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PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Síntese da entrevista realizada com Heitor Samuel Santos, brasileiro, solteiro, desempregado, filho
de Isaura Santos, portador da identidade 559, CPF 202, residente e domiciliado na Rua Sete de
Setembro, casa 18 – Manaus Amazonas – CEP 999. Trabalhou na fábrica de componentes
eletrônicos Nimbus S.A. situada na Rua Leonardo Malcher, 7.070 – Manaus – Amazonas – CEP
210, de 10.10.2012 a 02.07.2014, oportunidade na qual foi dispensado sem justa causa e recebeu,
corretamente, sua indenização; a empresa possui 220 empregados; é portador de deficiência e
soube que, após a sua dispensa, não houve contratação de um substituto em condição semelhante;
seu e-mail pessoal era monitorado pela empresa porque, na admissão, estava ocorrendo um
problema na plataforma institucional, daí porque a ex-empregadora acordou com os empregados
que o conteúdo de trabalho seria enviado ao e-mail particular de cada um, desde que pudesse fazer
o monitoramento; que, em razão disso, o empregador teve acesso a diversos escritos e fotos
particulares do depoente, inclusive conteúdo que ele não desejava expor a terceiros; durante o
contrato sofreu descontos a título de contribuição sindical e confederativa, mesmo não sendo
sindicalizado; teve a CTPS assinada como assistente de estoque, mas, em parte do horário de
trabalho, também realizava as tarefas de um analista de compras, pois seu chefe determinava que
ele fizesse pesquisa de preços e comparasse a sua evolução ao longo do tempo, atividades
estranhas ao seu mister de assistente de estoque; trabalhava de 2ª a 6ª feira das 8h às 16h45min,
com intervalo de 45 minutos para refeição, e aos sábados das 8h às 12h, sem intervalo.
Você, contratado como advogado deverá apresentar a medida processual adequada à defesa dos
interesses de Heitor, sem criar dados ou fatos não informados.
Da Justiça Gratuita
O reclamante encontra-se desempregado, sem condições de arcar comas despesas do processo,
sem prejuízo do seu próprio sustento e de sua família.
Dessa forma se enquadra nas condições para a concessão do benefício da assistência judiciária
fundamentada no art. 790 §3º da CLT, art. 790 A da CLT, art. 14 da lei 5584/70 e art 14 parágrafo
1º da lei 5584/70.
Por fim, requer desde já, o benefício da assistência judiciária.
Da Tramitação Preferencial
O reclamante é portador de deficiência física, razão pela qual, nos termos do artigo 9º, VII da Lei
13.146/2015 faz jus a
tramitação preferencial do feito em todos os atos e diligências, sendo o que se requer.
Do Contrato de Trabalho
O reclamante foi admitido em ... para exercer a função de ... com salario de ...
Da Reintegração
O reclamante foi dispensado sem justa causa sem que outro trabalhador com deficiência para
ocupar a sua vaga onde a empresa possui 220 empregados.
Sabe-se que o reclamante não poderia ter sido dispensado sem antes outro trabalhador com
deficiência tivesse sido contratado, conforme artigo 93§1º da lei 8.213/91 e lei 13.146/2015, pois a
reclamada possui mais de 100 empregados, a dispensa imotivada em contrato por prazo
indeterminado somente poderá ocorrer apos a contratação de outro trabalhador com deficiência ou
beneficiário reabilitado da previdência social.
Dessa forma requer a reintegração do reclamante e o pagamento de salários e vantagens do
período de afastamento correspondente no valor de R$...
Do intervalo Intrajornada
O reclamante trabalhava de segunda a sexta feira, das 8h às 16:45, com intervalo de 45minutos.
Sabe-se que o empregado que trabalha mais de 6 horas faz jus a um intervalo de no mínimo uma
hora, conforme artigo 71 da CLT e artigo 71§4º, o qual não foi respeitado pelo reclamante.
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento do período suprimido, ou
seja, 15 minutos, com acréscimo de 50% no valor de R$...
Acumulo de Função
O reclamante teve sua CTPS assinada como assistente de estoque, mas, em parte do horário de
trabalho, também realizava as tarefas de um analista de compras, pois seu chefe determinava que
ele fizesse pesquisa de preços e comparasse a sua evolução ao longo do tempo, atividades
estranhas às funções de assistente de estoque.
Com base nos artigos 13 da lei 6.615/78 e artigo 8º da lei 3.207/57, que se aplicam analogicamente
ao caso em tela, é devido um acréscimo salarial em razão do acúmulo de função, posto que
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DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO
demandem maior grau de qualificação ou maior responsabilidade, compatíveis com função melhor
remunerada, recebendo um PLUS salarial.
Diante do exposto, requer um plus salarial pelo acumulo de função com repercussoes no aviso
previo, decimo terceiro salario, ferias mais um terço constitucional, FGTS mais 40%, RSR valor de
R$ ..
Por fim requer a retificação da CTPS para constar o seu real salario, nos termos do artigo 29§1º da
CLT.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATICIOS
Requer honorários advocatícios sucumbenciais de até 15%, conforme art. 791-A da CLT.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer
a) O beneficio da justiça gratuita;
b) Tramitação preferencial do feito;
c) A concessão da tutela provisória de urgência de natureza antecipada, reintegrando liminarmente
o reclamante;
d) A reintegração e o pagamento de salários e vantagens do período de afastamento no valor de
R$...
e) O pagamento do intervalo intrajornada suprimido, ou seja, 15 minutos, com acréscimo de 50%
no valor de R$...
f) O pagamento de danos morais decorrente da violação a intimidade no valor de R$...
g) A devolução dos valores descontados do reclamante a titulo de contribuição sindical no valor de
R$...
h) O pagamento do PLUS salarial pelo acumulo de função no valor de R$....
i) O pagamento dos honorários advocatícios, no importe de 15% no valor de R$...
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A sociedade empresária Tecelagem Fio de Ouro S.A. procura você, como advogado(a), afirmando
que Joana da Silva, que foi empregada da Tecelagem de 10/05/2008 a 29/09/2018, ajuizou
reclamação trabalhista em face da sociedade empresária, em 15/10/2018, com pedido certo,
determinado e com indicação de seu valor. O processo tramita na 80ª Vara do Trabalho de Cuiabá,
sob o número 1000/2018. Joana requereu da ex-empregadora o pagamento de indenização por
dano moral, alegando ser vítima de doença profissional, já que o mobiliário da empresa, segundo
diz, não respeitava as normas de ergonomia. Disse, ainda, que a empresa fornecia plano
odontológico gratuitamente, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário
utilidade. Afirma que, nos últimos dois anos, a sociedade empresária fornecia, a todos os
empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 2018, violando direito
adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018. Relata que,
no ano de 2018, permanecia, duas vezes na semana, por mais uma hora na sede da sociedade
empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do
empregador, que deve ser remunerado como hora extra, o que requereu. Joana afirma que foi
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coagida moralmente a pedir demissão, pois, se não o fizesse, a sociedade empresária alegaria
dispensa por justa causa, apesar de ela nada ter feito de errado. Assim, requer a anulação do pedido
de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa sem justa causa. Ela reclama
que foi contratada como cozinheira, mas que era obrigada, desde o início do contrato, após preparar
os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5 empregados do setor.
Esse procedimento caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de garçom, pelo que ela requer
o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário. Por fim, formulou um pedido
de adicional de periculosidade, mas não o fundamentou na causa de pedir. Joana juntou, com a
petição inicial, os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, com o diagnóstico de
doença degenerativa, e a cópia do cartão do plano odontológico, que lhe foi entregue pela empresa
na admissão. Juntou, ainda, a cópia da convenção coletiva, que vigorou de julho de 2016 a julho de
2018, na qual consta a obrigação de os empregadores fornecerem uma cesta básica aos seus
colaboradores a cada mês, e, como não foi entabulada nova convenção desde então, advoga que
a anterior prorrogou-se automaticamente. Por fim, juntou a circular da empresa que informava a
todos os empregados que eles poderiam participar de um culto na empresa, que ocorreria todos os
dias ao fim do expediente. A ex-empregadora entregou a você o pedido de demissão escrito de
próprio punho pela autora e o documento com a quitação dos direitos da ruptura considerando um
pedido de demissão. Diante da situação, elabore a peça processual adequada à defesa dos
interesses de seu cliente.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho/Douto Juízo do Trabalho da 80ª Vara do Trabalho
de Cuiabá
Processo n: 1000/2018.
Sociedade empresária Tecelagem Fio de Ouro S.A, já qualificada nos autos, vem por intermédio de
seu advogado abaixo assinado, com procuração em anexo e endereço profissional onde recebe
notificações e intimações apresentar CONTESTAÇÃO com fulcro no artigo 844 da CLT, artigo 847
da CLT e artigo 847, paragrafo único da CLT, em face da reclamatória trabalhista movida por Joana
da Silva, também já qualificada nos autos, e o faz nas razões seguintes:
DA PREJUDICIAL DE MÉRITO
DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
A reclamante foi admitida em 10/05/2008, encerrando seu contrato de trabalho em 29/09/2018 e
ajuizando ação em 15/10/2018.
Sabe-se que no direito do trabalho aplica-se a prescrição quinquenal estando prescritos os créditos
anteriores aos últimos cinco anos da data do ajuizamento da ação, ou seja, estando prescritos os
créditos anteriores a 15/10/2013. Conforme artigo 7 º, inciso XXIX, da CRFB/88, artigo 11, inciso I,
da CLT, Súmula 308, inciso I, do TST.
Dessa forma, requer que seja declarada a prescrição quinquenal, extinguindo o processo com
resolução do mérito. Conforme artigo 487 do CPC, artigo 487, inciso II do CPC.
DO MÉRITO
DO DANO EXTRAPATRIMONIAL/DANO MORAL
A reclamante requereu o pagamento de indenização por dano moral, alegando ser vítima de doença
profissional, já que o mobiliário da empresa, segundo diz, não respeitava as normas de ergonomia.
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DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO
Tal pleito não merece prosperar, tendo em vista que a reclamante alegou ser vítima de doença
profissional porque o mobiliário da empresa, não respeitava as normas de ergonomia, porém, juntou
os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral com o diagnóstico de doença degenerativa,
restando claro que doença degenerativa não é considerada doença profissional nem doença do
trabalho, na forma do artigo 20, § 1º, alínea “a”, da Lei nº 8.213/91, artigo 186 do CC, artigo 187 do
CC, artigo 927 do CC, artigo 223-B da CLT, com isso, não fazendo jus ao pedido de pagamento de
dano moral.
Dessa forma requer que seja julgado improcedente o referido pleito.
DO PLANO ODONTOLÓGICO
A reclamante requereu que o plano odontológico, fornecido gratuitamente pela reclamada,
integrasse para todos os fins, como salário utilidade.
Tal pleito não merece prosperar, tendo em vista em que a reclamante requereu que o plano
odontológico, fornecido gratuitamente pela reclamada integrasse como salário utilidade, todavia, o
plano odontológico não caracteriza salário utilidade por expressa vedação legal, na forma do Art.
458, § 2º, inciso IV e § 5º, da CLT, portanto não poderá ser integrado ao salário.
Dessa forma requer que seja julgado improcedente o referido pleito.
DA CESTA BÁSICA
A reclamante afirma que, nos últimos dois anos, a sociedade empresária fornecia, a todos os
empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 2018, violando direito
adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018.
Tal pleito não merece prosperar, em vista que a reclamante alega direito adquirido no tocante a
cesta básica mensal fornecida pela reclamada nos últimos dois anos, e suprimida a partir de 1º de
agosto de 2018, postulando o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018, entretanto,
a convenção coletiva vigorou de julho de 2016 a julho de 2018, não entabulada nova convenção
desde então, com isso, resta claro que a convenção coletiva findou em julho de 2018, fazendo com
que a reclamante não tenha direito ao seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018,
pois a convenção coletiva não possui ultratividade, conforme artigo 614, § 3º, da CLT.
Dessa forma requer que seja julgado improcedente o referido pleito.
DO TEMPO A DISPOSIÇÃO
A reclamante alega que permanecia, duas vezes na semana, por mais uma hora na sede da
sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição
do empregador, que deve ser remunerado como hora extra, o que requereu.
Tal pleito não merece prosperar, tendo em vista que a reclamante alega que permanecia duas vezes
na semana, por mais uma hora na sede da sociedade empresária para participar de um culto
ecumênico, requerendo assim como hora extra, porém, a participação voluntária do empregado em
práticas religiosas dentro da empresa não caracteriza tempo à disposição, por explícita vedação
legal, na forma do Art. 4º, § 2º, inciso I da CLT.
Dessa forma requer que seja julgado improcedente o referido pleito.
DO PEDIDO DE DEMISSÃO
A reclamante Joana afirma que foi coagida moralmente a pedir demissão,pois, se não o fizesse, a
sociedade empresária alegaria dispensa por justa causa, apesar de ela nada ter feito de errado.
Assim, requereu a anulação do pedido de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma
dispensa sem justa causa.
Tal pleito não merece prosperar, tendo em vista que a reclamante alega que foi coagida moralmente
a pedir demissão, e se não o fizesse, a reclamada alegaria dispensa por justa causa, entretanto,
cabe a reclamante provar o alegado vício de consentimento pertencente a mesma, conforme artigo
818, inciso I, da CLT e do Art. 373, inciso I, do CPC/15.
Dessa forma requer que seja julgado improcedente o referido pleito.
DO ACÚMULO DE FUNÇÃO
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DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO
A reclamante alega que foi contratada como cozinheira, mas que era obrigada, desde o início do
contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5
empregados do setor. Esse procedimento caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de
garçom, pelo que ela requereu o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário.
Tal pleito não merece prosperar, tendo em vista que a reclamante alega que foi contratada como
cozinheira, mas que era obrigada, desde o início do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-
los em uma bandeja e levar a refeição para os 5 empregados do setor, porém, é notório que a
atividade desempenhada pela reclamante era compatível com a sua condição pessoal e
profissional, conforme artigo 456, parágrafo único, da CLT.
Dessa forma requer que seja julgado improcedente o referido pleito.
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Débora Pimenta trabalhou como auxiliar de coveiro na sociedade empresária Morada Eterna Ltda.,
de 30/03/2018 a 07/01/2019, quando foi dispensada sem justa causa, recebendo, por último, o
salário de R$ 1.250,00 mensais, conforme anotado na CTPS. Em razão disso, ela ajuizou
reclamação trabalhista em face da sociedade empresária. A ação foi distribuída ao juízo da 90ª Vara
do Trabalho de Teresina/PI, recebendo o número 0050000- 80.2019.5.22.0090. Débora formulou
vários pedidos, que assim foram julgados: o juízo declarou a incompetência material da Justiça do
Trabalho para apreciar o pedido de recolhimento do INSS do período trabalhado; foi reconhecido
que a jornada se desenvolvia de 2ª a 6ª feira, das 10 às 16 horas, com intervalo de 10 minutos para
refeição, conforme confessado pelo preposto em interrogatório, sendo, então, deferido o pagamento
de 15 minutos com adicional de 50%, em razão do intervalo desrespeitado, e reflexos nas demais
verbas salariais; não foi reconhecido o salário oficioso de mais R$ 2.000,00 alegado na petição
inicial, já que o julgador entendeu não haver prova de qualquer pagamento “por fora”; foi deferido o
pagamento de horas extras pelos feriados, conforme requerido pela trabalhadora na inicial, que
pediu extraordinário em “todo e qualquer feriado brasileiro”, sendo rejeitada a preliminar suscitada
na defesa contra a forma desse pedido; foi deferida indenização de R$ 6.000,00 a título de dano
moral por acidente do trabalho em razão de doença degenerativa da qual a trabalhadora foi vítima,
conforme laudos médicos juntados aos autos; foi indeferido o pagamento de adicional noturno, já
que a autora não comprovou que houvesse enterro, ou preparação para tal fim, no período
compreendido entre 22 e 5 horas; foi deferido o pagamento do vale-transporte em todo o período
trabalhado, sendo que, na instrução, o magistrado indeferiu a oitiva de duas testemunhas trazidas
pela sociedade empresária, que seriam ouvidas para provar que ela entregava o valor da passagem
em espécie diariamente à trabalhadora; foi julgado procedente o pedido de devolução em dobro,
como requerido na exordial, de 5 dias de faltas justificadas por atestados médicos, pois a preposta
reconheceu que a empresa se negou a aceitar os atestados porque não continham CID
(Classificação Internacional de Doenças); foi deferido o pagamento correspondente a 1 cesta básica
mensal, porque sua entrega era prevista na convenção coletiva que vigorou no ano anterior (de
janeiro de 2017 a janeiro de 2018) e, no entendimento do julgador, uma vez que não houve
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estipulação de uma nova norma coletiva, a anterior foi, automaticamente, prorrogada no tempo;
foram deferidos honorários advocatícios em favor do advogado da autora na razão de 20% da
liquidação e, em favor do advogado da ré, no importe de 10% em relação aos pedidos julgados
improcedentes.
Diante disso, na condição de advogado da ré, redija a peça prático-profissional para a defesa dos
interesses da sua cliente em juízo, ciente de que, na sentença, não havia vício ou falha estrutural
que comprometesse sua integridade.
O magistrado deferiu o pagamento de horas extras pelos feriados, conforme foi requerido pela
trabalhadora em sua inicial, extraordinário em “todo e qualquer feriado brasileiro”, sendo rejeitada a
preliminar suscitada na defesa contra a forma desse pedido.
Sendo assim, motivo pelo qual reitera a preliminar de inépcia da inicial, porque não foram
identificados os feriados trabalhados, ou seja, por ter sido feito o pedido de feriados de forma
genérica no pedido, conforme artigo 330, inciso I, da CPC, artigo 330, § 1º, inciso II do CPC, artigo
840 da CLT, artigo 840, § 1º da CLT.
Dessa forma, requer a reforma da sentença para que seja reconhecida a inépcia da inicial, com a
consequente extinção do feito sem resolução do mérito, conforme o artigo 485, inciso I do CPC.
DO MÉRITO
Reiteração de preliminar de inépcia em relação aos feriados No mérito reitera a preliminar de inépcia
em relação aos feriados arguida na contestação e reiterada na preliminar recursal
DO INTERVALO INTRAJORNADA
A recorrida laborava de segunda a sexta-feira, das 10h às 16 horas, com intervalo de 10minutos
para refeição. O juiz deferiu o pagamento de 15 minutos com adicional de 50%, em razão do
intervalo desrespeitado e reflexo nas demais verbas salarias.
Equivoca-se o juízo, tendo em vista quando a jornada de trabalho não exceder 6 horas diárias , é
obrigatório a concessão de intervalo intrajornada de 15 minutos , conforme artigo 71,§ 1º da CLT,
artigo 71, § 4º da CLT, a não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada, implica o
pagamento de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% sobre
o valor da remuneração hora norma de trabalho, não tendo que se falar em reflexos.
Dessa forma, a sentença deve ser reformada, dando provimento ao presente apelo neste tópico.
DA DEVOLUÇÃO DESCONTO
Foi julgado procedente o pedido de devolução em dobro, como requerido na exordial, de 5 dias de
faltas justificadas por atestados médicos, pois a preposta reconheceu que a empresa se negou a
aceitar os atestados porque não continham CID (Classificação Internacional de Doenças).
Equivoca-se o juízo, quanto à devolução dos descontos em dobro, uma vez que não existe previsão
legal para devolução em dobro dos descontos efetuados na CLT, e ainda consoante previsto artigo
5º inciso II da CRFB/88.
Dessa forma, a sentença deve ser reformada, dando provimento ao presente apelo neste tópico.
Equivoca-se o juízo, conforme o artigo 791-A, da CLT, o limite legal estabelecido é de 15%, e não
de 20%, motivo pelo qual deve ser reduzido.
Dessa forma, a sentença deve ser reformada, dando provimento ao presente apelo neste tópico.