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MÓDULO II – SEGURADOS DA

PREVIDÊNCIA SOCIAL

INDICADORES DO CNIS

1. PRPPS – Vínculo de empregado com informações de


Regime Próprio (Servidor Público)

Decreto 3.048/99. Art. 19, § 9º. Constarão do CNIS as informações dos


segurados e beneficiários dos regimes próprios de previdência social para fins
de verificação das situações previstas neste Regulamento que impactem no
reconhecimento de direitos e na concessão e no pagamento de benefícios pelo
RGPS. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

IN 128/22. Art. 28. Constarão no CNIS as informações dos segurados e


beneficiários dos regimes próprios de previdência social para verificação das
situações previstas no RPS e nesta Instrução Normativa que impactam no
reconhecimento e manutenção de direitos aos benefícios mantidos pelo RGPS.

a) Vinculado ao RPPS

A certidão de tempo de contribuição (CTC) é o documento exigido pelos


órgãos que permite a transferência do tempo de contribuição entre
regimes previdenciários (RGPS e RPPS) para contagem recíproca,
hipótese em que os diferentes sistemas de previdência social ou proteção
social se compensarão financeiramente.
A emissão de CTC pelo INSS para averbação em regime próprio é seguido
pelo modelo dos anexos XV e XXIII da Instrução Normativa n° 128/22.
Já a expedida pelo RPPS para averbação no INSS deve ser solicitada no
próprio setor responsável do regime próprio, e deve também seguir os
modelos supramencionados.

IN 128/22, Art. 213. A CTC oriunda de outros regimes de previdência,


emitida a partir de 16 de maio de 2008, data da publicação da Portaria
MPS nº 154, de 2008, somente poderá ser aceita para fins de contagem
recíproca no RGPS, se for emitida na forma do modelo de “Certidão de
Tempo de Contribuição”, constante no Anexo XV.

QUEM EXPEDE? POR ONDE SOLICITA?


TEMPO DE RGPS INSS INSS DIGITAL OU MEU
INSS
TEMPO DE RPPS RPPS UNIDADE GESTORA DO
RPPS

IN 128/22, Art. 70. Observado o art. 130 do RPS, o aproveitamento no RGPS do


tempo de contribuição durante o qual o agente público federal, estadual, distrital
ou municipal, foi vinculado a RPPS, na forma de contagem recíproca de que trata
a Lei nº 6.226, de 14 de julho de 1975, será feito mediante a apresentação da
Certidão de Tempo de Contribuição - CTC, conforme Anexo XV, que deverá
estar acompanhada da “Relação das Remunerações de Contribuições por
competências”, conforme Anexo XXIII, caso compreenda período posterior à
competência junho de 1994, sendo que, para fins de emissão desses
documentos, o ente federativo deverá observar os requisitos e adotar os padrões
previstos pela Portaria MPS nº 154, de 15 de maio de 2008.

b) Já foi vinculado ao RPPS

Para ser averbado Certidão por Tempo de Contribuição – CTC emitida por
Regime Próprio no Regime Geral é necessário ser segurado da Previdência
Social, erro comum dos advogados apenas anexarem a Certidão ao processo
sem observar esse requisito, conforme indeferimento abaixo.

IN 128/2022, Art. 193. Considera-se para efeito de carência, observadas as


especificações relativas aos trabalhadores rurais:
III - as contribuições vertidas para o RPPS certificadas na forma da contagem
recíproca, desde que o segurado não tenha utilizado o período naquele regime,
esteja filiado ao RGPS e desvinculado do regime de origem;

IN 128/2022, Art. 184, § 6º. Aplica-se o disposto no inciso II do caput e no § 4º


ao segurado que se desvincular de RPPS e se vincular ao RGPS.

c) Não possui RPPS

Erro na transmissão de dados, é necessária uma declaração do empregador


com a informação que o município de não possui Regime Próprio de
Previdência, sendo vinculado ao Regime Geral.
Portaria 990. Art. 41. A comprovação junto ao INSS do tempo de
contribuição do agente público de qualquer dos entes federativos, inclusive
suas Autarquias e Fundações de direito público, em cujo período foi vinculado
ao RGPS, na categoria de empregado, dar-se-á mediante a apresentação de
documento comprobatório do vínculo funcional, tais como ato de nomeação
e exoneração, dentre outros, acompanhado da Declaração de Tempo de
Contribuição ao RGPS - DTC, fornecida pelo órgão público ou entidade
oficial, na forma do modelo constante no Anexo IV da Instrução Normativa
PRES/INSS nº 128, de 2022.

§ 1º. Será dispensada a apresentação de documento comprobatório do


vínculo funcional, desde que a Declaração prevista no caput contenha a
discriminação dos documentos que serviram de base para a sua emissão
e a afirmação expressa de que essa documentação encontra-se à
disposição do INSS para eventual consulta, considerando que os órgãos
públicos possuem fé pública, gozando de presunção relativa de veracidade
quanto às informações contidas na Declaração, sendo que a Pesquisa
Externa somente poderá ser realizada se não restar esclarecido o que se
pretende comprovar por meio de ofício ao órgão público ou entidade oficial.

§ 2º. A Declaração referida no caput deverá estar acompanhada da Relação


das Remunerações que incidem Contribuições Previdenciárias, a ser emitida
pelo órgão público ou entidade oficial, na forma do modelo constante no
Anexo V da Instrução Normativa PRES/INSS nº 128, de 2022, quando as
remunerações forem objeto da comprovação.

d) Possui RPPS e RGPS

É possível acumular aposentadorias de regimes diferentes.

VEDAÇÃO DE EMISSÃO DE CTC PARA SERVIDOR NA ATIVA

A Certidão por Tempo de Contribuição (CTC) só pode ser emitido pelo


RPPS para ex-servidor, vide Artigo 96 da Lei nº 8.213/91 e Artigo 213 da
IN 128/22:
Lei 8.213/91. Art. 96, VI - a CTC somente poderá ser emitida por regime
próprio de previdência social para ex-servidor; (Incluído pela Lei nº
13.846, de 2019)

IN 128/22. Art. 213, § 1º. A CTC somente poderá ser emitida por RPPS
para ex-servidor.

APELAÇÃO CÍVEL – PREVIDENCIÁRIO – Pretensão de expedição de


Certidão de Tempo de Contribuição pelo RPPS para fins de
averbação no RGPS, com o intuito de obtenção de aposentadoria
pelo INSS – Impossibilidade – Servidor que se encontra na ativa a
exclusivamente vinculado ao RPPS – CF, art. 201, §§ 5º e 9º –
Impossibilidade de contagem por um sistema do mesmo tempo de
serviço utilizado para concessão de aposentadoria por outro –
Contagem de tempo recíproca que impõe a concessão do benefício
previdenciário pelo sistema a que o interessado estiver vinculado no
momento de requerê-lo – Lei 8.213/91, arts. 96 e 99 – Competência do
Ministério da Previdência Social para orientar os regimes próprios e
estabelecer parâmetros e diretrizes gerais visando ao seu adequado
funcionamento – Validade da regra prevista no artigo 12 da Portaria nº
154/2008 do Ministério da Previdência Social – Direito à obtenção de
certidões que não é absoluto, ainda que constitucionalmente previsto –
Sentença de procedência reformada – Recurso da Municipalidade
provido. (TJ-SP 10240039620178260554 SP 1024003-
96.2017.8.26.0554, Relator: Maria Laura Tavares, Data de Julgamento:
08/08/2018, 5ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação:
08/08/2018)

APELAÇÃO. Mandado de segurança. Servidor municipal de Bertioga.


Pleito que emissão de certidão de tempo de contribuição – CTC para fins
de aposentadoria. 1. Pretensa expedição de certidão de liquidação de
tempo de contribuição CTC. Descabimento. Servidor que se encontra
na ativa, vinculado a Regime Próprio de Previdência Social – RPPS.
Vedação legal contida no art. 96, VI, da Lei Federal nº 8.213/1991, na
redação dada pela Lei nº 13.846/2019, e Portaria nº 154/08 do MPS.
Precedentes desta Corte. 2. Depreende-se que a certidão solicitada
possui finalidade específica – averbação no INSS para fins de contagem
simultânea do tempo de serviço no RGPS e no RPPS, afastando o dever
genérico do Poder Público de emitir certidão. O desiderato não é legítimo
e não há tal direito. Contagem simultânea (concorrente ou concomitante),
vedada pelo artigo 84, parágrafo único da Lei nº 10.261/68. A contagem
recíproca – permitida constitucionalmente - é distinta da contagem aqui
pretendida. 3. Direito Constitucional inserto no art. 5º, inciso XXXIV, 'b' e
artigo 114 da Constituição Estadual que não se aplica ao caso concreto
porquanto tratar-se de certidão com finalidade não acolhida pelo
ordenamento. 4. Recurso não provido. (TJ-SP - AC:
10020282920198260075 SP 1002028-29.2019.8.26.0075, Relator:
Oswaldo Luiz Palu, Data de Julgamento: 28/07/2020, 9ª Câmara de
Direito Público, Data de Publicação: 28/07/2020)

EMISSÃO DE CTC PELO INSS INDEPENDENTE DAS


CONTRIBUIÇÕES RECOLHIDAS PELO EMPREGADOR

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA EM REGIME PRÓPRIO


MUNICIPAL. COMPETÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE
PEDIDOS. AVERBAÇÃO. TEMPO DE SERVIÇO SOB REGIME
CELETISTA. CERTIDÃO DE TEMPO DE SERVIÇO. 1. A competência
para processar e julgar o feito, no tocante à concessão de benefício em
regime próprio municipal, não é da Justiça Federal, conforme o disposto
no Art. 109, I, da Constituição Federal. 2. Incabível a cumulação de
pedidos quando a competência para a sua apreciação for atribuída a
juízos distintos, devendo o feito ser extinto, sem resolução de mérito,
quanto à pretensão de concessão de aposentadoria especial e de
indenização por dano moral em face do Município de Palmeira
D'Oeste/SP, nos termos dos Arts. 45, § 2º, e 485, IV, do CPC. 3. O
recolhimento das contribuições devidas ao INSS decorre de uma
obrigação legal que incumbe à autarquia fiscalizar. Não efetuados os
recolhimentos pelo empregador, ou efetuados com atraso, ou, ainda,
não constantes nos registros do CNIS, não se permite que tal fato
resulte em prejuízo ao segurado, imputando-se a este o ônus de
comprová-los. 4. É dever do INSS expedir a certidão de tempo de
serviço, na qual constem os períodos devidamente comprovados
nos autos, ainda que não registrados no CNIS, independentemente
do recolhimento das contribuições a eles correspondentes, uma vez
que o direito à expedição de certidão é assegurado a todos, na forma
Art. 5º, XXXIV, b, da CF. 5. Não se afigura razoável supor que eventual
falha na fiscalização do INSS, quanto à ausência de recolhimentos
previdenciários por parte do ex-empregador do autor, tenha o
condão de, por si só, constranger os sentimentos íntimos do
segurado. Ainda que seja compreensível o dissabor derivado de tal
ocorrência, não se justifica o pedido de indenização por danos morais. 6.
Apelação provida em parte. (TRF-3 - ApCiv: 00107208420174039999 SP,
Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL BAPTISTA PEREIRA, Data de
Julgamento: 11/06/2019, DÉCIMA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3
Judicial 1 DATA:19/06/2019)
CTC EMITIDA COM PERÍODO COMO SEGURADO ESPECIAL

E M E N T A PREVIDENCIÁRIO. RECONHECIMENTO DE ATIVIDADE


RURAL. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. PROVA TESTEMUNHAL.
AVERBAÇÃO PARCIAL DEVIDA. CÔMPUTO PARA EFEITOS DE
CARÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. UTILIZAÇÃO EM RPPS
CONDICIONADA À INDENIZAÇÃO. 1. Início de prova material,
corroborado por prova testemunhal, enseja o reconhecimento do tempo
laborado como trabalhador rural. A atividade rural desempenhada em data
anterior a novembro de 1991 pode ser considerada para averbação do
tempo de serviço, sem necessidade de recolhimento de contribuições
previdenciárias, exceto para fins de carência. 2. Em que pese os
depoimentos testemunhais, verifico pelo Cadastro Nacional de
Informações Sociais – CNIS (ID 64123830) que o autor foi segurado
empregado – exercendo atividades predominantemente urbanas –, entre
01.11.1986 a 12.07.2005. Posteriormente, observa-se que a parte autora
ainda recebeu benefícios por incapacidade entre 01.12.2009 a
24.02.2017. Desse modo, não é crível que o apelado, após 01.11.1986,
tenha sobrevivido do trabalho rural, ainda que possa ter laborado de forma
esporádica na propriedade do seu genitor. 3. Assim, restou demonstrada
a regular atividade rural da parte autora, nos períodos de 20.05.1981 a
30.03.1986 e 11.04.1986 a 31.10.1986, sem registro em CTPS, devendo
ser procedida a contagem de tempo de serviço cumprido nos citados
interregnos, independentemente do recolhimento das respectivas
contribuições previdenciárias, exceto para efeito de carência, nos termos
do art. 55, parágrafo 2º, da Lei nº 8.213/91. 4. Os períodos de trabalho
rurícola reconhecidos apenas poderão ser utilizados para cômputo em
regime próprio de previdência, no caso de ser realizada a devida
indenização ao INSS. A propósito, a Primeira Seção do Colendo Superior
Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.682.671/SP, submetido à
sistemática dos recursos repetitivos, art. 1.036 do CPC/2015, firmou a
seguinte tese jurídica, referente ao tema 609: "o segurado que tenha
provado o desempenho de serviço rurícola em período anterior à
vigência da Lei n. 8.213/1991, embora faça jus à expedição de
certidão nesse sentido para mera averbação nos seus
assentamentos, somente tem direito ao cômputo do aludido tempo
rural, no respectivo órgão público empregador, para contagem
recíproca no regime estatutário se, com a certidão de tempo de
serviço rural, acostar o comprovante de pagamento das respectivas
contribuições previdenciárias, na forma da indenização calculada
conforme o dispositivo do art. 96, IV, da Lei n. 8.213/1991". (STJ, Resp
1.682.671/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, Primeira Seção, DJe
11.05.2018). 5. Honorários advocatícios conforme fixados em sentença.
6. Apelação parcialmente provida. (TRF-3 - ApCiv:
56765672520194039999 SP, Relator: Desembargador Federal NELSON
DE FREITAS PORFIRIO JUNIOR, Data de Julgamento: 13/05/2020, 10ª
Turma, Data de Publicação: Intimação via sistema DATA: 15/05/2020)

2. VÍNCULO SEM DATA DE RESCISÃO

São vínculos que podem não ter nenhum indicador, mas não constam data
de rescisão e podem ocasionar as seguintes situações:

a) Sistema lê no último dia da última competência paga pelo


empregador;

b) Quando não tem contribuições não lê;

c) Impede o reconhecimento de contribuições como segurado


facultativo;

d) Atrapalha a concessão do benefício para segurado especial;

e) Impede a concessão do Benefício assistencial.

Memorando-Circular do INSS n° 14, de 20 de maio de 2013

“2. Para fins de homologação de atividade rural, validação de


recolhimentos dos contribuintes na condição de facultativo de baixa
renda ou situações em que haja premente necessidade de
atualização do CNIS, para fins de fechamento de vínculo sem data
de rescisão:

a) inicialmente solicitar ao filiado/segurado a apresentação de


documentos que comprovem a rescisão do contrato, na forma
do art. 80 da Instrução Normativa-IN n° 45 INSS/PRES, de 06
de agosto de 2010;

b) caso o filiado/segurado não possua documentos de


comprovação da rescisão do vínculo, mas a empresa encontra-
se ativa ou, se inativa, tem-se conhecimento do endereço do
local onde a documentação está arquivada, poderá ser emitida
Pesquisa Externa-PE para comprovação da data de rescisão do
vínculo;

c) caso resultem improfícuos os meios utilizados, deverá, por


último, oportunizar a Justificação Administrativa-JA, observado
o disposto na “Subseção III – Da Justificação Administrativa” da
mencionada IN nº 45/2010 INSS/PRES, no que couber;

d) após as providências acima, não sendo possível comprovar a


data de rescisão, esta deverá ser atualizada no CNIS com a
mesma data da admissão ou do último dia do mês da última
remuneração, mediante declaração do filiado/segurado,
conforme Anexo.”

- DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS DE VÍNCULOS


EMPREGATÍCIOS

ADMISSÃO ANTES DA
CTPS DIGITAL

VÍNCULO

ADMISSÃO ANTES DA
CTPS DIGITAL E
RESCISÃO DEPOIS

ADMISSÃO APÓS A
CTPS DIGITAL
IN 128/22. Art. 40. A Carteira de Trabalho Digital foi instituída pela Lei nº
13.874, de 2019, e a partir da obrigatoriedade do uso do eSocial, os eventos
eletrônicos gerados por esse sistema, relativos ao contrato de trabalho de
empregado, inclusive doméstico, serão incorporados ao CNIS e à referida
Carteira, respeitados os critérios dispostos na Seção IV deste Capítulo.

Portaria SEPRT Nº 1065 DE 23/09/2019

Portaria 990. Art. 34. Observado o disposto nas Seções IV e X do Capítulo


I da Instrução Normativa PRES/INSS nº 128, de 2022, e da Subseção I do
Capítulo II desta Portaria, para fins de inclusão, alteração ou tratamento de
extemporaneidade, no CNIS, do vínculo empregatício urbano ou rural, com
admissão e demissão anteriores à data da instituição da Carteira de
Trabalho Digital, a comprovação junto ao INSS far-se-á por um dos
seguintes documentos em meio físico, contemporâneos ao exercício da
atividade remunerada:

I - Carteira Profissional - CP ou Carteira de Trabalho e Previdência Social -


CTPS;
II - original ou cópia autenticada da Ficha de Registro de Empregados ou do
Livro de Registro de Empregados, onde conste o referido registro do
trabalhador acompanhada de declaração fornecida pela empresa,
devidamente assinada e identificada por seu responsável;
III - contrato individual de trabalho;
IV - acordo coletivo de trabalho, desde que caracterize o trabalhador como
signatário e comprove seu registro na respectiva Delegacia Regional do
Trabalho - DRT;
V - termo de rescisão contratual ou comprovante de recebimento do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
VI - extrato analítico de conta vinculada do FGTS, carimbado e assinado por
empregado da Caixa Econômica Federal - CEF, desde que constem dados
do empregador, data de admissão, data de rescisão, datas dos depósitos e
atualizações monetárias do saldo, ou seja, dados que remetam ao período
objeto de comprovação;
VII - recibos de pagamento contemporâneos ao fato alegado, com a
necessária identificação do empregador e do empregado;
VIII - cópia autenticada do cartão, livro ou folha de ponto, acompanhada de
declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e identificada por
seu responsável; e
IX - outros documentos em meio físico contemporâneos que possam
comprovar o exercício de atividade junto à empresa.

Art. 35. Observado o disposto nas Seções IV e X do Capítulo I da Instrução


Normativa PRES/INSS nº 128, de 2022, e da Subseção I do Capítulo II desta
Portaria, para fins de inclusão, alteração ou tratamento de
extemporaneidade, no CNIS, do vínculo empregatício urbano ou rural, com
admissão anterior à data da instituição da Carteira de Trabalho Digital, e que
permaneceu ativo a partir desta data, estando encerrado ou não na data da
análise, a comprovação junto ao INSS far-se-á da seguinte forma:

I - para o período do vínculo até o dia anterior à instituição da Carteira de


Trabalho Digital, o exercício de atividade poderá ser comprovado por um dos
documentos em meio físico, contemporâneos, previstos no art. 34;

II - para o período do vínculo a partir da data da instituição da Carteira de


Trabalho Digital, inclusive para os eventos de alteração contratual e rescisão,
na comprovação do exercício de atividade deverá ser aplicado, no que
couber, o contido no art. 36.

Art. 36. Observado o disposto nas Seções IV e X do Capítulo I da Instrução


Normativa PRES/INSS nº 128, de 2022, e da Subseção I do Capítulo II desta
Portaria, para fins de comprovação junto ao INSS do vínculo empregatício
urbano ou rural, com admissão a partir da data de instituição da Carteira de
Trabalho Digital:

I - quando inexistir vínculo no CNIS ou constarem pendências ou divergências


de dados, o empregado poderá apresentar: (alterado pela Portaria
Dirben/INSS nº 1.079, de 06 de Dezembro de 2022)
I - quando inexistir o vínculo no CNIS ou constar com pendências ou
divergências de dados mas não for extemporâneo, o empregado poderá
apresentar:
a) comprovante contendo o número do recibo eletrônico emitido pelo eSocial,
acompanhado de declaração, com a devida assinatura e identificação do
responsável pelas informações; (alterado pela Portaria Dirben/INSS nº 1.079,
de 06 de Dezembro de 2022)
a) comprovante contendo o número do recibo eletrônico emitido pelo eSocial
acompanhado de declaração com a devida assinatura e identificação do
responsável pelas informações, podendo ser utilizado o modelo "Declaração
de Confirmação do Envio de Dados Trabalhistas e Previdenciários pelo
eSocial e Informação dos Números dos Recibos Eletrônicos" constante do
Anexo II da Instrução Normativa PRES/INSS nº 128, de 28 de março de 2022,
para fins de solicitação junto ao INSS para que tome providências quanto à
disponibilização das informações correspondentes, provenientes do e-Social
no CNIS;

b) documento expedido pelo Ministério do Trabalho e Previdência, que


comprove a relação de emprego; ou

c) rol de documentos previstos no art. 19-B do RPS.

II - quando o vínculo for extemporâneo, o empregado poderá apresentar:

a) declaração única do empregador e empregado, sob as penas da Lei, que


deverá conter informação quanto ao exercício de atividade, indicando os
períodos efetivamente trabalhados até o momento da declaração, inclusive
para o intermitente, acompanhada de documentação que serviu de base para
comprovar o que está sendo declarado; ou

b) rol de documentos previstos no art. 19-B do RPS.

Parágrafo único. Os documentos elencados na alínea “c” do incisos I e alínea


“b” do inciso II devem formar convicção quanto a data de início e fim do
período que se pretende comprovar, bem como serem contemporâneos aos
fatos a serem comprovados.
EMPREGADO DOMÉSTICO

Aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa,


mediante remuneração e pessoal e de finalidade não lucrativa à
pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois)
dias por semana.

A atividade de empregado doméstico passou a ser considerada como


de filiação obrigatória a partir de 08 de abril de 1973 - Decreto nº
71.885, de 9 de março de 1973. Anteriormente, por não ser uma
profissão regulamentada, era facultada sua filiação, com recolhimentos
na condição de facultativo.

IN 128/22. Art. 71. É considerado segurado obrigatório da previdência


social na categoria de empregado doméstico, conforme o inciso II do
caput do art. 9º do RPS, combinado com o art. 1º da Lei Complementar
nº 150, de 2015, aquele que presta serviços de forma contínua,
subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa
ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias
por semana.

Art. 11, II, da Lei 8213/91. Empregado doméstico: aquele que presta
serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito
residencial desta, em atividades sem fins lucrativos.

Decreto 3.048/99. Art. 9, II - como empregado doméstico - aquele que


presta serviço de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal a
pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins
lucrativos, por mais de dois dias por semana; (Redação dada pelo
Decreto nº 10.410, de 2020).

Com a Lei complementar 150/15, é possível a realização de atividades


externas, desde que seja para a família e sem fins lucrativos.

Ex. Motorista particular; a enfermeira particular; o caseiro, inclusive o


que trabalha em área rural; o piloto ou comandante de aeronave
particular; o vigia particular; o jardineiro; a governanta, o mordomo.
Lei nº. 12.470/2011. Proibição de contratação como
microempreendedor individual caso fiquem configurados os elementos
da relação de emprego doméstico.

E-SOCIAL

Até 2015 é comprovado mediante registro contemporâneo com as


anotações regulares em CTPS; contrato de trabalho, recibos de
pagamento emitidos e recolhimentos efetuados por meio de GPS. A
partir de outubro de 2015 a formalização pelo empregador é realizado
por meio de registro contratual eletrônico no eSocial. Em função da
incorporação ao CNIS das informações de vínculos e remunerações
de empregado doméstico cuja fonte é o eSocial, não há mais a
necessidade de inclusão por meio de requerimento no CNIS desses
dados, desde que eles tenham sido corretamente informados pelo
empregador no eSocial.

COMPROVAÇÃO DE VÍNCULO

IN 128/22. Art. 76. Observado o disposto nas Seções IV e X deste


Capítulo, para fins de inclusão, alteração ou tratamento de
extemporaneidade, no CNIS, do vínculo de empregado doméstico,
com admissão e demissão anteriores a 1º de outubro de 2015, a
comprovação junto ao INSS far-se-á por um dos seguintes documentos
em meio físico, contemporâneos ao exercício da atividade
remunerada:

I - Carteira Profissional - CP ou Carteira de Trabalho e Previdência


Social - CTPS;

II - contrato de trabalho registrado em época própria;


III - recibos de pagamento relativos ao período de exercício de
atividade, com a necessária identificação do empregador e do
empregado doméstico; e

IV - outros documentos em meio físico contemporâneos que possam


vir a comprovar o exercício de atividade remunerada como empregado
doméstico, que o vincule.

Art. 75. Observado o disposto nas Seções IV e X deste Capítulo, para


fins de comprovação junto ao INSS do vínculo empregatício de
doméstico, com admissão a partir de 1º de outubro de 2015, e
demissão anterior à data da instituição da Carteira de Trabalho Digital:

I - quando inexistir o vínculo no CNIS, ou constar com pendências ou


divergências de dados, caberá ao empregado doméstico,
cumulativamente apresentar:

a) um dos documentos, em meio físico, previstos no art. 76; e

b) o comprovante contendo o número do recibo eletrônico emitido pelo


eSocial, acompanhado de declaração, com a devida assinatura e
identificação do responsável pelas informações, podendo ser
utilizado o modelo "Declaração de Confirmação do Envio de Dados
Trabalhistas e Previdenciários pelo eSocial e Informação dos
Números dos Recibos Eletrônicos" constante do Anexo II, para fins
de solicitação junto ao INSS, para que tome providências quanto à
disponibilização das informações correspondentes, provenientes
do eSocial, no CNIS;

II - quando o vínculo estiver extemporâneo no CNIS, caberá ao


empregado doméstico apresentar um dos documentos, em meio físico,
previstos no art. 76, para o tratamento da extemporaneidade, desde
que os dados existentes no documento não sejam conflitantes com as
informações do CNIS.

Art. 74. Observado o disposto nas Seções IV e X deste Capítulo, para


fins de comprovação junto ao INSS do vínculo de empregado
doméstico, com admissão a partir da data da instituição da Carteira de
Trabalho Digital:
I - quando inexistir o vínculo no CNIS, ou constar com pendências ou
divergências de dados, mas não for extemporâneo, o empregado
doméstico poderá apresentar:
a) comprovante contendo o número do recibo eletrônico emitido pelo
eSocial, acompanhado de declaração, com a devida assinatura e
identificação do responsável pelas informações, podendo ser utilizado
o modelo "Declaração de Confirmação do Envio de Dados Trabalhistas
e Previdenciários pelo eSocial e Informação dos Números dos Recibos
Eletrônicos" constante do Anexo II, para fins de solicitação junto ao
INSS para que tome providências quanto à disponibilização das
informações correspondentes, provenientes do eSocial, no CNIS;
b) documento expedido pelo Ministério do Trabalho e Previdência, que
comprove a relação de emprego e remunerações auferidas; ou
c) rol de documentos previstos no art. 19-B do RPS.
II - quando o vínculo for extemporâneo, o empregado doméstico
poderá apresentar:
a) declaração única do empregador e empregado domésticos, sob as
penas da Lei, que deverá conter informação quanto ao exercício de
atividade, indicando os períodos efetivamente trabalhados até o
momento da declaração, acompanhado de documentação que serviu
de base para comprovar o que está sendo declarado; ou
b) rol de documentos previstos no art. 19-B do RPS.

CTPS SEM RECOLHIMENTOS

IN 128/22. Art. 76. § 2º. Quando o empregado doméstico apresentar


apenas a CP ou CTPS, em meio físico, devidamente assinada, sem o
comprovante dos recolhimentos, o vínculo apenas será considerado se
o registro apresentar características de contemporaneidade,
observada a Seção IV deste Capítulo.

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE


CONTRIBUIÇÃO. LABOR RURAL. TEMPO URBANO. CTPS.
EMPREGADA DOMÉSTICA. RECOLHIMENTO DAS
CONTRIBUIÇOES. CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS.
CONCESSÃO. CONSECTÁRIOS LEGAIS. 1. O tempo de serviço rural
pode ser comprovado mediante a produção de prova material
suficiente, ainda que inicial, complementada por prova testemunhal
idônea. 2. Comprovado o exercício de atividades rurais, logrando
alcançar o tempo exigido para aposentadoria por tempo de contribuição
integral, tem o segurado direito à concessão do benefício. 3. O tempo
de serviço urbano como empregado pode ser comprovado por início de
prova material ou por meio de CTPS, desde que não haja prova de
fraude, e deve ser reconhecido independente da demonstração do
recolhimento das contribuições, visto que de responsabilidade do
empregador. 4. Computam-se, para efeitos de carência, os
períodos de contratos de trabalho de empregada doméstica
regularmente anotados na carteira profissional, ainda que não
tenham sido recolhidas todas as contribuições previdenciárias,
cuja responsabilidade de desconto e recolhimento é do
empregador doméstico, incumbindo à fiscalização previdenciária
exigir do devedor o cumprimento da obrigação legal. Flexibiliza-
se o rigor do artigo 27, II da Lei n. 8.213/91. 5. Deliberação sobre
índices de correção monetária e taxas de juros diferida para a fase de
cumprimento de sentença, a iniciar-se com a observância dos critérios
da Lei 11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo,
permitindo-se a expedição de precatório pelo valor incontroverso,
enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal, decisão sobre o
tema com caráter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da
4ª Região. (TRF4, AC 5038230-91.2016.404.9999, QUINTA TURMA,
Relator (AUXILIO FAVRETO) RODRIGO KOEHLER RIBEIRO, juntado
aos autos em 20/04/2017)

PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO URBANO. EMPREGADA


DOMÉSTICA. CTPS. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR
IDADE URBANA. ART. 142 DA LBPS. PREENCHIMENTO NÃO
SIMULTÂNEO DOS REQUISITOS ETÁRIO E DE CARÊNCIA. 1.
Restou comprovado que a autora faz jus ao benefício de aposentadoria
por idade urbana. 2. A concessão de aposentadoria por idade urbana
depende do preenchimento da carência exigida e da idade mínima de
60 anos para mulher e 65 anos para homem. 3. É admitido o
preenchimento não simultâneo dos requisitos de idade mínima e de
carência para a concessão da aposentadoria por idade urbana, mesmo
antes da edição da Lei n. 10.666/03, já que a condição essencial para
tanto é o suporte contributivo correspondente, vertidas as contribuições
a qualquer tempo. Precedentes do STJ. 4. As anotações na CTPS
fazem prova plena dos vínculos empregatícios registrados.
Destarte, estando as anotações em ordem cronológica, sem
rasuras, bem como inexistentes quaisquer indícios de fraude,
impõe-se o reconhecimento do contrato de trabalho como
empregada doméstica e a contagem do tempo de serviço
correspondente. (TRF4, AC 0016029-30.2015.404.9999, SEXTA
TURMA, Relator HERMES SIEDLER DA CONCEIÇÃO JÚNIOR, D.E.
30/01/2017)

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE


SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO
RURAL. EMPREGADA DOMÉSTICA REQUISITOS PREENCHIDOS.
CUMPRIMENTO IMEDIATO DO ACÓRDÃO. 1. O tempo de serviço
rural a partir dos 12 anos de idade pode ser comprovado mediante a
produção de prova material suficiente, ainda que inicial,
complementada por prova testemunhal idônea, porém resta mantido o
reconhecimento a partir dos 14 anos, tendo em vista a ausência de
recurso. 2. Os documentos em nome de terceiros (pais/cônjuge)
consubstanciam início de prova material do trabalho rural desenvolvido
em regime de economia familiar pelo segurado homem que não atingiu
a maioridade civil. 3. Em se tratando de trabalhadora rural, devem ser
reconhecidos como início de prova material documentos em nome dos
genitores e irmãos mesmo após atingir a maioridade civil, quando
solteiras e a prova testemunhal corrobora a permanência na residência
dos genitores. 4. Em relação ao tempo de serviço como empregada
doméstica registrado em CTPS, dispõe o art. 62, §2.º, I, do Decreto
3.048/1999 que a Carteira de Trabalho e Previdência Social serve
como prova do tempo de contribuição. Assim, não sendo arguido
pelo INSS qualquer vício formal na anotação da CTPS do
segurado, o documento serve como prova da existência do
vínculo de emprego.5. Preenchidos os requisitos para a concessão
da Aposentadoria por Tempo de Contribuição de forma integral, foi
determinado o cumprimento imediato do acórdão nos termos do artigo
461 do CPC. (TRF4, APELREEX 5003047-14.2012.404.7117, SEXTA
TURMA, Relator EZIO TEIXEIRA, juntado aos autos em 10/06/2013)
(grifado)

SEM CTPS

IN 128/22. Art. 76. § 3º. Na inexistência de registro na CP ou na CTPS,


em meio físico, e se os documentos apresentados forem insuficientes
para comprovar o vínculo do segurado empregado doméstico no
período pretendido, porém constituírem início de prova material, será
oportunizada a Justificação Administrativa - JA, observados os art. 567
a 571 desta Instrução Normativa.
RECOLHIMENTO PRESUMIDO

Lei n° 8.212/91. Art. 30, V - o empregador doméstico está obrigado a


arrecadar a contribuição do segurado empregado a seu serviço e a
recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo, no prazo referido no
inciso II deste artigo.

Decreto 3.048/99. Art. 211-C. O empregador doméstico fica obrigado


a pagar a remuneração devida ao empregado doméstico e a arrecadar
e a recolher as contribuições, os depósitos e o imposto a que se
referem os incisos I ao VI do caput do art. 211-B até o dia 7 do mês
seguinte ao da competência. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

Decreto n° 3.048/99. Art. 32, § 2º. No caso de segurado empregado,


inclusive o doméstico, e de trabalhador avulso que tenham cumprido
todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não
possam comprovar o valor dos seus salários de contribuição no período
básico de cálculo, será considerado, para o cálculo do benefício
referente ao período sem comprovação do valor do salário de
contribuição, o valor do salário-mínimo e essa renda será recalculada
quando da apresentação de prova dos salários de contribuição.
(Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

RECOLHIMENTOS ABAIXO DO MÍNIMO

Decreto n° 3.048/99. Art. 19-E. A partir de 13 de novembro de 2019,


para fins de aquisição e manutenção da qualidade de segurado, de
carência, de tempo de contribuição e de cálculo do salário de benefício
exigidos para o reconhecimento do direito aos benefícios do RGPS e
para fins de contagem recíproca, somente serão consideradas as
competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao
limite mínimo mensal do salário de contribuição. (Incluído pelo Decreto
nº 10.410, de 2020)

VÍNCULO DE EMPREGADO DOMÉSTICO ENTRE


CÔNJUGES
Decreto n° 3.048/99. Art. 9, § 27. O vínculo empregatício mantido
entre cônjuges ou companheiros não impede o reconhecimento da
qualidade de segurado do empregado, excluído o doméstico,
observado o disposto no art. 19-B. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)

IN 128/22. Art. 73. A partir de 24 de março de 1997, data da publicação


da Orientação Normativa MPAS/SPS nº 8, de 21 de março de 1997,
não é considerado vínculo empregatício o contrato de empregado
doméstico entre cônjuges ou companheiros, pais e filhos.

E M E N T A PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO. VÍNCULO


EMPREGATÍCIO ENTRE CÔNJUGES. RECONHECIMENTO. TEMA
OBJETO DE APRECIAÇÃO NA TNU. AGRAVO IMPROVIDO. 1.No
âmbito do direito do trabalho, a orientação majoritária é que não
existe óbice jurídico ao reconhecimento de vínculo empregatício
entre cônjuges. 2.Da mesma forma, a legislação previdenciária
contempla a previsão normativa de enquadramento como
segurado empregado a partir dos requisitos essenciais da relação
empregatícia. 3.Assim, mostra-se plenamente possível o
reconhecimento da relação de emprego entre cônjuges com os
reflexos previdenciários próprios, de forma que a restrição
prevista na IN 77/2015 não encontra supedâneo legal. 4.A
especificidade da relação empregatícia entre cônjuges reside
apenas em não se presumir o recolhimento das contribuições
previdenciárias, sendo necessária a comprovação do efetivo
recolhimento no período. 5."O fato de se tratar de vínculo
empregatício mantido entre cônjuges casados sob regime de
comunhão de bens (parcial ou universal) não impede o
reconhecimento da qualidade de segurado do empregado,
contanto que comprovado o efetivo recolhimento de
contribuições sociais pertinentes ao período que se pretende
aproveitar para fins de concessão de benefício previdenciário.
6.Agravo improvido. (TRF-3 - ApelRemNec: 50026772320194036113
SP, Relator: Desembargador Federal LUIZ DE LIMA STEFANINI, Data
de Julgamento: 15/02/2022, 8ª Turma, Data de Publicação: Intimação
via sistema DATA: 17/02/2022)
INDICADORES

PREC-PMIG-DOM – Indica que o recolhimento foi realizado como


empregado doméstico sem a devida comprovação do trabalho
doméstico.

OBS. Erro no recolhimento


TRABALHADOR AVULSO

O trabalhador avulso portuário ou não portuário é segurado obrigatório


da previdência social, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza
urbana ou rural a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com
a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra – OGMO
ou sindicato.

1. TRABALHADOR AVULSO PORTUÁRIO

O trabalhador avulso portuário é aquele que, registrado ou cadastrado


no OGMO, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória
do Órgão de Gestão de Mão de Obra, presta serviços a diversos
operadores portuários na área dos portos organizados e nas
instalações portuárias situadas em seu interior.

Serviços de Capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de


carga e vigilância de embarcações.

2. TRABALHADOR AVULSO NÃO PORTUÁRIO

Considera-se como trabalhador avulso não portuário aquele que


possui intermediação pelo sindicato da categoria.

3. LEGISLAÇÃO

Decreto 3.048/99. Art. 9, VI - como trabalhador avulso - aquele que:

a) sindicalizado ou não, preste serviço de natureza urbana ou rural a


diversas empresas, ou equiparados, sem vínculo empregatício, com
intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos
do disposto na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, ou do sindicato
da categoria, assim considerados: (Redação dada pelo Decreto nº
10.410, de 2020).
1. o trabalhador que exerça atividade portuária de capatazia, estiva,
conferência e conserto de carga e vigilância de embarcação e bloco;
(Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

2. o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza,


inclusive carvão e minério; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

3. o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de


navios); (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

4. o amarrador de embarcação; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de


2020).

5. o ensacador de café, cacau, sal e similares; (Incluído pelo Decreto


nº 10.410, de 2020).

6. o trabalhador na indústria de extração de sal; (Incluído pelo Decreto


nº 10.410, de 2020).

7. o carregador de bagagem em porto; (Incluído pelo Decreto nº


10.410, de 2020).

8. o prático de barra em porto; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de


2020).

9. o guindasteiro; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

10. o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias


em portos; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

b) exerça atividade de movimentação de mercadorias em geral, nos


termos do disposto na Lei nº 12.023, de 27 de agosto de 2009, em
áreas urbanas ou rurais, sem vínculo empregatício, com intermediação
obrigatória do sindicato da categoria, por meio de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, nas atividades de: (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

1. cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura,


pesagem, embalagem, enlonamento, ensaque, arrasto,
posicionamento, acomodação, reordenamento, reparação de carga,
amostragem, arrumação, remoção, classificação, empilhamento,
transporte com empilhadeiras, paletização, ova e desova de vagões,
carga e descarga em feiras livres e abastecimento de lenha em
secadores e caldeiras; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

2. operação de equipamentos de carga e descarga; e (Incluído pelo


Decreto nº 10.410, de 2020).
3. pré-limpeza e limpeza em locais necessários às operações ou à sua
continuidade; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

4. RECOLHIMENTO PRESUMIDO

Decreto n.º 3.048/99, Art. 26, § 4º. Para efeito de carência, considera-
se presumido o recolhimento das contribuições do segurado
empregado, do trabalhador avulso e, relativamente ao contribuinte
individual, a partir da competência abril de 2003, as contribuições dele
descontadas pela empresa na forma do art. 216.

5. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL AO TRABALHADOR


AVULSO PORTUÁRIO

O trabalhador avulso que não completar os requisitos para se


aposentar, poderá receber um Benefício assistencial de um salário-
mínimo aos 60 anos, desde que não possua meios para prover a sua
subsistência.

Lei n° 9.719/1998. Dispõe sobre normas e condições gerais de


proteção ao trabalho portuário, institui multas pela inobservância de
seus preceitos, e dá outras providências.

Art. 10-A. É assegurado, na forma do regulamento, benefício


assistencial mensal, de até 1 (um) salário mínimo, aos trabalhadores
portuários avulsos, com mais de 60 (sessenta) anos, que não
cumprirem os requisitos para a aquisição das modalidades de
aposentadoria previstas nos arts. 42, 48, 52 e 57 da Lei no 8.213, de
24 de julho de 1991, e que não possuam meios para prover a sua
subsistência. (Incluído pela Lei nº 12.815, de 2013)

Parágrafo único. O benefício de que trata este artigo não pode ser
acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da
seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica
e da pensão especial de natureza indenizatória. (Incluído pela Lei nº
12.815, de 2013)

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