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A parte Reclamante não tem condições de arcar com as custas do processo, honorários
advocatícios e periciais, ou quaisquer outras despesas sem prejuízo do sustento próprio e de
sua família.
Assim, a Reclamante preenche o requisito objetivo e, desde já, requer seja concedido o
benefício da justiça gratuita, nos termos do artigo 5º, incisos XXXV, LIV e LXXIV da CF, artigo
790, § 3º, da CLT e na aplicação subsidiária dos artigos 98 e 99 do CPC, c/c Súmula nº.463 do
Egr. TST e nas disposições da Lei 1060/50.
Assim, requer seja reconhecido o vínculo empregatício desde a data em que a Reclamante foi
contrata, ou seja, em 06/04/2018 com o pagamento do FGTS na conta vinculada junto à Caixa
Federal e INSS, na forma da Lei.
O contrato de trabalho encontra-se suspenso desde a data de 22/03/2022, pois está em gozo
de benefício previdenciário.
Manuseava peças que pesavam cerca de 60 kg, ainda, o trabalho era realizado de forma
manual.
Em razão desse trabalho que era realizado de forma repetitiva, em meados de setembro de
2021 a parte Reclamante começou a apresentar problemas em sua coluna cervical e lombar,
além disso, apresentou quadro crônico dos ombros direito e esquerdo, procurou auxílio
médico, primeiramente com Dr. Renato Mantovani e após com o Dr. Nome.
A parte Reclamante também foi atendida pelo Dr. Nome, que indiciou procedimento cirúrgico,
diante do diagnóstico prévio à cirurgia RM - 23 04 2022 - OMBRO DIREITO: ROTURA.
Enfatiza-se que a parte Autora encontra-se em tratamento médico contínuo, de longo prazo,
conforme demonstram as receitas, exames médicos e atestados, porém, o seu quadro clínico
não apresenta melhoras, deixando-a incapacitada para realizar suas atividades laborativas.
5. DA ESTABILIDADE PROVISÓRIA
Com isso, a parte Reclamante requer a realização de perícia médica e ergonômica , voltada a
demonstrar a existência de DOENÇAS equiparáveis a acidente de trabalho, e constatar o direito
à estabilidade provisória, tornando nula a dispensa e postula sua reintegração no emprego, em
função compatível com sua idade e condição, ou, alternativamente, no pagamento da
indenização correspondente, compreendendo-se aí o pagamento de todos os salários vencidos
e vincendos, e respectivos reflexos nas férias, gratificação natalina e depósitos do FGTS.
6. DOS DANOS.
Diante de tais lesões, teve sua capacidade laborativa reduzida, e se viu impedida de realizar
simples tarefas que outrora exercia, pois sente fortes dores, necessitando tratamento e
ingestão de medicamentos frequentemente.
Além disso, a rotina da parte Reclamante restou totalmente afetada, uma vez que as lesões se
tornaram empecilhos para o dia-dia. Não bastasse, necessita de sessões de fisioterapia e não
tem condições financeiras para tanto, desta forma, encontra-se incapacitada, devido as suas
limitações, situação ocasionadas por culpa exclusiva da empregadora.
No que concerne ao pensionamento vitalício, este visa à reparação do dano patrimonial sofrido
pelo trabalhador e envolve postulação avaliar pecuniariamente a lesão concreta decorrente do
acidente de trabalho, ou seja, de que forma o infortúnio refletiu e irá refletir em seu
patrimônio, com amparo legal no artigo 950 do Código Civil.
Além da reparação desses prejuízos, diante do seu caráter permanente, inclui, além das
despesas dos tratamentos justifica-se sua condenação no pagamento de gastos presentes e
futuros, porventura necessários para completa recuperação da Autora, aí incluído o custeio de
plano de saúde vitalício, que traga segurança a Reclamante, considerando a maior
susceptibilidade e propensão ao desenvolvimento de complicações, decorrentes da doença
ocupacional, conforme preceitua o art. 949 do Código Civil.
A Reclamante deixou de auferir ao seu patrimônio determinado quantum , visto que está
impedido de patrocinar a mesma situação econômica, por não ter mais capacidade havida
antes do evento danoso.
Antes dos infortúnios a parte Reclamante tinha uma remuneração mensal média, no valor de
R$ 00.000,00(um mil, quinhentos, quinhentos e vinte e dois reais), entretanto, os valores
recebidos entre 22/03/2022 até 07/04/2023, oriundos da sua aposentadoria é de 1.212,00 (um
mil, duzentos e doze reais). Assim, a Reclamante teve um prejuízo estimando no valor de R$
00.000,00(quatro mil e trinta reais).
Diante disso, a Reclamada deve ser compelida a indenizar a parte Reclamante a título de
LUCROS CESSANTES , ressaltando que o valor encontrado deve corresponder a remuneração
média do Reclamante, observando às variações salariais, aquênio e percentuais fixados nas
convenções coletivas, a serem pagos mensalmente, desde o ajuizamento do presente feito até
o momento da sua reabilitação para o trabalho (situação a ser averiguada mediante perícia
médica), na forma dos artigos 949 e 950 do CC.
Além disso, como espécie autônoma do gênero Dano Moral, a parte Reclamante sofreu Danos
Estéticos, provenientes do procedimento cirúrgico no ombro direito que a legitimam a um
pedido autônomo de reparação, tendo em vista a gravidade estética, geradora de verdadeira
infelicidade, constrangimento e, principalmente, vergonha.
Sinale-se que, a parte Reclamante é uma mulher jovem e para a nossa sociedade, onde a
"beleza" constitui padrão de "boa aceitação", essas deformidades afetam seu "ego e vigor",
ocasionando problemas inevitáveis de socialização e relacionamento.
Não restam dúvidas, portanto, de que o dano estético advindo do evento foi de gravidade
suficiente a justificar uma reparação, devendo à parte Reclamada ser condenada a indenizar
esse dano em valor capaz de compensar a lesão irreversível provocada a parte Reclamante.
Logo, o dano moral no caso dos autos, é "in re ipsa", ou seja, é presumido, decorrendo da
própria lesão sofrida, sendo inerente às dores e privações decorrentes da moléstia e, por que
razão, dispensa prova.
Assim, reputa-se inequívoco que as lesões sofridas pela parte Reclamante lhe causaram dor e
sofrimento, sendo devida à indenização por dano moral perseguida, diante da conduta da
empregadora, que afetou sua esfera patrimonial e extrapatrimonial.
Os danos pessoais que a parte Reclamante sofre, vão muito além da dor física,
Sendo assim, não restam dúvidas, de que os DANOS MORAIS advindos dos eventos foram
profundos, sendo merecedora de reparação que atenue, em parte a dor, preocupação e
tristeza suportada, devendo a Reclamada ser condenada a pagar importância a título destes
danos, considerando o caráter reparatório e a finalidade punitiva/pedagógica em relação ao
ofensor, sem prejuízo dos juros e da correção monetária na forma da lei e da jurisprudência, de
sorte que, provado o fato, provado está o dano moral.
Além disso, a Reclamada deixou de recolher os meses de agosto de 2022, bem como os valores
referentes ao aviso prévio indenizado.
Além disso, o artigo 225, parágrafo 3º da constituição, determinada que todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida.
No caso dos autos, a responsabilidade civil é objetiva, levando em conta a Teoria do Risco, em
função do risco da atividade exercida. Assim, resta comprovada a responsabilidade objetiva da
empresa pelos danos ocasionados à saúde do obreiro, pois, diante da conduta omissiva, não se
preocupou em fornecer um ambiente de trabalho digno e adequado ao trabalhador, expondo-
o a condições degradantes de trabalho, que geraram e agravaram o seu quadro clinico.
O dever de indenizar apresenta três elementos, que são representados pelo trinômio ato-fato,
dano e nexo causal, e, em regra, um pressuposto, fator de imputação, consubstanciado na
culpa ou no risco (da atividade, administrativo, etc). Fundamenta-se na manutenção do
equilíbrio social e tem por finalidade o restabelecimento do status quo anterior ao dano.
Quanto ao nexo de causalidade, deve-se esclarecer que é a relação intrínseca que se verifica
entre o agir de alguém, de forma comissiva ou omissiva, e o dano, de modo que se possa
concluir que, sem a ação ou a omissão, o dano não se produziria.
Como regra, não há responsabilidade civil sem culpa, exceto por disposição legal expressa,
casos em que se denomina responsabilidade civil objetiva.
Deverá a parte Reclamada comprovar que não foi ela direta ou indiretamente, a causadora dos
danos dirigidos a parte Reclamante, o que desde já requer, uma vez que é seu o ônus da prova.
Deste modo, não lograda prova em contrário, deve a parte Reclamada ser declarada confessa
quanto aos fatos alegados, o que desde já se requer.
14. DOS RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS
No tocante aos descontos fiscais, postula-se seja observada a Instrução Normativa RFB 1127,
ou seja, calculados mês a mês, não se computando os juros na base de cálculo.
Sobre as parcelas a serem deferidas em sentença em favor da parte Reclamante, requer não
sejam autorizados os descontos fiscais, e caso forem autorizados, requer que os mesmos sejam
efetuados mês a mês, sobre valores históricos, uma vez que decorrem de única e exclusiva
mora do empregador. Além do mais, se fossem calculados em época própria, tal desconto não
incidiria sobre os proventos da parte Reclamante, pois não atingiria a base legal mínima de
incidência.
Assim, postula-se seja observada a Instrução Normativa RFB 1127, ou seja, calculados mês a
mês, não se computando os juros na base de cálculo.
A parte Reclamante impugna qualquer pedido de compensação, pois inexistem valores a serem
compensados ou deduzidos na presente demanda.
Sobre todos os valores pleiteados na presente demanda, devem incidir juros de 1% ao mês
contados da data do ajuizamento da ação, bem como de correção monetária, levando em
conta, o índice mais benéfico à parte reclamante.
Tendo em vista o labor despendido pelo profissional, há que ser cominada a parte Reclamada,
o pagamento de honorários advocatícios a procuradora da parte Reclamante, no percentual de
15% sobre o valor da condenação.
Destarte, a parte Reclamante deixa de liquidar neste ato, a integralidade dos pedidos, com
fulcro no Art. 322 e 324, § 1º, II e III do CPC, aplicável ao processo do trabalho, conforme art.
15 do CPC c/cart. 769 da CLT, apresentando valores meramente estimativos, requerendo que,
ao final da fase de conhecimento ou em liquidação de sentença, seja oportunizada a liquidação
dos valores efetivamente devidos com fulcro no art. 879 da CLT.
h) Requer seja reconhecida a responsabilidade civil objetiva da Reclamada quantos aos pedidos
contidos na exordial;
i) Requer seja aplicada a inversão do ônus da prova a Reclamada, referente ao caso em tela;
j) Requer também, não sejam autorizados os descontos fiscais de acordo com a Instrução
Normativa RFB1127, e caso forem autorizados, requer que os mesmos sejam efetuados mês a
mês, não se computando os juros na base de cálculo;
k) Requer que os valores reconhecidos na presente ação, gerem reflexos em todas as parcelas,
em função dos direitos ora reconhecidos a parte Reclamante no valor estimado de R$
00.000,00
Judiciária Gratuita, eis que a parte Reclamante não tem condições de arcar com as custas
judiciais, honorários advocaticios, periciais ou quais outras despesas, conforme declaração de
pobreza juntada aos autos;
II) Requer a notificação da Reclamada, para que, querendo, apresente sua defesa, sob pena de
ser considerada revel e confessa no tocante à matéria de fato, e no final julgar a ação
procedente, condenando todos os pedidos pleiteados na exordial;
III) A juntada aos autos pela Reclamada dos controles de horários, recibos de pagamento
(originais), todos com as devidas assinaturas da Reclamante, comprovante de entrega de EPI’s,
normas coletivas, bem como demais documentos que se fizer necessário, sob pena de
aplicação subsidiária do artigo 400 do CPC, por se tratar de documentos obrigatórios que a lei
exige, não podendo a Reclamada furtar-se de exibi-los sob pena de confissão;
Constituição Federal, em especial, à luz do Princípio do Acesso à Justiça, para que, ao final da
fase de conhecimento, seja oportunizada a liquidação dos valores efetivamente devidos a
Reclamante, fulcro no art. 879 da CLT;
Nome
00.000 OAB/UF