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Aula 01

CADERNO DOUTRINÁRIO 03

BLITZ POLICIAL
Prof. André Gustavo

MANUAL TÉCNICO-PROFISSIONAL
Nº 3.04.03/2020-CG

MTP 03

BLIZ POLICIAL
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SEÇÃO 1

APRESENTAÇÃO
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APRESENTAÇÃO

O MTP 03 (Blitz Policial) traz orientações para o


planejamento, a distribuição de policiais, viaturas e
equipamentos nas vias públicas, em operações desta
natureza. Sua leitura deve ser, obrigatoriamente,
precedida do MTP 01 (Intervenção Policial, Processo
de Comunicação e Uso de Força) e do MTP 02
(Abordagem a Pessoas) e complementadas pela leitura
do MTP 04 (Abordagem a veículos).
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SEÇÃO 2

CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
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APRESENTAÇÃO
A blitz é um tipo de
operação policial
realizada em vias
urbanas ou rurais, com
a utilização de
sinalização física, visual
e sonora, para abordar
veículos e seus
ocupantes, realizando
checagens e vistorias em
geral.
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APRESENTAÇÃO
Tal operação pode ser executada por uma equipe
composta somente por policiais militares ou por
policiais militares em conjunto com os
integrantes de diversos órgãos, conforme o tipo
de policiamento realizado, tais como:
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APRESENTAÇÃO
a) Policiamento ostensivo geral - ênfase na
identificação de pessoas procuradas, busca de
armas, drogas, veículos roubados, dentre outros;
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APRESENTAÇÃO
b) Trânsito urbano e rodoviário - ênfase na verificação
de documentos e condições do condutor e do veículo;
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APRESENTAÇÃO
c) Meio ambiente - ênfase na verificação de
documentos e fiscalização de transporte de produtos
e animais protegidos por legislação específica;
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APRESENTAÇÃO
d) Apoio a fiscalizações realizadas por outros órgãos
fazendários, sanitários, dentre outros.
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Classificação por Tipos


De acordo com os objetivos, as operações blitz
classificam-se em:

a) Educativa: visa informar, orientar e conscientizar


as pessoas sobre temas de interesse público;

b) Preventiva: visa realizar verificações em locais


onde há incidência significativa ou a possibilidade
de ocorrerem infrações e delitos.

NÃO HÁ MAIS A BLITZ REPRESSIVA


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Classificação por Tipos


Os tipos de blitz não guardam relação com as
categorias de blitz, conforme se verá a seguir.
É importante ressaltar que, ao constatar uma
infração, o policial militar deverá adotar as medidas
(repressivas) que a situação exigir.
Da mesma maneira, os objetivos inicialmente
planejados (educativo ou preventivo), poderão
variar, ainda que temporariamente, em função dos
riscos que se apresentarem no desenvolvimento da
operação, podendo implicar até mudança de
categoria, mediante reforço logístico e de efetivo
policial.
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Classificação por Tipos

Atendendo ao princípio da universalidade, na


execução de uma operação blitz de qualquer
tipo, o policial pode se deparar com irregularidades
(penais ou administrativas), ainda que não sejam
o escopo primordial da operação, nem a
proposta inicial da atividade, exigirá que a
equipe tome as providências que o caso
demandar.
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Classificação por Tipos


Cabe asseverar, ainda, que as operações blitzen
devem possuir caráter preventivo, ainda que
objetivem reprimir alguma modalidade
criminosa particular.

Diante de algum acontecimento que demandar


abordagem de pessoas específicas envolvidas
no cometimento de crimes, o tipo da operação
deve ser modificado, assim como o formato, que
deverá se adequar às operações de cerco ou
bloqueio, pois proporcionarão melhores condições
de segurança aos envolvidos
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Classificação por Categorias

A Blitz Policial classifica-se em 3 (três) categorias


que se diferem basicamente quanto à estrutura de
pessoal necessária para a sua execução
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O Preparo Mental, a Avaliação de Riscos e o


Pensamento Tático na Blitz Policial

A mesma estrutura pode ser utilizada para


diferentes tipos de blitz, a ainda assumir caráter
repressivo, conforme avaliação do PM
Comandante da operação e com as
circunstâncias constatadas.

Nas operações blitz, em regra, os policiais militares


integrantes da equipe responsável devem adotar as
seguintes orientações:
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O Preparo Mental, a Avaliação de Riscos e o


Pensamento Tático na Blitz Policial
a) durante as operações blitz, antes da abordagem, deve
manter-se no estado de atenção (amarelo).

b) no momento da abordagem, esteja no estado de


alerta (laranja) e considere as etapas da avaliação de
riscos.

c) algumas situações do policiamento podem fazer com


que a blitz passe a ter caráter repressivo. Dessa forma, é
necessário considerar a hipótese do uso de força em
níveis mais elevados, permanecendo no estado de
prontidão adequado (estado de alerta - laranja, ou
alarme - vermelho), conforme avaliação de riscos,
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O Preparo Mental, a Avaliação de Riscos e o


Pensamento Tático na Blitz Policial
d) faça a leitura do ambiente e identifique,
preliminarmente, os possíveis locais de abrigo que
sejam facilmente acessíveis e próximos ao local da
intervenção. Se existir alguma ameaça que se
configure um risco real adote medidas compatíveis
com o estado de alarme;

e) procure atuar sempre privilegiando a segurança da


equipe, evitando abordar veículos com quantidade
de ocupantes adultos em número superior ao de
policiais militares na operação;
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O Preparo Mental, a Avaliação de Riscos e o


Pensamento Tático na Blitz Policial
f) caso ocorra a parada de um veículo com número
de ocupantes adultos superior ao de policiais e
ainda estejam presentes outros fatores da análise de
risco que indiquem falta de segurança para a guarnição
seguir na intervenção, é recomendável liberar
imediatamente o veículo sem abordá-lo, e recorrer a
outros procedimentos técnicos e táticos, como
apoio de outras guarnições ou cerco e bloqueio, para
que a ação de resposta seja efetiva.

Tal procedimento traduz-se em profissionalismo, com


ênfase na segurança da equipe, e não em fragilidade
da equipe;
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O Preparo Mental, a Avaliação de Riscos e o


Pensamento Tático na Blitz Policial
g) se, em função da segurança da equipe, optar pela
liberação do veículo, alerte ao Centro e Operações
Policiais Militares (COPOM) ou correspondente, sobre o
ocorrido, transmitindo os dados (local, características do
veículo/ocupantes e rota de deslocamento), para uma
possível abordagem posterior por uma guarnição PM
reforçada;

h) no caso específico de operação Categoria 1 (pequeno


porte, composta por 2 ou 3 policiais), aborde somente 1
(um) veículo de cada vez;

i) caso ocorra alguma eventualidade relevante, atualize


rapidamente sua avaliação de risco e decida por
continuar a abordagem, ou não, e pedir reforços;
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O Preparo Mental, a Avaliação de Riscos e o


Pensamento Tático na Blitz Policial

Em situações de fuga, a operação será mantida no


local e um integrante da equipe deverá repassar as
informações ao COPOM ou correspondente,
preferencialmente via rede-rádio, sobre o ocorrido,
transmitindo os dados (local, características do
veículo/ocupantes e rota de deslocamento), para fins
de rastreamento e abordagem, com maior segurança,
por outras guarnições PM.

Se houver efetivo suficiente em apoio, parte desse


efetivo poderá deslocar em perseguição, caso
possua meio para fazê-lo.
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SEÇÃO 3

PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
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PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

A blitz policial deve ser precedida de planejamento


elaborado pela Seção de Emprego Operacional (P3),
por meio de ordens de serviço ou outros instrumentos,
nos quais estejam presentes todos os aspectos que,
direta ou indiretamente, venham a contribuir para o
sucesso da operação.

O local e o horário de instalação da blitz policial são


aspectos importantes a serem observados no
planejamento da operação. O local não pode ser
escolhido aleatoriamente.
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PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

Deve ser definido a partir de dados obtidos na análise


criminal e em conformidade com as metas
estabelecidas, tomando-se por base:
a) a segurança da via;
b) as condições de tráfego (aclives, declives, curvas, pontes, cruzamentos,
semáforos,
redutores de velocidade, túneis e viadutos);
c) a visibilidade e iluminação do local;
d) os índices de criminalidade local;
e) o tipo de veículo a ser parado e abordado, conforme o objetivo da operação,
principalmente em relação ao horário. Exemplos: táxi, ônibus, motocicleta, etc;
f) o objetivo principal a ser atingido de acordo com a característica da operação;
g) a possibilidade de evasão (rotas de fuga);
h) a necessidade de apoio de outros órgãos públicos ou privados;
i) a interferência no fluxo de trânsito;
j) a proximidade de locais onde ocorre concentração de crimes violentos.
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PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

Se o local e horário escolhidos para a execução


da operação influenciarem no desenvolvimento
normal do tráfego, tornando-o intenso, devido ao
estrangulamento do fluxo de veículos, será
avaliada a possibilidade de realizar a operação
em local e horário diversos, sem, contudo,
perder o foco e o objetivo principal da operação.
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PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

ATENÇÃO! Em caso de operações que necessitem


ser montadas em vias de grande fluxo de veículos
pesados, elas serão precedidas de rigorosa análise
de riscos, observada a segurança dos policiais e do
tráfego da via (ver procedimentos operacionais
específicos tratados nos MTP referentes à prática
policial-militar especializada de trânsito).
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PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

Caso o comandante da operação julgue necessário a


alteração do local e do horário, solicitará autorização
ao coordenador do policiamento, dará ciência à
Sala de Operações da Unidade (SOU) e fará constar
no relatório quais os fatores que contribuíram para a
tomada de tal decisão, remetendo-o à P3 para
planejamentos posteriores.

Deverão ser consideradas as etapas da avaliação


de riscos e priorizar o quesito “segurança” dos policiais
e do público.
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PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

Em caso de condições climáticas adversas, em


especial, no caso de chuva forte, a operação poderá
ser adiada, suspensa ou cancelada, pois nessa
situação, o quesito segurança poderá ser
comprometido, pela dificuldade de visibilidade, pela
frenagem e pela possibilidade da ocorrência de
acidentes de trânsito.

Nesses casos, é recomendável que o efetivo da


operação permaneça em patrulhamento nas
imediações do local ou realize outra missão
estabelecida pelo coordenador do policiamento e
cumpra parcialmente os objetivos estabelecidos.
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PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

O tempo previsto para a execução da blitz policial


será o suficiente para alcançar o objetivo sem
comprometer a qualidade das operações policiais.
Conforme avaliação feita pelo PM Comandante da
operação, no local, o tempo poderá ser redefinido,
desde que autorizado pelo coordenador do
policiamento.

Durante o Treinamento Tático (TTa) serão transmitidas


todas as informações e orientações aos policiais
envolvidos, de acordo com os objetivos e as
características de cada operação.
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Efetivo e logística

a) Efetivo: será definido de acordo com os objetivos de


cada operação;

b) Logística:

 viaturas: de 2 (duas) ou 4 (quatro) rodas na quantidade


definida no planejamento ou de acordo com a
disponibilidade da unidade;
 armas de porte para todos os policiais;
 arma portátil com bandoleira, para o PM Segurança,
quando disponível;
 rádios portáteis – HT, quando disponível;
 coletes balísticos para os policiais;
 coletes refletivos;
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Efetivo e logística
b) Logística:

 instrumentos de menor potencial ofensivo (armas, munições e


equipamentos), quando disponíveis;
 etilômetro, quando disponível;
 cones de sinalização, desejável mínimo de 7 (sete) cones;
 apitos de trânsito;
 cavalete de sinalização, quando disponível;
 pranchetas, caneta e papel para anotações;
 planilha para registro da relação de veículos e dos condutores;
 bloco de Auto de Infração de Trânsito (AIT) e/ou Auto de Infração e
Notificação de Autuação (AINA);
 lanternas (mesmo durante o dia) para vistoria no veículo;
 luz sinalizadora, quando disponível;
 kit de biossegurança, quando disponível;
 limitadores/bloqueadores de fuga4;
 lombada móvel, quando disponível;
 computador portátil (Notebook), quando disponível.
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Distribuição de funções

Para melhor entendimento e detalhamento das


ações, são atribuídas funções específicas aos
policiais envolvidos na operação:

 PM Comandante
 PM Selecionador (Selecionador Avançado)
 PM Vistoriador
 PM Revistador
 PM Relator
 PM Segurança
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Distribuição de funções
PM Comandante: é o policial militar de maior posto ou
graduação ou o mais antigo, responsável direto pela
coordenação e controle da operação. Faz cumprir o
planejamento, orienta a equipe para que sejam atingidos os
resultados propostos e corrige as falhas que porventura
possam ter ocorrido. É o responsável pela definição das
funções de cada um dos policiais.

PM Selecionador: é o responsável pela seleção dos


veículos que serão abordados de acordo com os
objetivos da operação. Estará com a atenção voltada para
o trânsito e para o comportamento dos condutores e,
sinalizará através de gestos e silvos de apito, previstos no
Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a fim de orientar o
condutor do veículo a ser abordado a posicionar-se no Box.
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Distribuição de funções
Como variante dessa função, pode haver a figura do PM
Selecionador avançado que é um policial militar,
convenientemente posicionado, que utiliza recurso
tecnológico para informar quais os veículos devem ser
abordados e repassa as informações ao PM
Selecionador no local da blitz.

(Ex. O PM Selecionador Avançado fica posicionado em local


próximo e anterior à operação, utilizando de aplicativos de
celular para verificar se há veículos com queixa furto/roubo
que passam nas proximidades, indica à equipe qual veículo
pode ser abordado).
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Distribuição de funções
PM Vistoriador: é o policial militar que procede à
abordagem e mantém contato visual e verbal com o
condutor do veículo e seus passageiros. É também o
responsável pela verificação de documentos e vistoria
do veículo , além de ser encarregado de sinalizar para
que os veículos vistoriados retornem à via de trânsito.

Ressalta-se que o PM Vistoriador será o policial militar


responsável pelo acionamento do limitador de fuga
quando necessário (Essa responsabilidade pelo
acionamento do equipamento só recaíra no PM Vistoriador
se houver na blitz mais de 2 (dois) policiais. Havendo
somente 2(dois) policiais na blitz essa atribuição deve
recair sobre o PM Segurança, avaliada a conveniência do
uso face às questões de segurança da atuação)
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Distribuição de funções
PM Revistador: é o responsável pela realização da
busca pessoal nos passageiros e busca no veículo
abordado durante a intervenção;

PM Relator: é o policial militar responsável pelo


registro dos boletins de ocorrência. Quando se tratar
de blitz de categoria 1, o policial vistoriador,
preferencialmente, deverá assumir a função de
relator, a fim de dar celeridade ao registro pois esse
policial militar é quem tem conhecimento do fato e foi
quem detectou a irregularidade durante a abordagem. Em
situações de ocupação máxima dos Boxes, o
selecionador poderá assumir a função de relator a fim
de otimizar o serviço.
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Distribuição de funções
PM Segurança: é o responsável pela integridade e
segurança dos componentes da equipe. Sua posição
não é fixa no dispositivo, varia de acordo com a
quantidade de policiais envolvidos e o tipo de via em que a
operação é realizada. Mantém escuta ininterrupta da
rede-rádio. Poderá utilizar arma portátil, dotada de
bandoleira, de acordo com a situação.

ATENÇÃO! um policial militar poderá acumular duas ou


mais funções descritas no item anterior, conforme a
categoria da operação blitz, os objetivos a se atingir, ou
devido ao número de policiais integrantes da equipe.
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Montagem do dispositivo e procedimento


operacional

O dispositivo de uma blitz policial é montado em via pública


e constitui-se no espaço sinalizado e demarcado pelos
meios logísticos (viatura, cones, cavaletes, etc.),
denominado Box.

O Box é o local destinado ao desenvolvimento das


ações de abordagem aos veículos selecionados e aos
que necessitarem ficar retidos por algum motivo
(apreensão, remoção, registro de BO/REDS, etc.).
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Montagem do dispositivo e procedimento


operacional
No caso do PM Revistador/Vistoriador detectar alguma
irregularidade que exija a adoção de providências
imediatas, deverá encaminhar o condutor ao local onde
o PM Relator irá registrar o BO/REDS, e o veículo
permanecerá parado no local da abordagem.

Nas operações blitz categoria 1, será instalado 1 (um)


Box.

Nas operações de blitz categoria 2 e 3, poderão ser


instalados 2 (dois) ou mais Boxes, que permitirão
abordagens simultâneas, analisando as condições de
segurança, de acordo com a avaliação de riscos, o número
de policiais disponíveis e os objetivos a serem atingidos.
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Montagem do dispositivo e procedimento


operacional
Se o local destinado a operação permitir uma melhor
alocação do veículo pertencente ao infrator, após a
constatação da irregularidade, poderá haver
movimentação desse veículo respeitados aspectos
legais. Cuidados com a segurança dos policiais e análise de
possibilidade de evasão devem ser considerados nessa
situação.

O PM Vistoriador ao constatar infração que resulte em


prisão do infrator ou remoção do veículo deverá
acautelar sob sua posse as chaves do veículo
repassando-a ao policial responsável pelo
prosseguimento da ocorrência, assim como deverá se
atentar quanto a possibilidade de fuga do abordado.
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Montagem do dispositivo e procedimento


operacional

O dispositivo operacional deverá ser montado


levando-se em conta as características da via e a
categoria da operação.

O local escolhido para realização de blitz


policial deve permitir a montagem da operação
sem prejuízo substancial ao fluxo do trânsito,
com atenção à segurança dos policiais e à de
terceiros, conforme avaliação de riscos.
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Montagem do dispositivo e procedimento


operacional

O PM Comandante deverá ainda avaliar se o local


escolhido para a montagem do dispositivo interfere
na qualidade das transmissões, a fim de evitar
prejuízos das ações, principalmente aquelas
relacionadas à segurança.

Constatada a falha na comunicação via rede-rádio,


transferir a operação para outro local em condições
ideais.
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Padrões de procedimentos

Após a instalação do dispositivo operacional,


havendo condições favoráveis ao contato e
interação com a população local, dentro dos
princípios da polícia comunitária, o militar poderá
informar aos cidadãos residentes, ou que exerçam
atividades comerciais nas proximidades, sobre a
importância e os benefícios da operação para a
promoção da segurança pública e da prevenção da
criminalidade.
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Padrões de procedimentos

O policial militar não deverá fornecer dados de


caráter reservado que possam ser prejudiciais ao
bom andamento do serviço, porém, poderá prestar
informações básicas, simples e objetivas sobre a
duração do empenho e a finalidade da operação.

Tais ações servem como forma de estreitar os laços


entre a PM e a comunidade local, demonstrando
educação e cordialidade, porém sem permitir a
aglomeração de pessoas no local de realização da blitz.
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Padrões de procedimentos

Independentemente da categoria da blitz a regra básica


para abordagem dos veículos na operação deve ser a de
2 (dois) policiais por veículo, no mínimo.

Após a verificação do veículo, caso nenhuma irregularidade


seja constatada, o condutor será liberado do Box pelo PM
Vistoriador e retornará à via de trânsito, observando-se
todas as regras de segurança (fluxo de veículos e
pedestres).
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Padrões de procedimentos
Uma ou mais viaturas poderão ser acionadas para apoio
a equipe que estiver realizando a blitz nas situações de
risco, para apoio na condução de presos ou no acúmulo de
Registros de Eventos de Defesa Social (REDS), ou, ainda,
quando for julgado conveniente pelo Coordenador de
Policiamento da Unidade (CPU) do turno.

O PM Comandante deverá observar permanentemente a


organização do dispositivo da operação, primando sempre
pela segurança de todos (policiais, motoristas, passageiros,
pedestres e veículos).
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Padrões de procedimentos

Em caso de acúmulo de pessoas e veículos no Box, o


PM Selecionador deverá interromper a parada de
veículos enquanto o PM Comandante reorganizará os
espaços.

Os motoristas que aguardam as providências cabíveis


devem ser encaminhados para um local seguro próximo
à blitz, fora do dispositivo, ficando as chaves dos carros
sob a guarda do policial responsável pelo
prosseguimento da ocorrência.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 1


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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 1


Montado o dispositivo, o PM Selecionador irá postar-se à
retaguarda dos cones 4 e 5 enquanto o PM Comandante
ficará sobre a calçada nas proximidades dos cones 6 e
7.

O PM Selecionador, ao escolher o veículo a ser


abordado, irá sinalizar para que todos os veículos na via
diminuam a velocidade. Em seguida ordenará ao veículo
selecionado que adentre ao Box.

Após a parada, o PM Comandante deslocará para a


retaguarda do veículo, ficará sobre a calçada ou similar
e passará a atuar, também, como PM Segurança.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 1


O PM Selecionador deslocará o cone 5 diagonal ao cone
4, fechando a entrada do Box e passará a atuar como PM
Revistador/Vistoriador.

Encerrada a fiscalização, o PM Revistador/Vistoriador


orientará o tráfego para fazer o veículo retornar ao seu
deslocamento com segurança, olhando para a pista e
sinalizando ao condutor para que siga em frente.

Assim que o veículo sair do Box, o PM


Revistador/Vistoriador retornará à sua posição inicial,
para novamente atuar como PM Selecionador.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 1

ATENÇÃO! O dispositivo de blitz da Figura 1 é o padrão


para a operação desta categoria. Todavia, devido às
características da via ou circunstâncias do tráfego, ou inda a
característica das viaturas, a forma de desenvolver o
dispositivo, como a alocação do coneamento e
posicionamento da viatura poderá sofrer alterações,
conforme orientações do PM Comandante, entretanto, o
fundamento da segurança deve ser preservado e as
orientações sobre posicionamento de viaturas constantes da
Instrução nº 3.03.22/17 deve ser respeitado naquilo que
couber.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 1


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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 1


Quando houver 3 (três) policiais militares na blitz, o PM
Revistador/Vistoriador será o responsável por instalar o
dispositivo limitador de fuga 7 “cama de faquir” e operá-
lo, conforme avaliação de risco, em caso de algum veículo
evadir descumprindo a ordem do selecionador para que o
veículo adentre ao box.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 2


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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 2


Montado o dispositivo, o PM Selecionador irá postar-se à
retaguarda dos cones 4 e 5 enquanto o PM Comandante
e o PM Vistoriador ficarão sobre a calçada nas
proximidades dos cones 6 e 7 respectivamente.

O PM Selecionador, ao escolher o veículo a ser


abordado, irá sinalizar para que todos os veículos na via
diminuam a velocidade. Em seguida ordenará ao veículo
selecionado que adentre ao Box.

O PM Revistador/Vistoriador, que se encontrava sobre a


calçada, próximo ao cone 7, em condições de acionar o
perfurador de pneus, deslocará contornando o veículo
pela parte de trás, abordando o condutor e procederá a
vistoria.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 2

Após a parada, o PM Comandante deslocará para a


retaguarda do veículo, ficando sobre a calçada e
passará a atuar também como PM Segurança.

O PM Selecionador deslocará o cone 5 diagonal ao cone


4, fechando a entrada do Box e permanecerá próximo ao
cone 5, com a atenção voltada para o trânsito e para a
abordagem.
.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 2


Se houver necessidade de busca, será feita pelo PM
Revistador, passando a acumular a função de PM
Vistoriador, primeiramente em todos os ocupantes e depois
no veículo. Entretanto, se houver policiais disponíveis na
blitz, poderá ser designado um policial específico na
função de PM Revistador e outro ficará apenas na
função de PM Vistoriador

Encerrada a fiscalização, o PM Vistoriador orientará o


tráfego, fazendo o veículo retomar seu deslocamento tão
logo as condições estejam seguras, olhando para a pista e
sinalizando ao condutor para que siga em frente.
Assim que o veículo sair do Box, o PM Selecionador
selecionará outro veículo.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 2

ATENÇÃO! O dispositivo de blitz da Figura 3 é o padrão


para a operação desta categoria. Todavia, devido às
características da via ou circunstâncias do tráfego, ou ainda
a característica das viaturas, a forma de desenvolver o
dispositivo, como a alocação do coneamento e
posicionamento da viatura, poderá sofrer alterações,
conforme orientações do PM Comandante, entretanto, o
fundamento da segurança deve ser preservado e as
orientações sobre posicionamento de viaturas constantes da
Instrução nº 3.03.22/17 deve ser respeitado naquilo que
couber.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 2


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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 3


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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 3


Montado o dispositivo, o PM Selecionador irá postar-se
à retaguarda dos cones 4 e 5 enquanto o PM
Comandante, o PM Segurança e os PM
Vistoriadores/Revistadores ficarão sobre a calçada

O PM Selecionador, ao escolher o veículo a ser


abordado, irá sinalizar para que todos os veículos na via
diminuam a velocidade. Em seguida ordenará ao veículo
selecionado que adentre ao Box.

O PM Revistador/Vistoriador do Box 1 contornará o


veículo por trás, abordando o condutor e procederá à
vistoria.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 3


O PM Revistador/Vistoriador do Box 2 permanecerá na
calçada, aguardando o próximo veículo.

O PM Segurança permanecerá na calçada (ou em outra


posição mais adequada) com a atenção voltada para os
dois Boxes, bem como para todo o perímetro da
operação.

O PM Selecionador sinalizará para um segundo veículo


e o orientará para a entrada no Box 2.

O PM Revistador/Vistoriador do Box 2 fará o


balizamento para a parada do segundo veículo, de modo
que este pare há aproximadamente 3 (três) passos do
primeiro.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 3


O PM Revistador/Vistoriador do Box 2 contornará o
segundo veículo por trás, abordando o condutor e
procederá a vistoria.

O PM Selecionador deslocará o cone 5 diagonal ao cone 4,


fechando a entrada do Box e permanecerá próximo ao
cone 5, com a atenção voltada para o trânsito e para a
abordagem.

Se houver necessidade de busca, será feita pelo PM


Vistoriador, passando a acumular a função de PM
Revistador, primeiramente em todos os ocupantes e depois no
veículo. Se entretanto, houver policiais disponíveis na Blitz,
poderá ser designado um policial específico na função de
PM Revistador e outro ficará apenas na função de PM
Vistoriador.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 3

ATENÇÃO! O dispositivo de blitz da Figura 4 é o padrão


para a operação desta categoria. Todavia, devido às
características da via ou circunstâncias do tráfego, ou ainda
a característica das viaturas, a forma de desenvolver o
dispositivo, como a alocação do coneamento e
posicionamento da viatura, poderá sofrer alterações,
conforme orientações do PM Comandante, entretanto, o
fundamento da segurança deve ser preservado e as
orientações sobre posicionamento de viaturas constantes da
Instrução nº 3.03.22/17 deve ser respeitado naquilo que
couber.
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 3


Encerrada a fiscalização, o PM Vistoriador orientará o
condutor que foi abordado, para fazer com que o seu
veículo retorne à faixa de rolamento em segurança.
Verificará, através de contato visual com o PM
Selecionador, as condições do fluxo de tráfego e, no
melhor momento, sinalizará para que o condutor siga em
frente.

Assim que o veículo sair do Box, o PM Selecionador


selecionará outro veículo
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Procedimentos Operacionais na Blitz Categoria 3


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Comunicações operacionais
Montado o dispositivo, o PM Comandante comunicará,
via rede de rádio, o COPOM ou correspondente e o
coordenador de policiamento da área de atuação, o
local, horário de início, efetivo e objetivo da operação.

A equipe deverá manter escuta ininterrupta das


comunicações operacionais, de modo a captar informações
importantes para a segurança do pessoal empregado, tais
como: notificação sobre veículos roubados ou furtados,
veículos que se evadiram de outras intervenções policiais ou
sobre envolvidos em crimes.

Essas informações serão repassadas, de imediato, a


todos os militares envolvidos na operação.
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Comunicações operacionais
Com a utilização de recursos tecnológicos para a
seleção de veículos, sempre que disponível, tanto o PM
Selecionador quanto o PM Selecionador Avançado
também deverão utilizar rádio HT para manterem fluxo
de comunicação.

As comunicações administrativas que não forem


urgentes, como o registro de ocorrências, a relação de
pessoas e de materiais apreendidos, a solicitação de
reboque, dentre outras, serão realizadas com o COPOM ou
correspondente, preferencialmente, via telefone, para não
sobrecarregar as comunicações na rede-rádio.
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Comunicações operacionais
Eclodindo alguma situação adversa, como
desobediência, resistência, tentativa ou consumação de
fuga, um integrante da equipe cientificará,
imediatamente, via rede-rádio, o COPOM ou
correspondente e o coordenador do policiamento, e
fornecerá informações para que as medidas de proteção
sejam adotadas, como o envio de unidades de apoio para o
local, ou para que sejam implementadas ações de cerco,
bloqueio e interceptação.

No caso de prisões, estas deverão ser executadas dentro


dos parâmetros legais e com a preservação da integridade
física e dignidade do infrator.
Prof. André Gustavo

Comunicações operacionais
O cuidado e a serenidade são essenciais ao realizar as
comunicações na rede-rádio. Muitos exemplos de ações
mal sucedidas, já divulgadas na PMMG, foram decorrentes
de informações incompletas ou inadequadas transmitidas
por policiais de serviço. As mensagens alarmistas
estimulam correria.

Alardes em casos como simples evasões de veículos já


provocaram tensão exasperada e uso inadequado da
força, em situações não caracterizadas como crime, tais
como motoristas inabilitados ou sem documentação e
outras infrações de trânsito.
Prof. André Gustavo

Comunicações operacionais

ATENÇÃO! A disciplina nas comunicações por rádio é


responsabilidade compartilhada de todos os policiais
militares de serviço. Trata-se de requisito indispensável para
garantir a qualidade da informação transmitida e a
legalidade das ações realizadas. Não seja alarmista! A
segurança dos demais policiais militares depende do seu
profissionalismo em comunicar-se pela rede-rádio.
Prof. André Gustavo

Comunicações operacionais

O encerramento da blitz será realizado via rede de rádio ou


por telefone (190), devendo seu comandante comunicar ao
COPOM ou correspondente e ao coordenador do
policiamento a finalização e os resultados alcançados.

Nas operações das Unidades Especializadas, deve-se


atentar para a utilização de um Rádio HT na frequência
da área de atuação, além do acompanhamento de sua
própria rede de rádio.
Prof. André Gustavo

Busca

A realização de busca pessoal e veicular na operação é


uma decisão do policial militar quando vislumbrar uma
fundada suspeita, observando-se a discricionariedade e
o pleno exercício de sua autoridade legal.

Procure ser discreto, oriente o cidadão, explique o que está


fazendo, seja compreensivo e procure contornar os
eventuais conflitos, sem descuidar-se de sua segurança e
dos seus companheiros.

Após decidir pela realização da busca nos ocupantes no


veículo, evite posicioná-los na pista de rolamento.
Realize a busca de forma a evitar constrangimentos.
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Busca
A busca veicular consiste na verificação interna e
externa do veículo abordado, por meio de revista nos
compartimentos suscetíveis a serem utilizados para
esconder objetos ilícitos.

A busca estende-se a quaisquer outros objetos que


estejam com as pessoas no interior do veículo.

Via de regra, veículos não são domicílios, por isso


devem ser alvos de buscas toda vez que houver
fundada suspeita.
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Busca
A busca do veículo deverá ocorrer somente após o
desembarque e a busca pessoal de todos os ocupantes
do veículo.

Primeiramente, orienta-se realizar a revista interna, para


depois se realizar a revista externa.

Durante a busca veicular, o condutor do veículo e


passageiros devem aguardar sobre a calçada próximo à
parte traseira do veículo.

O PM Segurança permanecerá atento ao comportamento


dos ocupantes do veículo, enquanto o PM Revistador
realiza a busca.
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Direção Veicular e Alcoolemia


O CTB define como infração administrativa a conduta de
dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência.

No mesmo sentido, a referida lei estabelece em seu art.


306 que, a depender da quantidade de álcool ingerida
pelo condutor ou da alteração da capacidade
psicomotora verificada, tal conduta consistirá em crime.

Dessa forma, a fiscalização da conduta de dirigir sob a


influência de álcool ou outra substância psicoativa que
determine dependência é um procedimento operacional
rotineiro.
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Direção Veicular e Alcoolemia

O teste com o aparelho destinado à medição do teor


alcoólico no ar alveolar (etilômetro) é um dos recursos
disponíveis para essa finalidade.

O teste em etilômetro, portanto, poderá ser utilizado como


recurso para constatação da embriaguez do condutor, seja
para configuração de infração administrativa de trânsito ou
para configuração de crime de trânsito.
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Direção Veicular e Alcoolemia


Em relação à configuração do crime de trânsito, a
legislação de trânsito define ser ilícito conduzir veículo
automotor quando o teste de etilômetro apresentar
medição igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar expirado (0,34 mg/L) , descontado o erro
máximo admissível conforme legislação. Nesse caso, será
cabível a adoção de medidas administrativas como retenção do
veículo, confecção de AIT, recolhimento da Carteira Nacional
de Habilitação (CNH) e criminais como a prisão do condutor.
Porém, se o teste do etilômetro apresentar medição entre
0,05 mg/L e 0,33 mg/L, será verificado somente o
cometimento de infração administrativa de trânsito,
ocasião em que deverão ser adotadas apenas as medidas
administrativas relatadas no parágrafo anterior.
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Direção Veicular e Alcoolemia


Não obstante, é possível que o condutor abordado se
recuse a realizar o teste do etilômetro.

Se isso ocorrer e o condutor não apresentar sinais de


uso de bebida alcóolica ou outra substância que cause
dependência, o policial deverá fazer a autuação
correspondente à recusa de se submeter ao teste, reterá
o veículo até que um condutor habilitado possa retirá-lo do
local e deverá recolher a CNH do abordado.

Todavia, ocorrida a recusa ao teste e se o abordado


apresentar sinais de embriaguez, o policial militar
poderá, constatando sinais de alteração da capacidade
psicomotora do condutor, além de tomar providências
administrativas, também tomar providências criminais.
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Direção Veicular e Alcoolemia


Sobre o assunto, é importante destacar que para a
verificação da alteração da capacidade psicomotora
pelo policial militar, deverá ser considerado não
somente um sinal, mas um conjunto de sinais que
comprovem a situação do condutor.

De acordo com o Anexo II da Resolução nº 432/2013 do


Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), os sinais que
podem ser observados pelo policial e que denotam o uso de
álcool são:
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Direção Veicular e Alcoolemia


a) quanto à aparência: sonolência, olhos vermelhos,
vômito, soluços, desordem nas vestes, odor de álcool no
hálito;

b) quanto à atitude: agressividade, arrogância, exaltação,


ironia, estar falante, dispersão;

c) quanto à orientação: desconhecimento do local em que


está, desconhecimento de data e hora;

d) quanto à memória: desconhecimento do próprio


endereço, desconhecimento de atos cometidos;

e) quanto à capacidade motora e verbal: dificuldade de


equilíbrio, fala alterada.
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Direção Veicular e Alcoolemia


Portanto, é essencial que o policial militar esteja preparado
para tomar as providências corretas quando se deparar com
um condutor que esteja dirigindo seu veículo sob o efeito e
álcool, sabendo utilizar o etilômetro e demais recursos ao
seu alcance para verificar o cometimento de crime ou
infração de trânsito.

Não obstante, é importante ressaltar que os


procedimentos ora previstos se baseiam na legislação
em vigor durante a fase de elaboração do presente
Manual. Considerando a possibilidade de alterações
legislativas, reforça-se a necessidade de constante estudo e
atualização da matéria por parte dos policiais militares.
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Evasão
Ocorrem de três maneiras:
Quem evitou a Blitz
 Pedir prioridade de comunicação via rede-rádio (evite
alarmismo)
 Mantenha a operação e não efetue disparos
 Atente para as possibilidades da evasão, e se possível
confeccionar AIT’s

Quem não respeitou a ordem de parada


 Mesmas acima no que for pertinente
 Equipe deve transmitir rapidamente as características do
veículo
 Cerco, bloqueio e interceptação

Quem parou e resolveu fugir em seguida


 observar as orientações constantes do tópico anterior
 Mantenha-se atento, mesmo que o veículo
abordado esteja parado e desligado.
 Adote medidas preventivas com apoderar-se das chaves
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Evasão
ATENÇÃO! Veículos que passam repetidamente ou que
estacionam voluntariamente nas proximidades do local da
blitz devem gerar suspeição. Os infratores podem utilizar
carros “escolta” para protegerem-se da ação da polícia.
Considere que o perigo também pode vir de outro veículo
diferente daquele que está sendo parado na pista pelo PM
Selecionador. Nesse sentido, a equipe deve transmitir
rapidamente as características do veículo (marca, modelo,
cor, placa e características dos ocupantes) para o COPOM
ou correspondente, para que, se necessário, uma equipe
policial do turno possa auxiliar na abordagem policial aos
suspeitos.
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Emprego de armas de fogo

Durante as operações, os policiais devem ter cuidados


especiais com o uso diferenciado da força,
principalmente no que se refere à utilização de armas de
fogo (dissuasivo e disparo), quando o emprego dos
demais níveis da força não forem suficientes para solucionar
a intervenção.

Observando preceitos legais e técnicos, a utilização de


armas de fogo durante a blitz deverá seguir as seguintes
orientações:
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Emprego de armas de fogo


a) situação do abordado cooperativo:

Os policiais com armamento de porte deverão manter suas


armas nos coldres, em condições de serem sacadas
quando necessário. Somente o PM Segurança manterá o
seu armamento em posição de arma localizada ou guarda
baixa, conforme a categoria da blitz e as características do
local, quando não dispuser de armamento portátil.

O PM responsável pela resposta imediata nos casos em


que a situação se agrave deverá ser qualquer membro da
equipe que estiver em melhor posicionamento tático e em
condição de agir prontamente. É importante, portanto, que o
PM Segurança, considerando sua função específica, procure
sempre a melhor posição para prover a proteção da equipe.
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Emprego de armas de fogo


b) situação de resistência passiva

Caso seja necessário empregar controle de contato,


essa reação deverá ser do policial que estiver melhor
posicionado e que possua maior domínio das técnicas
de defesa pessoal policial.

Assim como na situação de normalidade, somente o PM


Segurança manterá o seu armamento em posição de
arma localizada, guarda baixa ou guarda alta, conforme
avaliação de risco. Os demais deverão estar com as mãos
livres para emprego de outros níveis da força e algemação,
se a situação se agravar
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Emprego de armas de fogo


c) Situação de resistência ativa

Com agressão não letal:

Em caso de reação do abordado que, em princípio, não


coloca em risco a vida dos policiais, a resposta imediata
será do PM que estiver mais próximo, ou em melhor
posicionamento tático.

Apenas o PM Segurança estará com a arma de fogo


empunhada em condições de uso. Desta forma, os
demais policiais permanecerão com as mãos livres para
efetuarem a imobilização e algemação do agressor.
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Emprego de armas de fogo


c) Situação de resistência ativa

Com agressão letal:

O abordado utiliza de agressão que põe em perigo de morte


o policial ou pessoas envolvidas na intervenção. Neste
caso, a resposta imediata será do PM Segurança, que
estará com a arma em pronta resposta.

A primeira reação dos policiais deve ser voltada para a


preservação de suas vidas e dos cidadãos, por isso,
deverão procurar abrigo e somente disparar quando
presentes as condições elencadas na Seção 7 sobre uso de
armas de fogo do MTP 01.
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Emprego de armas de fogo


Essas orientações são fundamentais para:

 evitar a demonstração desnecessária de força e a consequente


vulgarização do impacto desejado quando todos os policiais retiram
as armas do coldre e as empunham, ou quando as apontam para o
abordado;
 propiciar ao policial opções de uso diferenciado desse nível da força
aplicado a cada situação;
 propiciar a presença de policiais com as mãos livres para ações
(revistar, algemar,
 imobilizar, entre outros) necessárias aos trabalhos da equipe;
 evitar o risco de disparo acidental quando existem várias armas
apontadas em um determinado local de abordagem;
 evitar a possibilidade de fogo cruzado entre os componentes da
equipe quando da eventual ação dos policiais, disparando suas
armas para se defenderem.
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Emprego de armas de fogo

Especial atenção deve ser dada quanto à direção dos


disparos realizados contra o agressor, bem como
quanto às características técnicas do armamento e da
munição (calibre, potência e alcance) que é utilizado
pelo PM.

O PM Segurança, equipado com uma arma portátil com


bandoleira, terá como benefício da utilização desse
armamento, o seu aspecto de impacto psicológico, inibindo
uma possível reação. A escolha desse armamento deve ser
baseada nas suas características técnicas de emprego,
alcance útil e calibre da munição.
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Emprego de armas de fogo

Em caráter complementar, proceder, conforme letra “e” da


Subseção 7.2.7 do MTP 01, no que for pertinente, como se
segue:

Disparos contra veículos em fuga: a regra é não atirar.


Todavia, existem algumas circunstâncias em que a vida
do policial militar ou a de terceiros se encontra em
grave e iminente risco, como nos casos de atropelamentos
ou acidentes intencionais provocados pelo veículo em fuga
(o motorista utiliza o veículo como “arma”).
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Emprego de armas de fogo


Estes disparos representam a única opção do policial para detê-
lo. Nessas situações, ele deve considerar as possíveis
consequências (riscos) de disparar, e sua responsabilidade na
proteção da vida de outras pessoas, para isto observará o
seguinte:
 estes disparos tem pouca eficácia para fazer parar um veículo e os projéteis podem
ricochetear (no motor ou nos pneus) ou atravessar o veículo ou, até mesmo, não
atingi-lo, convertendo-se em “balas perdidas”;
 se o condutor for atingido, existe um risco elevado de que ele perca o controle do
veículo e cause acidentes graves;
 estes disparos tem pouca precisão, a pontaria fica prejudicada pelo movimento do
veículo e pelo balanço provocado por ele, inclusive quando efetuados por atiradores
experientes;
 existe a possibilidade de que vítimas (reféns) estejam no interior do veículo
perseguido, inclusive dentro do porta-malas;
 os disparos efetuados pelos policiais podem provocar um revide por parte dos
abordados, incrementando ainda mais o risco para outras pessoas, principalmente em
áreas urbanas (balas perdidas). O mais recomendável é distanciar-se do veículo em
fuga e, sem perdê-lo de vista, adotar medidas operacionais para efetuar o cerco e o
bloqueio. Recomenda-se, ainda, solicitar reforço policial para que a intervenção possa
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Emprego de armas de fogo

ATENÇÃO! Policiais militares não deverão disparar contra


veículos que desrespeitem um bloqueio de via pública, a
não ser que ele represente um risco imediato à vida ou à
integridade dos policiais ou de terceiros, por meio de
atropelamentos ou acidentes intencionais (o motorista utiliza
o veículo como “arma”).
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SEÇÃO 4

PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
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PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

O processo de comunicação para a Blitz Policial seguirá os


procedimentos previstos no MTP 01.
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Sinalização
Na orientação do trânsito, os policiais militares utilizam sinais
regulamentares para conduzir o veículo na direção do Box.

Os sinais de orientação são sonoros e gestuais e devem


ser executados com firmeza, correção, determinação e
objetividade, qualidades obtidas por meio de repetições e
de treinamento.

Uma sinalização executada de maneira correta evitará que


os condutores tenham uma interpretação equivocada ou
duvidosa quanto à obediência às ordens emitidas durante a
fiscalização. Desta forma, o PM Selecionador não pode
apresentar timidez, embaraço ou dúvida na sua atuação.
Deve utilizar a comunicação como ferramenta que o auxilia na
expressão da sua autoridade policial-militar.
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Sinais gestuais
Os gestos correspondem a
movimentos convencionais
de braço, para orientar e
indicar o direito de
passagem dos veículos.

As ordens emanadas por


meio das sinalizações
feitas pelos policiais
militares prevalecem
sobre as regras de
circulação e sobre as
normas definidas por
outros sinais de trânsito
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Verbalização policial durante a blitz


Abordado Cooperativo

No caso do abordado manter-se cooperativo,


mantenha-se no estado de alerta (laranja), advirta os
demais integrantes da guarnição e prossiga na
abordagem, até que seja assegurada a minimização do
risco de porte de armas ou de possíveis reações do
abordado.
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Verbalização policial durante a blitz


Abordado Cooperativo

Nesse momento da abordagem, a equipe policial-militar


estará atenta para os seguintes aspectos:
 verificar, rapidamente, se existem outras pessoa e objetos no interior do
veículo;
 utilizar o tirocínio policial e atualizar a avaliação de riscos para identificar
possíveis práticas delituosas;
 decidir sobre a necessidade de verbalizar com outras pessoas no interior do
veículo, a fim de certificar-se de que não esteja ocorrendo condução
coercitiva de algumas dessas pessoas por parte do motorista ou dos
ocupantes, a exemplo de sequestro, abuso de inocência nos casos de
crianças ou deficientes mentais ou outras condutas criminosas mais graves.
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Verbalização policial durante a blitz


Abordado Cooperativo

Apenas os documentos devem ser aceitos pelo policial


militar, ou seja, caso estejam dentro de carteiras, bolsas
ou outros porta-documentos que possam conter
dinheiro ou objetos desnecessários deve ser
determinado ao condutor que lhe entregue somente o
que foi solicitado.

Após a entrega dos documentos, certifique-se de que o


motorista recolocou as mãos sobre o volante. Caso não
o tenha feito, oriente-o novamente. Em seguida, confira os
documentos e solicite informações ao COPOM ou
correspondente sobre prontuário e queixa-furto.
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Verbalização policial durante a blitz


Abordado Cooperativo

Durante a conferência dos dados, o PM Segurança


estará no estado de alerta (laranja) e manterá vigilância
sobre os ocupantes.

Não será necessário realizar busca pessoal e veicular,


se:

 as informações repassadas pelo COPOM ou correspondente


confirmarem os dados da documentação;
 se nada consta em relação ao veículo e seus ocupantes
 se a vistoria inicial e avaliação de riscos indicar que não há indícios
de fundada suspeição. Nesse caso, dirija-se ao motorista, devolva-lhe
a documentação e informe-o sobre o andamento da abordagem.
Prof. André Gustavo

Verbalização policial durante a blitz


Abordado Cooperativo

Caso haja criança(s) no veículo, cumprimente-a(s) com


amabilidade e cortesia:

“— Oi, tudo bem?”


“— Qual o seu nome?”
“— Quantos anos você tem?“

Na hipótese de se verificar elementos que caracterizem


a fundada suspeita, o PM Revistador/Vistoriador
sinalizará para o PM Segurança (gesto com as mãos
simbolizando “suspeito”), que apoiará o desembarque e
a busca pessoal e veicular.
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Verbalização policial durante a blitz


Abordado Cooperativo

Nesse momento, afaste-se, de modo a permitir que o


cidadão abra a porta do carro. Mantenha constante
monitoramento dos abordados (principalmente das mãos).

Se houver mais de uma pessoa no veículo, explique que


todos deverão desembarcar do veículo, um a um, para
maior segurança.

Indique a cada uma das pessoas embarcadas no veículo


quando deverão descer e quais procedimentos deverão seguir,
conforme os preceitos da técnica policial-militar. Todos os
movimentos deverão ser orientados, seguindo a sua
verbalização
Prof. André Gustavo

Verbalização policial durante a blitz


Abordado resistente passivo ou ativo

No caso do abordado resistente, após realizar avaliação


de riscos, o policial militar deve mensurar e avaliar as
atitudes e adaptar sua linguagem, sendo mais
imperativo e impositivo.

Comunique imediatamente com seus companheiros sobre o


nível de reação do abordado, para que a força empregada
seja adequada, coerente com os princípios para uso da
força, com foco na segurança dos envolvidos na
intervenção.
Prof. André Gustavo

Verbalização policial durante a blitz


Abordado resistente passivo ou ativo

Considere que poderão existir diversas razões que


levarão o abordado a resistir de maneira passiva ou
ativa às ordens dadas, por exemplo:

 quando não compreende a ordem emanada pelo policial;


 quando não acata simplesmente porque quis desafiar a autoridade ou
desmerecer a ação policial, tentando, assim, expô-lo a uma situação
humilhante frente ao público, ou ainda, provocar o uso excessivo de
força;
 quando busca conseguir simpatia de pessoas a sua volta, colocando-as
contra a atuação da polícia, assumindo assim uma posição de vítima;
 quando tem algo para esconder (armas, drogas, outros) e busca distrair
a atenção do policial;
 quando quer ganhar tempo para fugir ou enfrentar fisicamente os
policiais, isto é, com resistência ativa.
Prof. André Gustavo

Verbalização policial durante a blitz


Abordado resistente passivo ou ativo

Caso o abordado resista, passiva ou ativamente, ao ser


submetido à busca, alerte-o sobre as consequências da
desobediência à ordem legal. Persistindo a desobediência,
aja com superioridade numérica, isole-o dos demais, e use o
nível de força, conforme o nível da resistência, para compeli-lo
a cumprir a determinação legal.

Se detectar algum objeto ilícito durante a busca pessoal ou


constatar indícios de infração penal, imediatamente,
separe o suposto infrator dos demais ocupantes do
veículo e inicie uma busca minuciosa.
Prof. André Gustavo

Verbalização policial durante a blitz


Abordado resistente passivo ou ativo

LEMBRE-SE: arrole e qualifique as testemunhas da prisão


efetuada, preferencialmente oriundas do público presente
que tenha visto o incidente ou acompanhado a ação policial.
Evite relacionar policiais como testemunhas.
Prof. André Gustavo

Procedimentos específicos / Abordagem a


autoridades
Caso o abordado se apresente como autoridade titular
de prerrogativas ou imunidades, proceda da seguinte
forma:
 estabeleça um diálogo inicial respeitoso e amistoso e
utilize, de imediato, os pronomes de tratamento
adequados ao cargo ou à função alegados por ele;

 identifique-se, diga seu nome, posto ou graduação, e


explique que se trata de uma operação policial;

 diga-lhe que por não conhecê-lo pessoalmente será


necessário que apresente a identidade funcional
correspondente.
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Procedimentos específicos / Abordagem a


autoridades
Constatada formalmente a identificação da autoridade,
segundo o grau de imunidades e prerrogativas, o
policial avaliará as circunstâncias, para ver se é o caso
de não prosseguir na abordagem ou prosseguir e
acionar quem de direito e adotar as providências
cabíveis, conforme cada circunstância observada.

Havendo indícios de suspeição, solicite a colaboração do


abordado no sentido de apresentar os demais documentos
do veículo ou facultar a busca veicular.
Prof. André Gustavo

Procedimentos específicos / Abordagem a


autoridades

Caso a autoridade se negue a apresentar sua carteira


funcional, ou diante situações mais graves de fundada
suspeição, comunique o fato ao coordenador do
policiamento, solicitando ao COPOM ou correspondente a
presença de representante do órgão a que pertence a
autoridade, para as medidas decorrentes
Prof. André Gustavo

Procedimentos específicos / Abordagem a


autoridades
Na solução dos conflitos ou desentendimentos que
porventura possam surgir, o policial militar buscará atuar
com comedimento e profissionalismo, evitando:

 discussões acaloradas (provocativas), corporativistas e


que se exponham ao público ou à imprensa;

 imposição de autoridade sobre autoridade, em uma


disputa desgastante para ambos
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Procedimentos específicos / Abordagem a


autoridades
Numa situação de descontrole emocional da autoridade
envolvida, que poderá utilizar a arma que porta para
ameaçar a equipe ou empreender fuga, deverá ser dada
atenção especial à segurança dos policiais, do público
presente no local da ocorrência e do abordado,
observando-se o uso diferenciado da força.

Em caso de envolvimento de alguma autoridade em


ocorrência policial de qualquer natureza, o COPOM ou
correspondente deverá ser imediatamente acionado a fim de
contatar com o órgão ao qual o envolvido pertence.
Prof. André Gustavo

Procedimentos específicos / Abordagem a


autoridades
As eventuais escoltas e conduções posteriores serão
realizadas por integrantes da própria Instituição a que
pertencer o abordado.

Na impossibilidade, mediante prévia solicitação formal da


respectiva chefia ou comando, a condução poderá ser
realizada em viatura da PMMG.

A divulgação dos fatos aos órgãos de imprensa obedecerá


aos preceitos estabelecidos pelas normas da PMMG.
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Procedimentos específicos / Procedimento


policial diante de tentativa de corrupção
Existem situações em que o abordado, para se ver livre de
prisão ou sanção administrativa, oferece alguma vantagem
para o policial militar. Essas tentativas podem ser feitas de
inúmeras formas, mas o militar deve agir com
profissionalismo.

Em outros casos, a experiência policial nos mostra que o


abordado, por se sentir nervoso, ou por descrédito com os
órgãos responsáveis pela aplicação da lei, empregue
termos, palavras ou gestos, de maneira que possam gerar
interpretações que configurem situação semelhante à citada
acima, ou seja, tentativa de corrupção.
Prof. André Gustavo

Procedimentos específicos / Procedimento


policial diante de tentativa de corrupção
Desse modo, pode ocorrer, por exemplo, a entrega de
documentos (carteira de habilitação, Certidão de Registro e
Licenciamento de Veículo), com alguma vantagem
econômica, como quantia em dinheiro “deixada”
intencionalmente junto à documentação e entregue ao
policial

Caso a conduta do abordado enquadre-se em crime de


corrupção, o policial militar deve fazer valer os valores
cultuados pela Polícia Militar, sobretudo o da ética,
transparência e justiça, devendo arrolar testemunhas
idôneas e adotar as medidas legais.
Prof. André Gustavo

Orientações gerais
Diversas condições podem gerar insatisfação em uma
pessoa abordada em uma blitz policial; seja pelo atraso
para comparecer a algum compromisso, seja pelo
constrangimento frente ao público do local (às vezes
vizinhos) ou aos demais passageiros do veículo (às vezes
familiares), ou ainda, pelo fato de coloca-los na condição de
pessoa em atitude suspeita. Diante dessas situações,
pode ser que o abordado tente argumentar ou
questionar a ação policial, o que não configuraria
necessariamente resistência, ou desacato.

Nesse caso, seja tolerante, prudente e sempre atento a sua


segurança, avalie cada situação para melhor definir suas
ações;
Prof. André Gustavo

Orientações gerais

Nem todo cidadão se dispõe a colaborar espontaneamente.


Mantenha o controle da situação através da verbalização
adequada e busque identificar as possíveis razões pelas
quais ele pode estar sendo resistente. Fique atento para
não se deixar levar por provocações e cair em
armadilhas do abordado que procura se vitimar diante
da ação do policial;

O abordado poderá ter dificuldades de escutar suas ordens,


em decorrência de barulho na rua, por estar com o aparelho
de som ligado, por ter problemas auditivos ou ainda por ser
estrangeiro. Nessa situação, determine a ele que desligue o
som do veículo, seja tolerante e expresse novamente sua
intenção;
Prof. André Gustavo

Orientações gerais

Pessoas sob efeito de álcool ou drogas poderão ficar


confusas e ter dificuldades de entender suas colocações.
Fique atento às reações do abordado e com a segurança
dele, da sua equipe e das pessoas próximas da ocorrência;

A sua segurança e a da sua equipe são fundamentais.


Assim, esteja atento às diversas peculiaridades do ambiente
no qual se desenrola a operação policial e proceda sempre
à avaliação de riscos;
Prof. André Gustavo

Orientações gerais

Se o abordado demorar a responder ou a acatar as


determinações, mas não manifestar resistência
ativa, você deverá insistir na recomendação dada, e
repetir a ordem ou a pergunta por três ou mais
vezes. A repetição firme das ordens é uma técnica que
demonstra a determinação do policial e poderá superar
a resistência inicial com profissionalismo;
Prof. André Gustavo

Orientações gerais
Caso o abordado não responda e se torne resistente,
mantenha-se atento e proceda da seguinte maneira:

 Utiliza a comunicação verbal e não verbal como forma de auxiliar na verbalização;


 Adeque o volume da voz e emita ordem direta alertando ao abordado quanto à prática
de crime;
 Resguarde suas ações arrolando possíveis testemunhas que estejam próximas ao
local;
 Utilize recursos tecnológicos que estejam à disposição para comprovar a atuação
legítima do policial e a resistência do abordado. É o caso de aparelhos telefônicos
celulares que tiram fotos, filmam, gravam áudio, ou outros equipamentos similares. Na
utilização desses recursos, o policial deve ter cuidado de maneira especial com relação
à postura e segurança, de maneira que não se torne vulnerável na intervenção. Esses
registros eletrônicos só poderão ser utilizados de maneira oficial, sendo vedada a
divulgação ou distribuição à imprensa ou a outros órgãos.

Quaisquer desses fatores, mal trabalhados, podem levar o responsável


pela abordagem a fragilizar sua demonstração de autoridade.
Prof. André Gustavo

SEÇÃO 5

SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
Prof. André Gustavo

Situações específicas / abordagem a


motocicletas

Durante a realização da operação, inevitavelmente, será


necessário efetuar abordagem a motocicletas e seus
ocupantes. Este procedimento será alvo de maior atenção
pela equipe, pois a experiência operacional mostra que este
tipo de veículo é largamente utilizado por infratores para
a prática de crimes, devido à sua mobilidade, agilidade
no trânsito das grandes cidades e dificuldade de
identificação do rosto da pessoa devido ao uso de
capacetes.
Prof. André Gustavo

Situações específicas / abordagem a


motocicletas
Ao proceder à abordagem a motocicletas, o policial agirá de
maneira análoga à apresentada para a abordagem de veículos
de 4 (quatro) rodas e deverá estar atento às seguintes
orientações específicas:

a) o PM Selecionador deverá proceder com cautela e avaliar o


risco desta abordagem, considerando que a motocicleta tem
sido o meio mais utilizado para a prática de delitos;

b) o PM Revistador/Vistoriador realizará a abordagem pelo


lado esquerdo dos ocupantes da motocicleta, enquanto o
PM Segurança ficará do lado direito. Neste momento os
militares observarão os pressupostos da Tática de
Aproximação Triangular (TAT), monitorando as mãos do
motociclista e passageiro (se houver);
Prof. André Gustavo

Situações específicas / abordagem a


motocicletas
c) será ordenado ao condutor que desligue a
motocicleta e retire a chave da ignição. Em caso de
suspeição, será determinado que o condutor e
passageiro (se houver), coloquem as mãos apoiadas no
capacete;

d) a busca pessoal, quando necessária, será realizada da


seguinte maneira: ao motociclista será dada ordem para
descer do veículo e colocar as mãos apoiadas no
capacete. Caso haja um passageiro, este será o primeiro
a desembarcar e ficará de pé ao lado do veículo, com as
mãos apoiadas no capacete
Prof. André Gustavo

Situações específicas / abordagem a


motocicletas
e) em seguida, o PM Revistador/Vistoriador procederá
busca pessoal no(s) abordado(s), podendo ser na
posição de contenção 1 (abordado em pé sem apoio) ou
na posição de contenção 2 (abordado em pé com apoio
– viatura ou parede), conforme MTP 02 e avaliação de
riscos feita pelos militares empenhados na operação;

f) após a busca pessoal e não sendo detectada situação


ilícita, os procedimentos de fiscalização de documentos
(motocicleta, motociclista e passageiro), bem como a
vistoria da motocicleta (lacre da placa, debaixo do assento,
compartimento etc) deverão ser realizados.
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Situações específicas / Blitz noturna


a) deve ser montada preferencialmente em local com boa
iluminação artificial e que proporcione segurança tanto no
aspecto de visualização do dispositivo montado, quanto
nas condições de controle de perímetro. Os locais que, diante
uma situação adversa, poderão ser fatores complicadores à
atuação policial-militar, devem ser evitados como aqueles
próximos a desfiladeiros, pontes, aglomerados urbanos, rios,
locais de grande concentração de pessoas, dentre outros;

b) a sinalização da via poderá sofrer algumas alterações para


aumentar a segurança dos envolvidos, pois desta forma é
possível dar maior visibilidade à blitz e evitar acidentes que
envolvam a equipe policial e os pedestres. Cones com
dispositivo luminoso e balizadores manuais luminosos poderão
ser utilizados como meios de sinalização;
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Situações específicas / Blitz noturna


c) os sistemas luminosos tipo giroflex garantem maior
efetividade visual, à distância, se as viaturas estiverem
posicionadas longitudinalmente em relação à mão de
direção e de passagem dos veículos; logo, poderá haver
adaptação do posicionamento transversal descrito nos
croquis e a adoção de posição paralela ao meio-fio da rua, o
que propiciará maior visibilidade ao dispositivo da operação;

d) durante a abordagem noturna, tenha atenção redobrada,


pois a baixa luminosidade interfere diretamente na
segurança do trânsito e na identificação de possíveis
ameaças; cabe ao policial militar se manter no estado de
prontidão adequado para esta situação, o que é uma
medida de prevenção decisiva para a segurança da equipe;
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Situações específicas / Blitz noturna

e) a utilização de lanternas e dispositivos de iluminação


manuais para esta operação é imprescindível, seja para
a correta iluminação dos abordados e monitoramento dos
pontos de foco e pontos quentes durante a abordagem, seja
para efetuar a busca no interior dos compartimentos do
veículo;

f) ao proceder à abordagem no período noturno, o policial


militar deve agir de maneira análoga às situações
apresentadas para as abordagens citadas anteriormente,
sempre atento às seguintes orientações particulares:
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Situações específicas / Blitz noturna


 Quando não houver indício de suspeição, dialogue e tranquilize o
abordado de forma a evitar uma expectativa negativa em relação à
atuação policial;
 Ao proceder à parada do veículo, solicite ao condutor que apague os
faróis, acenda a luz interna do veículo e mantenha as mãos em local
visível, preferencialmente sobre o volante;
 Se o veículo possuir película de proteção (Insul-film), afaste-se e,
sem bater no vidro, solicite que o condutor abra a janela lentamente.
Informe ao condutor que este procedimento será necessário para
segurança dos ocupantes e do próprio policial;
 Utilize uma lanterna para melhor visualizar o interior do veículo,
evitando apontar o foco da luz diretamente para os olhos do condutor
ou dos passageiros;
 Evite expor sua visão aos locais de forte iluminação (faróis), isto
poderá interferir fisiologicamente na sua percepção visual e
identificação rápida de um provável perigo.

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