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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA

___VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - SP.

NOME DA RECLAMANTE, QUALIFICAÇÃO, por seus


advogados, infra-assinado, cujas notificações deverão ser remetidas no endereço Rua São
Bento, nº 365, 1º andar, Centro, CEP 01011-100, contato@fernandesribeiroadv.com.br, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor uma

AÇÃO RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

pelo rito ordinário, em face da reclamada:

BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A., pessoa jurídica de direito


privado, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 90.400.888/1302-75, devendo ser citado na Avenida
Presidente Juscelino Kubitschek, nº 2235, Vila Olímpia, CEP: 04543-011, conforme artigo art.
118 da Consolidação das Normas da Corregedoria, destaca-se ainda que o último local da
prestação de trabalho da reclamante foi no Rua Domingos Marchetti, 77 – Limão, São
Paulo – SP, CEP 02712-150 – São Paulo/SP e conforme o artigo 651 da CLT a competência
das Varas do Trabalho será determinada pelo último local de trabalho, assim, o presente foro é o
competente para dirimir a lide ora apresentada, pelos motivos de fato e direito a seguir
articuladamente expostos:

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1. DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

A presente demanda não foi submetida à Comissão de Conciliação


Prévia, em razão da mesma não ter sido constituída. Com efeito, foram criadas para a categoria
apenas algumas comissões de conciliação voluntária de caráter facultativo, conforme acordo
firmado entre o Sindicato dos Bancários e o reclamado. Releva que, mesmo na hipótese de que
tivesse sido constituída a Comissão de Conciliação Prévia prevista em lei, a jurisprudência
sintetizada na Súmula nº 2 do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2 ª Região, deu a
melhor interpretação ao dispositivo em tela e estabeleceu que o comparecimento perante a
Comissão não constitui condição da ação, ou pressuposto processual, face ao disposto no artigo
5º, inciso XXXV, da Constituição Federal.

2. DA INAPLICABILIDADE DAS ALTERAÇÕES DA LEI 13.467/2017 NO


CONTRATO DE TRABALHO FIRMANDO SOB A ÉGIDE DO DECRETO LEI nº
5.452 de 1943 – VIOLAÇÃO DOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS

Considerando que a Lei 13.467/2017 não trouxe normas específicas de


transição, há de se esclarecer que é pacífico entendimento de que as novas normas de direito
material somente se aplicam às relações jurídicas não consumadas na vigência da nova lei, de
modo a não ferir o artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal, que trata do direito adquirido, do
ato jurídico perfeito e da coisa julgada.

No caso em tela, importa observar que o contrato de trabalho foi firmado sob
a égide do Decreto Lei nº 5.452 de 1943, portanto, são inaplicáveis as alterações da
Consolidação das Leis de Trabalho por intermédio da Lei 13.467/2017 que possa causar
prejuízos ao obreiro sob pena de violação dos princípios constitucionais fundamentais.

Tal entendimento é corroborado também no artigo 468 da CLT que


determina: “nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente dessa
garantia”.

Destarte, requer que sejam resguardados todos os direitos adquiridos no


transcurso do contrato de trabalho do obreiro.

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3.  DADOS FUNCIONAIS

A reclamante foi admitida aos serviços da reclamada em 04/05/2015,


exercendo por último a função de Assistente Clientes J6. Em 02/05/2022, com aviso prévio
projetado até 16/07/2022 foi extinto o contrato de trabalho, porém, não recebeu corretamente
seus direitos.

4. REMUNERAÇÃO

A última remuneração mensal da reclamante foi no importe de R$


2.705,22 (dois mil, setecentos e cinco reais e vinte e dois centavos).

5. DO HORÁRIO DE TRABALHO – PEDIDO DE HORAS EXTRAS

A Reclamante, durante todo o pacto laboral, cumpriu


permanentemente regime extraordinário, laborava de segunda a sexta-feira, em média, das
8h00min às 15h30min, com 30 (trinta) minutos de intervalo para refeição e descansa em média.

Considerando que o reclamante se enquadrava no caput do art. 224 da


CLT, como bancária, a reclamante faz jus à jornada especial de 06 horas. Apesar da sua jornada
sempre ultrapassar o limite legal e contratual, conforme já descrito, não percebeu as horas
extras, como de direito.

Para efeito de cálculo das horas extraordinárias, estas deverão ser


pagas a partir da 6ª hora diária, observando-se o divisor 180, nos termos da súmula 124 do TST,
com os devidos acréscimos previstos nas convenções coletivas de trabalho.

Nos termos da Súmula 264 do C. TST, as horas extras deverão ser


calculadas com base na remuneração total da Reclamante. Além disso, a Reclamada deixou de
pagar os salários decorrentes das integrações das horas extras nos repousos semanais
remunerados (RSR’s), bem como as integrações dessas verbas à remuneração, notadamente, nas
férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3, gratificações natalinas vencidas e
proporcionais, FGTS e demais verbas rescisórias, em conformidade com a jurisprudência dos
Tribunais Trabalhistas, e a Súmula nº 172 do E. TST e artigo 7º, “a”, da Lei nº 605/49.

Considerando que as horas extras eram prestadas durante toda a


semana, a Reclamante faz jus ao valor correspondente ao repouso semanal remunerado,

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inclusive, sábados e feriados, consoantes às convenções coletivas de trabalho.

Havia controle de horário, o controle de ponto da reclamante, de todo


o período laborado, deverá vir à colação nos termos do artigo 358, 359 do CPC.

6. DO INTERVALO INTRAJORNADA

A Reclamante, durante todo o pacto laboral, cumpriu


permanentemente regime extraordinário, laborava de segunda a sexta-feira, em média, das
8h00min às 15h30min, com 30 (trinta) minutos de intervalo para refeição e descansa em média.

Apesar da sua jornada sempre ultrapassar o limite legal e contratual,


conforme já descrito, não gozou do intervalo de 1 (uma) hora, como de direito.

Assim, considerando que a Reclamante laborava mais que 6 (seis)


horas diárias deve ser indenizada pelos trabalhos prestados no horário destinado a repouso e
alimentação, a teor das disposições contidas no caput e parágrafo 4º, do art. 71, da CLT, na
proporção de 01:00 (uma) hora extraordinária diária. Ainda, deverá ser remunerado como
horas extras os minutos destinados a alimentação e descanso, o qual a Reclamante
permaneceu laborando.

Tal entendimento foi sedimentado pela súmula 29 do C. TRT da 2ª


região, vejamos:

SÚMULA 29 - Prorrogação habitual da jornada contratual de 06 (seis)


horas. Intervalo intrajornada de uma hora. Devido.

É devido o gozo do intervalo de uma hora, quando ultrapassada


habitualmente a jornada de seis horas. A não concessão deste intervalo
obriga o empregador a remunerar o período integral como extraordinário,
acrescido do respectivo adicional, nos termos do art. 71, § 4º da CLT.
(Resolução TP nº 02/2015 - DOEletrônico 26/05/2015)

Destarte, faz jus a Reclamante ao recebimento de 1 (uma) hora


extraordinária diária, devidamente acrescida do adicional de 50% (cinquenta por cento) sobre a
hora normal.

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E também por sua habitualidade, devem também integrar a
remuneração da Reclamante em todos os títulos do contrato de trabalho, com os reflexos e
incidentes inerentes, repercutindo sobre DSR’s, férias vencidas e seus acréscimos
constitucionais; gratificações natalinas; aviso prévio; trezenos proporcionais e férias
proporcionais acrescidas do terço constitucional, depósitos fundiários e multa respectiva de 40%
(quarenta por cento), a teor das disposições contidas no art. 457 consolidado e Súmulas nºs. 172,
45 e 63 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.

Nos termos da Súmula 264 do C. TST, as horas extras deverão ser


calculadas com base na remuneração total da reclamante. Além disso, a Reclamada deixou de
pagar os salários decorrentes das integrações das horas extras nos repousos semanais
remunerados (RSR’s), bem como as integrações dessas verbas à remuneração, notadamente, nas
férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3, gratificações natalinas vencidas e
proporcionais, FGTS e demais verbas rescisórias, em conformidade com a jurisprudência dos
Tribunais Trabalhistas, e a Súmula nº 172 do E. TST e artigo 7º, “a”, da Lei nº 605/49.

Em que pese, com a reforma trabalhista LEI 13.467/2017, tenha dado


nova redação ao §4º, do artigo 71 da CLT, considerando que que deve ser pago somente a o
tempo suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento), e considerando de natureza
indenizatória, é uma total afronta ao inciso I da súmula 437 do TST, do qual está em pleno
vigor, a saber;

INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E


ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das
Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res.
185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012

 I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial


do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados
urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não
apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor
da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do
cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração.

II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho


contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este
constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por

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norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso
à negociação coletiva.  

III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com
redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não
concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para
repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas
salariais.

No mais, ao colocar a verba como natureza indenizatória do


pagamento do intervalo suprimido, traz novamente afronta ao que já foi pacificado pelo C.TST
no inciso III da súmula 437 do TST e trazendo prejuízos incalculáveis ao trabalhador.

Devendo por tanto ser considerado para fins de apuração 1:00 hora
extra com os devidos acréscimos, até a entrada em vigor da Lei 13.467/2017, de 11 de
novembro de 2018, para que não haja prejuízos aos fatos pretéritos, ao direito adquirido, bem
como segurança jurídica.

Considerando que as horas extras eram prestadas durante toda a


semana, a Reclamante faz jus ao valor correspondente ao repouso semanal remunerado,
inclusive, sábados e feriados, consoantes às convenções coletivas de trabalho.

7. DAS PAUSAS DE 10 MINUTOS PARA DESCANSO

Segundo o item 5.4.1 da NR 17 (anexada aos autos) deverá ser


concedido pausas ao trabalhador de call center da seguinte forma:

a) o posto de trabalho;

b) em 02 (dois) períodos de 10 (dez) minutos contínuos;

c) após os primeiros e antes dos últimos 60 (sessenta) minutos de trabalho em atividade de


teleatendimento/telemarketing.

Importante frisar que a instituição de pausas não prejudica o direito ao


intervalo obrigatório para repouso e alimentação previsto no §1°, do Artigo 71 da CLT.

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Esclarece a reclamante que, em todo o pacto laboral, nunca
usufruiu das pausas previstas na NR 17, o que, como será demostrado, prejudicou e muito a
sua saúde.

Excelência, a concessão dessas pausas é medida afeta à higiene,


medicina e segurança do trabalho, a fim de evitar a fadiga do trabalhador ante a especificidade
de seu trabalho. São computadas na jornada e devidas ao empregado que labora fazendo uso
continuado de equipamentos de head set (conjunto de microfone e fone de ouvido) e terminal de
processamento de dados (computador).

Na CCT 2018/2020 (anexada aos autos) há previsão dessa pausa na


cláusula nº 38, a qual garante aos Digitadores o seguinte:

CLÁUSULA 38 – DIGITADORES – INTERVALO PARA DESCANSO.


Nos serviços permanentes de digitação, a cada período de 50 (cinquenta)
minutos de trabalho consecutivo caberá um intervalo de 10 (dez) minutos
para descanso, não deduzido da jornada de trabalho, nos termos da NR 17
da portaria MTPS n° 3751, de 23.11.1990.

Não há como supor se o banco enquadra os operadores de


telemarketing nesta categoria. Sendo assim, por cautela, caso Vossa Excelência entenda por
bem não aplicar o enquadramento acima, requer a reclamante a aplicação sumular nº 29 deste
Tribunal que assim dispõe:

SÚMULA Nº 29. Serviço de telemarketing/teleatendimento: enquadramento


sindical e duração do trabalho. I - Os operadores de
teleatendimento/telemarketing estão sujeitos às normas coletivas da categoria
profissional dos empregados em empresas de prestação de serviços de
telecomunicações, sendo inafastável, por acordo coletivo menos benéfico, a
incidência das normas da convenção coletiva intersindical ou de sentença
normativa; II - Na ausência de norma coletiva mais benéfica, prevalecem as
disposições do Anexo II da NR-17, que estabelece a jornada de seis horas, com
duas pausas remuneradas e um intervalo não remunerado de vinte minutos
para descanso e alimentação e a duração semanal de trinta e seis horas de
trabalho (itens 5.3, 5.3.1, 5.4.1 e 5.4.2).

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A fim de fortalecer a narrativa da reclamante de que os intervalos não
eram deferidos e nem regulamentados pelo reclamado, junta-se o entendimento de um Acordo
Coletivo entre Sindicato e o banco. ACT que está em fase de votação. O documento
denominado de “Jornada Especial” tem como condão conceder, finalmente, aos empregados
que ainda estão empregados um direito que foi suprimido da reclamante durante todo o seu
pacto laboral.

Sendo assim, requer a reclamante a condenação do reclamado com


base na NR-17, durante todo o período do contrato de trabalho, a duas pausas de 10 (dez)
minutos por dia trabalhado em cada período de 06 (seis) horas. Além disso, por serem habituais,
os valores relativos às horas extraordinárias deverão refletir sobre: o FGTS acrescido de 40%
(E. 63 do TST); aviso prévio (§ 5º do art. 487 da CLT); férias, acrescidas de 1/3 (art. 142, § 5º
da CLT); DSR (art. 7º da Lei 605/49 e E. 172); e sobre o 13º salário (E. 45 do TST), com base
no salário nos termos da súmula 264 do TST.

8. DO PAGAMENTO DA GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL INCORPORADA

A reclamada instituiu uma norma interna intitulada como Manual de


Instrução, em anexo, que prevê algumas formas de aumentos salariais aos seus funcionários,
como por exemplo o POR MÉRITO, o qual decorre do reconhecimento pelo desempenho
diferenciado, auferido por avaliação periódica tanto quantitativa como qualitativa, cujo
percentual de aumento varia de no mínimo 5% até 20% do salário atual do funcionário,
limitado a um teto de R$ 1.500,00 por ação, devendo ocorrer no prazo mínimo de 3 meses
após a admissão da última movimentação por mérito ou promoção, conforme verifica-se in
verbis:

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Com relação ao critério orçamento, sabe-se que a reclamada é uma das
instituições financeiras que mais lucraram no País nos últimos anos, inclusive, a própria Ré
disponibiliza em seu site informações sobre a sua lucratividade, conforme documentos anexos,
onde verifica-se que em 2014 houve um lucro de R$ 5.850 bilhões, em 2015 de R$ 6.624
bilhões, em 2016 de R$ 7.339 bilhões, em 2017 de R$ 9.950 bilhões, em 2018 de R$ 12,4
bilhões e em 2019 o lucro líquido gerencial da Reclamada cresceu 17,4%, passando para R$
14,5 bilhões, e no primeiro trimestre de 2020 o banco obteve um lucro líquido de R$ 3,77
bilhões, com expansão de 10,5% comparado ao mesmo período do ano passado, já no segundo
trimestre até junho de 2020 o banco obteve um lucro líquido gerencial de R$ 2,136 bilhões, com
uma pequena queda devido ao impacto da pandemia da Covid-19, conforme anexos, portanto,
tem-se como inquestionável a possibilidade financeira e orçamentária.

Não obstante a isso, também foi uma das empresas que mais demitiu,
explorando cada vez mais a mão de obra de seus funcionários, sem a devida contraprestação e,
pior, sem cumprir as próprias regras de aumento salarial, causando uma defasagem na
remuneração de seus empregados.

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Isto porque, apesar do Reclamante sempre ter sido bem avaliado,
cumprindo as competências traçadas pela reclamada, NÃO TEVE SUA EVOLUÇÃO
SALARIAL RESPEITADA, DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS DA DESTACADA
NORMA INTERNA, tais como o prazo mínimo para conceder o aumento de 5% a 20% do
salário, limitado a R$ 1.500,00, ressaltando que as avaliações na reclamada ocorrem de forma
anual.

Destaca-se que em todo período imprescrito, os únicos aumentos


obtidos foram em decorrência do dissídio de sua categoria, dispostos em convenções coletivas
dos bancários e um aumento por promoção/transferência, conforme verifica-se na Atualização
da sua Carteira de Trabalho em anexo, conforme.

Importante esclarecer que a norma a qual se refere ao Reclamante está


em plena vigência, vez que a própria política estabelece validade sem termo final, a não ser que
houvesse expressa revogação, o que não existe, conforme:

Observa-se ainda que NÃO HÁ QUE SE FALAR EM EXCLUSIVO


ARBÍTRIO DO GESTOR PARA ESTABELECIMENTO DO AUMENTO SALARIAL,
mormente porque o modo de evolução salarial calcado na política de avaliações de desempenho
periódicas desafiada diariamente o reclamante na perspectiva de uma contrapartida justa.

Nesse mesmo sentido se posicionou a 5ª Turma do TRT/RJ, através


do recente Acórdão da lavra do Eminente Relator Juiz Convocado Álvaro Antônio Borges
Faria, no processo n. 0101654-41.2016.5.01.0026 (ROT), em demanda similar a esta,
inclusive contra a mesma Reclamada, conforme pede-se vênia para transcrever, in verbis:

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“Com efeito, resta incontroverso que o banco reclamado possui Política
Salarial pela qual seus empregados se enquadram em níveis ou grades, e
a sua evolução salarial decorria de fatores diversos. Registre-se, neste
aspecto, que não se sustentam alegações no sentido de que o reclamado não
se obriga a observar os parâmetros e tabelas salariais específicas de sua
Política Salarial. Isso porque ao criar norma interna que estabelece a
concessão de aumentos salariais, obriga-se a cumpri-la, não podendo

considerá-la mera sugestão para administração salarial. Destaque-se que


cabia ao reclamado demonstrar nos autos que o reclamante percebia a
remuneração correta em razão de suas avaliações e demais critérios para a
sua evolução salarial. Contudo não produziu provas da sistemática
utilizada especificamente para o enquadramento do autor, bem como dos
critérios utilizados para tanto que justifiquem os valores a ele pagos. Assim,
presume-se verdadeira a alegação de incorreção dos valores pagos em
face dos níveis salariais em que se enquadrava o reclamante, sendo
devidas as diferenças salariais existentes entre o valor médio do nível
salarial previsto na norma interna e o valor recebido mensalmente, tendo
em vista que o documento de ID 42a2243 - indica variações nos conceitos e
médias das avaliações do autor que foram trazidas aos autos. Devidos os
reflexos das diferenças salariais em férias acrescidas do terço constitucional,
13º salários, horas extras, PLR, gratificação semestral e FGTS. Não há que se
falar em reflexos em ajuda de custo por se tratar de parcela de natureza
indenizatória. Impõe-se, pois, a reforma da sentença. Dou parcial
provimento para afastar a prescrição total e condenar o réu,
observando-se a prescrição parcial, ao pagamento de diferenças salariais
existentes entre o valor médio do nível salarial previsto na norma interna
e o valor recebido mensalmente pelo reclamante, com reflexos em férias
acrescidas do terço constitucional, 13º salários, horas extras, PLR,
gratificação semestral e FGTS”. Processo nº 0101654-41.2016.5.01.0026
(ROT). 5ª Turma do TRT/RJ. Partes: Marcelo da Silva Almeida Couto e
Banco Santander (Brasil) S.A. Publicado em 09/10/2020. Relator Juiz
Convocado Álvaro Antônio Borges Faria. (grifos do autor)

Cumpre ressaltar que esse também vem sendo o entendimento


predominante adotado em outros Tribunais, como por exemplo o TRT/3ª Região conforme
abaixo transcrito:

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“Na medida em que o trabalhador vislumbra a possibilidade de aumentos
salariais e se dedica com maior afinco a suas funções, tem direito à
contrapartida salarial oriunda de movimentações por mérito, sendo
obrigação do empregador conceder-lhe os correspondentes aumentos
salariais. Não se trata de mera liberalidade do empregador como insiste a
recorrente como razões de recurso, já que, uma vez criada uma regra
através de norma interna, constitui direito de o empregador exigir as
avaliações de desempenho de forma regular de seus empregados, sendo seu
dever conceder aumentos salariais àqueles que tiverem desempenho
satisfatório, sob pena de lesão ao princípio da comutatividade que permeia
o contrato de trabalho, por decorrência do princípio da boa-fé objetiva e
dos deveres anexos de transparência, lealdade e informação.”

(TRT da 3.ª Região; Processo: 0000606-98.2014.5.03.0108 RO; Data de


Publicação: 16/11/2015; Órgão Julgador: Terceira Turma; Relator: Milton
V. Thibau de Almeida; Revisor: Cesar Machado) (grifos do autor)

O próprio C. Tribunal Superior do Trabalho já se pronunciou


adotando o mesmo entendimento, conforme pede vênia para transcrever, in verbis:

“RECURSO DE REVISTA. DIFERENÇAS SALARIAIS. POLÍTICA DE


ORGANIZAÇÃO SALARIAL. GRADES. Não merece ser admitido o
Recurso de Revista quando o Recorrente não demonstrar a configuração de
pelo menos uma das hipóteses previstas no art. 896 da CLT. Recurso de
Revista não conhecido. (...) Com a inicial, o reclamante trouxe cópia da
‘POLÍTICA DA ORGANIZAÇÃO N.º 0010.1178’ de fis. 20/22, publicada em
19/09/2005, que se aplicava aos empregados do Banco Real e tinha como
objetivo ‘Dotar a Organização de uma estrutura de cargos que reconheça e
contemple a existência de diferentes funções. Para cada grade está
associado um valor mínimo ou máximo de salário, denominado faixa
salarial’. Dentro de todo este contexto, não se pode aceitar a tese de que a
concessão de aumentos salariais ficaria ao exclusivo arbítrio do gestor de
pessoal, mas sim que este, dentro da periódica avaliação de desempenho do
empregado, adotaria as tabelas e níveis para o enquadramento dos
empregados. Norma de igual teor foi publicada em 08/10/2007 (a fls.
23/25). (...) - Na ausência de avaliação, pressupõe-se a nota 3; ...’ (fl. 49), o
que evidencia a mesma dinâmica de pressupostos utilizados na ‘Política da
Organização’ do Banco Real em 2005 (a fls.20/22) e em 2007 (a fls. 23/25),

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destacando-se que o reclamante foi admitida em 01/04/2007 e ao seu
contrato de emprego se aplica o regulamento de 2005, que a ele aderiu.
Ainda que o Perito não tenha podido elaborar cálculos, porque o
Reclamado se recusou a apresentar os documentos solicitados, a tão só
afirmação de que a autora passou ao nível salarial 15 em junho/2009, sem
alteração salarial e - passou para o nível salarial 8 do cargo de gerente de
relacionamento Van Gogh 1, também sem alteração salarial (resposta ao
quesito 2.A.2 de f 1. 763) já é o suficiente para demonstrar que o
Recorrente não cumpriu com as suas Políticas Salariais, ferindo direito
subjetivo da autora”. TST - RR: 16355020135030002, Relator: Maria de
Assis Calsing, Data de Julgamento: 17/06/2015, 4ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 19/06/2015 (Grifos do Autor)

Dessa forma, considerando que a reclamante sempre cumpriu


integralmente os critérios estabelecidos pela Reclamada, sendo, inclusive, muito bem avaliado,
de modo que detinha, portanto, todos os requisitos para receber os aumentos salariais por mérito
durante todo o contrato de trabalho, anualmente, consoante a periodicidade de suas avaliações.

Oportunamente, para comprovar o alegado, ao Reclamante requer


desde já que a reclamada, como detentora legal, junte ao processo as FICHAS FINANCEIRAS,
CADASTRAIS e AVALIAÇÕES PERIÓDICAS da parte autora, assim como as FAIXAS
SALARIAIS e as POLÍTICAS DE CARGOS E SALÁRIOS atualizadas de todo período de
contrato de trabalho, com base no 818 §1º da CLT, c/c os artigos 396 e 399, ambos do CPC, sob
as penas do artigo 400 do mesmo diploma legal, ressaltando a maior e melhor aptidão da
Reclamada para produção da prova, a teor do que exposto no artigo 6º do CDC, aplicado de
forma supletiva ao Direito Formal do Trabalho, considerando a Teoria do Diálogo das Fontes,
perfeitamente aceita por esta Justiça Especializada.

Pelo Exposto, requer a Reclamante que esta Justiça Especializada


determine a efetiva aplicação da Política Salarial da reclamada e RECONHEÇA SEU
DIREITO NO RECEBIMENTO DOS AUMENTOS SALARIAIS ANUAIS POR
MÉRITO, consoante a faixa salarial de seu nível, conforme previsto nas normas internas, com
a consequente condenação da Reclamada no pagamento das DIFERENÇAS SALARIAIS
MENSAIS referente ao percentual devido a ser apurado após a juntada da documentação pela
Ré, sob pena de ser considerado o percentual de 20% da remuneração da parte reclamante, até o

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teto de R$1.500,00 por ação. Caso não seja o entendimento do douto juízo, que determine o
aumento no percentual devido, de acordo com os critérios da Política salarial.

Por fim, requer a INTEGRAÇÃO de tal diferença na remuneração


da reclamante, com consequente reflexo nas horas extraordinárias, bem como para apuração
das suas diferenças e das férias acrescidas de 1/3, décimos terceiros salários, Repouso Semanal
Remunerado (inclusive sábados), aviso prévio proporcional e todos no FGTS + indenização de
40% e consequentes diferenças

9. HONORÁRIOS SUCUMBÊNCIAIS

O reclamado não pagou à reclamante as referidas verbas nas épocas


próprias.

Via de consequência, em sendo devidas à reclamante as verbas


discorridas nesta exordial, nos termos do artigo 791-A DA Lei 13.467/2017, corroborado com o
entendimento do artigo 85 do CPC/2015, a parte perdedora no processo deverá arcar com os
honorários do advogado da parte vencedora, entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor da condenação.

Desta feita, requer a condenação da reclamada ao pagamento de


honorários advocatícios, em razão da mera sucumbência, à luz do artigo 791-A DA Lei
13.467/2017, bem como artigo 85, § 2º, do CPC/2015.

10. DA JUSTIÇA GRATUITA

Encontra-se a reclamante impossibilitada de arcar com as custas e


despesas processuais, sem prejuízo de seu sustento e de seus dependentes, requerendo a
concessão dos benefícios da justiça gratuita.

Primordialmente, sobreleva notar-se que a Lei nº 13.467/2017 fere o


princípio constitucional da isonomia. Isso porque o legislador ordinário pretendeu instituir
tratamento mais gravoso, restritivo e prejudicial ao demandante na Justiça do Trabalho do que o
dispensado ao litigante na Justiça Comum, submetido às regras do CPC. Esse tratamento mais
gravoso não é constitucionalmente permitido, tendo em vista o princípio da isonomia (art. 5º,
caput, da Constituição), eis que ignora as exigências relativas ao tratamento judicial dos créditos
trabalhistas, inclusive em termos de acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da Constituição).

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No que tange aos princípios que gerem a Justiça do Trabalho,
encontra-se por pressuposto a facilitação do acesso à justiça, o que inclui a noção de “jus
postulandi” e de assistência judiciária gratuita, ou seja, a gratuidade, inclusive, é um princípio
do processo do trabalho, como se sabe, e deve abranger todas as despesas do processo.

Neste certame, o devido processo legal e o direito à ampla defesa, na


Justiça do Trabalho, têm contornos historicamente bem definidos, tendo como norte o princípio
do amplo acesso à Justiça do Trabalho, pelo qual busca-se facilitar ao trabalhador a defesa
judicial de seus direitos.

Outrossim, trata-se de meio inerente à ampla defesa (art. 5º, LV, da


Constituição) no âmbito da Justiça Especializada, de modo que o critério da gratuidade de
justiça se justifica diante da natureza alimentar dos créditos trabalhistas e encontra respaldo,
ainda, nos princípios do valor social do trabalho (art. 1º, IV, da Constituição) e da função social
da propriedade (art. 5º, XXIII, da Constituição).

Vale ressaltar que corrobora com o referido entendimento os


termos dos enunciados aprovados na 2ª Jornada de Direito Material e Processual do
Trabalho, em sua Comissão 7, Enunciado 3.

Não obstante a tais princípios, o artigo 790, § 3º da CLT dispõe que:

CLT - Art. 790 - § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes


dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou
de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e
instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40%
(quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.

Neste sentido, verifica-se que a lei se refere àqueles que perceberem


salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime
Geral de Previdência Social, no presente caso, em cenário atualizado, a reclamante encontra-
se desempregada, desprovida de qualquer recebimento, sendo, portanto, inferior aos
limites impostos.

Nessa esteira, além da juntada da CTPS da reclamante que faz prova


inequívoca de que está desempregada, vale destacar o entendimento cristalizado pelo C. TST na

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Súmula 463 expressamente diz que basta a juntada de declaração de hipossuficiência dos autos
para que os benefícios de gratuidade de justiça sejam concedidos, vejamos:

“Súmula nº 463 do TST

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.


COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da
SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017,
DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado
em 12, 13 e 14.07.2017

I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita


à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada
pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com
poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015);“

Ainda, vale destacar que o STF, na ADIn 5766, declarou


inconstitucionais os arts. 790-B, caput e § 4º, e 791-A, § 4º, ambos da CLT, vejamos:

“Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou parcialmente procedente o


pedido formulado na ação direta, para declarar inconstitucionais os arts.
790-B, caput e § 4º, e 791-A, § 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), vencidos, em parte, os Ministros Roberto Barroso (Relator), Luiz Fux
(Presidente), Nunes Marques e Gilmar Mendes. Por maioria, julgou
improcedente a ação no tocante ao art. 844, § 2º, da CLT, declarando-o
constitucional, vencidos os Ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e
Rosa Weber. Redigirá o acórdão o Ministro Alexandre de Moraes. Plenário,
20.10.2021 (Sessão realizada por videoconferência - Resolução
672/2020/STF).”

Portando, uma vez deferido o pedido de justiça de justiça gratuita, o


reclamante deve ficar isento dos honorários periciais e honorários advocatícios sucumbenciais.

Portanto, requer a reclamante os benefícios da Justiça Gratuita, haja


vista, este não possuir condições financeiras de demandar sem prejuízo do próprio sustento e da
sua respectiva família. Observa-se que a isenção de custas atende aos ditames da Lei 7.117/83,
no art. 1º e da Lei 1.060/50, uma vez que informa seu estado de pobreza através da declaração
acostada aos autos.

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DOS PEDIDOS 

Isto posto é a presente para reclamar o pagamento das seguintes


verbas e direitos:

a) Inaplicabilidade da lei 13.467/2017 no contrato de trabalho firmado na presente


demanda sob a égide do decreto lei nº 5.452 de 1943, conforme item “2” retro;

b) Horas extras, inclusive as diferenças de horas extras e minutos residuais, (Súmula nº


366 do E. TST), a serem pagas a partir da jornada legal de 6ª hora diária, nos termos do art.
224, “caput”, da CLT, observando o divisor 180, com os acréscimos previstos na convenção
coletiva de trabalho que, in casu, são de 50%, ex vi a cláusula 8a ,com os acréscimos previstos
na convenção coletiva de trabalho, calculadas com base na remuneração total da Reclamante,
consoante Súmula 264 do C. TST, consoante ao item “5”
retro...........................................................................................................R$ 24.752,76

c) Integrações das horas extras nos RSR’s, nos termos da convenção coletiva de trabalho
e acordos judiciais, consoante ao item “5”
retro............................................................................................................R$ 11.418,54

d) Integrações da verba pleiteada na alínea “b” – “c”, em epígrafe, nas gratificações


natalinas, férias acrescidas de 1/3, aviso prévio e eventuais direitos legais e oriundos do contrato
de trabalho, em conformidade com as SÚMULAS DO E. TST, consoante o item “5”, conforme
discriminado abaixo:

I.13o salário (2017) 07/12 R$ 236,71

II.13o salário (2018) 12/12 R$ 405,78

III.13o salário (2019) 12/12 R$ 405,78

IV.13o salário (2020) 12/12 R$ 405,78

V.13o salário (2021) 12/12 R$ 405,78

VI.13o salário (2022) 08/12 R$ 270,52

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VII.Férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 393,70

VIII.Abono de férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 131,23

IX.Férias indenizadas (2019) 12/12 R$ 374,57

X.Abono de férias indenizadas (2019) 12/12 R$ 124,86

XI.Férias indenizadas (2020) 12/12 R$ 374,57

XII.Abono de férias indenizadas (2020) 12/12 R$ 124,86

XIII.Férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 374,57

XIV.Abono de férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 124,86

XV. Férias indenizadas (2022) 12/12 R$ 374,57


XVI. Abono de férias indenizadas (2022) 12/12 R$ 124,86
XVII.Férias proporcionais (2022) 03/12 R$ 80,72

XVIII.Abono de férias proporcionais (2022) 03/12 R$ 26,91

XIX.Aviso Prévio (2022) 51 dias R$ 664,16

e) Pagamento das integrações das horas extras e consectários legais, postulada supra, no
FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90.......................................................................................................R$ 3.327,68*

f) Pagamento das integrações das horas extras e consectários legais, postulada supra, na
multa de 40% do FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90.......................................................................................................R$ 1.331,07

g) Horas extras referentes ao intervalo intrajornada, nos termos do §4º do art. 71 da CLT
e Súmula 118 do E.TST, a serem pagas nos termos do artigo 7º, inciso XIII, da Constituição
Federal, calculadas com base na remuneração total do reclamante, consoante Súmula 264 do C.

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TST, nos termos do item “6”
retro............................................................................................................R$ 25.383,98

h) Integrações do intervalo intrajornada nos RSR’s, nos termos da convenção coletiva de


trabalho e acordos judiciais, consoante ao item “6”
retro............................................................................................................R$ 1.817,64

i) Integrações da verba pleiteada na alínea “g” – “h”, em epígrafe, nas gratificações


natalinas, férias acrescidas de 1/3, aviso prévio e eventuais direitos legais e oriundos do contrato
de trabalho, em conformidade com as SÚMULAS DO E. TST, consoante o item “6”, conforme
discriminado abaixo:

I. 13o salário (2017) 07/12 R$ 282,73

II.Férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 447,40

III.Abono de férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 149,13

j) Pagamento das integrações do intervalo intrajornada e consectários legais, postulada


supra, no FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90.......................................................................................................R$ 2.246,46

k) Pagamento das integrações do intervalo intrajornada e consectários legais, postulada


supra, na multa de 40% do FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90.......................................................................................................R$ 898,59

l) A condenação do reclamado com base na NR-17, durante todo o período do contrato de


trabalho, a duas PAUSAS DE 10 (DEZ) MINUTOS POR DIA trabalhado em cada período de
06 (seis) horas. Além disso, por serem habituais, os valores relativos às horas extraordinárias
deverão refletir sobre o FGTS acrescido de 40% (E. 63 do TST); aviso prévio (§ 5º do art. 487
da CLT); férias, acrescidas de 1/3 (art. 142, § 5º da CLT); DSR (art. 7º da Lei 605/49 e E. 172);
e sobre o 13º salário (E. 45 do TST), com base no salário nos termos da súmula 264 do TST;
consoante item “7” retro...........................................................R$ 10.084,52

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m) Integrações das pausas nos RSR’s, nos termos da convenção coletiva de trabalho e
acordos judiciais, consoante ao item “7”
retro............................................................................................................R$ 4.652,02

n) Integrações da verba pleiteada na alínea “l” – “m”, em epígrafe, nas gratificações


natalinas, férias acrescidas de 1/3, aviso prévio e eventuais direitos legais e oriundos do contrato
de trabalho, em conformidade com as SÚMULAS DO E. TST, consoante o item “7”, conforme
discriminado abaixo:

I. 13o salário (2017) 07/12 R$ 96,44

II.13o salário (2018) 12/12 R$ 165,32

III.13o salário (2019) 12/12 R$ 165,32

IV.13o salário (2020) 12/12 R$ 165,32

V.13o salário (2021) 12/12 R$ 165,32

VI.13o salário (2022) 08/12 R$ 110,21

VII.Férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 165,32

VIII.Abono de férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 55,11

IX.Férias indenizadas (2019) 12/12 R$ 165,32

X.Abono de férias indenizadas (2019) 12/12 R$ 55,11

XI.Férias indenizadas (2020) 12/12 R$ 165,32

XII.Abono de férias indenizadas (2020) 12/12 R$ 55,11

XIII.Férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 165,32

XIV.Abono de férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 55,11

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XV. Férias indenizadas (2022) 12/12 R$ 165,32
XVI. Abono de férias indenizadas (2022) 12/12 R$55,11
XVII.Férias proporcionais (2022) 03/12 R$41,33

XVIII.Abono de férias proporcionais (2022) 03/12 R$ 13,78

XIX.Aviso Prévio (2022) 51 dias R$ 281,04

o) Pagamento das integrações das pausas e consectários legais, postulada supra, no


FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90.......................................................................................................R$ 1.363,41

p) Pagamento das integrações das pausas e consectários legais, postulada supra, na


multa de 40% do FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90.......................................................................................................R$ 545,36

q) A condenação do reclamando no pagamento de GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL


INCORPORADA, durante todo o período imprescrito, com base no percentual de 1/6 do
Salário Base + ATS, conforme previsto na Norma Interna da empresa que incorporou a parcela
no ano 2000, bem como em Norma Coletiva Específica, com REPERCUSSÃO em todas as
parcelas legais e contratuais, com INTEGRAÇÃO em todas as parcelas legais e contratuais,
com consequente reflexo nas horas extraordinárias eventualmente pagas e a pagar, bem como
para apuração das diferenças nas férias acrescidas de 1/3, décimos terceiros salários, Repouso
Semanal Remunerado (inclusive sábados), Aviso Prévio Proporcional e do FGTS + indenização
de 40% e consequentes diferenças. Oportunamente, requer o Autor que o MM. Juízo determine
EXPRESSAMENTE, com base no 818 §1º da CLT c/c artigos 396 e 339, ambos do CPC, para
que a empresa Reclamada, NA QUALIDADE DE DETENTORA LEGAL, traga aos autos as
NORMAS INTERNAS que comprovam o critério utilizado para o pagamento da parcela aos
modelos isonômicos, bem como as FICHAS CADASTRAIS e FINANCEIRAS dos modelos
isonômicos indicados no item supra e do Reclamante, pois ao Autor não possui as fichas de
todos eles e as que possui não são atuais, sob as penas do artigo 400 do CPC, aplicado de forma
supletiva ao Direito Formal do Trabalho, ressaltando a maior e melhor aptidão da Reclamada
para produção da prova, a teor do que exposto no artigo 6º do CDC, aplicado de forma supletiva
ao Direito Formal do Trabalho, considerando a Teoria do Diálogo das Fontes, perfeitamente

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aceita por esta Justiça Especializada; consoante item “8” retro.....................................R$
113.968,44

r) Integrações da verba pleiteada na alínea “q”, em epígrafe, nas gratificações natalinas,


férias acrescidas de 1/3, aviso prévio e eventuais direitos legais e oriundos do contrato de
trabalho, em conformidade com as SÚMULAS DO E. TST, consoante o item “8”, conforme
discriminado abaixo:

I. 13o salário (2017) 07/12 R$ 96,44

II.13o salário (2018) 12/12 R$ 165,32

III.13o salário (2019) 12/12 R$ 165,32

IV.13o salário (2020) 12/12 R$ 165,32

V.13o salário (2021) 12/12 R$ 165,32

VI.13o salário (2022) 08/12 R$ 110,21

VII.Férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 165,32

VIII.Abono de férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 55,11

IX.Férias indenizadas (2019) 12/12 R$ 165,32

X.Abono de férias indenizadas (2019) 12/12 R$ 55,11

XI.Férias indenizadas (2020) 12/12 R$ 165,32

XII.Abono de férias indenizadas (2020) 12/12 R$ 55,11

XIII.Férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 165,32

XIV.Abono de férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 55,11

XV. Férias indenizadas (2022) 12/12 R$ 165,32

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XVI. Abono de férias indenizadas (2022) 12/12 R$ 55,11
XVII.Férias proporcionais (2022) 03/12 R$ 41,33

XVIII.Abono de férias proporcionais (2022) 03/12 R$ 13,78

XIX.Aviso Prévio (2022) 51 dias R$ 281,04

s) Pagamento das integrações da gratificação especial e consectários legais, postulada


supra, no FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90.......................................................................................................R$ 1.363,41

t) Pagamento das integrações da gratificação especial e consectários legais, postulada


supra, na multa de 40% do FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90.......................................................................................................R$ 545,36

u) A condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios em razão da


mera sucumbência, entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por
cento) sobre o valor da condenação, à luz do artigo 791-A DA Lei 13.467/2017, bem como
artigo 85, § 2º, do CPC/2015, conforme item “9” retro.

v) A concessão do benefício da justiça gratuita, certo de que a Reclamante preenche os


requisitos da lei nº 1060/50, e artigo 790, § 3º, da CLT, consoante faz prova a declaração em
anexo (Doc. anexo – Declaração de Hipossuficiência), consoante o item “10” retro.

DEMAIS REQUERIMENTOS

a) Requer a notificação da Reclamada de todos os termos do presente para, ao final,


julgada procedente ação, ser condenada ao pagamento do principal, acrescido de juros,
correção monetária (que deverão ser calculados a partir do índice de correção monetária
advindo da cumulação do IPCA-E – CORREÇÃO PELO INDICE IPCA-E, REFERÊNCIA
PROCESSO/TST: ARGINC – 479-60.2011.5.04.0231) e demais cominações de direito;

b) Requer ainda o depoimento pessoal do Representante Legal da Reclamada, sob pena de


confissão, nos termos do Enunciado nº 74, do Colendo TST;

c) Requer a aplicação da sumula 368, II do Colendo TST;

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d) Requer que não sejam autorizados descontos do crédito do reclamante referente ao
Imposto de Renda e Contribuições Previdenciárias, ao passo que foi de responsabilidade o
reclamado a inadimplência das verbas devidas. Não obstante, ainda que Vossa Excelência
entenda que os descontas sejam ônus do reclamante, não há que se cogitar na incidência de
descontos fiscais sobre juros de mora. Esta possui natureza indenizatória, nos termos do art. 46,
§1º, da Lei nº 8.541/92 e da O.J. – SDI – 1, nº 400 do C. TST. Ainda, requer que sejam
observadas a progressividade das alíquotas e as épocas próprias para o cálculo nos termos dos
artigos 145, § 1º, 150 inciso II e artigo 153, § 2º, inciso I, todos da Constituição Federal, da Lei
12.350/10 e da Instrução Normativa RFB nº 1500, de 29 de outubro de 2014, e posteriores. E
quanto aos descontos previdenciários, requer que a quota parte do reclamante seja limitada ao
teto máximo de contribuição, segundo determina o artigo 68, § 4º, do Decreto nº 2173 de
05/03/97, bem como Orientação Normativa nº 02 de 15/08/94 do Sr. Secretário da Previdência
Social e ainda, Portaria 3964 de 05/06/97 - DOU de 06/06/97

DOS REQUERIMENTOS FINAIS

a) Requer ainda, por todos os meios de provas em Direito admitidos, a fim de se provar o
alegado, especialmente, depoimentos pessoais, principalmente da Reclamada, pena da aplicação
do Enunciado 74 do C. TST., testemunhais, realização de pericias que se fizerem necessárias,
juntada de novos documentos, bem como os documentos comuns às partes e de posse exclusiva
da Reclamada e tudo o mais que necessário se fizer, a fim de se provar o alegado.

b) Requer seja a empresa reclamada, CITADA para que, querendo, CONTESTE a


presente reclamatória, sob pena de REVELIA E CONFISSÃO, para que ao final seja esta
julgada PROCEDENTE, condenando a Reclamada ao pagamento do principal acrescido de
juros e correção monetária e demais cominações legais de praxe, principalmente, custas
processuais, honorários advocatícios e periciais, e outras verbas que do processo emergirem.

Que todas as publicações, intimações, notificações e citações sejam


realizadas em nome do advogado Dr. RENATHO FERNANDES RIBEIRO, OAB/SP
406.996, sob pena de nulidade.

Dá-se à presente causa, o valor de R$ 255.703,39 (duzentos e


cinquenta e cinco mil, setecentos e três reais e trinta e nove centavos), para os efeitos de
alçada.

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Ad cautelam, Exa., os valores ora atribuídos aos pedidos da inicial
visam, tão somente, adequar o valor atribuído à causa, em estrito atendimento ao artigo 840 da
CLT, sem prejuízo do que vier a ser apurado em regular execução de sentença, tudo acrescido
de juros e correção monetária, na exata forma da inicial.

Termos em que,
pede deferimento.
São Paulo, 24 de maio de 2022.

Lukas Fernandes Ribeiro


OAB/SP 401.352

Renatho Fernandes Ribeiro


OAB/SP 406.996

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