b) relevância causal das várias condutas, c) liame
subjetivo entre os agentes e d) identidade de infração penal. In casu, a conduta do pai não teve relevância causal
direta para o homicídio culposo na direção de veículo automotor. Outrossim, não ficou demonstrado o liame
subjetivo entre pai e filho no que concerne à imprudência na direção do automóvel, não podendo, por
conseguinte, atribuir-se a pai e filho a mesma infração penal praticada pelo filho. 3. Não há qualquer elemento
nos autos que demonstre que o pai efetivamente autorizou o filho a pegar as chaves do carro na data dos fatos, ou
seja, tem-se apenas ilações e presunções, destituídas de lastro fático e probatório. Ademais, o crime culposo, ainda
que praticado em coautoria, exige dos agentes a previsibilidade do resultado. Portanto, não sendo possível, de
plano, atestar a conduta do pai de autorizar a saída do filho com o carro, muito menos se pode a ele atribuir a
previsibilidade do acidente de trânsito causado. (HC 235827/SP, 5ª Turma, Relator Min. Marco Aurélio Belizze,
julgado em 03.09.2013).

Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:


Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
automotor.
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade,
se o agente:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
§ 1º. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o
agente: (Lei 12.971/14)
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; (Lei 12.971/14)
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; (Lei 12.971/14)

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III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; (Lei 12.971/14)
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. (Lei
12.971/14)
V - estiver sob a influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecente de efeitos análogos. (Lei 11.275/06) 
(Revogado pela Lei 11.705/08)

o
§ 2 Se o agente conduz veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool
ou de outra substância psicoativa que determine dependência ou participa, em via, de corrida, disputa ou competição
automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada
pela autoridade competente: (Lei 12.971/14)  (Revogado pela Lei 13.281/16)
Penas - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor. (Lei 12.971/14)  (Revogado pela Lei 13.281, de 2016)

o
§ 3 Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa
que determine dependência: (Lei 13.546/17)
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor. (Lei 13.546/17)

§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à
metade, se o agente:

I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

CARTEIRA VENCIDA: STJ entende que se trata de infração administrativa, afastando a majorante.

CRIMINAL. RECURSO ESPECIAL. DIRIGIR VEÍCULO SEM HABILITAÇÃO GERANDO PERIGO DE DANO.
ABSOLVIÇÃO. CONDUTOR HABILITADO. EXAME MÉDICO VENCIDO. ATIPICIDADE. RECURSO
DESPROVIDO. I. Hipótese em que o réu foi absolvido, ao fundamento de que o ato de conduzir veículo automotor
com carteira de habilitação vencida não constitui a conduta tipificada no art. 309 do CTB. II. Se o bem jurídico
tutelado pela norma é a incolumidade pública, para que exista o crime é necessário que o condutor do veículo não
possua Permissão para Dirigir ou Habilitação, o que não inclui o condutor que, embora habilitado, esteja com a
Carteira de Habilitação vencida. III. Não se pode equiparar a situação do condutor que deixou de renovar o exame
médico com a daquele que sequer prestou exames para obter a habilitação (STJ, 5ª Turma, Relator Min. Gilson
Dipp, julgado em 16.12.2010).

II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;

III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;

E em morte instantânea?
STJ: “5. A norma contida no inciso III, do parágrafo único, do art. 302, do Código de Trânsito Brasileiro impõe um
dever de solidariedade no sentido de socorrer prontamente a vítima, sendo culpado ou não o condutor pelo
atropelamento, não lhe competindo levantar suposições acerca das condições físicas daquela para o fim de deixar
de lhe prestar a devida assistência. Precedentes. (RHC 34096/RJ, 5ª Turma, Relator Min. Moura Ribeiro, julgado
em 06.05.2014).

STF: Informativo 382, HC 84.380  Incide o crime ou causa de aumento

IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.

NÃO PRECISA ESTAR NA CONDUÇÃO DE PASSAGEIROS, MAS DE VEÍCULO DE PASSAGEIROS. EX:


TAXISTA, MOTORISTA DE VAN, ETC.

STJ: “"A majorante do art. 302, parágrafo único, inciso IV, do Código de Trânsito Brasileiro, exige que se trate de
motorista profissional, que esteja no exercício de seu mister e conduzindo veículo de transporte de passageiros,
mas não refere à necessidade de estar transportando clientes no momento da colisão e não distingue entre veículos

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de grande ou pequeno porte."(REsp 1.358.214/RS, Rel. Ministro CAMPOS MARQUES (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TJ/PR), QUINTA TURMA, julgado em 09/04/2013, DJe 15/04/2013 e Resp 685.084/RS)

A suspensão da habilitação de motorista profissional viola o direito constitucional para o trabalho?

RE 607.107/MG DE 16/09/2011

MATÉRIA CRIMINAL. HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. SUSPENSÃO DE


HABILITAÇÃO. MOTORISTA PROFISSIONAL. VIOLAÇÃO DO DIREITO CONSTITUCIONAL AO TRABALHO.
EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. Possui repercussão geral a discussão sobre a hipótese de violação do
direito constitucional ao trabalho no caso de suspensão da habilitação de motorista profissional condenado por
homicídio culposo na direção de veículo automotor.

V - estiver sob a influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecente de efeitos análogos. (Incluído pela
Lei nº 11.275, de 2006) (Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008)

Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:


Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único
do artigo anterior.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1º do art.
302. (Lei 12.971/14)

§ 1º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1º do art. 302. (Lei
13.546/17)

§ 2º A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas
neste artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool
ou de outra substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal de natureza
grave ou gravíssima. (Lei 13.546/17)

Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo
fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida
por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.

MODALIDADE ESPECIAL DE OMISSÃO DE SOCORRO – ART. 135, CP.


Afasta a imposição de prisão em flagrante e exigência de fiança, se prestar socorro.
A morte instantânea da pessoa não afasta tal crime, pois não cabe ao agente verificar a morte da vítima, mas
prestar-lhe socorro.

STJ: "Irrelevante o fato de a vítima ter falecido imediatamente, tendo em vista que não cabe ao condutor do
veículo, no instante do acidente, supor que a gravidade das lesões resultou na morte para deixar de prestar o devido
socorro". (AgRg no Ag n.º 1.140.929/MG, Rel. Ministra LAURITA VAZ)

Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe
possa ser atribuída:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

O bem jurídico tutelado é a administração da justiça.


Alguns TJs como MG, SP e SC entendem que é inconstitucional. Direito de autodefesa. A responsabilidade deve
ser perquirida pelo estado e através do devido processo legal.
Submetido à RG, o RE 971.959, Min. Luiz Fux, Pleno, 05.08.16, decisão em 14.11.18 de que o dispositivo é
constitucional.

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ADC 35 (ainda não julgado. Último movimento em 29/11/18)

“O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 907 da repercussão geral, deu provimento ao recurso extraordinário,
nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Dias Toffoli
(Presidente). Em seguida, por maioria, fixou-se a seguinte tese: “A regra que prevê o crime do art. 305 do Código
de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/97) é constitucional, posto não infirmar o princípio da não incriminação,
garantido o direito ao silêncio e ressalvadas as hipóteses de exclusão da tipicidade e da antijuridicidade”, vencidos
os Ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello, que votaram contrariamente à tese. Não participou,
justificadamente, da votação da tese, o Ministro Roberto Barroso. Ausente, justificadamente, a Ministra Rosa Weber.
Plenário, Sessão Ordinária, 14.11.2018.”

Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, sob a influência de álcool ou substância de efeitos análogos,
expondo a dano potencial a incolumidade de outrem: ( r e d a ç ã o o r i g i n a l )
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue
igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência: (Lei nº 11.705, de 2008)
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool
ou de outra substância psicoativa que determine dependência: (Lei nº 12.760, de 2012)
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para
efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (Lei nº 11.705, de 2008)
§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por: (Lei nº 12.760, de 2012)
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama
de álcool por litro de ar alveolar; ou (Lei nº 12.760, de 2012)
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran (Res. 432/2013), alteração da capacidade psicomo-
tora. (Lei nº 12.760, de 2012)
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia, exame clínico, perícia,
vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova. (Lei nº
12.760, de 2012)
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico,
exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito
à contraprova. (Lei nº 12.971, de 2014)
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia para efeito de caracterização
do crime tipificado neste artigo. (Lei nº 12.760, de 2012)
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de
caracterização do crime tipificado neste artigo. (Lei nº 12.971, de 2014)

É CONSTITUCIONAL?

Doutrina majoritária entende que sim por ausência de lesividade.

STF (RE 856.930/SP, 02.02.2015 )e STJ (HC 364.006/SP, 5ªT, 22.11.16), não

Crime de perigo abstrato e formal, informativo 466, STJ

Elemento modal – via pública

Conceito: art. 2º

Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as
estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de
acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.

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Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação
pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de
estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Lei nº 13.146/15)

Resultado morte: tipicidade preterdolosa

302, §3 º. “Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência:
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor.”

Resultado lesão grave ou gravíssima: tipicidade preterdolosa

Art. 303, §2º “se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de
álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal
de natureza grave ou gravíssima.”

E quando o resultado for lesão leve? não há previsão de tipicidade preterdolosa

O condutor causa lesão corporal culposa leve e está com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência. Responde somente pelo
art. 303, caput (6m a 2a e a embriaguez fica absorvida)? Ou art. 303 e art. 306 em concurso formal? Ou
somente art. 306 (6m a 3a) e a lesão fica absorvida (crime de perigo absorve crime de dano)?

1ª Cor. Concurso formal entre a embriaguez ao volante e resultado lesão culposa


2ª Cor. Somente embriaguez e a lesão fica absorvida
3ª Cor. Somente 303 e a embriaguez fica absorvida

Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
imposta com fundamento neste Código:

Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de
suspensão ou de proibição.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no §
1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
MODALIDADE ESPECIAL DE CRIME DE DESOBEDIENCIA – Art. 330 e 359, CP.

Há crime quando a suspensão de dá por ordem administrativa e judicial?

STJ, HC/SP 427.472, de 23.08.2018, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura.

Somente decisão judicial, sendo atípica a violação da suspensão administrativa.


A conduta tipificada pelo art. 307 do CTB refere-se à violação da penalidade disposta no art. 292 (e seguintes) do
Código de Trânsito, tratando-se, portanto, de afronta à decisão judicial, que determina a suspensão ou proibição de
se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor, seja cautelarmente (art. 294), seja por
condenação transitada em julgado (art. 293, § 1º, do CTB).

Inviabilidade da aplicação do artigo 307 ao condutor que dirige com a CNH suspensa administrativamente, tendo
em vista que dirigir com a CNH cassada (imposição administrativa mais gravosa) não é crime. Ademais, as
penas cumulativas do art. 307 justificam a interpretação de se tratar de delito mais grave, já que ao art. 309 do CTB
são cominadas as mesmas penas, mas de forma alternativa.

Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobi-
lística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou
privada:

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Penas - detenção, de seis meses a dois anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habili-
tação para dirigir veículo automotor. ( r e d a ç ã o o r i g i n a l )
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição
automobilística não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou
privada: (Lei nº 12.971, de 2014)
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição
automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada
pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada: (Lei nº 13.546, de
2017)
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor. (Lei nº 12.971, de 2014)
§ 1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade
é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. (Lei nº 12.971, de
2014)
§ 2º Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente
não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a
10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. (Lei nº 12.971, de 2014)

Racha e morte com dolo eventual. Pode haver qualificadoras?

STJ. Sim art. 121,§2º, IV – recurso que dificulta ou torne impossível a defesa da vítima. (HC/SP 120.175, 5ªT, Rel.
Min. Laurita Vaz, 02.03.10)

E qualificadora motivo fútil?

Não. HC/SP 307.617, Rel. Min. Nefi Cordeiro, 19.04.16.

Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se
cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Súm. 720, STF: “O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de dano, derrogou
o art. 32 da Lei de Contravenções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres”.

Obs.: Falta de habilitação, habilitação vencida e não portar habilitação

Lesão corporal com condutor sem habilitação e vítima não representa, resta o art. 309 como delito autônomo?

1ªCor. STF, 2ªT, HC/MG 80.298, Rel. Min. Maurício Corrêa, 10.10.2000
2ª Cor. Entre o 303 e 309 há subsidiariedade, assim, MP pode denunciar pelo 309

HABILITAÇÃO VENCIDA – Infração administrativa

CRIMINAL. RECURSO ESPECIAL. DIRIGIR VEÍCULO SEM HABILITAÇÃO GERANDO PERIGO DE DANO.
ABSOLVIÇÃO. CONDUTOR HABILITADO. EXAME MÉDICO VENCIDO. ATIPICIDADE. RECURSO
DESPROVIDO. I. Hipótese em que o réu foi absolvido, ao fundamento de que o ato de conduzir veículo automotor
com carteira de habilitação vencida não constitui a conduta tipificada no art. 309 do CTB. II. Se o bem jurídico
tutelado pela norma é a incolumidade pública, para que exista o crime é necessário que o condutor do veículo não
possua Permissão para Dirigir ou Habilitação, o que não inclui o condutor que, embora habilitado, esteja com a
Carteira de Habilitação vencida. III. Não se pode equiparar a situação do condutor que deixou de renovar o exame
médico com a daquele que sequer prestou exames para obter a habilitação (STJ, 5ª Turma, Relator Min. Gilson
Dipp, julgado em 16.12.2010).

Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação
cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por
embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:

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Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

CRIME DE PERIGO ABSTRATO.

INF. 559 e 563,STJ:

DIREITO PENAL. CARACTERIZAÇÃO DO CRIME DE ENTREGA DE DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR A


PESSOA NÃO HABILITADA. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. 8/2008-STJ).

É de perigo abstrato o crime previsto no art. 310 do Código de Trânsito Brasileiro. Assim, não é exigível,
para o aperfeiçoamento do crime, a ocorrência de lesão ou de perigo de dano concreto na conduta de quem
permite, confia ou entrega a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada
ou com o direito de dirigir suspenso, ou ainda a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por
embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança

Súmula 575, STJ. Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor à pessoa
que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer das situações previstas no art. 310 do CTB,
independentemente da ocorrência de lesão ou de perigo de dano concreto na condução do veículo. STJ. 3ª Seção.
Aprovada em 22/06/2016, DJe 27/06/2016.

Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações
de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
concentração de pessoas, gerando perigo de dano:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo
procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a
fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o procedimento
preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.

Especial com relação ao art. 347 do CP

Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a
substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço
à comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades: (Lei nº 13.281/16)

I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em outras unidades móveis
especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito
e politraumatizados;
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de trânsito;
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito.

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