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ILUSTRÍSSIMO SENHOR GERENTE EXECUTIVO DO INSS – AGÊNCIA DE

Ref.: NB: ${informacao_generica}

${cliente_nomecompleto}, maior, ${informacao_generica},


${informacao_generica}, inscrito no CPF sob o nº ${cliente_cpf} portador
do RG nº ${cliente_rg}, vem, respeitosamente, perante Vossa
Ilustríssima, por meio de seus procuradores, requerer a CONVERSÃO DE
AUXÍLIO-DOENÇA EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, pelas razões
de fato e de direito a seguir expostas:

O Requerente vem em gozo do benefício de auxílio-doença previdenciário desde


${data_generica}, o que se infere da documentação emitida pelo INSS que segue anexa.

Com efeito, apresenta grave doença, possuindo quadro clínico de


${informacao_generica}, motivo pelo qual vem requerer a conversão do benefício em
aposentadoria por invalidez, forte no artigo 196 e seguintes da Instrução Normativa nº
128/2022 c/c artigo nº 42 e seguintes da Lei nº 8.213/91.

Dados sobre a enfermidade:

1. Doença/enfermidade: ${informacao_generica}

2. Limitações decorrentes: ${informacao_generica}

O Segurado preenche todos os requisitos que autorizam a conversão de auxílio-doença


em aposentadoria por invalidez, visto que encontra-se no gozo do benefício do auxilio doença
nos períodos de: ${data_generica}, bem como não possui condições de desempenhar atividades
laborais e, ainda, não vislumbra cura para sua patologia, pois possui total e permanente
incapacidade. Fato é que a doença que atinge o Requerente é irreversível e, portanto, a
mesma satisfaz os requisitos ensejadores da aposentadoria por invalidez.

A esse respeito, vale transcrever trecho do atestado médico em anexo, confeccionado


pelo Dr. ${informacao_generica} (CRM-${informacao_generica}), em ${data_generica}, que
aponta a incapacidade TOTAL e PERMANENTE do Segurado para qualquer atividade que lhe
garanta a subsistência, bem como a necessidade de procedimento cirúrgico:

[IMAGEM]

Com efeito, a incapacidade permanente do Sr. ${cliente_nome} é inquestionável. Como


poderá o Requerente desenvolver qualquer espécie de atividade laborativa, sendo que
precisa realizar cirurgia, sendo este membro fundamental para o exercício direto da sua
profissão?

Na mesma seara, giza-se que o requerente não é obrigado a realizar a cirurgia,


conforme preconiza o art. 101, da Lei 8.213/91:

Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o


pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a
submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação
profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente,
exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. (Redação dada
pela Lei nº 9.032, de 1995)

A esse respeito, cumpre ressaltar também entendimento do TRF-4 nesse sentido,


vejamos:

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE


LABORAL. CURA POR CIRURGIA. INEXIGÊNCIA DE SUA REALIZAÇÃO. TERMO INICIAL. 1.
Tratando-se de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, o Julgador firma sua
convicção, via de regra, por meio da prova pericial. 2. Considerando as conclusões do
perito judicial, percebe-se que a parte autora está incapacitada para o trabalho, bem
como necessita realizar tratamento cirúrgico. Contudo, não está o demandante
obrigado a sua realização, conforme consta no art. 101, caput, da Lei 8.213/91 e no
art. 15 do Código Civil Brasileiro. 3. O fato de a parte autora, porventura, vir a
realizar cirurgia e, em consequência desta, recuperar-se, não constitui óbice à
concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, já que tal benefício pode ser
cancelado, conforme o disposto no artigo 47 da LBPS. 4. Assim, é devido à parte
autora o benefício de aposentadoria por invalidez, desde a data de realização da
perícia judicial (05-04-2019). (TRF4, AC 5021016-82.2019.4.04.9999, TURMA REGIONAL
SUPLEMENTAR DE SC, Relator CELSO KIPPER, juntado aos autos em 20/10/2020)

Ainda, cabe se fazer uma análise das condições pessoais do requerente, uma vez que a
investigação da situação incapacitante transcende a mera patologia, devendo ser considerado
todo o entorno ao qual está inserida.

Importante referir o disposto na Súmula 47 da TNU:


Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o juiz DEVE analisar as
condições pessoais e sociais do segurado para a CONCESSÃO DE APOSENTADORIA
POR INVALIDEZ. (grifado)

Outrossim, registre-se que somente é dispensada a análise das condições pessoais e


sociais, nos termos da Súmula 77 da TNU, quando não reconhecida a incapacidade para a
atividade habitual do Segurado.

Nesse seguimento, em análise das CONDIÇÕES PESSOAIS do Sr. ${cliente_nome}, tem-se


que se trata de pessoa com ${cliente_idade} anos de idade, afastado do mercado de trabalho há
aproximadamente ${informacao_generica} anos, de modo que a tendência é que seu estado de
saúde somente piore com o decorrer do tempo!

A idade avançada, mesmo para profissionais que tenham um determinado


conhecimento, também tem que ser analisada com cuidado. O fato de se encontrar há tempo
exercendo determinada atividade e apresentar avançada idade trará grandes dificuldades, não
só para efetivamente haver o aprendizado de uma nova função, como para uma nova vida
profissional.

Além disso, é necessário considerar também a gravidade do quadro clínico e da


patologia apresentada pelo Demandante, bem como o fato de que se encontra em gozo de
auxílio-doença HÁ QUASE ${informacao_generica} ANOS, fatos que por si só já demonstram a
imensa dificuldade que enfrentará se forçadamente for reinserido no mercado de trabalho.

Nesse sentido, pertinente destacar a lição de Tiago Faggioni Bachur, em sua obra de
Direito Previdenciário:

Muitas vezes, somam-se como agravante da situação fática vivenciada pelo


segurado, suas características pessoais (como, por exemplo, o baixo grau de instrução
escolar e o fato de trabalhar sempre com atividades que exigem esforço físico). Isso
sem mencionar que em muitos casos a doença do segurado não se encontra
estabilizada e só tende a piorar com o passar do tempo. (grifado)

Desta forma, a conversão do auxílio-doença em aposentadoria por invalidez é medida


que se impõe.

REQUERIMENTO

ASSIM, estribado no art. 42 da lei 8.213/91, requer a CONVERSÃO DO benefício de


auxílio-doença de n° ${informacao_generica} em APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.

Nestes termos,
Pede e aguarda deferimento.

, 02 de fevereiro de 2021.

ADVOGADO
OAB/

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