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Seção 4

SUA PETIÇÃO

DIREITO
TRABALHISTA
Seção 4

DIREITO TRABALHISTA

Sua causa!

Bem-vindo à Seção 4!

Hoje é dia 5 de abril de 2021, oportunidade em que recebeu a intimação publicada no Diário
Eletrônico da Justiça do Trabalho para tomar ciência de sentença publicada na Reclamação
Trabalhista movida por Antônio Queiroz contra a Patrulha Mineira Ltda..

Vamos analisar o seu inteiro teor.

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO
1ª VARA DO TRABALHO DE UBERLÂNDIA/MG
RITO ORDINÁRIO
PROCESSO N. 0010101-10.2021.5.03.0001
RECLAMANTE: ANTÔNIO QUEIROZ
RECLAMADO: PATRULHA MINEIRA LTDA.

SENTENÇA
1- RELATÓRIO

O trabalhador Antônio Queiroz ajuizou a presente Reclamação Trabalhista em face de


Patrulha Mineira Ltda. alegando que foi contratado em 4 de fevereiro de 2019 para exercer
as funções de segurança, estando com o contrato de trabalho em vigor.

Afirma que ficou afastado das atividades laborativas por doença não relacionada ao trabalho
e que teve alta previdenciária em 8 de janeiro de 2021. Apresentou-se ao trabalho em 11 de
janeiro de 2021, mas seu retorno foi impedido pelo médico do trabalho da empresa, ao

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fundamento de que está inapto para o exercício das atividades laborativas. Assim, pugna
pelo recebimento dos salários do período de afastamento.

Aduz que seu plano de saúde está indevidamente suspenso desde que teve alta
previdenciária. Além disso, que tem direito ao adicional de periculosidade, pois está exposto
à violência física e a roubos durante o exercício da atividade de segurança patrimonial.

Foi atribuído à causa o valor de (R$). Também foram juntados documentos.

A reclamada foi regularmente citada, mas, no prazo legal, apresentou Exceção de


Incompetência em Razão do Lugar, que não foi provida.

Ato contínuo, restou designada audiência, na qual Reclamante e Reclamada comparecerem


junto aos seus respectivos advogados.

Tentada a conciliação, esta restou infrutífera.

A contestação foi apresentada por meio eletrônico. Nela, a Reclamada aduziu que não é
verdadeira a alegação de que a empresa não permitiu seu retorno às atividades laborais,
mas que foi o Reclamante quem se recusou a regressar ao trabalho, alegando que não
estava apto para o trabalho.

No tocante ao plano de saúde, pugna que o plano de saúde sempre foi custeado por ambos
os contratantes e que, desde que iniciou o recebimento do auxílio-doença, não mais arcou
com sua cota parte, razão pela qual ele foi suspenso.

Pugna pela improcedência do pedido de pagamento de adicional de periculosidade, uma vez


que o Reclamante exercia as funções de vigia, não estando exposto, portanto, a qualquer
risco.

Para melhor transcurso da Audiência de Instrução e Julgamento, foram fixados os pontos


controvertidos e ouvidas as partes e uma testemunha a pedido do Reclamante, e outra a
requerimento da Reclamada.

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Após tais oitivas, foi encerrada a instrução processual, ante a declaração de não mais existir
provas a serem produzidas.

As razões finais foram orais e remissivas.

Por fim, tentou-se novamente a conciliação, que não foi exitosa.

2. FUNDAMENTAÇÃO

2.1 LIMBO JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO

O reclamante afirmou que, após a alta dada pelo INSS, foi impedido de retornar às atividades
laborativas, em razão de o médico da empresa tê-lo considerado inapto ao trabalho.

Razão assiste o trabalhador.

Ao contrário do que afirma a empresa, o documento apresentado como prova da recusa ao


retorno ao trabalho não tem este conteúdo. Veja-se o que diz:

Eu, Antônio Queiroz, declaro para todos os fins de direito, que não me considero apto
ao trabalho, por ainda apresentar muitas dores nas costas, razão pela qual não desejo
retomar minhas atividades.

O mencionado documento apenas confirma o que foi constatado pelo médico da empresa,
ou seja, de que o reclamante não tinha condições de saúde para retomar suas atividades.

A prova testemunhal em nada socorre à empresa, pois a testemunha ouvida a seu pedido
não presenciou nenhuma recusa do trabalhador em retornar ao trabalho, limitando-se a
afirmar que ele se queixava de dores no dia em que o encontrou após a alta previdenciária.

O deslinde da controvérsia passa pela leitura do art. 2º da CLT, que trata do princípio da
alteridade, segundo o qual o empregador assume os riscos da atividade empresarial. Tendo
a empresa recusado a receber o trabalhador de volta ao labor, atrai para si a obrigação de
arcar com os salários do período desde a alta previdenciária.

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Alternativa não resta senão julgar procedente o pedido e condenar a Reclamada ao
pagamento dos salários do Reclamante desde 11 de janeiro de 2021 até a efetiva
reintegração ou novo afastamento previdenciário.

2.2 PLANO DE SAÚDE

No caso em tela, é incontroversa a suspensão do plano de saúde do Reclamante. Também


inexiste discussão acerca do fato de que, desde que o obreiro se afastou pelo órgão
previdenciário, não mais arcou com sua cota parte do mencionado plano.

Assim, a análise a ser feita tem como fulcro a possibilidade de suspensão do plano de saúde
em razão deste inadimplemento.

Desde o início da concessão deste benefício, o obreiro estava ciente de que tinha que arcar
com parte dos custos do plano de saúde. Inclusive, assinou um documento neste sentido e
consentiu com os descontos que eram feitos em seu contracheque mensalmente.

Quando ficou afastado pelo INSS, ele deixou de realizar o pagamento mensal, tendo sido
notificado pela empresa para voltar a fazê-lo, sob pena de supressão do plano de saúde.

Em que pese o princípio da alteridade, previsto no art. 2º da CLT, não se pode admitir que a
inadimplência acerca da cota parte de benefício facultativo seja considerada como risco
empresarial.

Trata-se de benefício ao qual o trabalhador livremente aderiu, inclusive com a condição de


arcar com sua cota parte.

Diante da inadimplência noticiada e incontroversa, declaro lícita a suspensão do plano de


saúde e, consequentemente, julgo improcedente o pedido.

2.3 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

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O fundamento do pedido de recebimento de adicional de periculosidade é de que exercia as
funções de segurança do estabelecimento da Reclamada, estando, portanto, exposto à
violência física.

Razão assiste ao trabalhador.

Mesmo sendo incontroverso que ele não portava arma de fogo e sequer tinha autorização
para isso, ele estava exposto à violência física. Isso pode ser extraído da prova testemunhal,
segundo a qual ele fazia as vezes de porteiro na Reclamada.

Ora, se ele fica na guarita destinada a este fim, está sujeito à violência física, o que se
enquadra no disposto no inciso II do art. 193 da CLT.

Diante do exposto, julgo procedente o pedido, condenando a Reclamada ao pagamento de


adicional de periculosidade desde o início do contrato de trabalho, o qual deve ser mantido
quando do pagamento dos salários vincendos.

2.4 ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

No caso em tela, o Reclamante demonstrou que cumpre os requisitos legais para ter deferido
o pedido de assistência judiciária gratuita, pois sua remuneração mensal é de R$ 2.000,00
(dois mil reais), quantia abaixo dos 40% teto do Regime Geral de Previdência Social.

2.6 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

No caso sob exame, a sucumbência foi recíproca, na medida em que Reclamante e


Reclamada foram vencidos e vincendos.

Cumpre destacar que os honorários advocatícios são devidos mesmo na hipótese de


concessão da assistência judiciária gratuita (§4º), assim como não é possível sua
compensação (§3º).

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Dessa forma, fixo os honorários de sucumbência em 10%, para a Reclamada, cuja base de
cálculo deve ser o montante apurado em liquidação de sentença. Já para o Reclamante,
arbitro em 5%, que devem ser calculados sobre o valor relativo ao pedido constante na
petição inicial, que foi julgado improcedente.

3. DISPOSITIVO

Diante do exposto, são parcialmente procedentes os pedidos, reconhecendo a existência de


vínculo empregatício, condenando a Reclamada:

a) Ao pagamento dos salários do Reclamante desde 11 de janeiro de 2021 até a efetiva


reintegração ou novo afastamento previdenciário.

b) Ao pagamento de adicional de periculosidade desde o início do contrato de trabalho,


devendo o adicional ser mantido quando do pagamento dos salários vincendos.

Julga-se os demais pedidos improcedentes, nos termos da fundamentação acima


explicitada.

São devidos honorários de sucumbência de 10%, para a Reclamada, cuja base de cálculo
deve ser o montante apurado em liquidação de sentença. Já para o Reclamante, arbitro em
5%, que devem ser calculados sobre o valor relativo ao pedido constante na petição inicial,
que foi julgado improcedente.

O valor arbitrado à presente da condenação é de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), e as custas


são fixadas em R$ 400,00 (quatrocentos reais), nos termos do art. 789 da CLT, a cargo da
Reclamada.

Uberlândia, 5 de abril de 2021.

Juiz do Trabalho

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Aluno, como advogado da Patrulha Mineira Ltda., você deve identificar os pleitos julgados
procedentes pela decisão de primeiro grau, ou seja, que foram desfavoráveis à Reclamada.
Em seguida, elabore a peça processual apta a reformar a sentença.

Fundamentando!

Para lhe auxiliar na elaboração da peça processual adequada, analisaremos os principais


aspectos de Direto Processual do Trabalho e de Direito Material do Trabalho.

1. RECURSO

Você já identificou qual recurso deve ser interposto neste caso concreto? A análise do art.
895 da CLT é fundamental para isso.

Quando uma Vara do Trabalho profere decisão definitiva ou terminativa do feito, ela pode
ser combatida, no prazo de oito dias úteis, por meio do remédio processual descrito no
invocado art. 895.

Detalhe muito importante é que o Tribunal Regional do Trabalho, quando do julgamento do


recurso interposto, tem a possibilidade de reanalisar toda a matéria que foi objeto do apelo,
podendo, até mesmo, utilizar fundamentos distintos para manter ou reformar a decisão de
primeiro grau.

A peça processual inicia-se pelo endereçamento. No caso sob exame, o recurso é


direcionado para o juízo que proferiu a decisão, eis que ele realizará o primeiro juízo de
admissibilidade (inciso VI do art. 659 da CLT), oportunidade em que verificará o cumprimento
dos pressupostos recursais. Embora neste exercício não seja possível simularmos o
recolhimento do depósito recursal e das custas, saiba que são pressupostos recursais, ou
seja, a ausência de seu pagamento a tempo e modo ocasiona a deserção do apelo.

Uma vez preenchidos tais pressupostos, o recurso é admitido, e a parte recorrida será
intimada para apresentar contrarrazões no prazo de oito dias (art. 900 da CLT).

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2. PRESSUPOSTOS OU REQUISITOS RECURSAIS

Um recurso trabalhista é dotado de diversas formalidades, as quais devem ser cumpridas,


sob pena de o apelo não ser conhecido, isto é, não ter seu conteúdo analisado pelo Tribunal
do Trabalho, justamente pela ausência de algum pressuposto ou requisito recursal. Frisa-se
que tais formalidades são obrigatórias tanto no apelo manejado pelo Reclamante quanto
naquele interposto pela Reclamada.

Vamos iniciar nossa digressão sobre eles com o princípio da unirrecorribilidade. Como a
própria nomenclatura sugere, ele traduz a ideia de que existe um recurso específico para
cada decisão.

O segundo requisito, seguramente, é de conhecimento de todos: tempestividade. Trata-se


da interposição do recurso no prazo assegurado em lei, o qual, geralmente, na esfera
trabalhista, é de oito dias úteis (art. 775 da CLT).

Talvez, você já tenha ouvido falar em outro pressuposto, que é o preparo. Ele nada mais é
do que a expressão do pagamento das custas e o depósito recursal. Esse depósito tem
natureza jurídica de garantia. Neste contexto, somente é exigido da parte devedora.

PONTO DE ATENÇÃO

O depósito recursal somente se caracteriza como pressuposto


recursal para os devedores, haja vista sua natureza jurídica de
garantia. Dessa forma, quando a Reclamação Trabalhista não
envolve pecúnia, ou seja, não tem caráter econômico, como
acontece nos feitos eminentemente declaratórios, ele não é
necessário.
Aproveite que este tema é de suma relevância e leia,
calmamente, o art. 899 da CLT.

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Como já salientado, as custas e o depósito recursal devem ser realizados e comprovados
nos autos a tempo e modo, ou seja, no prazo previsto para o recurso. As custas são
calculadas como 2% do valor arbitrado à condenação e serão pagas pelo vencido. Elas não
são fracionadas ou rateadas proporcionalmente aos pedidos que foram julgados
procedentes. Ainda que a reclamada decaia de mínima parte, é da parte vencida o encargo
de realizar o recolhimento integral das custas processuais. Para ilustrar, transcreve-se a
ementa de julgado proferido pelo Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região:

SUCUMBÊNCIA PARCIAL DO RECLAMANTE. CUSTAS RATEADAS. AUSÊNCIA


DE PREVISÃO LEGAL NO PROCESSO TRABALHISTA. IMPOSSIBILIDADE. Em se
tratando do Processo do Trabalho, inexiste, no ordenamento pátrio, previsão de
pagamento de custas de forma rateada, na hipótese de sucumbência parcial. Vencido
o reclamado, ainda que parcialmente, a este cabe recolher o valor das custas
processuais. Recurso patronal a que se nega provimento. (TRT 6ª Região, processo
n. 0000921-36.2018.5.06.0001, publicado no DEJT em 08/10/2019).

Por fim, existem algumas situações, elencadas no art. 798 da CLT, que são desnecessárias.

A regular representação processual é requisito que também deve ser observado. Não se
pode perder de vista que o Código de Processo Civil, fonte subsidiária do Direito Processual
do Trabalho, estabelece, em seu art. 76, a possibilidade de regularização desta na fase
recursal, o que é admitido pelo Processo do Trabalho. Diante da nova redação do art. 76
dada pelo CPC de 2015, o TST alterou a Súmula nº 383, cujo teor passou a ser o seguinte:

Súmula nº 383 do TST


RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015,
ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res.
210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 04.07.2016
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos
até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional
(art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de
intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do
recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba,
considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em
procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão
competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que
seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do
recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento
das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de
2015).

Diante deste entendimento de jurisprudência, na hipótese de existir vício de representação,


ele pode ser sanado no prazo de cinco dias úteis, contados a partir da intimação para este
fim.

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Não se esquecer que somente pode apresentar recurso quem tem legitimidade, ou seja, a
quem a lei conferiu este direito: à parte vencida, ao terceiro prejudicado e ao Ministério
Público do Trabalho, como parte ou como fiscal da lei (aplicação subsidiária do art. 996 do
CPC de 2015).

Por óbvio, o recurso somente pode ser interposto por quem é sucumbente, ao menos, em
parte da demanda. Somente assim é que surge o denominado interesse recursal.

Por fim, a parte tem que ter interesse em recorrer, isto é, tem que ser sucumbente no objeto
da demanda, para que possa recorrer daquilo que lhe foi desfavorável.

Agora que você já sabe todos os requisitos ou pressupostos recursais, vamos em frente!

Cumpre lembrar que, no recurso, deve ser aposto o número do processo, que é necessário
para a correta identificação do juízo em que o feito tramita.

Além das questões processuais, é fundamental analisar o Direito Material do Trabalho que
pode amparar a pretensão recursal da reclamada.

3. LIMBO JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO

A sentença julgou procedente o pedido de pagamento de salários desde a alta


previdenciária, ao fundamento de que o Reclamante não se recusou a voltar para o trabalho,
mas que teve alta previdenciária e não foi reintegrado pela empresa, que o considerou inapto
no exame médico.

Um dos argumentos a ser explorado é a carta de próprio punho redigida pelo trabalhador,
em que ele informa que não quer voltar ao trabalho.

Além disso, a sentença não levou em consideração o testemunho do médico do trabalho,


que afirmou, categoricamente, que o reclamante lhe disse que não voltaria ao trabalho de
jeito nenhum, pois estava com dores.

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4. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

O pedido de adicional de periculosidade foi julgado procedente em razão de o trabalhador


estar exposto à violência física durante o exercício das funções de porteiro.

Neste particular, o recurso a ser interposto deve evidenciar a distinção entre vigia e vigilante,
para fins de recebimento do adicional de periculosidade.

Para melhor fundamentar a peça processual, pesquise a jurisprudência sobre o assunto,


notadamente o julgado do TST publicado no dia 26de fevereiro de 2021, no Processo nº
00011114-31.2019.5.18.0005 1.

5. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

A Patrulha Mineira Ltda. foi condenada ao pagamento de honorários advocatícios de


sucumbência de 10% do valor da condenação, a ser apurado em liquidação de sentença.

Na hipótese de o Recurso Ordinário ser totalmente provido e a Reclamação Trabalhista for


julgada completamente improcedente, não haverá sucumbência para a Reclamada.

Entretanto, não se esqueça de alegar a inconstitucionalidade da disposição do art. 791-A da


CLT, visto que esse argumento é relevante, caso seu recurso não seja acatado. Neste caso,
a fundamentação a ser usada é aquela constante na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
5.766 2, em trâmite no Supremo Tribunal Federal.

6. JUSTIÇA GRATUITA

1 Disponível em: https://jurisprudencia-backend.tst.jus.br/rest/documentos/842bf17006bd67bbbead8428a189145c. Acesso

em: 13 jun. 2021.


2 Disponível em: http://www.mpf.mp.br/pgr/documentos/ADI5766reformatrabalhista.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021.

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Houve o deferimento da gratuidade judiciária pelo fato de o trabalhador cumprir os requisitos
legais para fazer jus a este benefício.

Assim, nada a recorrer neste sentido.

Quadro 4.1 | Quadro sinótico da legislação e jurisprudência consolidada aplicável (referidos e não referidos
nas explicações anteriores)
Assunto CRFB/88 CLT CPC/2015 Código TST Outros
Civil
Recurso - Art. 789; Art. Art. 76; - Súmula nº -
795; Art. Art. 219; 197;
893; Art. Art. 996. Súmula nº
895; Art. 383;
899; Art. Instrução
900. Normativa
nº 41.

Limbo Jurídico - Art. 4º. - - Acórdão -


Previdenciário proferido
no
Processo
nº 20353-
18.2016.5.
04.0017.
Adicional de Inciso Art. 193. - - Acórdão -
Periculosidade XXIII do proferido
art. 7º. no
Processo
nº 11805-
51.2017.5.
15.0085.
Custas - Art. 789. - - - Acórdão nº
0000921-
36.2018.5.06.
0001 do TRT
da 6ª Região.
Honorários - Art. 791-A. - - - Ação Direta
Advocatícios de
Inconstitucion
alidade nº
5.766.
Fonte: elaborado pelo autor.

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Vamos peticionar!

Vamos peticionar?

Embora o recurso vá ser julgado pelo Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, ele deve
ser endereçado para a Vara do Trabalho prolatora da decisão, que fará o primeiro juízo de
admissibilidade.

A praxe forense sugere que seja elaborado tópico acerca da tempestividade, com o intuito de evitar
equívocos quanto à sua interposição no momento processual correto.

A elaboração da peça exige organização. Para isso, elenque em tópicos cada um dos assuntos que
devem ser tratados.

Ao final da peça, pugne pela manutenção da decisão de primeira instância ou faça algum
requerimento distinto.

Não se esqueça da data e da assinatura.

Referências

BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
Brasília, DF: Presidência da República, [2021]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 13 jun. 2021.

BRASIL. Lei nº 13.105, de 13 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília, DF: Presidência
da República, [2021]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 13 jun. 2021.

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