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TRABALHO DE SÃ O PAULO/SP
, brasileiro, casado, motorista, com inscriçã o no RG sob o nº , inscrito no CPF sob o nº , PIS
nº , , nº 14351, Série 00202 - SP, residente e domiciliado na CEP , por meio de sua advogada
infra-assinada (procuraçã o anexa), vem mui respeitosamente à presença de Vossa
Excelência com fundamento no art. 840 da Clt propor a presente
RECLAMAÇÃ O TRABALHISTA/ LIMBO PREVIDENCIÁ RIO
Em face de ERL COMÉ RCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃ O LTDA, inscrita no CNPJ sob o
nº , situada na CEP , pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:
DA GRATUIDADE JUDICIÁ RIA
Requer os benefícios da gratuidade de justiça, com base na lei 1060/50, por nã o estar em
condiçõ es de arcar com custas e demais despesas processuais, sem prejuízo do pró prio
sustento e de sua família, conforme § 3º do art. 790 da Clt, ressaltando que se encontra
totalmente desamparada por mais de ano sem receber quaisquer valores.
DOS FATOS
O reclamante ingressou aos serviços da reclamada em 02/01/2001, na funçã o de
motorista, tendo percebido como ú ltimo salá rio o valor de .
O reclamante em 30/09/2019 foi afastado de suas atividades laborais em decorrência de
atestado médico, passando a perceber auxílio-doença por incapacidade.
O reclamante informa que ficou do dia 25/09/2019 até 31/05/2020, conforme (declaraçã o
anexa) recebendo o benefício de nº , cessou o benefício e o médico do trabalho considerou
inapto, para retornar suas atividades laborais.
Diante disso já ficou um período sem salá rios, pois o benefício novo foi deferido em
15/07/2020, época em que os benefícios estavam sendo deferido por aná lise documental e
sendo pago um salá rio-mínimo de , nisso ficou 45 dias à mercê da pró pria sorte.
A autarquia novamente cessou o benefício, o reclamante volta a empresa e novamente é
encaminhado a retornar ao INSS por se encontrar INAPTO as suas atividades laborais.
O reclamante informa que em 01/04/2021, solicitou junto à autarquia a reativaçã o do
benefício, que foi negado deferimento cabendo ao mesmo entrar com recurso
administrativo ou aguardar 30 dias para requerer outra perícia inicial. O recurso foi feito e
enquanto aguardava resposta continuava sem salá rios. Com a demora no julgamento do
recurso e com a negativa da empresa por inaptidã o ao trabalho, fez outro requerimento,
passando por perícia em julho de 2021, sendo indeferido novamente, esperando 30 dias
para requerer outro, sendo deferido novo benefício em 21/09/2021.
O reclamante em 13/01/2022, foi submetido a nova perícia e para sua surpresa, mais uma
vez lhe foi negado o benefício, sob a alegaçã o que a patologia nã o tinha agravamento
estando estabilizada com medicaçã o, conforme laudo em anexo.
o reclamante informa, que nã o consegue um acompanhamento com cardiologista por parte
do SUS, e em funçã o disso e por nã o ter condiçõ es de fazer acompanhamento particular,
fica impedido de comprovar sua incapacidade.
Tendo em vista a dificuldade em consulta com cardiologista, pois estava com
encaminhamento de 2020 e a vaga nã o saia, o requerente arrumou dinheiro emprestado e
fez um exame específico, na esperança de retornar o benefício e ter seu salá rio para prover
o sustento de sua família, mesmo assim voltou a ter seu benefício indeferido em razã o de
nã o constataçã o de incapacidade laborativa.
O reclamante agenda nova perícia para 24/02/2022, tendo consigo afastamento do médico
do trabalho que o torna INAPTO as atividades laborais e retorna mais uma vez com a
negativa por parte da autarquia, alegando nã o possuir elementos novos para a manutençã o
de b31.
O reclamante informa que a ú ltima tentativa em requerer o benefício foi em 21/07/2022,
onde por mais uma vez lhe foi negado por falta de incapacidade laborativa, em 11/08/2022
em seu retorno ao médico do trabalho, constatou-se inapto ao retorno de suas atividades.
Já cansado de ir e vir e nã o ter dinheiro para nada, ingressou com açã o previdenciá ria e
continua jogado a pró pria sorte.
Diante dos fatos relatados, o reclamante informa ter ficado sem salá rios os meses de: junho
de 2020; maio, junho, julho e agosto de 2021; o ano todo de 2022 e 2023 até o presente
momento.
Desta forma, o reclamante ao ser considerado apto para retorno de suas atividades
habituais pela autarquia (INSS), se apresentou a empresa a cada indeferimento, sendo
encaminhado ao departamento médico da empresa que que na ocasiã o considerou o
reclamante inapto, informando que deveria voltar ao INSS (conforme doc. Anexo).
Em vista de todo o ocorrido, ingressou com açã o previdenciá ria em agosto de 2023, teve
sua perícia agendada apenas e tã o somente para 09/05/2023, onde foi constatada a
incapacidade permanente para o trabalho, tornando sua reabilitaçã o profissional inviá vel,
(laudo médico pericial anexo), processo nº 5007481-51.2022.4.03.6332, que tramita
perante a 1a Vara Gabinete JEF Guarulhos.
Cumpre salientar, que a situaçã o do reclamante se agravou em virtude de ter contraído a
covid-19, passou por mais de 20 dias internado, tanto é verdade que foi realizado dois
exames de ECODOPPLERCARDIOGRAMA COMM DOPPLER COLORIDO, um em 17/03/2022
o qual era apresentado ao perito da autarquia e nã o constatava incapacidade e outro em
03/05/2023 que foi solicitado para a realizaçã o do perito médico judicial, onde restou
demostrado o avanço, assim como apresenta atestado que nã o constava antes a doença de
chagas.
O reclamante se encontra com 62 anos de idade, incapacitado permanentemente para o
trabalho, ficou abandonado a pró pria sorte por mais de um ano, nã o conseguiu sequer
participar do benefício de auxílio emergencial oferecido pelo Governo Federal em época
pandêmica, por está vinculado a reclamada, se viu em momentos críticos, todos os exames
que precisou fazer dependeu de dinheiro emprestado de terceiros, exames esses caros por
serem específicos, nã o teve nenhum suporte por parte da reclamada, pois a mesma nã o
concordando com a decisã o da autarquia, poderia ter feito algo, porém deixou o reclamante
totalmente desamparado, sem nada.
DO DIREITO
Ora, Excelência, a situaçã o precá ria, a que foi submetida o reclamante, é totalmente
inaceitá vel e fere de "morte" a dignidade da pessoa humana, uma vez que o reclamante foi
inserido num cená rio de emergência e miserabilidade por fatores alheios a sua vontade,
sendo, inobstante ser o hipossuficiente, o ú nico prejudicado pelas decisõ es antagô nicas
tomadas pela autarquia federal e seu empregador.
O art. 476 da Clt preconiza que:
Art. 476. Em caso de seguro-doença ou auxílio- enfermidade, o empregado é considerado em licença não
remunerada, durante o prazo desse benefício.
19.128,96
TOTAL = 73.327,68
b) aviso prévio indenizado de 90 dias no valor de ;
c) férias no total de três, considerando ú ltima exercida em 2018, e proporcional, com
pagamento em dobro por força do art. 137 da clt, no valor de ;
d) décimo terceiro integral e proporcional de todo o período no valor de ;
Total de
DAS PROVAS
Para fins de demostrar o direito ao pleiteado na presente açã o, junta em anexo as seguintes
provas:
A) Indeferimento dos benefícios;
B) Atestado emitidos pelo médico do trabalho da empresa;
C) Extratos dos valores recebidos;
D) Laudo do perito;
E) Exames realizados em rede privada, juntamente com comprovantes;
F) Comprovante do recurso administrativo.
DOS PEDIDOS
a) Seja concedida a justiça gratuita conforme o art. 790 da clt;
b) A citaçã o da reclamada para que, querendo compareça a audiência a ser designada por
Vossa Excelência e apresente defesa;
c) A condenaçã o das verbas rescisó rias descritas acima;
d) A concessã o da rescisã o indireta, por força do art. 483 alínea d, tendo em vista a falta
grave por parte da reclamada;
e) A condenaçã o em danos morais no valor de ;
f) A condenaçã o de honorá rios advocatícios no percentual de 15% sobre o valor da causa,
no valor de ;
g) Expediçã o de ofícios aos ó rgã os CEF, DRT e INSS para que tomem conhecimento das
irregularidades da reclamada;
h) Requer ainda que nã o seja limitado o valor da condenaçã o pelo valor do pedido.
Diante do exposto requer digne-se a Vossa Excelência determinar a notificaçã o da
reclamada no endereço acima citado, para responder a presente reclamató ria, querendo,
sob pena de confissã o e revelia, comparecer à audiência de conciliaçã o, instruçã o e
julgamento, sendo ao final JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE , para condenar a
reclamada ao pagamento das verbas descritas acima, acrescidas de juros, correçõ es
monetá rias e demais cominaçõ es legais.
Protesta por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente pelo
depoimento pessoal da reclamada na pessoa de seu representante legal, nos termos da
sú mula 74 do colendo TST.
Dando-se à presente o valor de R$ 171.972,65, para fins de alçada.
Termos em que
Pede deferimento
Sã o Paulo, 09 de junho de 23
CEP
CONTATOS: / /