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AÇÃO TRABALHISTA
DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
Prescreve o art. 790, §3º da CLT que a requerimento da parte, poderá o juiz
deferir as benesses da gratuidade judiciária quando esta perceber salário inferior a 40%
do teto dos benefícios do regime geral ou comprovar a insuficiência financeira para
arcar com os ônus processuais.
Logo, não há que se falar em prescrição bienal, seja pelo prazo da projeção
do aviso prévio, seja pela interrupção com a distribuição de ação anterior.
Mister se fazer essa análise uma vez que nesta ação, a reclamante faz
pedidos novos não constantes na ação anterior.
DO CONTRATO DE TRABLAHO
Foi dispensada em 02/07/2018 sem justa causa não percebendo nada a título
de verbas rescisórias.
Após esse período foi determinado o seu retorno ao trabalho, ao passo que o
dedo começou a inflamar, tendo que ser encaminhada novamente para o médico do
trabalho da empresa que pediu o seu imediato afastamento perante o INSS.
Com efeito, a reclamante não poderia ter sido dispensada após o seu retorno
do auxílio-doença, pois mantinha estabilidade até 12 meses após essa data, ou seja, até
22/02/2019.
DA INAPLICABILIDADE DA PRESCRIÇÃO
Vale ressaltar que após a realização da cirurgia e ter ficado afastada por 15
dias, a sua encarregada solicitou que retornasse ao trabalho ainda com os pontos na
mão, o que acabou agravando ainda mais a situação conforme se vê dos relatórios
médicos em anexo.
No tocante ao dano, este será auferido em perícia, muito embora conste nos
autos os relatórios dando conta da gravidade da lesão no polegar da mão esquerda e a
consolidação da lesão reduzindo a capacidade motora do membro.
Ressalta-se que, uma vez praticado ato ilícito, seja omissivo ou comissivo,
contra alguém, e desse ato resulta lesão, nasce para o ofendido o direito à reparação, que
deverá ser na medida da extensão do dano conforme art. 944 do CC.
Nessa toada, o art. 950 do CC, aplicável ao direito do trabalho com força no
art. 8º da CLT, prevê que, se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa
exercer seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a
indenização, além das despesas do tratamento e lucro cessantes até ao fim da
convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que
se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Ocorre Excelência que tais férias deveriam ser pagas na época própria, ou
seja, até 2 dias que antecedem o gozo das férias nos termos do art. 145 da CLT, de
maneira que, não respeitado o prazo legal, deverá ser paga em dobro nos termos da
súmula 450 do C. TST.
DO DESCONTO INDEVIDO
DOS PEDIDOS
Por fim, requer seja reclamada compelida a trazer nos autos todos os
documentos inerentes ao contrato de trabalho sob pena de incorrer em confissão nos
termos do art. 400 do NCPC.
Termos em que
Pede deferimento