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MANUAL DE PAGAMENTO DE PESSOAL DO COMANDO DA AERONÁUTICA

MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES FINANCEIROS

ATUALIZAÇÃO: 21 JUN 2022

RESPONSABILIDADE: DIVISÃO DE ANÁLISE E NORMAS DE PAGAMENTO DE


PESSOAL (PP3)

6.1 GENERALIDADES

6.2 DIÁRIA

6.3 TRANSPORTE DE PESSOAL

6.4 AJUDA DE CUSTO

6.5 AUXÍLIO-FARDAMENTO

6.6 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO

6.7 AUXÍLIO-NATALIDADE

6.8 AUXÍLIO-INVALIDEZ

6.9 AUXÍLIO-TRANSPORTE

6.10 AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR

6.11 COMPENSAÇÃO PECUNIÁRIA

6.12 TETO CONSTITUCIONAL

6.13 CONVERSÃO EM PECÚNIA DE PERÍODOS NÃO USUFRUÍDOS DE LICENÇAS


ESPECIAIS E DE FÉRIAS

6.14 DISPOSIÇÕES FINAIS

Assinado de forma digital por


Versões anteriores: ALCIDES ROBERTO ALCIDES ROBERTO
22 NOV 2017
04 JUN 2019 NUNES:52099920630 NUNES:52099920630
Dados: 2022.07.12 09:46:40 -03'00'
05 MAI 2021
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.1 GENERALIDADES

O presente módulo tem por finalidade esclarecer eventuais dúvidas de


interpretação da legislação vigente acerca da estrutura remuneratória dos militares e
orientar quanto aos procedimentos a serem adotados por todas as Organizações Militares
responsáveis pelas atividades de Pagamento de Pessoal no âmbito do COMAER.

Sendo assim, permanece imprescindível o conhecimento dos normativos pelo


efetivo que trabalha na área, já que esse Manual não tem a pretensão de esgotar os
assuntos ora tratados.

De forma objetiva, serão disponibilizadas orientações e observações relevantes


sobre os direitos remuneratórios e ajustes financeiros, as quais sintetizam os
questionamentos mais recorrentes das UPAG e os entendimentos mais atuais da
Administração acerca de cada temática, com vistas ao apoio à tomada de decisão.
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FINANCEIROS
6.2 DIÁRIA

6.2.1 Legislações que tratam sobre o assunto:

• Decreto nº 6.258, de 19 de dezembro de 2007,


• Decreto nº 6.907, de 21 de julho de 2009,
• Portaria nº 785/GC6, de 18 de agosto de 2009;
• Portaria nº 139-T/GC6, de 14 de março de 2011,
• Portaria nº 1.347/GC4, de 03 de setembro de 2015,
• ICA 177-42, de 16 de agosto de 2021,
• Decreto 11.002, de 17 de março de 2022,
• Decreto 11.020, de 30 de março de 2022,
• Parecer nº 168/2022/COJAER/CGU/AGU e
• Portaria nº 276/GC4, de 20 de abril de 2022

6.2.2 De acordo com a Portaria nº 785/GC6/2009, nos afastamentos pelo período até
15 dias o militar fará jus, exclusivamente, ao direito pecuniário de Diárias. Nas
movimentações ou afastamentos para o cumprimento de atividade ou tarefa de qualquer
natureza, para fora de sede, sem desligamento da Organização Militar (OM) de origem,
pelo período superior a 15 dias até três meses (90 dias), o militar fará jus ao direito
pecuniário de menor valor, calculado entre a totalidade de valores correspondentes à
Ajuda de Custo e às Diárias.

AFASTAMENTO DA OM SEM
DESLIGAMENTO
DIÁRIA AJUDA DE CUSTO
Até 15 dias Exclusivamente Diária
+ de 15 dias e até 90 dias Direito pecuniário de menor valor (Planilha Comparativa)
+ de 90 dias e – de 180 dias Exclusivamente Ajuda de Custo

6.2.3 A Portaria nº 1.347/2015 regulamenta as situações que serão concedidas, ou


não, as diárias ao militar

A DIÁRIA SERÁ CONCEDIDA:


Pelo valor Integral Pela metade do valor Não será concedida
a) Quando ocorrer a) Quando o retorno a) Quando a alimentação,
pernoite fora da acontecer no mesmo dia pousada e locomoção urbana
sede; do afastamento, isto é,para forem garantidas pela União;
afastamento igual ou
b) Se não for superior a 8h consecutivas; b) Cumulativamente com a
fornecido alojamento Ajuda de Custo e/ou
sem ônus ao militar. b) No dia de retorno a sede; Gratificação de Representação;

c) Quando fornecido c) Em afastamento inferior a 8h


gratuitamente alojamento
(Decreto 11.020/2022)
sem ônus ao militar.
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FINANCEIROS
6.2.4 No cômputo das Diárias deverá ser considerado o acréscimo de deslocamento
previsto no § 1º do art. 20 do Decreto nº 4.307/2002, alterado pelo Decreto nº 6.907/2009.
Porém, conforme Decreto 11.020/2022, não serão concedidos acréscimos de
deslocamento quando o militar se utilizar de viatura oficial para realizar o deslocamento.

6.2.5 O Decreto 11.020/2022 prevê que os valores correspondentes das Diárias,


segundo a classificação da cidade de destino, são os constantes no Anexo III do Decreto
nº 4.307/2002 (alterado pelo decreto nº 6.907/2009).

6.2.6 O Parecer 168/COJAER/CGU/AGU, de 20 de abril de 2022 dispõe que é cabível a


cumulação da Gratificação de Localidade Especial Eventual ( Decreto 11.020, de 30 de
março de 2022) com o pagamento de diárias e ajuda de custo.

6.2.7 O militar que acompanhar autoridade superior, fará jus a diária no mesmo valor da
autoridade, desde que designado em ato próprio, e hospedagem no mesmo local da
autoridade.

6.2.8 De acordo com a Portaria nº 785/GC6/2009, nas situações de afastamento do


militar sem desligamento da OM de origem, quando ocorrer quaisquer alterações, tanto
da missão quanto da situação do militar, na realização da atividade ou tarefa a ele
atribuída, por fator de qualquer natureza, ao término do afastamento deverá ser realizado
o ajuste de contas. Havendo a constatação de cabimento de direito remuneratório distinto
do inicialmente planejado (ajuda de custo para diárias ou vice-versa), deverá ser
realizada despesa a anular no valor integralmente pago e concedido o novo valor a que o
militar faz jus, com o intuito de resguardar a correção contábil.

6.2.9 Conforme o disposto na Portaria nº 139-T/GC6/2011, é de competência dos


Dirigentes Máximos, Comandantes, Chefes, Diretores, Secretários, Presidentes,
Subdiretores e Prefeitos, em função de ordenador de despesas, autorizar a concessão de
diárias, passagens terrestres e locomoção, no país, aos militares e servidores de suas
respectivas Organizações e OM Apoiadas e/ ou subordinadas.

6.2.10 Apesar de as diárias serem consideradas pela Lei nº 7.713, de


22/12/1988 como rendimentos não tributáveis para efeito de imposto de renda, a DIRF
(Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte) apresentada pela SDPP (País e
Exterior) deve conter obrigatoriamente as informações relativas aos rendimentos isentos
e não tributáveis, em conformidade com a Instrução Normativa atualizada a cada ano
sobre a elaboração da DIRF. Assim, para que as informações prestadas pela SDPP à
Receita Federal a respeito de diárias recebidas por militares sejam fidedignas, é
imprescindível que as UPAG realizem o lançamento tempestivo do pagamento de tal
direito remuneratório em contracheque unicamente para registro, já que o pagamento
ocorre por meio de Ordem Bancária (OB).

6.2.11 A utilização obrigatória do Sistema de Concessão de Diárias e Passagens


(SCDP) por todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal Direta,
Autárquica e Fundacional para a concessão, o registro, o acompanhamento, a gestão e o
controle de diárias e de passagens, decorrentes de viagens realizadas no interesse da
administração, em território nacional ou estrangeiro, deu-se a contar de 31 de dezembro
de 2008, com a publicação do Decreto nº 5.992/2006, alterado pelo Decreto nº
6.258/2007.
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FINANCEIROS

6.2.10.1 A utilização do SCDP, no âmbito do COMAER, encontra-se regulamentado


na ICA 177-42 - Utilização do Sistema de Concessão de Diárias e Passagens -
SCDP para os militares e servidores do Comando da Aeronáutica, no interesse do
serviço. As rotinas de liquidação e pagamento de diárias deverão ser executadas pelo
referido Sistema.

6.2.10.1.1 Competirá às OM Apoiadas e às OM Apoiadoras assegurarem-se da


publicação das matérias relativas aos pagamentos de diárias efetuados pela UPAG
correspondente, a fim de que as correspondentes matérias sejam transcritas em EAFP,
possibilitando o registro em folha de pagamento.

6.2.10.1.2 Caberá aos Ordenadores de Despesas, tanto das OM Apoiadas quanto das
OM Apoiadoras, o fiel acompanhamento dos recursos referentes às diárias sob a
responsabilidade de suas respectivas Organizações, assim como a adoção das
providências necessárias quanto às eventuais autorizações de que tratam a Portaria nº
1.347/GC4, de 03 de setembro de 2015 e a Portaria nº 276/GC4, de 20 de abril de 2022

6.2.10.2 No que se refere ao pagamento de diárias, importante ressaltar que cabe à


SDPP apenas as orientações quanto aos procedimentos de inclusão em FOPAG, fins de
manter-se o registro dos valores pagos aos militares, conforme previsão no Art. 10º da
Portaria nº 785/GC6/2009, considerando que diárias não são despesas de pagamento de
pessoal.

6.2.10.3 Não será paga a diária cumulativamente com a Gratificação de


Representação, devida em caráter eventual , nos seguintes casos de: a) Participação em
Viagem de Representação; b) Participação em viagem de Instrução; c) Participação em
Emprego Operacional e d) Às ordens da autoridade estrangeira no país.( Decreto
11.002/2022)

6.2.12 Como apoio à utilização do SCDP, há documentações disponíveis pelo


Ministério da Economia, no link https://www2.scdp.gov.br/novoscdp/home.xhtml
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FINANCEIROS
6.3 TRANSPORTE DE PESSOAL

6.3.1 O militar da ativa fará jus ao direito remuneratório quando o transporte não for
realizado por conta da União, para custear despesas nas movimentações por interesse
do serviço, nelas compreendidas a passagem e a translação da respectiva bagagem,
para si, seus dependentes e um empregado doméstico.

6.3.2 Legislações que tratam sobre o assunto:

• Medida Provisória nº 2.2015-10/2001;


• Decreto nº 4.307/2002;
• ICA 177-31/2004;
• Orientação Normativa nº 003/SDEE/2011;
• Orientação Normativa nº 17/SDEE/2017;
• Portaria DIRAP nº 97/AESP1/2020
• Portaria GM-MD nº 469/2021
• Decreto 11.020/2022

6.3.3 Os pedidos de autorização e pagamento de valores pretéritos de transporte de


pessoal devem ser direcionadas à DIRAP, por tratar-se de matéria daquela Diretoria.

6.3.3.1 No mesmo sentido, os pedidos de autorização para pagamento em espécie de


transporte e bagagem para militar licenciado ex officio devem ser direcionadas à DIRAP.
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6.4 AJUDA DE CUSTO

6.4.1 Legislações que tratam sobre o assunto:

• RCA 34-1 – RISAER;


• Portaria nº 1205/GC6/2006;
• Informação nº 172/COJAER/2007;
• Portaria nº 31/GC6/2008;
• Portaria nº 785/GC6/2009;
• ICA 33-22;
• Portaria nº 360/GC4/2020;
• Parecer nº 454/2020;
• Decreto nº 10.973, de 18 de fevereiro de 2022
• Decreto 11.002, de 17 de março de 2022
• Decreto 11.020, de 30 de março de 2022 e
• Parecer 168/COJAER/CGU/AGU, de 20 de abril de 2022.

6.4.2 De acordo com a Portaria nº 785/GC6/2009, nas movimentações ou


afastamentos para o cumprimento de atividade ou tarefa de qualquer natureza, para fora
de sede, sem desligamento da Organização Militar (OM) de origem, pelo período superior
a 15 dias até três meses (90 dias), o militar fará jus ao direito pecuniário de menor valor,
calculado entre a totalidade de valores correspondentes à Ajuda de Custo e às Diárias.

6.4.2.1 Nas movimentações ou afastamentos para o cumprimento de atividade ou


tarefa de qualquer natureza, para fora de sede, sem desligamento da OM de origem, pelo
período superior a três meses (90 dias) e igual ou inferior a 12 meses (360 dias), o militar
fará jus somente ao direito pecuniário de Ajuda de Custo.

AFASTAMENTO DA OM SEM DESLIGAMENTO


DIÁRIA AJUDA DE CUSTO
Até 15 dias Exclusivamente Diária
+ de 15 dias e até 90 dias Direito pecuniário de menor valor (Planilha Comparativa)
+ de 90 dias e – de 360 dias Exclusivamente Ajuda de Custo

6.4.3 De acordo com o Decreto nº 4.307/2002 e com o RISAER, em caso de


movimentação, a data limite do trânsito regulamentar será considerada para efeito de
ajuste de contas pela OM de destino, mesmo que o militar se apresente previamente à
OM de destino (“não usufrua de todo o período do trânsito”).

6.4.4 Considerando que para o militar da ativa, em caso de movimentação, a data do


ajuste de contas corresponde a data limite do trânsito regulamentar, aplica-se o mesmo
entendimento do item anterior nos casos de apresentação antecipada de militar
transferido para localidade especial, sendo devido à incidência da gratificação de
localidade especial para o cálculo do valor da ajuda de custo, conforme Parecer nº
652/2018/COJAER/CGU/AGU, de 11 de dezembro de 2018.

6.4.5 O pagamento de ajuda de custo e de transporte ao militar movimentado com


desligamento de sua Organização Militar para realizar cursos de carreira fora da sede,
cujos dependentes permaneçam ocupando Próprios Nacionais Residenciais, na
localidade de origem, possui especificidades previstas na Portaria nº 1205/GC6/2006.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.4.6 O Parecer 168/COJAER/CGU/AGU, de 20 de abril de 2022 dispõe que é cabível a
cumulação da Gratificação de Localidade Especial Eventual ( Decreto 11.020, de 30 de
março de 2022) com o pagamento de diárias e ajuda de custo.

6.4.7 Conforme Informação nº 172/COJAER/2007, os beneficiários de militar falecido


no decorrer de missão com direito à percepção de ajuda de custo fazem jus ao
recebimento do valor referente ao regresso, independentemente da quantidade de dias
que o militar efetivamente participou da missão após o seu início. O mesmo
entendimento foi reforçado no Estudo Preparatório nº 026/AJUR-DIRAD/2019.

6.4.8 De acordo com a Portaria nº 785/GC6/2009, nas situações de afastamento do


militar sem desligamento da OM de origem, quando ocorrer alteração no período
inicialmente previsto para a realização da atividade ou tarefa atribuída ao militar, por fator
de qualquer natureza, ao término desta deverá ser feita a republicação em Boletim
Interno e o posterior ajuste de contas, os quais deverão ser autuados e indexados ao
respectivo Processo Administrativo de Gestão.

6.4.9 No ajuste de contas, a ser realizado na “volta” (data da chegada do militar à


sede da OM de origem, por ocasião do término da realização da atividade ou tarefa),
também deve ser levada em consideração a constatação da existência ou não de
dependente do militar.

6.4.10 Assim, quaisquer alterações, tanto da missão quanto da situação do militar,


ensejam a elaboração de nova Planilha Comparativa de Cálculos. Havendo a
constatação de cabimento de direito remuneratório distinto do inicialmente planejado
(ajuda de custo para diárias ou vice-versa), deverá ser realizada despesa a anular no
valor integralmente pago e concedido o novo valor a que o militar faz jus, com o intuito de
resguardar a correção contábil.

6.4.11 De acordo com a ICA 33-22/2016 - CONVOCAÇÃO, SELEÇÃO E


INCORPORAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR VOLUNTÁRIOS A
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR TEMPORÁRIO, o incorporado que venha a realizar
a 1ª fase do período de adaptação ao serviço militar no COMAER em OM sediada em
localidade distinta daquela em que foi habilitado, fará jus ao transporte e às ajudas de
custo ou diárias, conforme legislação. Assim, cabe às UPAG verificar com precisão o
local de habilitação do voluntário, pois fará jus à percepção de ajuda de custo (ou diária)
unicamente na hipótese de realização do estágio em localidade distinta daquela em que
foi habilitado.

6.4.12 Aos militares participantes do Curso de Formação de Soldados (CFSD),


com destino aos DTCEA - constituintes da estrutura organizacional dos CINDACTA ou
SRPV, em cujas sedes são realizados em cursos e apresentariam condições de prestar
apoio de alimentação, pousada e locomoção urbana, sem custos para o militar - não é
devido a concessão de ajuda de custo ou diária, conforme entendimento do Estudo
Preparatório nº 130/AJUR-DIRAD/2017.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.4.13 Portaria n° 37/MD/2017 versa sobre a temática de indenização em
ressarcimento, aos cofres públicos, de despesas efetuadas pela União com a
preparação, formação ou com a realização de cursos e estágios, iniciados a partir de 22
de setembro de 2017 (afastamentos anteriores devem ser regidos pela Portaria nº 6/GC6,
de 06 de janeiro de 2012), por então militares que posteriormente se desligam das fileiras
das Forças Armadas, sem o aproveitamento do investimento realizado. Sobre o assunto,
a Advocacia-Geral da União (AGU), com o fito de uniformizar Tese quanto à interpretação
do artigo 13 da Portaria supracitada, emitiu o parecer jurídico nº 0492/2018/CONJUR-MD/
CGU/AGU, de 2 de agosto de 2018, com o fito de que eventuais incorreções na
elaboração das planilhas sobre a diferença de remuneração percebida no exterior e a que
faria jus no Brasil, em razão da realização de curso por militares que pedirem demissão
ou transferência para a reserva remunerada, não acarretem atraso nas suas
homologações. O referido parecer, nos itens 53 a 56, esclarece e reforça as seguintes
considerações:

a) a aplicação da Portaria nº 37/MD/2017 se dá apenas aos cursos e estágios iniciados a


partir de 22 de setembro de 2017;

b) as diárias e ajudas de custo conferidas a militares (alunos) para participarem de cursos


ou estágios realizados no Brasil não representam fatores de custos a serem indenizados
pelos demissionários;

c) as diárias e as ajudas de custo recebidas em virtude de curso ou estágio no exterior,


por possuírem natureza indenizatória, não merecem ser indenizadas pelo militar egresso
das Forças Armadas, salvo na estrita hipótese de que trata a alínea "b" do item 14 do
Anexo A da Portaria Normativa n° 37/2017, que exige que as despesas com diárias e
passagens em viagens de instrução realizadas durante o curso ou estágio no exterior
sejam indenizadas; e

d) pela falta de previsão legal, a transferência para a reserva não remunerada do praça
que tenha realizado curso ou estágio no exterior de duração superior a seis meses, sem
haver decorrido três anos de seu término, não dará ensejo ao dever de indenizar
despesas feitas pela União para a realização desse curso ou estágio.

6.4.14 Considerando as movimentações com mudança de sede e sem


desligamento de OM, para fins de pagamento de ajuda de custo, somente estão sujeitas
à aprovação, de acordo com a respectiva cadeia de comando, conforme previsto no
artigo 3º, II, da Portaria nº 785/GC6/2009, os casos de comissionamentos.

6.4.15 Conforme Estudo Preparatório nº 24/AJUR-DIRAD/2018, por ocasião da


transferência para a inatividade remunerada, fará jus o militar ao pagamento da ajuda de
custo, mesmo que tenha sido na seara jurisdicional.

6.4.16 Conforme previsão da Portaria nº 360/GC4, de 18 de março de 2020, a


movimentação de militares cônjuges ou companheiros, por interesse do serviço ou ex
officio, para uma mesma sede, ensejará pagamento de ajuda de custo somente a um
dos militares, com base na maior remuneração, sendo o outro considerado seu
dependente.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.4.15.1 Contudo, se somente um dos militares cônjuges ou companheiros for
movimentado por interesse do serviço ou ex officio, apenas esse fará jus à ajuda de
custo, aplicando-se-lhe o previsto para movimentação individual de militar, sendo o outro
considerado seu dependente.

6.4.15.2 Nos casos de movimentações de militares cônjuges ou companheiros para


sedes diferentes, para o pagamento de ajuda de custo, aplicar-se-á o previsto para
a movimentação individual de militar.
6.4.17 Conforme previsão da Portaria nº 360/GC4, de 18 de março de 2020, nas
movimentações de militares que possuam cônjuge ou companheiro militar para
comissões superiores a quinze dias e iguais ou inferiores a seis meses,
sem desligamento da organização militar, aplicar-se-á o previsto para movimentação
individual de militar, independentemente de precedência hierárquica em relação ao
cônjuge.

6.4.16.1 Nos casos de comissão, na mesma localidade, superior a quinze dias e


igual ou inferior a seis meses, sem desligamento da organização militar, será devido o
pagamento de ajuda de custo correspondente a remuneração integral somente a
um destes militares, com base na maior remuneração, sendo o outro considerado seu
dependente.

Destaca-se que, conforme previsto no artigo 7º, da Portaria nº 785/GC6/2009, para efeito
de ajuste de contas, tomar-se-á como base as datas a seguir discriminadas, visando à
apuração do valor representativo:
I – Na Ida => data do início efetivo do afastamento do militar da sede da OM de Origem;
e II – Na Volta => a data da sua chegada à sede da OM de Origem, por ocasião do
término da realização da atividade ou tarefa.

6.4.16.2 Os valores a serem considerados para o pagamento de ajuda de custo


poderão ser distintos na ida e na volta, em razão de alterações ocorridas durante a
missão (ex: reajuste de soldo ou inclusão de dependente), conforme comentado no item
6.4.8.

6.4.18 Nos termos do Parecer nº 00454/2020/CONJUR-MD/CGU/AGU, de 27 de


julho de 2020, os direitos remuneratórios relativos à ajuda de custo, decorrentes da
inativação de militar, ou seja, licenciamento ex officio ou a pedido, devem ser aferidos
com base na lei vigente no dia de seu desligamento , ou seja, a data do ajuste de
contas, a partir da qual o militar será considerado efetivamente desligado do serviço
ativo, nos termos do art. 7º a Medida Provisória nº2.215-10/2001. Sendo assim, em face
da nova previsão legal contida na Lei nº 13.954/2019, para o militar desligado da OM
antes de 1º de janeiro de 2020, por ter sido transferido para a reserva remunerada, deve
ser aplicada a previsão que consta no Anexo V da Lei nº 13.954/2019, que determina o
pagamento de 4 (quatro) remunerações do último posto do círculo hierárquico a que
pertence o militar ou da graduação de suboficial, se praça, a título de ajuda de custo. Já
para o militar desligado da OM a partir de 1º de janeiro de 2020, por ter sido transferido
para a reserva remunerada, faz jus a 8 (oito) vezes o valor da remuneração.

6.4.19 O militar da reserva remunerada designado para o serviço ativo, ao ser


dispensado, não fará jus a nova ajuda de custo, conforme prevê o Decreto 10.973/2022.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS

Militar transferido para a Reserva Remunerada


Antes de 1º de janeiro de 2020 A partir de 1º de janeiro de 2020
Pagamento de 4 (quatro) remunerações Pagamento de 8 (oito) vezes o valor
do último posto/graduação da remuneração.

6.4.17.1 Conforme Estudo Preparatório nº 08/AJUR-DIRAD/2021, de 04 de março de


2021, não cabe o pagamento da ajuda de custo, por ocasião do falecimento de aluno em
Escola de Formação, ainda que falecido no serviço ativo, aos seus dependentes e/ou
sucessores visto que não são seus beneficiários para fins de pensão militar.
Outrossim,não se trata de um direito do militar não recebido em vida, mas sim
direito de seus eventuais beneficiários de pão militar em decorrência do seu falecimento.

6.4.17.2 Foram criados novos motivos da matéria “ajuda de custo” para efetuar as
publicações, no SIGPES, dos direitos financeiros dos militares quando da passagem para
a reserva remunerada, em conformidade com a Lei nº 13.954/2019:
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6.5 AUXÍLIO-FARDAMENTO

6.5.1 Legislações que tratam sobre o assunto:

• Lei nº 810, de 06 de setembro de 1949;


• Medida Provisória nº 2215-10, de 31 de agosto de 2001;
• Decreto nº 4.307, de 18 de julho de 2002;
• Nota Técnica nº 711/AJUR-DIRINT/2003;
• ICA 33-12/2008;
• Portaria nº 212/GC6, de 27 de março de 2007;
• Portaria nº 524/GC3, de 23 de agosto de 2012;
• Parecer 160/2013/COJAER/CGU/AGU, de 29 de abril de 2013
• Orientação Técnica nº 006/SDPP/2014.

6.5.2 O lançamento do direito financeiro ao auxílio-fardamento encontra-se


automatizado desde o ano de 2014. A SDPP recomenda às UPAG a tempestiva
publicação em Boletim Interno da aquisição do direito ao auxílio-fardamento, em
quaisquer das hipóteses de enquadramento.

6.5.3 O auxílio-fardamento deverá ser calculado sobre o valor do soldo do militar


vigente na data em que for efetivado o pagamento (art. 63 do Decreto nº 4.307/ 2.002),
devendo- se considerar, para efeito da contagem do período, o dia correspondente
àquele em que ocorreu a promoção.

6.5.3.1 As informações afetas à renovação podem ser obtidas em relatório


específico do SIGPES, que disponibiliza os dados dos militares que preenchem as
condições estabelecidas da Tabela II do ANEXO IV da Medida Provisória nº 2.215/2001.

6.5.4 Eventuais erros de publicação para a concessão do auxílio-fardamento,


deverão ser corrigidos por meio de anulação (despesa a anular) e nova publicação da
concessão (pagamento).

6.5.5 Se o militar for promovido ou enquadrado nas alíneas “b” ou “c” da Tabela II do
ANEXO IV da Medida Provisória nº 2.215/2001, no período de até um ano após fazer jus
ao auxílio-fardamento, será devida apenas a diferença entre o valor do auxílio referente
ao novo posto ou graduação e o efetivamente recebido (art. 61 do Decreto nº 4.307/
2.002), devendo a contagem do período pautar-se na definição de “ano civil” disposto na
Lei nº 810/1949: “Considera-se ano o período de doze meses contado do dia do início ao
dia e mês correspondentes do ano seguinte.” (Parecer nº 051-11/COJAER/2010). Este
entendimento foi reforçado no Estudo Preparatório nº 136/AJUR-DIRAD/2017, de 28 de
novembro de 2017.

6.5.5.1 Para a concessão do direito, a UPAG deverá utilizar o item SIGPES nº 2376
AUXÍLIO-FARDAMENTO - DIFERENÇA (RECEBIMENTO ATÉ UM ANO) -
CONCESSÃO– AUTOMATIZADO.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.5.5.2 A título de exemplo, como o valor do auxílio fardamento recebido ao ser
declarado Aspirante a Oficial, ao concluir o curso de formação na AFA, é superior ao
valor do auxílio fardamento quando da promoção ao novo posto (2º Tenente), o Aspirante
a Oficial promovido à 2º Tenente, nessas condições, não faz jus a diferença do auxílio
fardamento.

6.5.6 Com base na Nota Técnica 711/AJUR-DIRINT-2003, o previsto na alínea “h”


da Tabela II do ANEXO IV da Medida Provisória nº 2.215/2001 (A cada três anos quando
o militar permanecer no mesmo posto ou graduação) para a percepção do auxílio-
fardamento não computa período de afastamento do militar para gozo de licença para
tratar interesse particular, a qual acarreta prejuízo à contagem do tempo de efetivo
serviço, além da remuneração.

6.5.7 De acordo com a Portaria nº 212/GC6/2007, nos casos em que o militar


perder peças de uniforme previstas no Regulamento de Uniformes para os Militares da
Aeronáutica (RUMAER), em sinistro ou em calamidade, a concessão do auxílio-
fardamento será avaliada mediante sindicância (art. 62 do Decreto nº 4.307/ 2.002). O
sindicante deverá calcular, por peça sinistrada, o valor representativo do auxílio-
fardamento a ser concedido ao militar, com base na tabela de preços do Sistema de
Fardamento Reembolsável da Aeronáutica, não podendo o total ser superior ao valor
representativo correspondente à situação “l”, da Tabela II, do anexo IV, da Medida
Provisória nº 2.215-10/2001 (um soldo e meio).

6.5.8 O militar da Reserva Remunerada da Aeronáutica designado para o serviço


ativo fará jus, por ocasião da sua apresentação, a um auxílio para aquisição de
uniformes, correspondente ao valor do soldo de seu posto ou graduação, desde
que o tempo decorrido como militar da reserva remunerada tenha sido de, no mínimo, 6
(seis) meses. De acordo com o Parecer nº 160/2013/COJAER/CGU/AGU, a transferência
para a reserva remunerada é causa de suspensão do prazo de aquisição do direito ao
auxílio- fardamento. Assim, o militar que for designado para o serviço ativo, antes de
decorridos os 6 (seis) meses na reserva remunerada, fará jus ao auxílio tão logo
transcorram três anos (somando-se os períodos em que esteve em atividade) após o
último recebimento do auxílio fardamento.

6.5.9 Tendo em vista que o item 2.3.1 da ICA 33-12/2008, com as suas alterações
disponíveis no CONLEGIS, prevê que o prazo de permanência do militar da Reserva
Remunerada da Aeronáutica na situação de designado para o serviço ativo poderá ser
prorrogado por períodos sucessivos de até três anos, o marco inicial para o cômputo dos
“três anos no mesmo posto ou graduação” da letra “h” do ANEXO II da Tabela IV da
Medida Provisória nº 2.215/2001 será a data de designação para o serviço ativo.

6.5.10 Levando em consideração o estrito objetivo do auxílio fardamento (custear


gastos com fardamento) e o princípio administrativo da “finalidade” (Art. 2º da Lei
9.784/99), no caso de pagamento de auxílio fardamento em virtude de promoção por
ressarcimento de preterição, deve ser considerada a data da Portaria referente ao ato de
promoção como a nova data de aquisição do direito. Dessa maneira, se a Portaria
correspondente for publicada em até um ano da concessão do último auxílio, o militar
apenas fará jus à diferença entre o valor já recebido e o referente ao novo
posto/graduação. Caso o intervalo em questão seja superior a 1(um) ano, será devido o
valor integral do novo posto/graduação (Orientação Técnica nº 006/SDPP/2014).
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.5.11 No que se refere ao direito financeiro do auxílio fardamento quando da
transferência do militar para a reserva remunerada, cumpre destacar que o referido
benefício nasce quando atendidos os requisitos impostos pela lei, não havendo quaisquer
exigências quanto à futura condição funcional do militar. Sendo assim, caso haja um
processo administrativo de transferência para a reserva remunerada em andamento, os
militares envolvidos somente farão jus ao auxílio fardamento no período em que
permanecerem em serviço ativo, ainda que haja sido protocolado o requerimento do
militar pelo pedido. Cumpre esclarecer que a efetiva transferência para a inatividade dá-
se com o desligamento do serviço ativo, data esta que coincide com o início da vigência
do Título de Proventos na Inatividade (TPI); razão pela qual deverá ser considerada como
a data final para aquisição do direito financeiro do auxílio-fardamento por permanência de
3 anos no mesmo posto ou graduação.

6.5.11.1 Na falta de uma data explícita de desligamento, considera-se o prazo de 45


(quarenta e cinco) dias a contar da data da primeira publicação oficial, para oficialização
em instrumento interno do ato de passagem de militar para a reserva (data do
desligamento do serviço ativo) visto o que consta do parágrafo 1º do artigo 95 da Lei nº
6.880, de 09 de dezembro de 1980 (Estatuto dos Militares). Assim, caso o militar faça jus
ao auxílio-fardamento, por renovação, a UPAG, procederá o lançamento do boletim
interno da concessão do auxílio-fardamento, independentemente do ato de reserva.

6.5.12 Com base no Estudo Preparatório nº 006/AJUR-DIRAD/2020, de 06 de abril


de 2020, no caso de reinclusão de militar que serviu anteriormente em outra Força
Singular, a contagem do prazo de 03 (três) anos no mesmo posto ou graduação para fins
de percepção do auxílio-fardamento recomeça a contar da data da apresentação na OM,
não devendo ser levado em conta o tempo anterior ao seu licenciamento.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.6 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO

6.6.1 Legislações que tratam sobre o assunto:

• ICA 145-6, de 17 de novembro de 2016;


• Portaria nº 359/GC4, de 06 de abril de 2016;
• Portaria Normativa nº 19, de 01 de junho de 2017
• Portaria nº 21/AB4, de 26 de junho de 2020
• Portaria GM-MD nº 469, de 28 de janeiro de 2021.

6.6.2 O arranchamento permanente nas Organizações Militares com atividades de


subsistência dar-se-á a partir da apresentação do militar pronto para o serviço pela
Organização Militar de destino. Todas as UPAG devem manter constante
acompanhamento do seu efetivo arranchado e desarranchado, sendo fundamental o
cruzamento de informações entre os Gestores de Finanças e de Subsistência, para o
adequado Saque de Etapas.

6.6.3 O auxílio-alimentação é um direito remuneratório devido ao militar para custear


gastos com a alimentação. O auxílio poderá ocorrer nos casos previstos na Portaria nº
359/GC4/2016.

6.6.4 Além das situações de concessão do auxílio-alimentação consideradas


ordinárias pela Portaria nº 359/GC4/2016, quando o militar não puder receber
alimentação por sua organização ou por outra nas proximidades do local de serviço ou
expediente, ou quando, por imposição do horário de trabalho e distância de sua
residência, seja obrigado a fazer refeições fora dela, tendo para tanto despesas
extraordinárias, fará jus ao auxílio- alimentação:

Duração do expediente/ serviço Etapas comum fixada para a


localidade
Igual ou inferior a 8 horas 1 vez a etapa
Superior a 8 horas e inferior a 24 5 vezes a etapa
horas
24 horas 10 vezes a etapa

Obs: O auxílio não poderá exceder a 10 dias por mês.

6.6.5 Importante observar que o militar concorrente de escala de serviço, cuja


peculiaridade enseje a concessão do auxílio-alimentação considerada eventual, em
serviço superior a 8 horas, deverá manter cadastro junto ao Setor de Pessoal da
Organização Militar, conforme a Ficha de Cadastro de Habilitação constante do anexo B
da Portaria nº 359/GC4/2016.

6.6.6 Ainda, merece menção a vedação da concessão de auxílio-alimentação ao


militar que tenha sido arranchado pela organização, à qual esteja servindo, ou por outra
nas proximidades, em quaisquer refeições durante o período de efetivo serviço. Assim,
por exemplo, os militares escalados para compor Comissões de Fiscalização de
Concurso que recebem apoio de lanche do rancho apoiador não fazem jus ao auxílio-
alimentação.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.6.7 Para que seja necessário o cancelamento de um item de concessão do auxílio-
alimentação na FOPAG de um militar veterano, caso tenha como fato gerador
umapublicação referente ao período em que o militar estava na ativa, deverá ser
utilizado um item de mesma natureza para realizar o cancelamento (item de militar da
ativa).

6.6.8 O motivo 2713 foi disponibilizado no SIGPES para publicação nas alterações
dos militares do COMAER do direito financeiro de forma a atender também os casos não
vinculados a dependência no sistema FUNSA (L80), para a concessão do auxílio-
alimentação nos termos da MP 2215-10/2001 (Anexo IV, Tabela III, “d” - "Praça, de
Graduação inferior a Terceiro-sargento servindo em Localidade Especial de Categoria
"A", quando acompanhada de dependente.”

6.6.9 Com fulcro no Parecer nº 00176/2020/COJAER/CGU/AGU, de 31 de março de


2020, o auxílio-alimentação é um direito remuneratório que deve ser pago nas estritas
hipóteses previstas na legislação pertinente (MP 2.215-10/2001, Decreto nº 4.307/2002 e
Portaria nº 359/GC4/2016), nos casos em que não seja possível o fornecimento de
alimento ao militar. Outrossim, inexiste previsão legal para o pagamento de auxílio-
alimentação ao militar que possui restrições alimentares que o impedem ou limitam o seu
acesso à alimentação disponibilizada pela Administração Militar, por meio de refeitório
próprio (rancho).

6.6.10 De acordo com a Portaria nº 469/2021, os militares inativos contratados para


prestar serviço para o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares terão direito de
perceber os direitos remuneratórios previstos na legislação em vigor, tais como, adicional
pela prestação de tarefa por tempo certo, auxílio transporte, auxílio alimentação e o
adicional de férias. Convém ressaltar que os recursos orçamentários necessários para o
pagamento para o pagamento dos militares inativos para prestar serviço ao PECIM serão
disponibilizados pelo Ministério da Defesa pelo Ministério da Economia, em coordenação
com o Ministério da Educação, conforme prevê o Decreto nº 10.004/2019
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.7 AUXÍLIO-NATALIDADE

6.7.1 Legislações que tratam sobre o assunto:

• Nota Técnica nº 434/AJUR-DIRINT de 23 de junho 2003;


• Nota Técnica nº 439/AJUR-DIRINT, de 13 de novembro de 2003;
• Nota Técnica nº 956/AJUR-DIRINT, de 14 de novembro de 2003;
• Nota Técnica nº 27/COJAER, de 10 de maio de 2004;
• Estudo Preparatório nº 35/COJAER, de 23 de janeiro de 2006;
• Parecer nº 63/2011/RCOJAER/CGU/AGU, de 19 de dezembro de 2011;
• Parecer nº 154/2021/CONJUR-MD/CGU/AGU.

6.7.2 O auxílio-natalidade é o direito pecuniário correspondente a uma vez o soldo do


posto ou graduação devido ao militar por motivo de nascimento do(a) filho(a). Mesmo que
a certidão de nascimento seja apresentada a posteriori, respeitado o período
prescricional quinquenal, será cabível a concessão, de acordo com as Notas Técnicas nº
434/AJUR- IRINT/2003 e 956/AJUR-DIRINT/2003, bem como com a Nota Técnica nº
27/COJAER/2004.

6.7.3 É relevante destacar que o pagamento do auxílio-natalidade, observada a


prescrição, sempre será realizado com base no soldo do militar na época do fato gerador,
o nascimento do(a) filho(a). Caso seja uma despesa concernente a exercícios anteriores,
deverá ser constituído o devido processo administrativo e apenas incidirá atualização
monetária a partir da ciência da Administração.

6.7.4 A orientação Normativa nº 38, publicada na Portaria nº 994/SC-5, de 1º de abril


de 1996, trouxe a previsão de que “O militar, pai ou mãe do natimorto, faz jus ao
Adicional de Natalidade e ao Adicional de Funeral, cujo pagamento será feito mediante
apresentação das Certidões de Nascimento e de Óbito, tornando-se prescindível o
requerimento.”

6.7.5 Ainda em conformidade com as Notas Técnicas nº 434/AJUR-DIRINT/2003,


956/AJUR-DIRINT/2003 e 27/COJAER/2004, o nascimento de filho(a) de militar prestador
do serviço militar obrigatório enseja o pagamento do auxílio-natalidade e, apesar do
previsto no item 3 do Art. 140 do Decreto 57.654, de 20/01/1966, que regulamenta a Lei
do Serviço Militar, não se considera razoável realizar a desincorporação do militar por ter
se tornado arrimo de família, pois desta forma estaria sendo cerceada do menor a sua
fonte de subsistência, no atual cenário de elevadas taxas de desemprego, em que os
jovens buscam veementemente a carreira militar.

6.7.6 Enquanto isso, a Nota Técnica nº 439/AJUR-DIRINT/2003 esclarece a


adequada forma de interpretação da letra “b” da Tabela IV do Anexo IV da Medida
Provisória nº 2.215/2001 (nascimento de filhos em parto múltiplo): deverá ser pago ao
militar uma vez o soldo, conforme a letra “a” da mesma tabela, com acréscimo de
cinquenta por cento do soldo por recém-nascido, sem exclusão do primeiro. Assim, o
nascimento de gêmeos ocasionará o recebimento de 1 + (0,5 x 2) = 2 soldos; e o
nascimento de trigêmeos ensejará o recebimento de 1 + (0,5 x 3) = 2,5 soldos.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.7.7 Tendo em vista que o auxílio-natalidade, bem como o auxílio pré-escolar, estão
intrinsecamente ligados à pessoa do instituidor, o militar, a fim de auxiliar nas despesas
com o nascimento e educação dos(as) filhos(as), respectivamente, conforme
regulamentação, o Estudo Preparatório nº 35/COJAER/2006 deixou claro que apenas é
cabível o pagamento de tais direitos remuneratórios à(o) pensionista na condição de
cônjuge do(a) militar falecido(a), com a finalidade de manter o suporte aos filhos menores
do(a) militar.

6.7.8 O Parecer nº 63/2011/R-COJAER/CGU/AGU esclarece que o auxílio-natalidade


não é devido em caso de mero reconhecimento de paternidade. Entretanto, levando em
consideração a prescrição quinquenal, caso o reconhecimento da paternidade seja
informado à Administração junto a certidão de nascimento da criança, menor de 5 anos,
não há óbice ao pagamento.

6.7.9 Já o Parecer nº 63/2011/R-COJAER/CGU/AGU trouxe a inovação da


equiparação constitucional de direitos do(a) filho(a) adotivo(a) ao natural, sendo a
averbação da adoção considerada como fato gerador do auxílio-natalidade, tal qual o
registro do nascimento de um(a) filho(a) natural. Dessa forma, o valor a ser
considerado para efeitos de pagamento é aquele vigente quando da adoção.

6.7.10 Considerando que é assegurada a manutenção dos vencimentos aos cabos


matriculados no CFS e, portanto, na condição de alunos da EEAR, os mesmos fazem jus
ao recebimento de Auxílio-Natalidade calculado sobre o soldo de cabo, conforme Estudo
Preparatório nº 046/AJUR-DIRAD/2019, de 10 de junho de 2019.

6.7.11 O Parecer nº 154/2021/CONJUR-MD/CGU/AGU dispõe sobre que são devidos


o auxílio natalidade e as licenças maternidade/paternidade aos militares que obtiverem a
guarda judicial para fins de adoção nos mesmo patamares monetários e temporais dos
conferidos aos pais biológicos e adotivos.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.8 AUXÍLIO-INVALIDEZ

6.8.1 Legislações que tratam sobre o assunto:

• Lei nº 6.880, de 09 de dezembro de 1980 (Estatuto dos Militares);


• Medida Provisória nº 2215-10, de 31 de agosto de 2001;
• Decreto nº 4.307, de 18 de julho de 2002;
• Portaria nº 976/GC6, de 23 de dezembro de 2002;
• Lei nº 11.421, de 21de dezembro de 2006;
• Lei nº 12.670, de 19 de junho e 2012; Lei nº 12.702, de 07 de agosto de 2012;
• Parecer nº 204/2016/COJAER/CGU/AGU, de 07 junho de 2016.
• Ofício nº 272/AJU/5344, de 28 de maio de 2021.
• Decreto 10.750, de 19 de julho de 2021.

6.8.2 O auxílio-invalidez é um dos direitos remuneratórios já automatizados, calculado


com base no valor de 7,5 (sete e meia) cotas de soldo ou R$ 1.520,00 (mil quinhentos e
vinte reais), o que for maior, conforme a Lei nº 12.702/2012, e pago aos militares na
inatividade, reformados como inválidos e que preencham os requisitos estabelecidos
na legislação em vigor.

MILITAR
REFORMADO POR
IDADE NÃO FAZ JUS AO AUXÍLIO-INVALIDEZ
(Inc. I do art 106 do
Estatuto dos Militares)
A) Reformado por incapacidade NÃO FAZ JUS AO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
MILITAR B) Reformado por Invalidez NÃO FAZ JUS AO
REFORMADO POR AUXÍLIO-INVALIDEZ
MOLÉSTIA C) Reformado por Invalidez, em que
(art 106, 108 e 110 do necessite de internação especializada FAZ JUS AO AUXÍLIO
Estatuto dos Militares) ou cuidados permanentes de INVALIDEZ
enfermagem, devidamente constatadas
JSS da DIRSA

6.8.3 O militar fará jus ao auxílio-invalidez desde que anualmente apresente uma
declaração, informando que não exerce nenhuma atividade remunerada, pública ou
privada tabela IV, da MP Nº 2215-10/2001, regulamentada pelo Decreto nº 4.307/2002.

6.8.4 O pagamento do auxílio-invalidez será suspenso quando for constatado que o


militar está exercendo qualquer atividade remunerada e da não apresentação da
declaração para comprovar que o mesmo não exerce.

6.8.5 De acordo com o detalhado no Parecer nº 204/2016/COJAER/CGU/AGU, o auxílio


invalidez não pode fazer parte da base de cálculo do adicional natalino dos militares que
fazem jus a esse auxílio.

6.8.6 O Decreto 10.750/ 2021 prevê que o militar reformado por incapacidade definitiva
ou por invalidez poderá ser inspecionado pela Junta Superior de Saúde para fins de
revisão do ato inicial de concessão de reforma . O militar que se recusar a se submeter a
Inspeção de saúde terá os seus proventos de inatividade suspensos até que seja
realizada uma nova INSPSAU
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.9 AUXÍLIO-TRANSPORTE

6.9.1 É de competência da Diretoria de Administração do Pessoal (DIRAP).

6.9.2 Legislações que tratam sobre o assunto:

• Medida Provisória nº 2.165-36, de 23 de agosto de 2001;


• Instrução Normativa nº 207, de 21 de outubro de 2019;
• Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019
• Módulo 04 do manual dos Benefícios Assistenciais do Governo
Federal, de 29 de março de 2019.

6.9.3 O benefício poderá ser solicitado tanto pelo militar quanto pelo servidor civil do
COMAER (qualquer que seja o regime jurídico, forma de remuneração e atividade
executada) no ato de sua apresentação na OM, por meio da Declaração para
Cadastramento / Recadastramento do Auxílio-transporte.

6.9.3.1 O custeio é parcial, tendo em vista que o militar e o civil solicitante


contribuirá com um valor fixo de 6% do soldo do militar ou vencimento do servidor,
obedecendo a proporcionalidade estabelecida no artigo 2º e seu parágrafo 1º, da MP nº
2165-36/2001.

6.9.4 Os militares, quando em missão fora de sede, não farão jus ao auxílio-transporte.

6.9.5 Tendo em vista a alteração operada pela Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de


2019, em seu artigo 11, o auxílio-transporte será devido a todos os militares,
independentemente do meio de transporte utilizado (Parecer nº 00795/2020/CONJUR-
MD/CGU/AGU, de 20 de novembro de 2020 e Nota nº
00651/2021/CONJUR-MD/CGU/AGU, de 31 de março de 2021).
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.10 AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR

6.10.1 Legislações que tratam sobre o assunto:

• Estudo Preparatório nº 35/COJAER, de 23 de janeiro de2006;


• Emenda Constitucional nº 53, 19 de dezembro de 2006;
• Portaria nº 746, de 03 de maio de 2013;
• ICA 161-11, de 20 de junho de 2013;
• Portaria Interministerial nº10, de 13 de janeiro de 2016.

6.10.2 A ICA 161-11/2013 regulamenta que serão beneficiados pela Assistência


Pré-Escolar, a partir da data do requerimento, os dependentes dos militares ativos,
inativos, seus pensionistas e dos servidores civis ativos do COMAER, na faixa etária
compreendida desde o nascimento até os 05 (cinco) anos de idade.

6.10.3 O benefício da assistência pré-escolar na forma de Auxílio Pré-Escolar é


concedido para a modalidade de assistência indireta. Existem dois tipos de modalidade
de assistência: Direta e Indireta, conforme previsto na ICA 161-11/2013.

6.10.3.1 Como regra, o prazo para pagamento é até o mês em que o dependente
completar 06 (seis) anos.

6.10.4 Tendo em vista que o auxílio pré-escolar, bem como o auxílio-natalidade,


estão intrinsecamente ligados à pessoa do instituidor, o militar, a fim de auxiliar nas
despesas com o nascimento e educação dos filhos, respectivamente, conforme
regulamentação, o Estudo Preparatório nº 35/COJAER/2006 deixou claro que apenas é
cabível o pagamento de tais direitos remuneratórios à(o) pensionista na condição de
cônjuge do(a) militar falecido(a), com a finalidade de manter o suporte aos filhos menores
do(a) militar.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.11 COMPENSAÇÃO PECUNIÁRIA

6.11.1 Legislações que tratam sobre o assunto:

• Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989 (Regulamentada pelo


Decreto nº 99.425, de 30 de julho de 1990, e regulada pela Portaria
MAER nº 609/GM1, de 17 de agosto de 1990);
• Portaria nº 3.558/SC-5, de 12 de setembro de 1997;
• Decreto nº 6.854, de 25 de maio de 2009
• Parecer Jurídico nº 370/2016/COJAER/CGU/AGU, de 31 de agosto
de 2016.

6.11.2 A Lei nº 7.963/1989 prevê, em seu artigo 1º:

“O oficial ou a praça, licenciado ex-offício por término de prorrogação do tempo de


serviço, fará jus à compensação pecuniária equivalente a 1 (uma) remuneração
mensal por ano de efetivo serviço militar prestado, tomando-se como base de cálculo o
valor da remuneração correspondente ao posto ou à graduação, na data de
pagamento da referida compensação.

§ 1º Para efeito de apuração dos anos de efetivo serviço, a fração de tempo igual ou
superior a cento e oitenta dias será considerada um ano.

§ 2º O benefício desta Lei não se aplica ao período do serviço militar obrigatório.”

6.11.3 Sendo assim, o pagamento da compensação pecuniária deverá ocorrer apenas


por ocasião do licenciamento ex-officio, por término da prorrogação do tempo de serviço,
em estrito cumprimento ao disposto no artigo 1º, caput, da Lei n.º 7.963, de 21/12/1989,
regulamentada pelo Decreto nº 99.425, de 30/07/1990. Tal entendimento encontra-se,
também, disposto no item 2.3.2 da Orientação s/nº do COMGEP publicada no BCA nº
242, de 22/12/2008.

6.11.4 Os casos de acerto financeiro em que haja direito à percepção de


compensação pecuniária, o militar fará jus ao cálculo da remuneração correspondente ao
seu posto, na data em que for realizado o pagamento e não no dia de desligamento do
militar.

6.11.5 Demais motivos de licenciamento do serviço ativo das Forças Armadas,


dispostos no Estatuto dos Militares, não ensejam a concessão de compensação
pecuniária, por não atender o disposto no normativo supra e em estrita observância ao
princípio da legalidade ao qual os agentes da administração pública encontram-se
vinculados.

6.11.6 Os casos em que o militar licenciado retornar à Força por meio de decisão
judicial deverão ser remetidos à SDPP para que cada caso seja analisado
individualmente pela Seção de Assessoria de Assuntos Jurídicos da DIRAD.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.11.5.1.1 Sendo assim, a UPAG deverá proceder com o pagamento da compensação
pecuniária aos militares temporários, apenas relativo ao período ininterrupto de efetivo
serviço militar prestado até o licenciamento ex-officio, por término da prorrogação do
tempo de serviço, em estrito cumprimento ao disposto no artigo 1º, caput, da Lei nº
7.963/1989, salvo orientação e/ou decisão do Juízo competente em sentido contrário.

6.11.7 Por meio da Portaria nº 3.558/SC-5/1997 foi publicada a Orientação


Normativa nº 42, na qual consta: “O Oficial, o Guarda-Marinha, o Aspirante-a-Oficial e as
demais praças não estabilizadas, os primeiros demitidos e os demais licenciados ex-
officio, respectivamente, nos termos dos artigos 117 e 122 da lei nº 6.880, de 9 de
dezembro de 1980, alterada pela Lei nº 9.297, de 25 de julho de 1996, quando
transferidos para a reserva não remunerada por passar e exercer cargo ou emprego
público permanente, estranho à sua carreira, não fazem jus à compensação pecuniária
de que trata a Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989.

6.11.8 Da mesma forma, não é devido o pagamento de compensação pecuniária


aos militares licenciados por conclusão de tempo de serviço, ou seja, a compensação
pecuniária não é devida em relação ao período correspondente ao serviço militar
obrigatório (Estudo Preliminar nº 056/AJUR-DIRAD/2020 e Análise Jurídica nº 018/2020).

6.11.9 Cumpre ressaltar que, em consonância com o entendimento jurídico contido


na Informação nº 002/AJ/2006-COMGEP, de 25 de abril de 2006, por estar a mulher
constitucionalmente isenta do serviço militar, o primeiro ano de serviço prestado à força,
voluntariamente, e desde que prorrogado, é considerado para fins de pagamento da
compensação pecuniária.

6.11.10 É mister destacar que a análise da concessão da compensação pecuniária


é condicionada à análise anterior da área de pessoal quanto ao enquadramento
motivador e à publicação no Boletim de Informações Pessoais, quanto aos termos em
que se deu o licenciamento do militar temporário. Sendo assim, uma vez analisado e
reconhecido o licenciamento ex-officio, por término da prorrogação do tempo de serviço,
tem-se a área de pagamento de pessoal a correlação e, por conseguinte, o
embasamento legal necessário para a concessão da compensação pecuniária.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.11.11 Alguns exemplos práticos para facilitar o entendimento:

Exemplo 01: Militar concluiu o primeiro ano de serviço, sem prorrogação.

Neste caso, o militar não fará jus à compensação pecuniária, mesmo se tratando de
licenciamento ex-officio, pois não houve prorrogação do tempo de serviço, condição
necessária para o pagamento do benefício.

Exemplo 02: Militar licenciado ex -officio por ter sido aprovado em concurso público.

O militar não fará jus à compensação pecuniária, pois o licenciamento não ocorreu por
término de prorrogação do tempo de serviço.

Exemplo 03: Militar licenciada por término de prorrogação de tempo de serviço.

A militar fará jus à compensação pecuniária, equivalente a uma remuneração por ano
de efetivo serviço prestado, incluindo o primeiro ano, tendo em vista que a mulher está
constitucionalmente isenta do serviço militar obrigatório.

6.11.12 Por outro lado, em conformidade com a Lei nº 13.109, de 25 de março de


2015 , que dispõe sobre a licença à gestante e à adotante, as medidas de proteção à
maternidade para militares grávidas e a licença-paternidade, no âmbito das Forças
Armadas, o Estudo Preparatório nº 027/AJUR/DIRAD/2017 estabeleceu que o
licenciamento de uma militar porventura gestante apenas poderá ocorrer após o término
da licença-maternidade, sendo o período adicional de serviço computado para todos os
fins de direito, inclusive para a compensação pecuniária.

6.11.13 Com relação ao serviço militar obrigatório, de acordo com o Parecer


370/2016/COJAER/CGU/AGU, somente é possível o desconto da compensação
pecuniária relativa ao primeiro ano de serviço em relação aos militares temporários que
tiveram o seu Certificado de Dispensa de Incorporação (CDI) retificado ou em relação aos
Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários (MFDV) que tiveram a sua
incorporação adiada.

6.11.14 O Estudo Preparatório 56/AJUR-DIRAD/2017 considerou cabível o


pagamento de compensação pecuniária para um militar que permaneceu na FAB pelo
período de um único ano, tendo em vista já ter prestado 7 anos de efetivo serviço ao
Exército Brasileiro, não podendo permanecer na Força Aérea por mais tempo, em
consonância com o Decreto nº 6.854, de 25/05/2009, que dispõe sobre o Regulamento
da Reserva da Aeronáutica:

“Art. 31. Na concessão das prorrogações, deverá ser considerado que o tempo total de
efetivo serviço prestado pelos incorporados, sob qualquer aspecto e em qualquer
época, não poderá atingir dez anos, contínuos ou não, computados para esse efeito
todos os tempos de efetivo serviço, inclusive os prestados às outras Forças.

§1o Em tempo de paz, não será concedida prorrogação de tempo de serviço ao militar
R/2 por períodos que venham a ultrapassar a data de 31 de dezembro do ano em que
ele completar quarenta e cinco anos de idade, data de sua desobrigação para com o
Serviço Militar.”
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FINANCEIROS
6.11.15 Importante trazer a uniformização de teses de militares temporários
dispostas no Parecer n.º 00341/2020/CONJUR-MD/CGU/AGU, de 4 de junho de 2020:

UNIFORMIZAÇÃO DE TESES. MILITAR TEMPORÁRIO. IDADE-LIMITE DE


INGRESSO. IDADE-LIMITE DE PERMANÊNCIA. PRORROGAÇÃO DE PRAZO.
SERVIÇO MILITAR CONSIDERADO NO PRAZO MÁXIMO DE 96 (NOVENTA E SEIS)
MESES DE SERVIÇO MILITAR TEMPORÁRIO.

I - O 27, § 1º, I, da Lei nº 4.375/64 estabelece que a idade-limite para que


o militar temporário ingresse no serviço ativo é de 40 (quarenta) anos e
para compatibilizar a nova regra com os certames em curso, a
Administração Pública pode alterar as condições do certame constantes
do respectivo edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável à espécie
desde que o concurso ainda não esteja concluído e homologado.

II - Enquanto o militar tiver a idade de 45 (quarenta e cinco) anos poderá


continuar prestando serviço militar temporário, superando a idade limite de
permanência apenas a partir do dia em que o militar completar 46
(quarenta e seis) anos de idade.

III - A prorrogação do serviço militar temporário pode ser feita por prazo
diferente de 12 (doze) meses, de acordo com o juízo discricionário da
Força Militar, uma vez que, nos termos do §3º do art. 27 da Lei nº
4.375/1964, a observância obrigatória do prazo determinado de 12 (doze)
meses somente é devida para a incorporação inicial ao serviço ativo
temporário, e não nas suas prorrogações.

IV - Apenas o serviço prestado como militar em qualquer Força Armada


deve ser computado no prazo máximo de 96 (noventa e seis) meses para
a prestação de serviço militar temporário, nos termos do §3º do art. 27 da
Lei nº 4.375/1964, com a redação determinada pela Lei nº13.954/2019,
estando, portanto, excluídos desse cálculo os períodos de serviços civis."
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FINANCEIROS
6.12 TETO CONSTITUCIONAL

6.12.1 Legislações que tratam sobre o assunto:

• Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990


• Parecer nº 411, de 16 de julho de 2020
• NSCA 35-2, de 15 de fevereiro de 2016
• Portaria 4975, de 29 de abril de 2021

6.12.2 De acordo com o artigo 42, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,


nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância
superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, no âmbito dos
respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e
Ministros do Supremo Tribunal Federal.

6.12.2.1 Outrossim, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o teto


constitucional do funcionalismo público deve ser aplicado sobre o valor bruto da
remuneração, sem os descontos do Imposto de Renda (IR) e da contribuição
previdenciária, conforme julgamento do Recurso Extraordinário nº 675.978, em 15 de
abril de 2015.

6.12.2.2 No âmbito das Forças Armadas, ainda, excluem-se do teto de remuneração:


a gratificação natalina, o adicional de compensação orgânica e o adicional de férias, além
daquelas que tem caráter meramente eventual e indenizatório: diárias e ajudas de custo.

6.12.3 A NSCA 35-2/2016 estabelecer os procedimentos a serem adotados no


COMAER pelas UPAG nos casos que forem comprovados casos de acumulação ilegal
de cargos, empregos ou funções públicas por militares da ativa, da reserva remunerada
ou reformados.

6.12.3.1 A Nota DIRAP nº 218/5PC, de 18 de setembro de 2019, trata da


acumulação de cargos de servidores civis nos processos de aposentadoria.

6.12.4 Com relação a possibilidade de percepção de vencimentos acima do Teto


Constitucional em situações específicas de acúmulo de cargos e pensões, o Parecer nº
00411/2020/COJAER/CGU/AGU traz o seguinte entendimento:
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
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6.12.4.1.1 O referido, ainda, conclui serem vedadas quaisquer das acumulações de


benefícios a seguir elencadas, devendo o beneficiário exercer o direito de opção a
somente duas delas:
a) Pensão militar + pensão civil + vencimentos de cargo público;
b) Pensão militar + pensão civil + proventos da inatividade; ou
c) Pensão militar + pensão civil + pensão civil.

6.12.4.1.2 A mesma orientação foi incluída neste Manual, no item 22.3.8, do módulo 22.

6.12.5 Nos casos em que a Administração tenha ciência de valor recebido a maior,
esta deverá instruir um Processo Administrativo, em que fique comprovado a
oportunidade de manifestação do beneficiado pelo montante (contraditório e ampla
defesa), através da notificação formal ao interessado.

6.12.5.1 Em caso de vínculo com outro Órgão que não seja o COMAER e, por
conseguinte, integram outra base de dados, deverá ser solicitada a apresentação das
fichas financeiras pelo militar ou pensionista, conforme o caso.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.12.5.2 Em caso de inércia do beneficiado pelo valor, a UPAG deverá registrar tal
fato e decidir pelo cancelamento dos valores percebidos, em razão da impossibilidade de
acumulação.
6.12.6 No processo para implantação do abate teto, a UPAG deverá explicitar:
-os valores percebidos pelo SIGPES/MOPAG II e/ou no SIAPENET, conforme o caso;
-o somatório das remunerações;
-o valor do Subsídio dos Ministros do STF; e
-o valor da diferença a ser implantada como desconto na caixa T16 (militar veterano)/ T36
(pensionista).

6.12.6.1 A fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal compete


ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, nos termos do inciso
XV, do artigo 48 da Constituição Federal.

6.12.6.1.1 Atualmente, a Lei nº 13.752, de 26 de novembro de 2018, que dispõe sobre


o subsídio de Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevê o valor de R$ 39.293,32 (trinta
e nove mil, duzentos e noventa e três reais e trinta e dois centavos). Por oportuno, é de
responsabilidade das UPAG aplicar sempre o valor e a referência normativa mais
atualizada, que também ficará disponível na página da SDPP, para consulta contínua dos
agentes responsáveis
(http://www.dirad.intraer/images/conteudo/PDF/SDPP/Remuneracao_2020_atualizado_t
empo_svc_medio.pdf).

6.12.6.2 Os valores atrasados do teto constitucional deverão ser implantados nas


caixas T16/ T36 como descontos com prazo.

6.12.6.3 As UPAG deverão manter todo o processo arquivado para eventuais


consultas julgadas oportunas pelos Órgãos de Controle.

6.12.7 Quanto aos cálculos do teto remuneratório de servidores e militares ativos,


a Portaria SGP/SEDGG/ME Nº 4.975, de 29 de abril de 2021, dispõe que nas hipóteses
constitucionalmente admitidas de acumulação de cargos públicos, o limite remuneratório
de que trata o inciso XI do art. 37 da Constituição Federal incide isoladamente em
relação a cada um dos vínculos, na seguinte conformidade:

I - de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde com profissões


regulamentadas;
II - de dois cargos de professor;
III - de um cargo de professor e outro técnico ou científico; ou
IV- de um cargo, emprego ou função com cargo eletivo de vereador, havendo
compatibilidade de horários.

6.12.8 Na hipótese do servidor público civil ocupante de cargo efetivo, empregado


público ou militar da ativa estar investido em cargo em comissão ou função de confiança,
o limite remuneratório incidirá sobre o somatório da remuneração do cargo, emprego,
posto ou graduação militar e do valor do cargo em comissão ou função de confiança.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.12.9 Quanto ao cálculo do limite remuneratório de servidores aposentados e
militares veteranos, a Portaria SGP/SEDGG/ME Nº 4.975/2021, dispõe que o limite
remuneratório incidirá isoladamente em relação a cada um dos vínculos nas seguintes
situações:

I - acumulação entre vínculo de aposentado ou militar na inatividade com cargo em


comissão ou cargo eletivo;
II - acumulação entre vínculo de aposentado ou militar na inatividade com cargo ou
emprego público admitida constitucionalmente; ou
III - no caso da acumulação de cargos abrangida pelo art. 11 da Emenda Constitucional
n° 20, de 15 de dezembro de 1998, de membros de poder e de aposentados e veteranos,
servidores, empregados públicos e militares, que tenham ingressado novamente no
serviço público por meio de concurso público e pelas demais formas previstas na
Constituição Federal.

6.12.10 Quanto ao cálculo do limite remuneratório de pensionistas, a Portaria SGP/


SEDGG/ME Nº 4.975/2021 dispõe que no caso de percepção simultânea de pensão, com
remuneração de cargo efetivo, emprego público, posto ou graduação militar, provento,
inatividade ou cargo em comissão ou função de confiança, o limite remuneratório incidirá
sobre a soma da pensão com os rendimentos dos demais vínculos.

6.12.10.1 No caso de percepção simultânea de pensão com mais de um cargo,


emprego, posto ou graduação militar acumuláveis, o limite remuneratório deverá incidir
sobre a soma da pensão com a remuneração de vínculo mais antigo.

6.12.11 Deve-se observar, ainda, as orientações do Parecer Vinculante nº


00695/2018/COJAER/CGU, de 01 de novembro de 2018, Parecer nº
00032/2020/CONJUR-MD/CGU/AGU, de 29 de janeiro de 2020 e do Parecer nº
00411/2020/COJAER/CGU/AGU, de 16 de julho de 2020, todos disponíveis no
CONLEGIS.

6.12.12 O relatório de efetivo de militares/ pensionistas que recebem remuneração


acima do teto constitucional é um dos indicadores de riscos a serem analisados
mensalmente pelas UPAG no (SAG-PP), conforme orientações dispostas no módulo 12
do presente Manual.

6.12.13 A SDPP criou modelos de itens financeiros de Boletim Interno para que o
Setor de Finanças implemente a caixa de abate teto na Folha de Pagamento de militares
e pensionistas de militares que, porventura, ultrapassem o teto constitucional previsto na
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.13 CONVERSÃO EM PECÚNIA DE PERÍODOS NÃO USUFRUÍDOS DE LICENÇAS
ESPECIAIS E DE FÉRIAS

6.13.1 Legislações que tratam sobre o assunto:

- ICA 35-15 - "Conversão em pecúnia de períodos não usufruídos de


Licenças Especiais e de Férias"
- Portaria Normativa N º31, de 24 de maio de 2018;
- Ofício nº 68/PP3-5/1853, de 10 de fevereiro de 2022.

6.13.2 A Portaria Normativa nº 31, de 24 de maio de 2018, trata sobre padronização dos
procedimentos a serem adotados pelas Forças Armadas para análise e pagamento aos
militares inativos, aos ex-militares e aos seus sucessores, de conversão em pecúnia, na
forma de indenização, de licenças especiais não gozadas nem computadas em dobro
para efeito de inatividade.

6.13.3 A Subdiretoria de Pagamento de Pessoal em coordenação com a Diretoria de


Administração de Pessoal, alterou os procedimentos relativos ao pagamento de processos
de conversão de pecúnia de períodos de LESP e/ou férias não gozadas. Nessa senda,
ficou padronizado, por meio do Ofício nº 68/PP3-5/1853, de 10 de fevereiro de 2022, que
as UPAGs passam a ser responsáveis pelos lançamentos desses benefícios.

6.13.4 A Comissão de Análise de Processos de Licenças Especiais (CALESP) analisará


os requerimentos que versem sobre a conversão em pecúnia de licenças especiais,
adquiridas até em 29 de dezembro de 2000, não gozadas pelos militares ou ex-militares e
nem computadas em dobro para fins de inatividade.

6.13.5 Os requerimentos aprovados, juntamente coma Planilha de Cálculo, serão


encaminhados pela DIRAP para as UPAG do COMAER. As UPAG deverão realizar os
devidos lançamentos para saque. Após o processamento da FOPAG do mês de
referência, as UPAG deverão proceder com a inclusão do contracheque e a restituição do
processo à SDVP para arquivamento.

6.13.6 Sobre a Planilha de Cálculo, cabe ressaltar que este é elaborado pela Comissão
de Análise de Processos de Licenças Especiais, analisados pelo Agente de Controle
Interno e autorizado o pagamento pelo Ordenador de Despesas, todos gestores da
DIRAP.

6.13.7 Deverão ser utilizadas as seguintes caixas:


E20 - Indenização de LESP
E87 - Indenização de Férias e
T59 - Descontos
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS
6.13.8 O Boletim Padrão é o 890 – Conversão em Pecúnia de LESP/ Férias.

6.13.9 Os lançamentos para pagamento, cujos valores correspondem aos mesmos


registrados no termo de concordância assinado pelo requerente,devem observar os
seguintes campos da planilha de cálculos:

a) Campo “TOTAL DOS VALORES A SEREM DESCONTADOS”:


Valor a ser lançado na caixa T59;

b) Campos "VALOR FÉRIAS" e "ADICIONAL":


Somatório de valores a serem lançados na caixa E87; e

c) Campo "TOTAL LESP":


Valor a ser lançado na caixa E20.

OBS: O Campo “TOTAL DOS VALORES A RECEBER” corresponde ao somatório


de valores das caixas E20 e E87, que devem ser lançados separadamente em FOPAG,
conforme discriminado nas alíneas acima.

6.13.10 Os dados que identificam o processo e a numeração da planilha de


cálculos autorizada são publicados em BCA pela CALESP, sendo de suma importância
observar o correto preenchimento, no momento do lançamento no MOPAG II, do campo
“Informativo”, o qual deverá apresentar a seguinte informação:
“LESP/Férias relativo ao Processo NUP XXXXX que autorizou o pagamento –
planilha de cálculos nº XXXXX publicada no BCA XXXXX”.

6.13.11 Destaca-se que, diferentemente dos lançamentos dos valores devidos a


militares veteranos realizados na tela 2351 do MOPAG II, nos casos de ex-militares
excluídos da folha de pagamento do COMAER as UPAG devem proceder com
lançamento das FIC de acerto (tela 2350 do MOPAG II), utilizando-se as mesmas
caixas referenciadas (E20, E87 eT59) e os dados bancários, com entidades
conveniadas com o COMAER, informados pela DIRAP/CALESP no processo
respectivo. Contudo, verificado a ocorrência de Banco 00, a UPAG deverá diligenciar
conforme previsto no item 9.2 do Módulo 09 do MCA 177-3/Digital e no Módulo 04 do
MCA 177-2/Digital para a realização do pagamento.
MÓDULO 06 – DIREITOS REMUNERATÓRIOS E AJUSTES
FINANCEIROS

6.13.12 Nos processos que envolverem sucessores de militar ou ex-militar falecido do


COMAER, os pagamentos pelas UPAG serão realizados por ordem bancária. A
UPAG deverá solicitar e utilizar o numerário enviado pela SDPP, seguindo-se os
mesmos procedimentos de solicitação de Folha Extraordinária descritos no módulo
05 do MCA177-2/Digital, informando, ainda, que se trata de pagamento de
indenização de LESP e/ou FÉRIAS e o valor de cada parcela respectiva. Ademais,
os valores cabíveis a cada um dos sucessores constará no processo respectivo, de
forma detalhada, haja vista a previsão de dever constar escritura ou formal de
partilha do inventário, nos termos do item 5.1.4.4 da ICA35-15/2021. Contudo, nos
casos de pensionista(s) relacionado(s), os pagamentos deverão ser realizados pelo
lançamento e processamento normal da FOPAG.

6.13.14 A SDVP deverá encaminhar, mensalmente, à SDPP a relação nominal dos


militares que farão jus ao saque e que foram encaminhados as UPAG para saque. Dessa
maneira, a SDPP, como Órgão Central, poderá conferir se os saques foram efetuados e
se caso não forem efetuados, a PP3-1 encaminhará à SDVP a relação dos militares que
não foram sacados.
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6.14 DISPOSIÇÕES FINAIS

6.14.1 Os casos não previstos deverão ser submetidos à apreciação do


Diretor de Administração da Aeronáutica, por intermédio do Subdiretor de Pagamento
de Pessoal.

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