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RESUMO
Este estudo visa apresentar uma visão sistêmica sobre técnicas e táticas de
abordagem a veículos de transporte de cargas que transitam em estradas
pavimentadas federais, estaduais e municipais, para simples verificação, adotadas
pelas equipes da Ronda Ostensiva Tático Móvel (ROTAM) do Batalhão de Polícia
Rodoviária do Paraná, as técnicas adotadas, com algumas alterações, são
utilizadas por outros órgãos de Policia, Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal,
Receita Federal e demais órgãos de fiscalização visando coibir abuso de trânsito,
contrabando, tráfico de drogas, etc., o artigo utiliza de situações práticas para tratar
de forma teórica e técnica resumindo as táticas utilizadas para ordem de parada e
estacionamento de veículos em local seguro, consequente revista no interior do
veículo, carga, bagagens e, quando bem sucedido, encaminhamento de criminosos
encontrados a partir destas abordagens.
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
1
Pós Graduando do Curso de Pós Graduação em Inteligência Policial - Faculdade Campos Elíseos
– Marmeleiro / PR
Este artigo tem o intuito de demonstrar um conjunto especifico de técnicas de
abordagem a veículos de transporte de cargas de forma segura e eficiente para
que profissionais de segurança possam realizar esta atividade de forma eficaz.
Saliento que as técnicas adotadas são para abordagem de simples verificação sem
denuncias de ilícito e que não serão discutidas técnicas de abordagem ou
imobilização de pessoas. Todas as orientações descritas e demonstradas nesse
documento já são utilizadas em abordagens pela equipe de Rondas Ostensivas
Tático Móvel (ROTAM) da 4ª Companhia de Polícia Rodoviária do Batalhão de
Polícia Rodoviária Estadual do Paraná (4ª Cia BPRv). O conjunto de técnicas
analisado faz parte de um rol maior de técnicas utilizadas por equipes táticas, no
que tange a abordagens de veículos de transporte de passageiros em rodovias,
para isto serão utilizados dados levantados em abordagens realizadas entre o dia
01 de janeiro de 2019 ao dia 01 de fevereiro de 2019 pela equipe da ROTAM da 4ª
Cia BPRv em diversas rodovias estaduais da área da 4º Cia BPRv.
O conjunto de técnicas a ser abordado é fruto de adaptação de outras
técnicas vistas na cartilha de Procedimentos Operacionais Padronizados - 2013 da
Polícia Militar do Paraná e na DIRETRIZ Nº 004/2000 - PM/3 - DIRETRIZ GERAL
DE PLANEJAMENTO E EMPREGO DA PMPR, utilizando como base as normas
previstas na Lei Federal nº 9.503/97 e suas atualizações que instituem o Código de
Trânsito Brasileiro, Regulamento Disciplinar do Exército (DECRETO Federal nº
4.346/2002), Lei Estadual do Paraná nº1943/54, que institui a Polícia Militar do
Paraná e em acordo com o Código de Processo penal e demais leis criminais e Lei
9.503/97, que institui o Código de Trânsito Brasileiro e suas atualizações.
“No contexto sistêmico da defesa social, a Polícia Militar assume papel de
relevância na preservação da ordem pública, prevenindo ou inibindo atos anti-
sociais, atuando repressivamente na restauração da ordem pública, adotando
medidas de proteção e socorro comunitários ou atuando em apoio aos órgãos da
administração pública no exercício do poder de polícia que lhe couber.” (DIRETRIZ
Nº 004/2000 - PM/3 - DIRETRIZ GERAL DE PLANEJAMENTO E EMPREGO DA
PMPR), neste contexto a Diretriz 004/2000 também preconiza o Policiamento
Ostensivo e Policiamento de Trânsito Urbano e Rodoviário.
Os sinais utilizados pelo agente aos usuários da rodovia para determinar sua
parada são simples sinais de mão indicando que o veículo deve parar, indicando o
local, podendo ainda complementar com dois silvos de apito, conforme Resolução
160/04 do CONTRAN (Figura 2).
Este tipo de fiscalização de trânsito rodoviário é de alto risco, pois além dos
requisitos de segurança utilizados na abordagem durante patrulhamento diurno,
temos de levar em consideração a falta de luminosidade, obrigando a equipe a
selecionar o local de abordagem com maior rigor, pois além dos requisitos
elencados no item 2.3., devemos escolher um local iluminado, com acostamento
espaçoso, com uma atenção redobrada quanto a locais onde se pode homiziar um
meliante em fuga (Figura 5).
3. ABORDAGEM E VERIFICAÇÃO
3.1.1. Verificação
Após se posicionar ao lado da coluna existente ligeiramente atrás do
motorista (ao lado da janela ou da porta do veículo), para garantir a própria
segurança, o operador se apresenta e solicita a documentação de porte obrigatório,
conforme preconiza o Art. 232 da lei 9.503/97, verifica os documentos e solicita
informações das centrais de informação ou realiza consultas via serviços on-line
confirmando a veracidade os dados dos documentos.
3.1.3. Revista
As averiguações e buscas no interior do veículo e compartimentos de carga,
devem ser feitas de forma minuciosa, pois para este tipo de infrator já é esperada a
abordagem policial, sendo que o objeto do ilícito, geralmente, é escondido,
disfarçado ou, mesmo á vista, é trocado por objeto ilegal com documentação legal.
A revista no interior da cabine deve ser realizada sem a presença direta do
condutor, no entanto o mesmo deve acompanhar de fora do veículo, em local de
visibilidade, o fato deste não se encontrar no interior da cabine se dá para que não
haja oportunidade para o mesmo sacar de objeto contundente no intuito de ferir o
operador, em contra partida outro operador deve acompanhar de perto o motorista
e eventual acompanhante.
Não existe pressa ao vistoriar o interior da cabine, assim como o
compartimento de carga, no entanto, não se deve utilizar de morosidade, e ao
mesmo tempo pautar de educação e cortesia aos abordados sempre.
A finalidade da revista é encontrar objetos ilícitos, mas eventualmente neste
tipo de abordagem, encontramos fugitivos da justiça e não se despreza qualquer
outra infração, como sequestro de crianças ou trafico de animais.
O segundo componente da equipe (operador 2) permanece na porta ou
acesso ao compartimento de cargas, de forma altiva e estática, observando o
condutor e acompanhante a fim de propiciar uma maior sensação de segurança a
estes, intimidar ações de pretensos criminosos e principalmente apoiar o agente
que esta realizando a fiscalização.
O operador 1 inicia na cabine do veículo, para sua maior segurança, pois um
eventual infrator terá menos tempo de reação face a uma ação rápida de
abordagem e averiguação por parte do policial.
Se torna necessário adaptar as técnicas a vários modelos de caminhões,
como por exemplo os que tem acesso pela lateral, parte traseira ou superior
(caminhão tanque por exemplo), que tem acesso por escadas.
4.ENCERRAMENTO E LIBERAÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.503/97: Código de Trânsito Brasileiro. Institui o código
de trânsito brasileiro. BRASÍLIA, 1997. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503Compilado.htm>. Acesso em
29/09/2019.