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MATERIAL PRÁTICA TRABALHISTA

Direito do Trabalho
XVIII Exame de Ordem Unificado – FGV - Contestação

XVII Exame de Ordem Unificado – FGV – Contestação

XVI Exame de Ordem Unificado – FGV – Recurso Ordinário

XV Exame de Ordem Unificado – FGV – Recurso Ordinário

XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV – Reclamação Trabalhista

XIII Exame de Ordem Unificado – FGV – Embargos de terceiro ou Embargos à


Execução

XII Exame de Ordem Unificado – FGV – Reclamação Trabalhista

XI Exame de Ordem Unificado – FGV – Contestação

X Exame de Ordem Unificado – FGV – Ação de Consignação em Pagamento

IX Exame de Ordem Unificado – FGV – Recurso Ordinário

VIII Exame de Ordem Unificado – FGV – Contestação

VII Exame de Ordem Unificado – FGV – Recurso Ordinário

VI Exame de Ordem Unificado – FGV – Contestação

V Exame de Ordem Unificado – FGV – Contestação

IV Exame de Ordem Unificado – FGV – Contestação

2010.3 (III Exame de Ordem Unificado FGV) – Recurso Ordinário

2010.2 (II Exame de Ordem Unificado FGV) – Contestação

2010.1 (I Exame de Ordem Unificado Cespe/UnB) – Contestação


PEÇA 1

Síntese da entrevista realizada com Heitor Samuel Santos, brasileiro, solteiro,


desempregado, filho de Isaura Santos, portador da identidade 559, CPF 202, residente e
domiciliado na Rua Sete de Setembro, casa 18 – Manaus – Amazonas – CEP 999:

• trabalhou na fábrica de componentes eletrônicos Nimbus S.A. situada na Rua


Leonardo Malcher, 7.070 – Manaus – Amazonas – CEP 210), de 10.10.2012 a
02.07.2014, oportunidade na qual foi dispensado sem justa causa e recebeu,
corretamente, sua indenização;

• a empresa possui 220 empregados;

• é portador de deficiência e soube que, após a sua dispensa, não houve contratação de
um substituto em condição semelhante;

• seu e-mail pessoal era monitorado pela empresa porque, na admissão, estava
ocorrendo um problema na plataforma institucional, daí porque a ex-empregadora
acordou com os empregados que o conteúdo de trabalho seria enviado ao e-mail
particular de cada um, desde que pudesse fazer o monitoramento; que, em razão disso, o
empregador teve acesso a diversos escritos e fotos particulares do depoente, inclusive
conteúdo que ele não desejava expor a terceiros;

• durante o contrato sofreu descontos a título de contribuição sindical e confederativa,


mesmo não sendo sindicalizado;

• teve a CTPS assinada como assistente de estoque, mas, em parte do horário de


trabalho, também realizava as tarefas de um analista de compras, pois seu chefe
determinava que ele fizesse pesquisa de preços e comparasse a sua evolução ao longo
do tempo, atividades estranhas ao seu mister de assistente de estoque;

• trabalhava de 2ª a 6ª feira das 8h às 16h45min, com intervalo de 45 minutos para


refeição, e aos sábados das 8h às 12h, sem intervalo.

Você, contratado como advogado, deve apresentar a medida processual adequada à


defesa dos interesses de Heitor, sem criar dados ou fatos não informados.

PEÇA 2

Síntese da entrevista feita com Bruno Silva, brasileiro, solteiro, CTPS 0010, Identidade
0011, CPF 0012 e PIS 0013, filho de Valmor Silva e Helena Silva, nascido em
20.02.1990, domiciliado na Rua Oliveiras, 150 – Cuiabá – CEP 20000- 000: que foi
admitido em 05.07.2011 pela empresa Central de Legumes Ltda., situada na Rua das
Acácias, 58 – Cuiabá – CEP 20000-010, e dispensado sem justa causa em 27.10.2013,
quando recebeu corretamente as verbas da extinção contratual; que teve a CTPS
assinada e exercia a função de empacotador, recebendo por último o salário de R$
1.300,00 por mês; que sua tarefa consistia em empacotar congelados de legumes numa
máquina adquirida para tal fim.

Em 30.11.2011 sofreu acidente do trabalho na referida máquina, quando sua mão ficou
presa no interior do equipamento, ficando afastado pelo INSS e recebendo auxílio
doença acidentário até 20.05.2012, quando retornou ao serviço. No acidente, sofreu
amputação traumática de um dedo da mão esquerda e se submeteu a tratamento médico
e psicológico, gastando com os profissionais R$ 2.500,00 entre honorários profissionais
e medicamentos, tendo levado consigo os recibos.

No retorno, tendo sido comprovada pelos peritos do INSS a perda de 20% da sua
capacidade laborativa, foi readaptado a outra função. A CIPA da empresa, convocada
quando da ocorrência do acidente, verificou que a máquina havia sido alterada pela
empresa, que retirou um dos componentes de segurança para que ela trabalhasse com
maior rapidez e, assim, aumentasse a produtividade. Bruno costumava fazer digitação
de trabalhos de conclusão de curso para universitários, ganhando em média R$200,00
por mês, mas no período em que esteve afastado pelo INSS não teve condição física de
realizar esta atividade, que voltou a fazer tão logo retornou ao emprego.

Analisando cuidadosamente o relato feito pelo trabalhador, apresente a peça pertinente à


melhor defesa, em juízo, dos interesses dele, sem criar dados ou fatos não informados.

A simples citação legal ou jurisprudencial pertinente não credencia pontuação.

PEÇA 3

Nos autos da reclamação trabalhista 1234, movida por Gilson Reis em face da sociedade
empresária Transporte Rápido Ltda., em trâmite perante a 15ª Vara do Trabalho do Recife/PE, a
dinâmica dos fatos e os pedidos foram articulados da seguinte maneira:

O trabalhador foi admitido em 13/05/2009, recebeu aviso prévio em 09/11/2014, para ser
trabalhado, e ajuizou a demanda em 20/04/2015.

Exercia a função de auxiliar de serviços gerais. Requereu sua reintegração porque, em


20/11/2014, apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical da sua categoria, informando
o fato ao empregador por e-mail, o que lhe garante o emprego na forma do Art. 543, § 3º, da
CLT, não respeitada pelo ex-empregador.

Que trabalhava de segunda a sexta-feira das 5:00h às 15:00h, com intervalo de duas horas para
refeição, jamais recebendo horas extras nem adicional noturno, o que postula na demanda.

Que o intervalo interjornada não era observado, daí porque deseja que isso seja remunerado
como hora extra.

Contratado como advogado (a), você deve apresentar a medida processual adequada à defesa
dos interesses da sociedade empresária Transporte Rápido Ltda., sem criar dados ou fatos não
informados. (Valor: 5,00)
PEÇA 4

Você foi procurado pelo Banco Dinheiro Bom S/A, em razão de ação trabalhista nº XX,
distribuída para a 99ª VT de Belém/PA, ajuizada pela ex-funcionária Paula, que foi gerente
geral de agência de pequeno porte por 4 anos, período total em que trabalhou para o banco. Sua
agência atendia apenas a clientes pessoa física. Paula era responsável por controlar o
desempenho profissional e a jornada de trabalho dos funcionários da agência, além do
desempenho comercial desta.

Na ação, Paula aduziu que ganhava R$ 8.000,00 mensais, além da gratificação de função no
percentual de 50% a mais que o cargo efetivo. Porém, seu salário era menor que o de João
Petrônio, que percebia R$ 10.000,00, sendo gerente de agência de grande porte atendendo
contas de pessoas físicas e jurídicas. Requer as diferenças salariais e reflexos. Paula afirma que
trabalhava das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, com intervalo de 20 minutos.

Requer horas extras e reflexos. Paula foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de
serviço, tendo lá fixado residência com sua família. Por isso, ela requer o pagamento de
adicional de transferência. Paula requer a devolução dos descontos relativos ao plano de saúde,
que assinou no ato da admissão, tendo indicado dependentes. Requer, ainda, multa prevista no
Art. 477 da CLT, pois foi notificada da dispensa em 02/03/2015, uma segunda-feira, e a
empresa só pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da dispensa em 12/03/2015,
um dia após o prazo, segundo sua alegação.

Redija a peça prático-profissional pertinente ao caso. (Valor: 5,00)

PEÇA 5

A sociedade empresária Pedreira TNT Ltda. foi condenada em 1º grau na reclamação trabalhista
movida pelo ex-empregado Gilson Cardoso de Lima (Processo 009000-77.2014.5.12.0080),
oriundo da 80ª Vara do Trabalho de Florianópolis. Na sentença, depois de reconhecido que o
reclamante trabalhou na pedreira por 6 meses, o juiz deferiu adicional de periculosidade na
razão de 50% sobre o salário básico, pois a perícia realizada nos autos detectou a existência de
risco à vida (contato permanente com explosivos); determinou o depósito do FGTS no período
de 2 meses em que o empregado esteve afastado por auxílio-doença previdenciário (código B-
31); deferiu a multa do Art. 477, § 8º, da CLT, porque o pagamento das verbas devidas pela
extinção do contrato foi feito na sede da empresa, não tendo sido homologado no sindicato de
classe ou autoridade do Ministério do Trabalho e Emprego; deferiu dano moral, determinando
que juros e correção monetária fossem computados desde a data do ajuizamento da ação, e
deferiu, com base no Art. 1.216 do Código Civil, indenização pelo frutos de má-fé percebidos
pela sociedade empresária porque ela permaneceu com dinheiro que pertencia ao trabalhador.

Diante do que foi exposto, elabore a medida judicial adequada para a defesa dos interesses da
sociedade empresária. As custas foram fixadas em R$ 200,00 sobre o valor arbitrado à
condenação de R$ 10.000,00.

Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a


fundamentação legal pertinente ao caso.
PEÇA 6

PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL

O pedido formulado numa reclamação trabalhista foi julgado procedente em parte. O juiz
condenou a autora a 6 meses de detenção por crime contra a organização do trabalho, pois
comprovadamente ela estava recebendo seguro desemprego nos dois primeiros meses do
contrato de trabalho e por isso pediu para a empresa não assinar a sua CTPS nesse período; o
magistrado reconheceu que a autora excedia a jornada em 3 horas diárias mas limitou o
pagamento da sobrejornada a duas horas por dia com adicional de 50%, em razão do Art. 59 da
CLT; julgou aplicável a norma de complementação de aposentadoria custeada pela empresa que
estava em vigor no momento do requerimento da aposentadoria, e não a da admissão, que era
mais favorável à trabalhadora, fundamentando na inexistência de direito adquirido, mas apenas
expectativa de direito; reconheceu que a acionante trabalhou 10 horas em regime de prontidão
no último mês trabalhado e deferiu o pagamento de 1/3 dessas horas; reconheceu que o local de
trabalho da autora era de difícil acesso e que no deslocamento ela gastava 2 horas diárias mas,
por existir acordo coletivo fixando a média de 1:30 h, com transporte concedido pelo
empregador, deferiu, com base no § 3º do Art. 58, da CLT, 1:30 h por dia como hora in itinere;
deferiu o requerimento da empresa e, com sustentáculo noArt. 940 do CCB, determinou a
devolução em dobro do 13º salário do ano de 2012 porque a autora o postulou integralmente,
sem qualquer ressalva, quando a 1ª parcela já havia sido quitada pela empresa.

As custas foram arbitradas em R$ 300,00 sobre o valor arbitrado à condenação de R$ 15.000,00.

Autora: Verônica Silva; Ré: Indústria Metalúrgica Ribeiro S.A., que possui 1.600 empregados;
Processo 1111- 55.2012.5.03.0100, em trâmite na 100ª VT/MG.

Analisando a narrativa e considerando que a trabalhadora não se conformou com a sentença,


apresente a peça pertinente à reversão da decisão, no que couber, sem criar dados ou fatos não
informados.

PEÇA7

PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL

Sentença:

83ª Vara do Trabalho de Tribobó do Oeste.

Processo no. 1200-34-2011-5-07-0083.

Aos xx dias do mês de xxxxxxxxxx, do ano de 2012, às xx h, na sala de audiências dessa Vara
do Trabalho, na presença do MM. Juiz Fulano de Tal, foi proferida a seguinte Sentença:

Jurandir Macedo, qualificação, ajuizou ação trabalhista em face de Aérea Auxílio Aeroportuário
Ltda., e de Aeroportos Públicos Brasileiros, empresa pública, em 30/05/2011, aduzindo que era
a terceira ação em face das rés, pois não compareceu à primeira audiência das ações
anteriormente ajuizadas, tendo tido notícia da sentença de extinção do feito sem resolução do
mérito da primeira ação em 10/01/2009 e da segunda ação em 05/06/2009. Afirma que a ação
anterior é idêntica à presente.

Relata que foi contratado pela primeira ré em 28/04/2004 para trabalhar como auxiliar de carga
e descarga de aviões, tendo como último salário o valor de R$ 1.000,00. Ao longo do contrato
de trabalho, cumpria jornada das 8:00h às 20:00h, com uma hora de almoço, trabalhando em
escala 12 x 36, conforme norma coletiva, pretendo horas extras e reflexos. Afirma que
carregava as malas para os aviões enquanto esses eram abastecidos, mas não recebia adicional
de periculosidade, e adquiriu hérnia de disco na lombar por conta do peso carregado, pelo que
requer indenização por danos morais e reintegração ou, subsidiariamente, indenização.

Era descontado do vale alimentação, mas não recebia o benefício, pretendendo a devolução do
valor e a integração da utilidade. Conta que foi dispensado por justa causa, tipificada em
desídia, após faltar 14 dias seguidos sem justificativa, além de outros dias alternados, que lhe
foram descontados. Requer seja elidida a justa causa, com pagamento de aviso prévio, férias
vencidas e proporcionais + 1/3, FGTS + 40%, seguro desemprego e anotação de dispensa na
CTPS com multa diária de R$ 500,00 pelo descumprimento, além da incidência das multas dos
arts. 467 e 477 da CLT. Ao longo de todo o seu contrato, diz que sempre desempenhou sua
atividade no aeroporto internacional de Tribobó do Oeste, de administração da segunda ré, pelo
que pede a condenação subsidiária da segunda ré.

Dá à causa o valor de R$ 20.000,00.

Na audiência, a primeira ré apresentou defesa aduzindo genericamente a prescrição; que o autor


foi desidioso, conforme as faltas apontadas, juntando documentação comprobatória das
ausências não justificadas e diversas advertências e suspensões pelo comportamento reiterado
de faltas injustificadas.

Apresentou controle de ponto com jornada de 12x36h, com uma hora de intervalo, conforme
norma coletiva da categoria. Juntou TRCT do autor, cujo valor foi negativo em razão das faltas
descontadas. Afirmou que o autor não ficava em área de risco no abastecimento do avião e que
não há relação entre o trabalho do autor e sua doença.

Apresentou norma coletiva, autorizando a substituição de vale alimentação por pagamento em


dinheiro, com desconto em folha proporcional, conforme recibos juntados, comprovando os
pagamentos dos valores. Afirmou que não devia as multas dos artigos 467 e 477 da CLT por
não haver verba a pagar e que procederia a anotação de dispensa na CTPS com a data da defesa.
Pugnou pela improcedência dos pedidos.

A segunda ré defendeu-se, aduzindo ser parte ilegítima para figurar na lide, pois escolheu a
primeira ré por processo licitatório, com observância da lei, comprovando documentalmente a
fiscalização efetiva contrato com a primeira ré e a relação dessa com os seus funcionários que
lhe prestavam serviços.

Salientou a prescrição e refutou os pedidos do autor, negando os mesmos. O autor teve vista das
defesas e dos documentos, não impugnando os mesmos. Indagadas as partes, as mesmas
declararam que não tinham mais provas a produzir e se reportavam aos elementos dos autos,
permanecendo inconciliáveis.

O autor se recusou a fornecer a CTPS para que fosse anotada a dispensa.


É o Relatório.

Decide-se:

Não há prescrição, pois o curso desta foi interrompido. A segunda ré foi tomadora dos serviços,
logo é parte legítima.

Procede o pedido de conversão da dispensa por justa causa em dispensa imotivada. A justa
causa é o maior dos castigos ao empregado. Logo, tendo havido desconto dos dias de falta, não
há desídia, porque haveria dupla punição. Logo, procedem os pedidos de aviso prévio, férias
vencidas e proporcionais + 1/3, FGTS + 40%, seguro desemprego e anotação de dispensa na
CTPS com multa diária de R$ 500,00 pelo descumprimento, além da incidências das multas dos
artigos 467 e 477 da CLT pelo não pagamento das verbas.

Procede o pedido de indenização por danos morais, que fixo em R$ 5.000,00, pois é claro que
se o autor carregava malas, sua hérnia de disco decorre da função, sendo também reconhecida a
estabilidade pelo acidente de trabalho (doença profissional), que ora se convola em indenização
pela projeção do contrato de trabalho, o que equivale a R$ 10.000,00.

Improcede a devolução de descontos do vale alimentação, pois a ré provou a concessão do vale


por substituição em dinheiro e autorizado em norma coletiva. Logo, também não há a integração
desejada.

Procede o pedido de horas extras e reflexos, pois o autor extrapolava a jornada constitucional de
8 horas por dia.

Procede o adicional de periculosidade por analogia à Súmula 39 do TST. Procede a condenação


da segunda ré, pois havendo terceirização, esta responde subsidiariamente.

Improcedentes os demais pedidos.

Custas de R$ 600,00, pelas rés, sobre o valor da condenação estimado em R$ 30.000,00.


Recolhimentos previdenciários e fiscais, conforme a lei, assim como juros e correção monetária.

Partes cientes.

Fulano de Tal

Juiz do Trabalho

Apresente a peça respectiva para defesa dos interesses da segunda ré.

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