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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ...

ª VARA
DO TRABALHO DA COMARCA DE SINOP, ESTADO DE MATO GROSSO.

ALESONIA MENDES DA SILVA, brasileira, divorciada,


portadora do RG n° 014840592000-1 SSP/MA, inscrita no CPF sob n° 046.391.713-
82, nascido em 09/04/1978, filha de Aurora Silva e Silva, residente e domiciliado na
Rua José Iná cio Enzweiler, Quadra 18, Lote 04, Bairro Jardim Safira, Sinop/MT, CEP:
78551-368. Vem perante Vossa Excelência por seus advogados infra-assinado
(mandato em anexo) propor a presente:

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

em face de ATACADÃO SA, pessoa jurídica de direito


privado, inscrita no CNPJ nº 75.315.333/0070-30, estabelecida na Rua Joã o Pedro
Moreira de Carvalho, nº 4240, CEP: 78551-630, Sinop/MT, de acordo com as razõ es
a seguir aduzidas:

Avenida dos Ingás nº 3918-B, Jd das Palmeiras, Sinop/MT .


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1. DO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA VEDAÇÃO DO
RETROCESSO DOS DIREITOS SOCIAIS.

Tendo em vista, que as alteraçõ es promovidas pela lei


13.467/17 no que concerne ao direito intertemporal e seus efeitos sobre os contratos
individuais em vigor, encontram seus limites precisamente na existência de coisa
julgada e de ato jurídico perfeito (assim entendidos aqueles que já foram pactuados
entre as partes e já se encontram em condiçõ es de serem exercidos, exigidos, ou
aguardam apenas o cumprimento de seu termo ou condiçõ es inalterá veis, assim
como, os direitos adquiridos).

Portanto, é necessá rio investigar o artigo 5º, inciso XXXVI da


CF, que fala do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada, ou seja,
que contempla o princípio da irretroatividade das leis.

Neste sentido, o artigo 7º, caput, da CF, estabelece a vedaçã o


do retrocesso social, já que os direitos trabalhistas sempre tendem a uma maior
expansã o e nã o há uma retraçã o legislativa. Assim, à adoçã o do princípio da
irretroatividade, por facta praeterita, dispõ e que os fatos que ocorreram antes do
advento da nova lei (fatos consumados) e cujos efeitos já foram inteiramente
regulados pela lei anterior, estã o sujeitos a aplicaçã o do direito vigente à época de sua
constituiçã o.

Nesta senda, as situaçõ es em que o direito, ainda que


previsto em lei, também era assegurado por outras fontes normativas, tais como
contratos individuais de trabalho, hipó tese em que efetivamente as disposiçõ es
contratuais se incorporam ao patrimô nio jurídico das partes e estã o protegidas seja
na condiçã o de ato jurídico perfeito, seja na condiçã o de direito adquirido, o fato de
haver alteraçã o na fonte heterô noma nã o afeta os efeitos produzidos pelas demais
fontes de direito, e nem mesmo a Lei 13467/17 dispõ e de forma contrá ria neste
aspecto.

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No caso em questã o, o contrato de trabalho da obreira
iniciou-se na vigência da lei anterior, momento em que a relaçã o jurídica material e
processual produziu todos os seus efeitos, logo, é esta a norma que deve ser aplicada.

Assim, a reclamante foi contratada e laborou


predominantemente durante a contratualidade, sob égide da lei trabalhista anterior,
com base no direito intertemporal se torna direito material adquirido, devendo seus
atos serem julgados pela lei anterior, pela regra do tempus regit actum (o tempo rege
o ato). Portanto, é o que requer.

2. DOS FATOS E FUNDAMENTOS.

A reclamante foi contratada pela reclamada em 21/12/2016


para exercer a funçã o de auxiliar de cozinha.

Percebendo salá rio base de R$ 1.639,64. Além do salá rio


base a reclamante recebia horas extras, perfazendo um salário médio de R$
2.131,12, valores estes que devem servir de base em eventual condenaçã o da
reclamada (complexo salarial Sum. 264 do TST).

A partir de 2017, aproximadamente um ano apó s ingressar


nos quadros da reclamada, a obreira passou a apresentar fortes dores na regiã o do
ombro com irradiaçã o para o restante do braço, tendo em vista que a funçã o que a
obreira exercia era exigido posiçõ es forçadas e gestos repetitivos, além de
carregamentos e higienizaçõ es de panelas pesadas.

Esclarece ainda que na cozinha bem se sabe que ora está em


contato com temperature alta, ora com temperature fria, esta mudança brusca de
temperatura, contribui para prejudicar ainda mais a saú de da reclamante.

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No dia 24 de setembro de 2019, a reclamante foi demitida
sem justa causa, com aviso prévio laborado, porém nã o houve a baixa em sua CTPS da
reclamante.

Com efeito, conforme se verifica na documentaçã o anexa, a


reclamante por diversas vezes foi afastada do labor devido aos problemas de saú de
durante a contratualidade, sem condiçõ es de exercer sua funçã o laboral.

A obreira foi afasta do trabalho em 25/09/2019 por cinco


dias (CID M751) Síndrome do manguito rotador, foi afastada também no dia
01/10/2019 (CID-M754- Síndrome de colisã o do ombro), (CID- M658- Outras
sinovites e tenossinovites) e (CID-M768- Outras entesopatias do membro inferior)
por 30 dias, na dia 28/10/2019 foi afastada novamente pelo (CID-M754- Síndrome de
colisã o do ombro), (CID- M658- Outras sinovites e tenossinovites) por mais 30 dias
devido ao aumento das dores sofridas pela obreira.

A reclamante continua afastada do trabalho percebendo


benefício previdenciá rio até a presente data.

Dessa forma, durante a contratualidade a autora foi


acometida de moléstia grave, sendo constatado através de exames que a obreira
adquiriu as doenças descritas á cima, em decorrência das condiçõ es de trabalho a que
era exposta.

Insta salientar, que quando da contrataçã o da reclamante,


esta era uma pessoa sadia, sem qualquer vestígio da doença relatada acima, e apó s a
sua contrataçã o, passou a sofrer com fortes dores em seu braço direito, diagnosticada
com Síndrome do manguito rotador, Síndrome de colisã o do ombro, Outras sinovites
e tenossinovites e Outras entesopatias do membro inferior, sendo agravada devido
aos esforços repetitivos e o excesso de força durante o desenvolvimento de suas
funçõ es.

Se nã o bastasse ainda a reclamante devido ao excesso de


horas trabalhadas desenvolveu problemas psicologicos, e encontra-se em tratamento.

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Ressalta-se que até a presente data a reclamante nã o
recebeu as verbas rescisó rias. Diante do exposto requer seja efetuado o pagamento
das verbas rescisó rias: saldo de salá rio de 4 dias do mês de dezembro, aviso prévio de
36 dias, 13º proporcionais 11/12 (2019), férias proporcionais 11/12 (2019), horas
extras, DSR e FGTS +40%, (complexo salarial Sum. 264 do TST).

Em nã o sendo pagos as verbas rescisó rias no prazo Legal,


gera a reclamante o direito as multas contidas nos artigos 467 e 477 pará grafo 8º da
CLT. Portanto requer a condenaçã o da reclamada ao pagamento da multa dos artigos
467 e 477 da CLT.

A reclamada possui mais de 10 funcioná rios.

3. DA JORNADA DE TRABALHO

A reclamante foi contratada para laborar 8 horas diá rios e 44


horas semanais, porém durante toda a contratualidade a reclamante laborou na
seguinte jornada de trabalho:

- de segunda- feira a sá bado das 5h30min à s 14h40, sem


intervalo de intrajornada.
Esclarece que a reclamada nã o concedia intervalo intrajornada
a obreira, portanto faz jus a reclamante ao intervalo de intrajornada, bem como seus
reflexos.
A reclamante possuía uma jornada além do limite legal. Quanto
aos cartõ es ponto/relató rios, nã o retratam a real jornada da obreira, pois sã o batidos
conforme determinaçã o da reclamada, com datas e horá rios fictícios e irreais e ainda
era passivo de advertência (doc. em anexo), para melhor esclarecimento, caso a
reclamante registrasse o ponto no horá rio real (depois da hora normal) recebia
advertência da reclamada, configurando fraude e tornando imprestá veis para o fim a

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que se destinam, restando previamente impugnados os registros de ponto da
Reclamante.

Assim, a reclamante entende que faz jus as horas extras


trabalhadas com acréscimo de 50%, bem como seus reflexos.

Desse modo, portanto requer seja condenada a reclamada ao


pagamento das horas extras com acréscimo de 50% assim consideradas aquelas
excedentes da 8ª (oitava) hora diá ria e 44ª (quadragésima quarta) hora semanal,
considerando o divisor 220 durante todo o período contratual.

4. INTERVALO DO ART. 384 DA CLT

Durante a contratualidade a reclamada nã o concedeu o


intervalo de descanso de 15min antes da jornada extraordiná ria.

Nã o houve indenizaçã o a obreira pela nã o concessã o do


intervalo de descanso de 15 minutos antes do início da jornada extraordiná ria, na
medida em que o art. 384 da CLT, dispõ e que:

“Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 minutos

no mínimo antes do início do período extraordinário, para o trabalho da mulher”. (Grifo)

Pelo exposto pede a condenaçã o da reclamada no intervalo


do art. 384 da CLT e o devidos reflexos durante toda a contratualidade.

5. DO REPOUSO DO ART. 72 DA CLT.

Ademais, durante toda a contratualidade, a reclamada nã o


concedeu o repouso de 10 minutos constantes no artigo 72 da CLT.

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Nã o houve indenizaçã o a reclamante pela nã o concessã o do
repouso de 10 minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo, na medida em que
o art. 72 da CLT, dispõ e que:
Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituraçã o ou cá lculo), a

cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de

10 (dez) minutos nã o deduzidos da duraçã o normal de trabalho.

De acordo com o artigo 72, poderá ser utilizado de forma análoga em labor de funçõ es de movimentos

repetitivos, conforme julgado do recurso de embargos em recurso de revista do TRT 23°:

RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃ O SOB A É GIDE DA LEI

11.496/2007. TRABALHADOR RURAL. PAUSAS PREVISTAS NA NR-31 DO MINISTÉ RIO DO

TRABALHO E EMPREGO. APLICAÇÃ O ANALÓ GICA DO ART. 72 DA CLT. 1

O Colegiado Turmá rio deu provimento ao recurso de revista do reclamante, para condenar a

reclamada ao "pagamento de horas intervalares pela nã o concessã o das pausas previstas na

NR nº 31 do MTE, a serem calculadas de acordo com o art. 72 da CLT e com a Sú mula nº 437

do TST". Consignou que a ausência de previsã o expressa na NR 31 do Ministério do Trabalho e

Emprego "quanto ao nú mero de pausas e sua duraçã o, para o trabalhador rural, que

desenvolve atividade de corte de cana-de-açú car, nã o é circunstâ ncia que impossibilita a

condenaçã o ao pagamento correspondente decorrente da sua inobservâ ncia", "sendo possível

a integraçã o jurídica de intervalos similares previstos no art. 72 da CLT, com fundamento nos

arts. 4º da LINDB e 8º da CLT". 2. Decisã o recorrida em harmonia com a jurisprudência deste

Tribunal, firme no sentido de que, face à ausência de previsã o expressa na NR 31 do MTE

acerca da duraçã o das pausas previstas para os trabalhadores rurais, em atividades realizadas

em pé ou que exijam sobrecarga muscular está tica ou dinâ mica, aplica-se, por analogia, no que

tange ao tempo a ser observado e à regularidade do descanso, as disposiçõ es contidas no art.

72 da CLT.

Portanto, fica límpido e cristalino o direito da reclamante ao recebimento referente ao descanso acima

citado.

Assim, pelo exposto, pede a condenaçã o da reclamada ao


pagamento do repouso do art. 72 da CLT e os devidos reflexos.

6. DO DESCANSO PREVISTO NO ARTIGO 253 DA CLT

A Reclamante durante a contratualidade laborava na jornada


mencionada acima, sempre em contato permanente com ambiente quente e frio.
Melhor explicando, em ambiente quente outra hora frio ocorrendo choque térmico.

De acordo com as disposiçõ es da Norma Regulamentadora


nº 15 anexo IX do Ministério de Trabalho e Emprego, os trabalhadores que laborarem

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em câ maras frigorificas ou ambiente similar que expunha ao frio, necessá rio se faz a
percepçã o do adicional de insalubridade, senã o vejamos:

" As atividades ou operaçõ es executadas no interior


de câ maras frigoríficas, ou em locais que apresentem
condiçõ es similares, que exponham os trabalhadores
ao frio, sem a proteçã o adequada, serã o consideradas
insalubres em decorrência de laudo de inspeçã o
realizada no local de trabalho." (grifei).

De acordo com o artigo 253 da CLT, poderá ser utilizado de forma análoga em labor de ambientes

quentes e frio, devido ao choque térmico sofrido pelo trabalhador, conforme julgado do recurso ordinário o Desembargador Emersom José Alves

Laje entendeu que:

O desembargador Emerson José Alves Lage considerou irrelevante a discussã o sobre se o

equipamento gerador do frio excessivo, no ambiente de trabalho, foi geladeira ou câ mara

frigorífica. Isso porque o Anexo 09, da Norma Regulamentadora - NR 15, da Portaria 3.214/78,

dispõ e que: "As atividades ou operaçõ es executadas no interior de câ maras frigoríficas, ou em

locais que apresentem condiçõ es similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a

proteçã o adequada, serã o consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeçã o

realizada no local de trabalho." O relator concordou com as avaliaçõ es do perito, que

considerou excessivamente fria a temperatura inferior a 12ºC, já que a cozinheira trabalhava

em ambiente cuja temperatura regular média era de mais do dobro, ou seja, de 25,25ºC,

enquanto na geladeira a temperatura era bem menor, oscilando entre 4º e 7ºC.

Durante toda a contratualidade a Reclamante laborou em


setor onde ficava exposta diretamente ao agente “quente” e "frio" que é nocivo à
saú de.

Ocorre que a Reclamada nã o concediam e nem pagavam o


referido intervalo para recuperaçã o térmica, que deve ser de 20 minutos a cada 1h40
trabalhada.

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A nã o concessã o do referido intervalo é considerada como
tempo de trabalho efetivo. Por essa razã o, o período trabalhado durante o intervalo
deve ser pago como hora extra.

Dispõ e o artigo 253 CLT e da sú mula 438 do TST.

Art. 253. Para os empregados que trabalham no


interior das câ maras frigoríficas e para os que
movimentam mercadorias do ambiente quente ou
normal para o frio e vice-versa, depois de uma hora e
quarenta minutos de trabalho contínuos será
assegurado um período de vinte minutos de repouso,
computado esse intervalo como de trabalho efetivo.

Pará grafo ú nico. Considerando-se artificialmente frio,


para os fins do presente artigo, o que for inferior nas
primeiras, segunda e terceira zonas climá ticas do
mapa oficial do Ministério do Trabalho a 15º (quinze
graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas
quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus).
(grifamos).

Conforme a sú mula 438 do TST:

Sú mula nº 438 do TST INTERVALO PARA


RECUPERAÇÃ O TÉ RMICA DO EMPREGADO.
AMBIENTE ARTIFICIALMENTE FRIO. HORAS EXTRAS.
ART. 253 DA CLT. APLICAÇÃ O ANALÓ GICA - Res.
185/2012, DEJT divulgado em 25, 2 6 e 2 7 . 0 9 . 2 0 1
2 O empregado submetido a trabalho contínuo em
ambiente artificialmente frio, nos termos do pará grafo
ú nico do art. 253 da CLT, ainda que nã o labore em
câ mara frigorífica, tem direito ao intervalo
intrajornada previsto no caput do art. 253 da CLT.

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Nessa mesma vertente o Tribunal Superior de Trabalho -
TST, já proferiu acó rdã o acerca desta mesma problemá tica, a jurisprudência confirma
o alegado vejamos:

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. AMBIENTE


ARTIFICIALMENTE FRIO. FORNECIMENTO E USO DE
EPIS. INTERVALO PARA RECUPERAÇÃ O TÉ RMICA
(CLT, ART. 253) NÃ O CONCEDIDO. ADICIONAL
DEVIDO. O trabalhador que labora em ambiente
artificialmente frio e nã o teve concedidos os
intervalos para recuperaçã o térmica de que trata o
art. 253 da CLT, ainda que tenha recebido e utilizado
os EPIs necessá rios ao exercício da atividade, faz jus
ao adicional de insalubridade, pois nã o foram
neutralizados os agentes insalutíferos a que ele estava
exposto em sua totalidade, vez que o intervalo visa,
primordialmente, a recuperaçã o térmica das vias
aéreas superiores, pelo contato prolongado com o frio.
Aplicaçã o das Sú mulas 438 do TST e 36 do TRT12.
Jurisprudência do TST. (TRT-12 - RO:
00006401220145120015 SC 0000640-
12.2014.5.12.0015, Relator: JOSE ERNESTO MANZI,
SECRETARIA DA 3A TURMA, Data de Publicaçã o:
15/10/2015).

Assim, requer seja condenada a Reclamada a efetuar o


pagamento do intervalo de 20 minutos a cada 1h40 laboradas durante todo o período
da contratualidade, como horas extras, destinados à recuperaçã o térmica da
Reclamante, com o acréscimo de 60% nos dias normais laborados e de 110% aos
domingos e feriados.

7. DO DIES A QUO PARA FIXAÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL NAS


AÇÕES ACIDENTÁRIAS.

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Importante salientar que o STF consolidou o entendimento,
mediante a Sú mula 230, que “a prescriçã o da açã o de acidente de trabalho conta-se do
exame pericial que comprovar a enfermidade ou verificar a natureza da
incapacidade”, sendo que este exame pericial deve ser considerado como o laudo
pericial do INSS.

O STF, por sua vez, pela Sú mula 278, pacificou o


entendimento de que “o termo inicial do prazo prescricional, na açã o de indenizaçã o,
é a data em que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral”. Cumpre
dizer ainda, que a referida sú mula fala em ciência da incapacidade laboral, e nã o em
ciência da moléstia.

É a partir da ciência inequívoca da lesã o que começa a fluir o


prazo prescricional, nã o se cogitando se já operado ou nã o o prazo do art. 7º, XXIX, da
Constituiçã o Federal. A propó sito, o Colendo TST já se manifestou, in verbis:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA.


ACIDENTE DE TRABALHO, DANO MORAL E
MATERIAL. PRESCRIÇÃ O. CERCEIO DE DEFESA.
DANOS MORAIS E MATERIAIS. DECISÃ O
DENEGATÓ RIA. MANUTENÇÃ O. Em se tratando de
acidente de trabalho e doença ocupacional, o marco
inicial para a contagem do prazo prescricional para a
propositura da açã o de indenizaçã o nã o é a data do
afastamento ou da constataçã o da doença, e sim a da
ciência inequívoca da incapacidade laboral - no caso,
da constataçã o por laudo médico da incapacidade
total para o trabalho, apesar da alta previdenciá ria -
por se considerar o critério da actio nata. Esse é o
sentido do art. 104, Il, da Lei 8.213/91, o qual,
conquanto direcionado à s açõ es previdenciá rias,
aplica-se, por analogia, à s açõ es trabalhistas
indenizató rias de acidente de trabalho. Neste sentido,
inclusive, o entendimento pacificado no â mbito da
jurisprudência do STF (Sú mula 230) e no STJ (Sú mula
278). Na hipó tese, o Regional concluiu estar presente
o nexo de causalidade entre a atividade laboral e o
acidente que vitimou o Reclamante, o qual, em
5/6/1999, sofreu fratura na coluna, concluindo o
laudo pericial que o infortú nio decorreu do labor em
carregamentos de sacos de terra de 100 kg. O

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Reclamante permaneceu em auxílio-doença
acidentá rio até 16/11/2006, quando teve alta
definitiva pelo INSS. Entretanto, o laudo médico
atestou que o empregado teve incapacidade total para
o trabalho braçal. Portanto, em 16/11/2006, o
Reclamante teve a ciência inequívoca da incapacidade
laboral, sendo este o marco inicial para o fluxo da
prescriçã o de cinco anos previsto no art. 782, XXIX,
CF. Como a açã o foi ajuizada em 14/03/2008, dentro
do quinquídio legal, nã o está prescrita a pretensã o.
Inviá vel o processamento do recurso de revista
quando as razõ es expendidas no agravo de
instrumento nã o logram infirmar os termos da
decisã o denegató ria, que subsistem por seus pró prios
fundamentos. Agravo de instrumento desprovido”
(AIRR 22140-11.2008.5.10.0821 Data de Julgamento:
03/08/2011, Relator Ministro: Mauricio Godinho
Delgado, 62 Turma, Data de Publicaçã o: DEJT
12/08/2011).

Sobre a questã o do marco inicial da prescriçã o o Colendo


TST tem adotado o seguinte precedente: a data da concessã o da aposentadoria por
invalidez.

Nesse sentido, eis a jurisprudência:

RECURSO DE REVISTA - PRESCRIÇÃ O - ACIDENTE DE


TRABALHO - INDENIZAÇÃ O POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS - MARCO INICIAL - CIÊ NCIA INEQUÍVOCA
DA LESÃ O. Embora tormentosa a questã o relativa à
data a ser considerada para se definir o início da
fluência do prazo prescricional, em se tratando de
acidente de trabalho, o Supremo Tribunal Federal e o
Superior Tribunal de Justiça consagraram
entendimentos consubstanciados nas respectivas
Sú mulas nºs 230 e 278 de que o termo inicial do prazo
é a data em que o empregado teve ciência inequívoca
da incapacidade laboral. No caso, o acidente de
trabalho iniciou um processo gradativo com
possibilidade de recuperaçã o ou de agravamento da
saú de no decurso do tempo, de modo que nã o se pode
considerar que o conhecimento inequívoco das lesõ es
oriundas do acidente deu-se no dia exato em que
ocorreu o infortú nio. O autor apenas teve ciência
inequívoca da consolidaçã o dos efeitos gerados pelo
acidente de trabalho quando foi concedida sua
aposentadoria por invalidez. Desse modo, tendo em
vista que nã o houve a extinçã o do contrato de
trabalho, mas, sim, suspensã o, encontrando-se o
obreiro aposentado por invalidez desde o dia
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23/12/2011, a prescriçã o aplicá vel é a quinquenal,
estabelecida no art. 72, XXIX, da Constituiçã o da
Repú blica, iniciando a contagem a partir da
mencionada data da aposentadoria. Ajuizada a
reclamató ria trabalhista em 22/11/2012, nã o há
prescriçã o a ser pronunciada relativamente à
pretensã o de reparaçã o dos danos morais e
patrimoniais decorrentes do acidente de trabalho.
Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR:
17246320125080004, Relator: Luiz Philippe Vieira de
Mello Filho, Data de Julgamento: 21/10/2015, 72
Turma, Data de Publicaçã o: DEJT 23/10/2015).

Portanto, como se observa acima exposto, nã o há que se


falar em prescriçã o da presente açã o indenizató ria.

8. DOS DANOS E DEVER DE INDENIZAR.

Conforme demonstrado, a reclamante foi contratada pela


reclamada para exercer a funçã o de auxiliar de cozinha.

Ocorre que no desempenho de suas funçõ es a reclamada


deixou de fornecer os EPIs específicos para a reclamante, bem como nã o adotou as
normas bá sicas de segurança e saú de do trabalho, dando causa à doença ocupacional,
assumindo o risco no momento em que nã o tomou os devidos cuidados necessá rios,
recaindo sobre si a responsabilidade quanto à integridade física da obreira.

Na realidade a reclamada incorreu em culpa


consubstanciada na nã o observâ ncia da obrigaçã o constitucional de reduzir os riscos
inerentes ao trabalho (art. 7º inciso XXIl da CRFB).

Assim sendo, agiu a Reclamada culposamente, porque


causou grave prejuízo a requerente em virtude de sua negligência, uma das formas de
manifestaçã o da culpa.

Nesse sentido, é o art. 7º, XXVIII, da Carta Magna, que assim


determina, como direito fundamental do trabalhador: “seguro contra acidentes de

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trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizaçã o a que este está obrigado,
quando incorrer em dolo ou culpa”.

No caso, estã o presentes, portanto, todos os requisitos


necessá rios para caracterizar a responsabilidade de indenizar, ou seja: o dano, o nexo
de causalidade entre o dano e a doença ocupacional e a culpa empresarial.

Por oportuno, convém destacar que a doença ocorreu em


virtude da atividade desenvolvida pela reclamante na reclamada, para atender as
circunstâ ncias inerentes ao seu exercício econô mico.

É certo que o trabalho desempenhado pela reclamante na


reclamada se nã o serviu de causa principal para o surgimento da patologia por ela
experimentado, evidenciou-se como concausa, ou seja, uma causa paralela ou
concomitante que serviu para agravar-lhe a doença. A concausa é também
considerada na responsabilizaçã o por danos do mesmo modo que a causa principal.

Nesse sentido, os ensinamentos do Professor Sebastiã o


Geraldo de Oliveira no seu PROTEÇÃ O JURÍDICA À SAÚ DE DO TRABALHADOR, à
pá g.234 da 32. ediçã o publicada pela LTR editora, vamos encontrar que

“o acidente ou as doenças ocupacionais podem


decorrer de mais de uma causa (concausas)
ligadas ou nã o ao trabalho desenvolvido”.

O Mesmo professor citando Cavalieri Filho, assinala que “a


concausa é outra causa que, juntando-se à principal, concorre para o resultado. Ela
nã o inicia nem interrompe o processo causal, apenas o reforça, tal qual um rio menor
que desá gua em outro maior aumentando- lhe o caudal. As concausas podem ocorrer
por fatos preexistentes, supervenientes ou concomitantes com aqueles fatos que
desencadearam o implemento do nexo causal”.

Destaca ainda o renomado Professor:

“O art. 21,1, da Lei 8.213/91, estabelece que se


equipara ao acidente do trabalho o acidente ligado ao
trabalho embora nã o tenha sido a causa ú nica, haja
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contribuído diretamente para a morte do segurado,
para a reduçã o ou perda de sua capacidade para o
trabalho, ou produzido lesã o que exija atençã o médica
para a sua recuperaçã o.” (grifamos)

Assim, a responsabilidade civil do empregador nã o se limita


à s hipó teses de acidente do trabalho ou doença ocupacional, mas abarca as lesõ es que
porventura o trabalho em condiçõ es adversas lhes cause, sejam elas à margem das
prescriçõ es normativas à saú de e segurança do trabalho, sejam pela contrariedade de
prescriçõ es médicas capazes de avaliar periodicamente o trabalhador em seu
ambiente de trabalho. Verificada a lesã o, busca-se saber se ela foi causada pelo
trabalho ou se a hipó tese é de concausa, fazendo-se a aná lise do nexo causal e da
culpa.

Dessa forma, comprovada a culpa da reclamada, nasce para a


empresa a obrigaçã o de indenizar a reclamante pelos danos sofridos decorrentes do
surgimento/concausa/agravamento da patologia.

A responsabilidade da Requerida, consubstanciada no dever


de reparar o dano é notó ria e imperativa. O Có digo Civil pá trio assim o quer, quando
regula em seu artigo 186, “in verbis": “Art. 186. Aquele que, por açã o ou omissã o
voluntá ria, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

Ainda que nã o restasse prova da culpa da reclamada,


persiste o seu dever em indenizar a reclamante devido a responsabilidade objetiva.

Com efeito, segundo o entendimento de nosso Egrégio


Tribunal Regional do Trabalho da 23º Regiã o:

“Em regra, a responsabilidade do empregador pelos


danos decorrentes de acidente de trabalho é subjetiva,
exceto quando a atividade normalmente desenvolvida
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem. Esta hipó tese atrai a responsabilidade
objetiva decorrente da aplicaçã o da teoria do risco,
sendo desnecessá ria a comprovaçã o da culpa do
empregador (exegese do pará grafo ú nico do artigo
927 do Có digo Civil)”.
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É certo que a extensã o das lesõ es e sequelas devem ser
aferidas através de perícia médica por médico especialista na á rea, o que desde já se
requer.

Dessa forma, deve a Reclamada ser condenada a pagar uma


justa reparaçã o pelos danos materiais e morais causados a Reclamante.

9. DO DANO MORAL.

O referido prejuízo é pressuposto legal para atribuiçõ es do


dever de indenizar pelos danos morais, que ficou evidenciado. Os atestados e laudos
médicos comprovam as lesõ es (doc. anexo), há de se atentar para o dano moral, pois a
doença que acomete a autora tem- lhe trazido vá rios dissabores na sua vida
profissional, como também particular.

Com efeito, o trauma psicoló gico decorrente das limitaçõ es


físicas ocasionadas pela doença ocupacional, acarretando parcial incapacitaçã o para o
trabalho é o maior dano moral, pois ofende a pró pria dignidade humana, decorre
desde a discriminaçã o social e o complexo de inferioridade no desempenho das
funçõ es, quando o mercado competitivo atual exige do indivíduo à excelência na
prestaçã o do serviço.

Certo é que, evidenciada a culpa da reclamada, dando causa


ao evento danoso, perfeitamente previsível, reputasse-lhe a obrigaçã o de ressarcir os
prejuízos por nã o ter respeitado a integridade física e moral da requerente.

A indenizaçã o por dano moral deverá levar em conta a


posiçã o social e política do ofensor, a gravidade e a repercussã o da ofensa.

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Excepcionalmente, o dano moral é in re ipsa, independe da
comprovaçã o do grande abalo psicoló gico sofrido pela vítima, pois, presumidamente,
afeta a dignidade da pessoa humana.

Devido a dor e tristeza de ter acometido doença ocupacional,


e principalmente pela nã o proteçã o pelo empregador de sua incolumidade física, é
imposto o dever de reparar à Reclamada.

Sabe-se que nesses casos, nã o há montante suficiente que


possa fazer com que tudo volte a ser como era antes, e pior, tal situaçã o reflete em sua
subsistência, bem como de seus dependentes, uma vez ter sido reduzida sua
capacidade laborativa.

Constatado que, da moléstia emergiu um dano moral,


caracterizado pela reduçã o da capacidade laborativa, deve o magistrado aplicar
sançã o punitiva de acordo com a extensã o do dano, para que nã o cause até mesmo
insegurança jurídica, em se tratando de bens indisponíveis, qual seja, a incolumidade
física da Reclamante.

Requer, portanto, seja condenada a reclamada ao pagamento


pelos danos morais, no valor importe equivalente a R$ 15.000,00, ou outro valor a ser
arbitrado pelo juízo.

10. DO DANO MATERIAL.

Convém registrar que a reclamante antes de ingressar no


quadro funcional da reclamada nã o tinha nenhum problema de saú de.

Conforme descrito acima, a reclamante durante o período


contratual foi acometida de doença grave, sendo (CID M751) Síndrome do manguito
rotador, (CID-M754- Síndrome de colisã o do ombro), (CID- M658- Outras sinovites e
tenossinovites) e (CID-M768- Outras entesopatias do membro inferior).

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Com maior razã o, o dever de indenizar advém da doença
ocupacional adquirida no decorrer da prestaçã o laboral, a obreira passou a
apresentar fortes dores na regiã o do ombro com irradiaçã o para o restante do braço,
conforme descrito nos laudos médicos anexos.

Cabe ressaltar também que, conforme o disposto no art. 7º,


inciso XXVIII, da CF, bem como o entendimento sumular n. 229 do STF, nã o é possível
compensar o valor a ser pago a título de indenizaçã o civil com aquele devido através
do benefício previdenciá rio, visto que possuem natureza diversa. Por essa razã o,
trata-se aqui da indenizaçã o civil pelo acidente, excluindo-se a abordagem referente
ao benefício previdenciá rio.

Sobre o tema, afirma José Luiz Dias Campos:

“A incapacidade parcial e permanente para o trabalho,


abarcando as atividades habituais, pode resultar de
uma lesã o que acarrete debilidade, aleijã o ou perda ou
inutilizaçã o de membro, sentido ou funçã o, ou ser
proveniente de enfermidade incurá vel ou resultar de
uma deformidade”. CAMPOS, José Luiz Dias. Acidentes
do trabalho: prevençã o e reparaçã o. 3. ed. Sã o Paulo:
LTr, 1996”.

Diante disso, desde já , requer que este Juízo, digne-se a


determinar a realizaçã o de PERÍCIA MÉ DICA para que seja constatado o nexo de
causalidade entre a “doença ocupacional” e/ ou seu agravamento/concausa, ocorrido
na atividade desenvolvida pela reclamante na empresa reclamada, bem como para
aferir a invalidez ou o grau de reduçã o sua capacidade laborativa, a fim de ter
parâ metros para estipular a indenizaçã o oriunda dos danos morais e materiais que
estã o sendo postuladas, inclusive para fixaçã o da pensã o vitalícia, que também está
sendo reivindicada.

Prescreve o artigo 949 e seguintes do Có digo Civil Brasileiro,


legislaçã o subsidiá ria do Direito do Trabalho no Brasil, por força do artigo 8º da
Consolidaçã o das Leis do Trabalho, respectivamente in verbis:

Art. 949. No caso de lesã o ou outra ofensa à saú de, o


ofensor indenizará o ofendido das despesas do
tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da
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convalescença, além de algum outro prejuízo que o
ofendido prove haver sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o
ofendido nã o possa exercer o seu ofício ou profissã o,
ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a
indenizaçã o, além das despesas do tratamento e
lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá
pensã o correspondente à importâ ncia do trabalho
para que se inabilitou, ou da depreciaçã o que ele
sofreu.
Pará grafo ú nico. O prejudicado, se preferir, poderá
exigir que a indenizaçã o seja arbitrada e paga de uma
só vez.

Deste modo, cabível a condenaçã o da reclamada ao


pagamento de uma pensã o mensal a ser fixada em valor nã o inferior ao salá rio
normativo da categorial, bem como, deve ser levado em consideraçã o a reduçã o da
capacidade laborativa da reclamante, sendo que tal prestaçã o deverá ser paga do
momento da propositura da presente açã o até que a reclamante complete 80 anos de
idade.

11. DO FGTS.

O período de afastamento do empregado por motivo de


acidente de trabalho ou doenças ocupacionais equiparadas é considerado como de
serviço para efeito de recolhimento dos depó sitos do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), pois assim dispõ em os artigos 15, pará grafo 5º, da Lei nº 8.036/90 e
28, inciso Ill, do Decreto nº 99.684/90, que regulamentou a lei.

Sendo assim, em face do afastamento laboral da reclamante


em virtude da doença ocupacional adquirida pelo trabalho exercido na reclamada, e
consequentemente a percepçã o de benefício previdenciá rio, requer seja a reclamada
condenada a recolher o FGTS de todo o período em que a reclamante encontrou-se
afastada do emprego em gozo de benefício previdenciá rio.

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A reclamante requer a Vossa Excelência que lhe seja deferido
o benefício da assistência Judiciá ria Gratuita de “forma integral”, conforme dispõ e da
Lei 1.060/50, artigo 5º, inc. LXXIV, da Constituiçã o Federal e artigo 98 e seguintes do
Có digo de Processo Civil, pois, é pobre na acepçã o jurídica do termo, nã o podendo
demandar sem prejuízo pró prio ou de sua família.

Cumpre esclarecer que a Constituiçã o Federal prevê a


garantia da assistência jurídica integral e gratuita em seu art. 5º, LXXIV: “o Estado
prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos”.

Da mesma forma determina a nova redaçã o da CLT no artigo


790 parag.3º que é facultado aos juízes e tribunais do trabalho conceder de oficio ou a
requerimento a gratuidade da justiça para aqueles que perceberem salario igual ou
inferior a 40% do limite má ximo dos benefícios do Regime |Geral da Previdência
Social. Dispõ e para fazer valer seus direito sociais, conforme garante nossa Carta
Magna em seu art. 7º, inciso IV:

“salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente


unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;

Desta forma requer que seja concedido o benefício da justiça


gratuita, tendo em vista que a reclamante é hipossuficiente, a sua remuneraçã o
mensal jamais atingiu 40% do teto da previdência social, conforme comprovado na
carteira de trabalho anexa.

Pelo exposto, pede seja deferido o benefício da gratuidade de


Justiça, sem o qual será cerceada a garantia constitucional do acesso à justiça.

12. DA NÃO LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO PEDIDO E VALOR DA


CAUSA.

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Cumpre destacar, que os valores atribuídos aos pedidos na
presente inicial, retratam mera estimativa em relaçã o ao quantum debeatur, em
conformidade com o disposto no art. 840, §1º, da CLT, objetivando a indicaçã o de
valor para cada pedido.

Assim, o valor dado à causa, bem como, os valores atribuídos


à s verbas pleiteadas, servem apenas para indicaçã o de valor, nã o havendo disposiçã o
legal que exija a absoluta coincidência destes com o valor que vier a ser apurado em
liquidaçã o. Aliá s, o artigo 291 do CPC fala em conteú do econô mico da causa, servindo
apenas como parâ metro de grandeza do valor da condenaçã o, mas nunca fator
limitador desta.

Com efeito, as limitaçõ es de que tratam os arts. 141 e 492 do


CPC nã o se aplicam no processo trabalhista, com o mesmo rigor do processo civil, face
o cará ter alimentar das verbas, habitualmente pleiteadas, inseridas dentre os
direitos indisponíveis do trabalhador.

Daí decorre a necessidade das normas legais aplicá veis ao


processo do trabalho de forma subsidiá ria, adaptarem-se aos contornos trabalhistas,
que remetem os direitos trabalhistas à condiçã o de “questã o de ordem pú blica”.

Além disso, nã o pode ser interpretada como renú ncia pelo


empregado o valor que sobejar à quele valor dado a causa ou pedidos, em razã o do
princípio da irrenunciabilidade dos diretos trabalhistas.

Nesse sentido, é a jurisprudência:

LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AOS PEDIDOS E VALOR DA CAUSA. O pedido fixa a limitação


da condenação quanto aos títulos expressamente pleiteados, o que não acontece quanto aos valores
apresentados a título de uma liquidação prévia, os quais cuidam, em verdade, de números
aproximados, a fim de justificar o rito processual a ser adotado. Autorizado o julgador a corrigir, ex
officio, eventuais equívocos cometidos na petição inicial quanto à liquidação antecipada dos pedidos.
(TRT-15 - RO: 00113551020165150032 0011355-10.2016.5.15.0032, Relator: LUIZ FELIPE PAIM DA
LUZ BRUNO LOBO, 11ª Câmara, Data de Publicação: 29/08/2018) (grifamos)

Ademais, a Instrução Normativa n. 41 do Colendo Tribunal


Superior do Trabalho, em seu art. 12, §2º, dispõ e que o valor da causa é mera
estimativa: “para fim do que dispõe o art. 840, §§1º e 2º da CLT, o valor da causa será
estimado, observando-se, no que couber, o disposto nos arts. 291 a 293 do Código de
Processo Civil”.

Portanto, requer a nã o limitaçã o da condenaçã o referente ao


valor atribuído aos pedidos, sob pena de ferir preceitos constitucionais de proteçã o
ao trabalhador.

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13. DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.

Conforme já decidido pelo STF, a atualizaçã o monetá ria


incidente sobre obrigaçõ es expressas em pecú nia, constituindo direito subjetivo do
credor e deve refletir a exata recomposiçã o do poder aquisitivo decorrente da
inflaçã o do período em que é apurado, sob pena de violar o direito fundamental da
propriedade (art. 5º, XXII, CF), a coisa julgada (art. 5º, XXXVI, CF), a isonomia (art. 5º,
caput), o princípio da separaçã o dos Poderes (art. 2º, CF) e o postulado da
proporcionalidade.

Desse modo, pede, incidentalmente, a inconstitucionalidade


do art. 39, caput, da Lei n. 8.177/91, norma esta que impede que se restabeleça o
direito à recomposiçã o integral do crédito reconhecido pela sentença transitada em
julgado. Tal entendimento, aliá s, foi expressamente adotado pelo Pleno do Tribunal
Superior do Trabalho no julgamento do ArgInc-479-60.2011.5.04.0231.

Destacando que nã o mais prevalece a cautelar proferida pelo


STF no julgamento da Reclamaçã o 22012, tendo em vista que tal demanda foi julgada
improcedente pela Segunda Turma daquela Corte Suprema.

Assim, e diante da modulaçã o de efeitos fixada pela Corte


Superior Trabalhista, pede seja determinado na liquidaçã o do julgado a utilizaçã o do
IPCA-E como índice de correçã o monetá ria a partir de 25/03/2015, devendo ser
utilizada a TR para o período anterior.

Pede ainda, seja observado os juros de mora simples, pro


rata die, de 1% (um por cento) ao mês, contados da data do ajuizamento da açã o e
incidentes sobre as parcelas já corrigidas monetariamente, nos termos do art. 39, §1º,
da Lei n. 8.177/91, do art. 883 da CLT e da Sú mula n. 200 do TST, observando-se seu
propó sito meramente indenizató rio (OJ n. 400, SDI-1, TST), bem como a incidência
dos juros de mora sobre o valor bruto da condenaçã o corrigido monetariamente,
observada a deduçã o prévia dos valores relativos à s contribuiçõ es previdenciá rias,
conforme previsã o da Sú mula n. 11 do TRT-23.

14. DOS PEDIDOS.

Ante o Exposto, requer se digne V. Exa., acolher a presente


inicial, com a procedência integral dos pedidos e condenaçõ es que requer, tudo tendo
por parâ metro o valor do salá rio base da obreira acrescido das verbas salariais pagas

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com habitualidade as quais, nos termos da lei integram o salá rio para todos os fins
(complexo salarial - Sú m. 264 do TST, a média remunerató ria nos termos dos
regramentos dispostos nos art.142, §5º, 478, e 487, §§§1º,3º e 5º da CLT, o que desde
já requer o pagamento das diferenças):

1) Requer seja condenada a Reclamada ao pagamento das verbas rescisó rias: saldo de salário de 4 dias

do mês de dezembro, aviso prévio de 36 dias, 13º proporcionais 11/12 (2019), férias+1/3 proporcionais 11/12 (2019), DSR e FGTS +40%, tudo

observando-se a média remunerató ria nos termos dos regramentos dispostos nos art.142, §5º,478, e 487, §§§1º,3º e 5º da CLT e complexo salarial -

Sú mula. 264 do TST), no valor de R$ 7.436,22;

Saldo de salá rio de 04 dias do mês de dezembro de 2019; R$ 284,14

Aviso prévio de 36 dias; R$ 1.967,56

Férias+1/3 proporcional 11/12(2019); R$ 2.604,63

13º salá rio proporcional 11/12 (2019), R$ 1.503,00

DSR`s R$ 327,92

FGTS+40%, R$ 748,97

2) Seja condenada a reclamada a pagar a obreira a multa do


art. 467 da CLT, devido ao nã o pagamento das verbas rescisó rias, no valor R$
3.718,11;

3) Seja condenada a reclamada a pagar a multa do artigo 477


da CLT pelo nã o pagamento no prazo legal da indenizaçã o compensató ria de 40%
sobre o valor FGTS, por se tratar de verba tipicamente rescisó ria, no valor de R$
1.639,64;

2) Requer seja condenada a reclamada a pagar as horas extras excedentes da 8ª hora diária e 44º

semanal a reclamante, com acréscimo de 50% no valor de R$ 16.710,32 e o divisor 220 durante o referido período contratual, as quais deverão

refletir sobre: saldo de salário de 4 dias do mês de dezembro, aviso prévio de 36 dias, 13º proporcionais 11/12 (2019), férias+1/3 proporcionais

11/12 (2019), horas extras, DSR e FGTS +40%, tudo observando-se a média remunerató ria nos termos dos regramentos dispostos nos art.142,

§5º,478, e 487, §§§1º,3º e 5º da CLT e complexo salarial - Sú mula. 264 do TST), no valor de R$ 24.028,88;

Saldo de salá rio de 04 dias do mês de dezembro de 2019; R$ 65,53

Aviso prévio de 36 dias; R$ 589,77

Férias+1/3 proporcional 11/12(2019); R$ 450,52

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13º salá rio proporcional 11/12 (2019), R$ 450,52

DSR`s R$ 3.342,06

FGTS+40%, R$ 2.420,16

3) Requer a condenaçã o da Reclamada no pagamento de


intervalo intrajornada com fulcro no art.71 CLT, durante todo o período de toda
contratualidade com o acréscimo de 60%, no valor de R$ 9.874,28, as quais deverã o
refletir em: saldo de salá rio de 4 dias do mês de dezembro, aviso prévio de 36 dias, 13º
proporcionais 11/12 (2019), férias+1/3 proporcionais 11/12 (2019), horas extras, DSR e
FGTS +40%, tudo observando-se a média remunerató ria nos termos dos regramentos
dispostos nos art.142, §5º,478, e 487, §§§1º,3º e 5º da CLT e complexo salarial - Sú mula. 264
do TST), no valor de R$ 14.198,84.

Saldo de salá rio de 04 dias do mês de dezembro de 2019; R$ 38,72

Aviso prévio de 36 dias; R$ 348,48

Férias+1/3 proporcional 11/12(2019); R$ 266,21

13º salá rio proporcional 11/12 (2019), R$ 266,21

DSR`s R$ 1.974,85

FGTS+40%, R$ 1.430,09

4) A condenaçã o da reclamada no pagamento pela nã o


concessã o de intervalo para descanso antes do início da jornada extraordiná ria (Art.
384/CLT), com o acréscimo de 60%, no valor de R$ 2.634,32 com os reflexos e
integraçã o: saldo de salá rio de 4 dias do mês de dezembro, aviso prévio de 36 dias, 13º
proporcionais 11/12 (2019), férias+1/3 proporcionais 11/12 (2019), horas extras, DSR e
FGTS +40%, tudo observando-se a média remunerató ria nos termos dos regramentos
dispostos nos art.142, §5º,478, e 487, §§§1º,3º e 5º da CLT e complexo salarial - Sú mula. 264
do TST), no valor de R$ 3.787,93;

Saldo de salá rio de 04 dias do mês de dezembro de 2019; R$ 10,33

Aviso prévio de 36 dias; R$ 92,88

Férias+1/3 proporcional 11/12(2019); R$ 71,02

13º salá rio proporcional 11/12 (2019), R$ 71,02

DSR`s R$ 526,86

FGTS+40%, R$ 1.153,61

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5) Seja condenada a reclamada ao pagamento do repouso do
art. 72 da CLT, com o acréscimo de 50%, no valor de R$ 9.874,28 e os devidos reflexos
sobre: saldo de salá rio de 4 dias do mês de dezembro, aviso prévio de 36 dias, 13º
proporcionais 11/12 (2019), férias+1/3 proporcionais 11/12 (2019), horas extras, DSR e
FGTS +40%, tudo observando-se a média remunerató ria nos termos dos regramentos
dispostos nos art.142, §5º,478, e 487, §§§1º,3º e 5º da CLT e complexo salarial - Sú mula. 264
do TST), no valor de R$ 14.198,83;

Saldo de salá rio de 04 dias do mês de dezembro de 2019; R$ 38,72

Aviso prévio de 36 dias; R$ 348,48

Férias+1/3 proporcional 11/12(2019); R$ 266,21

13º salá rio proporcional 11/12 (2019), R$ 266,21

DSR`s R$ 1.974,85

FGTS+40%, R$ 1.430,08

6) A condenaçã o da Reclamada a efetuar o pagamento como


horas extras de no mínimo 20 minutos, destinados a recuperaçã o térmica da
Reclamante, a cada 1h40 de trabalho na forma do art. 253 da CLT, durante todo o
período imprescrito trabalhado, com o acréscimo de 60% nos dias normais laboradas
e de 110% aos domingos e divisor 220 no valor de R$ 10.537,28 as quais deverã o
refletir em: saldo de salá rio de 4 dias do mês de dezembro, aviso prévio de 36 dias,
13º proporcionais 11/12 (2019), férias+1/3 proporcionais 11/12 (2019), horas
extras, DSR e FGTS +40%, tudo observando-se a média remunerató ria nos termos dos
regramentos dispostos nos art.142, §5º,478, e 487, §§§1º,3º e 5º da CLT e complexo
salarial - Sú mula. 264 do TST), no valor de R$ 15.152,25;

Saldo de salá rio de 04 dias do mês de dezembro de 2019; R$ 41,32

Aviso prévio de 36 dias; R$ 371,90

Férias+1/3 proporcional 11/12(2019); R$ 284,09

13º salá rio proporcional 11/12 (2019), R$ 284,09

DSR`s R$ 2.107,45

FGTS+40%, R$ 1.526,12

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7) Pede seja condenada a reclamada ao recolhimento do
FGTS na conta vinculada da reclamante de todo o período em que a obreira esteve
afastada do emprego em gozo do benefício previdenciá rio, com juros e correçõ es
monetá rias, no valor de R$ 8.115,30;

8) Pede seja reconhecida e declarada a obrigaçã o da


reclamada no dever de indenizar a reclamante pela doença ocupacional, da seguinte
forma:

a) Indenizaçã o por danos morais decorrentes da doença ocupacional, no valor de


R$ 15.000,00;

b) Requer seja condenada a reclamada no pagamento de indenizaçã o por danos


materiais desde a data da propositura da presente açã o até que a autora
complete 80 anos, devendo ser paga de uma ú nica vez (Pará grafo ú nico do art.
950 do Có digo Civil), tudo levando em conta o ú ltimo salá rio do obreiro na
empresa, e o percentual de reduçã o da capacidade laborativa da Reclamante que
deve ser aferida através de perícia médica feita por profissional especialista em
traumatologia e ortopedia, indicando o valor do pedido apenas para cumprir a
formalidade legal exigida pelo §1º do art. 840 da CLT na forma do § 2º do VIII do
art. 292 do CPC (prestaçõ es vincendas) no montante de uma anualidade
equivalente ao valor de R$ 19.675,68 sem prejuízo do direito de receber as
demais parcelas até que complete 80 anos;

A Reclamante, encontra-se desempregado (sem renda) e,


portanto absolutamente hipossuficiente, por nã o ter a mínima condiçã o de pagar as
custas e despesas processuais sem prejuízo do sustento pró prio e de sua família.
Desta forma com base no princípio constitucional do acesso à justiça (art. 5º, XXXV,
CRFB/88) e no direito à assistência judiciá ria gratuita, conforme previsto no art. 5º,
LXXIV, pede seja concedido os benefícios da justiça gratuita, conforme declaraçã o de
hipossuficiência em anexo.

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Outrossim, talvez para evitar que interpretaçõ es literais da
norma provoquem a denegaçã o de direitos fundamentais, o Procurador Geral da
Repú blica – PGR ajuizou ADIN, tombada sob o nú mero 5766, em face de algumas
alteraçõ es introduzidas pela lei n.º 13.347/2017 – Reforma Trabalhista Reforma
Trabalhista (arts. 790-B, caput e § 4º; 791-A, § 4º, e 844, § 2º).

Ainda, seja determinada a notificaçã o da Reclamada para


contestar, querendo, os termos do presente inicial, sob as penas de revelia e
confissã o, bem como, condenada nos pedidos aduzidos na exordial.

Requer ainda, seja por V. Exa., determinada a juntada aos


autos dos comprovantes de pagamento de salá rio, férias e 13º salá rio, de todo o
período contratual (art. 464 da CLT), nos termos do art.396 e s/s do CPC.

Protesta pela mais ampla produçã o probató ria em direito


admitida, requerendo desde já , o depoimento pessoal do representante da reclamada,
sob pena de confissã o.

Em caso de nã o pagamento do débito, apó s o transito em


julgado e o prazo estabelecido na legislaçã o, bem como pelo fato de que as decisõ es
judiciais devem ser cumpridas, requer que seja declarado na pró pria sentença que
serã o adotadas as medidas necessá rias ao cumprimento de decisã o judicial,
especialmente o que dispõ e o art. 139, IV, do CPC/2015 c/c o art. 523, § 1º do mesmo
diploma legal e 765 da CLT ("Os Juízos e Tribunais do Trabalho terã o ampla liberdade
na direçã o do processo e velarã o pelo andamento rá pido das causas, podendo
determinar qualquer diligência necessá ria ao esclarecimento delas"), fixando multa
por eventual nã o pagamento do débito:

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as


disposições deste Código, incumbindo-lhe:

(...)

IV - Determinar todas as medidas indutivas,


coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias

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necessárias para assegurar o cumprimento de ordem
judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto
prestação pecuniária; (grifamos e sublinhamos)

Diante do exposto, requer-se a notificaçã o da Reclamada,


para comparecer na audiência de instruçã o e julgamento, prestar depoimento
pessoal, sob pena de revelia e confissã o quanto à matéria de fato e que no final, seja
condenada ao pagamento do principal, acrescidos de juros, correçã o monetá ria,
custas processuais e honorá rios advocatícios.

Requer ainda, seja por V. Exa., determinada a juntada aos


autos dos comprovantes de pagamento de CAT (comunicado de Acidente de
Trabalho), salá rio, férias e 13º salá rio, de todo o período contratual (art. 464 da CLT),
nos termos do art. 396 e s/s do CPC, sob pena de confissã o da Ré.

Levando-se em consideraçã o o Princípio da Distribuiçã o


Dinâ mica do ô nus da prova, previsto no Novo CPC, e que esta deve ser produzida por
aquela parte que detém ou que tem acesso à ela sendo inacessível ou de difícil acesso
a parte contraria, requer a inversã o do ô nus da prova.

Requer seja a reclamada condenada no ô nus da sucumbência


(custas e honorá rios advocatícios).

Requer-se que as intimaçõ es dos atos processuais sejam


feitas exclusivamente em nome do DAYANE DIAS DA SILVA – OAB/MT 27.588.

Dá - se à presente causa, o valor de R$ 126.951,68.

Termos em que, pede deferimento.

Sinop/MT, 12 de Fevereiro de 2020.

DAYANE DIAS DA SILVA


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