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RAC08 – ATIVIDADES NO TERRENO

Emitente: Diretorias Operações Ferrosos


Responsável Técnico: Eudes Friguetto, Matrícula 01858621, Gerência de Geotecnia do Corredor Sul; Ramayana
Viegas, Matrícula 81023366, Gerência de Geotecnia do Corredor Sudeste Angelo oliveira, Matricula, 520578 e Juliana
Oliveira , Matricula 81029532 , Gerência de Geotecnia do Corredor Norte
Público-alvo: Todos os funcionários (Vale e empresas contratadas) de Ferrosos, envolvidos em atividades em taludes
de cava, pilhas e industriais nas unidades operacionais de mineração, ferrovias, portos e áreas industriais.
Necessidade de Treinamento: ( ) SIM ( x ) NÃO

Resultados Esperados:

 Desenvolver e aprimorar os requisitos existentes tendo como foco o pilar “Zero Vidas Perdidas e Zero Vidas
Mudadas”;
 Consolidar os Requisitos de Atividades Críticas como um documento de alto nível e com padrão global
visando aplicação em toda a Vale nos seus mais diversas processos e áreas de negócio;
 Garantir que as equipes estejam orientadas para a correta percepção de risco para a realização da
atividade em taludes, por meio da implantação, padronização e normatização de rotinas de campo, com
gerenciamento dos ativos de geotecnia através de ferramentas VPS (Vale Production System), nas
diversas Unidades Operacionais.
 Assegurar que as atividades de rotinas atendam aos controles de qualidade das estruturas associadas às
unidades operacionais, ferrovias, portos e áreas industriais da Vale com controle de desvios.

CONTEXTUALIZAÇÃO

a) Quais RACs estão associadas a estas atividades descritas no PRO?

RAC 1 RAC 2 RAC 3 RAC 4 RAC 5 RAC 6 RAC 7 RAC 8 RAC 9 RAC 10 RAC 11 N/A
X

b) A elaboração/revisão deste PRO foi feita a partir de desdobramento de evento N1 ou N2?

NÃO SIM (Citar o ID SAP da ocorrência)


X

c) Caso o procedimento esteja relacionado a uma Tarefa Prioritária, qual a dimensão envolvida

Custos Meio Ambiente Produtividade Qualidade Riscos Saúde e Segurança


X

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RAC08 – ATIVIDADES EM TALUDES

Sumá rio
1. Objetivo..................................................................................................................................................1
2. Abrangência | Aplicação.........................................................................................................................1
3. Documentos de Referência.....................................................................................................................2
4. Glossário (Definições, conceitos, termos e siglas).................................................................................2
5. REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO E EQUIPAMENTOS...............................................................5
6. REQUISITOS PARA PROCEDIMENTOS...........................................................................................6
7. REQUISITOS PARA CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO.............................................................12
8 Elaboradores.........................................................................................................................................12
9 Controle de Revisão..............................................................................................................................13

1. Objetivo

Estabelecer os requisitos mínimos para que os trabalhos sob e/ou em taludes sejam executados com
segurança. Visa fornecer aos envolvidos no processo um documento de referência para consulta e
utilização, necessário para a execução de trabalhos em taludes nas unidades operacionais da Vale
(mineração, ferrovias, portos e áreas de infraestrutura), de maneira a possibilitar a compreensão quanto
as atividades em taludes e identificação dos riscos geotécnicos de forma padronizada para
bloquear/mitigar os riscos antes do início da atividade.

2. Abrangência | Aplicação
O documento se aplica às equipes da Vale e empresas contratadas que executam atividades
relacionadas
a taludes de cavas, pilhas de estéril, taludes industriais, bancadas ou cristas (Execução
do talude, reparação de erosões, correção de drenagens, limpeza de canaletas, forro nas bermas e
para as atividades de superestruturas nas ferrovias)
considerando a distância igual ou inferior a 1x a altura da bancada, nas áreas da Vale em Ferrosos, com
exceção de atividades de pilhas de produto de pátio, que serão tratados em procedimento específico de
Gestão de Pátios das Unidades.

As Escavações de Obras Cívis, também deverão seguir procedimentos específicos das áreas de
engenharia e legislações específicas.

3. Documentos de Referência
INTERNOS
 POL-000037 – Política de Segurança de Barragens e de Estrutura Geotécnicas de Mineração
 NFN-0001 – Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
 NOR-0003-G – Norma de Gestão de Riscos
 PGS-003770 – Interação, Fluxo de Comunicação e Resposta a Desvios
 PNR-000013 – Diretrizes Globais Desenvolvimento de Documentos Normativos
 PNR-000031 – Diretrizes para Permissão de Trabalho Seguro
 PNR-000069 – RAC Requisitos de atividades Críticas
 PNR-000100 - HIRA para Estruturas Geotécnicas
 PNR-000113 - Termos de Referência para Suporte Qualificado Independente IQS
 PNR-000116 • Diretriz para Monitoramento de Desempenho – Minas a Céu Aberto, Pilhas de
Produtos e Estéril
RAC08 – ATIVIDADES EM TALUDES

 PNR-000120 • Padrão Normativo de Geomecânica - Minas a Céu Aberto, Pilhas de Produto e de


Estéril
 PGS-004538 – Gerenciamento Geotécnico de Taludes
PGS-003770 - Interação, Fluxo de Comunicação e Resposta a Desvios

EXTERNOS
 ABNT NBR 11682:2009 – Estabilidade de Encostas
 ABNT NBR 13029:2017 – Elaboração e Apresentação de Projeto de Disposição de Estéril em
Pilha
 Portaria no 3.214, de 08 de junho de 1978 - Ministério do Trabalho e Emprego
 PORTARIA Nº 237, DE 18 DE OUTUBRO DE 2001, DNPM

4. Glossário (Definições, conceitos, termos e siglas)


Conforme normas vigentes, boas práticas e diretrizes corporativas.

 Altura do talude: distância, medida na vertical, entre o topo (crista) e a base (pé) do
talude em estudo, ao longo da reta de maior declive da encosta.
 Ângulo médio do talude ou inclinação média: ângulo com a horizontal (H), da reta
de maior declive que passa pelo pé e pelo topo de um talude em relação a sua altura
(V), geralmente identificado como xH:yV.
 Ângulo de face talude: ângulo, com a horizontal, da reta de maior declive que define
um segmento de face do talude.
 Ângulo Entre rampas: É o ângulo de talude intermediário aos acessos e rampas da
cava formado pelo alinhamento de um conjunto de bancos e o plano horizontal do
fundo da cava.
 Ângulo geral dos Taludes: É o ângulo formado pelo alinhamento que passa pelo pé
do conjunto de bancos e plano horizontal do fundo da cava ou pilha de estéril.
 Ângulo de Repouso: é o maior ângulo que o talude de um determinado material
solto faz com o
 plano horizonte sem ocorrer deslizamento à medida que mais materiais são
adicionados ao monte.

Figura 1 – Imagem explicativa dos diversos tipos de taludes.

 Aterros): parte mais baixa de um talude ou um trecho dele.


 Abatimento (recalque): Movimento vertical de uma estrutura ou região, provocado pelo próprio
peso ou devido à deformação do material. Geralmente, são caracterizados por um desnível em
que a região recalcada apresenta um abatimento em relação ao nível original da área. São
causas . São causas comuns de recalque: remoção do confinamento lateral, efeito de
bombeamento de água e efeito do rebaixamento generalizado do lençol freático.
 Acabamento de Talude: Deixar o talude nas condições de projeto. Executado em talude final
(de cava ou de fase) ou em taludes operacionais que vão ficar por muito Tempo sem retomada.
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 Banco/Bancada: é o conjunto da berma a face do talude, compreendido do pé do banco inferior,


ao pé do banco superior.
 Berma: superfície compreendida entre o pé da bancada superior e a crista da bancada inferior,
local onde é conformada a leira de proteção.
 Blocos soltos: Fragmento de rocha de tamanho variado que se encontram sem sustentação.
Geralmente são produto das detonações e quando não retirados das cristas dos taludes
apresentam risco para as atividades que ocorrem nos níveis mais baixos.
 Crista ou Topo do talude (aplicável a cortes e aterros): ponto mais alto do talude ou de um
trecho dele.
 Drenagem: verificação da conformação da drenagem planejada com a topografia atual,
indicando prováveis obstruções ou incoerências. Verificação de interferências com o
rebaixamento do nível d’água da cava, bem como questões associadas ao desaguamento dos
taludes de corte ou aterro.
 Drenagem interna: consiste na drenagem ou escoamento de água pelo interior de um dado
material (seja ele rocha ou solo, pode ser natural ou implementado por dispositivos enterrados.
 Dispositivo de drenagem superficial: elementos destinados a dissipar energia e conduzir o
fluxo d'água superficial por meio de: canaletas, valetas, bacias de captação, dissipadores, caixas
coletoras, escadas para descida de água, etc.
 Erosão: degradação produzida na camada superficial por agentes externos, tais como, água,
vento, chuva e oscilações de temperatura. Este processo começa com pequenos danos e pode
se agravar com o tempo se não for controlado no início por serviços de conservação.
 Elementos a serem inspecionados: componentes do talude como bermas, face, lera, crista,
drenagem, e estruturas geotécnica, (como taludes de corte e aterro).
 Estabilidade: verificação da geometria apresentada em relação ao seu fator de segurança ou
probabilidade de falha.
 Geometria: verificados no projeto do talude de corte ou aterro quanto a ângulos de face dos
taludes, altura de bancos e largura de bermas, bem como o ângulo geral indicado para cada
material, de acordo com as recomendações apresentadas nas premissas geotécnicas ou
conjunto de informações relativas aos taludes apresentadas em um projeto de engenharia.
 Percepção de risco: inclui diferentes elementos a serem levados em consideração em conjunto
para compreender como os indivíduos e os grupos sociais percebem tais riscos, uma vez que a
percepção e a aceitação do risco têm suas raízes em fatores culturais e sociais. A informação
sobre a magnitude do risco é importante para que haja conscientização de riscos até então
desconhecidos.
 Percolação: Passagem de água através do solo, aterro ou maciço rochoso.
 Pé do talude (aplicável a cortes e Retaludamento: Adequação da geometria do talude para
deixá-lo em condições de estabilidade geotécnica. Em geral envolve atividades de corte e aterro
e necessita de projeto e marcação
 Profissional Habilitado: profissional que possua experiência e treinamentos adequados para
ser considerado competente para o exercício de suas funções em atividades críticas,
considerando as legislações relevantes e diretrizes internas.
 Ruptura de talude: modificação da geometria do talude ocasionada por ações externas ou
internas, que causem queda total ou parcial do talude ou deformações excessivas que afetem
sua estabilidade ou a estabilidade e efetividade das obras de engenharia instaladas.
 Retaludamento: Adequação da geometria do talude para deixá-lo em condições de estabilidade
geotécnica. Em geral envolve atividades de corte e aterro e necessita de projeto e marcação
topográfica.
RAC08 – ATIVIDADES EM TALUDES

Figura 2 – Imagem explicativa dos conceitos geométricos de taludes.

 Surgência: Consiste no surgimento de água do interior do talude para sua face ou berma
indicando alto grau de saturação.
 Sumidouro: Sumidouro é o nome dado ao buraco no solo por onde a água se escoa. Também
pode ser interpretado como o orifício ou similar por onde algo desaparece, pode ser natural ou
artificial.
 Talude: Talude é qualquer superfície inclinada que delimita uma massa de solo, rocha ou outro
material qualquer (minério, maciços terrosos, maciços rochosos, escória, lixo etc.) que surgiram
a partir de vários processos: geológicos, geomorfológicos ou antrópicos.
 Talude Artificial: talude formado por corte, aterro ou modificado por obras.
 Talude Natural: talude formado pela natureza, sem interferência humana. São superfícies
naturais e inclinadas do terreno.
 Taludes de corte: são taludes escavados através de processos mecânicos com o uso de
escavadeiras, ou pelo processo de desmonte a fogo, com perfuração e desmonte de rocha
(cortes em estradas, taludes de mineração, ombreiras de barragens, etc.)
 Taludes de aterros: (pilhas de estéril, rejeitos, barragens, bota-foras, etc.)
 Talude Negativo: geometria/Inclinação subverticalizada da face, entre a linha da crista e o pé do
talude. Também conhecido como “Chapéu”.
 Trinca: Fendas observadas na leira de proteção, face do talude ou berma, indicando
movimentação de material.
 Umidade (saturação): Consiste na concentração de umidade em uma determinada região do
talude ou berma, pode ser caracterizada por uma mancha mais escura na face do talude,
indicando maior umidade ou ainda presença de água na face do talude e/ou nas bermas.
 Vias de acessos: são rampas, estradas, rodovias, etc.

5.0 - Requisitos gerais para isolamento, sinalização da área e barreiras de proteção:

a) O acesso a uma área isolada que apresenta risco eminente de instabilidades indicadas pela
geotecnia ou que sofreu uma ruptura de terreno deve ser controlado de acordo com o descrito
nesse PRO, iten 6.1-V, deste procedimento e somente deve ser liberado para pessoas e
equipamentos diretamente envolvidos após os trabalhos de remediação ou reparo e aprovação
do geotécnico responsável;

b) Deve-se utilizar isolamento da área com barricadas ou barreiras físicas (barreiras de


proteção) e sinalização; além de placas de indicação dos riscos e comunicação com o
responsável pela interdição. É proibido o uso de fita plástica listrada para isolar uma área;
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c) O tipo, tamanho e localização das barreiras de proteção para o isolamento devem ser
instalados proporcionalmente ao perigo potencial de forma a evitar exposição de pessoas e
máquinas à área instável;

d) Os tipos de barricadas e sinalizações utilizadas para isolar perigos devem ser estipuladas
em procedimentos de trabalho seguro e devem estar de acordo com a legislação local e aos
procedimentos da Vale.

6 REQUISITOS PARA PROCEDIMENTOS


6.1 - Requisitos gerais monitoramento e inspeção

a) Um processo de monitoramento e inspeção de desempenho será desenvolvido e


implementado por meio de procedimentos de trabalho seguros:

I – A equipe de geotecnia operacional é responsável por definir um cronograma dos


monitoramentos e das inspeções geotécnicas (OS) de cada estrutura, além de realizar
inspeções adicionais quando necessário;

II – Inspeções e monitoramentos devem ser executados conforme os cronogramas


cadastrados no sistema de gestão (GEOTEC), pelos responsáveis das estruturas. Este sistema
ou um outro deve ser utilizado para armazenamento e histórico das informações geotécnicas
das estruturas, bem como os desvios e os planos de ação para correção de anomalias;

III – O processo de monitoramento é realizado por instrumentos que auxiliam na


manutenção da estabilidade dos taludes, podendo ser: prismas, extensômetros, inclinometros,
medidores de trincas, Pzs, INAs, radares terrestres, satelitais, entre outros;

IV – A geotecnia operacional deverá definir quais serão os instrumentos de


monitoramento e quais os níveis de alerta para o monitoramento dos taludes, de acordo com o
comportamento geotécnico da estrutura. Ações de respostas relacionadas a cenários quando
os limites específicos forem excedidos, deverão ser definidas (TARPs), como preconiza a PGS-
003770;
V – Para Sinalização e interdição para todas as áreas de risco geotécnico, devem ser
Utilizados pontaletes nas cores preto e vermelho.

• Pontalete cor preto e vermelho


• Aplicação: Área com risco geológicos mapeados pela equipe da Geotecnia
• Distância entre pontaletes: 10 metros

b) Se uma instabilidade no terreno for identificada, as atividades devem ser paralisadas e uma
avaliação pela equipe de geotecnia operacional deve ser executada, conforme definido nos
requisitos de procedimentos locais. A retomada dos trabalhos só poderá ocorrer após a
implantação dos controles especificados e a liberação pelo responsável geotécnico;

c) Relatórios geotécnicos de performance dos instrumentos de cada estrutura devem ser


emitidos de acordo com os procedimentos locais e os resultados deste processo de avaliação
dos dados devem ser comunicados a todos os envolvidos diretamente na atividade;
RAC08 – ATIVIDADES EM TALUDES

d) A conformidade do talude deverá ser avaliada através de uma reconciliação da geometria


executada em campo com a geometria planejada ou projetada no plano/projeto, através de
levantamento topográfico em campo e tratamento dos dados em software específico;

e) Todos os dados geotécnicos devem ser armazenados em um banco de dados acessível e


auditável (exemplo: Geotec, Geodoc).

6.2 – Requisitos para elaboração de projetos/planos de lavra

a) Requisitos de estabilidade de solo para plano de lavra para mina a céu aberto

Conforme definido na PGS-04538 os planos de lavra deverão ser concebidos considerando no


mínimo as seguintes características geométricas:

 Largura de berma, ângulo de face e altura de talude entre bermas para cada setor
geomecânico;

 Ângulo e altura geral do talude;

 Orientações para drenagem operacional e drenagem em pit final;


 Nível d’água adequado que permita a lavra com segurança, evitando saturação e
surgência de água na face dos taludes.

A equipe de geotecnia operacional deve realizar avaliação do plano de lavra, verificando no


mínimo a conformidade da geometria estabelecida para os diferentes setores geomecânicos,
drenagens superficiais, interferência com poços de rebaixamento, interferência com
instrumentação de monitoramento e realizar análise de estabilidade para obtenção dos Fatores
de Segurança. Caso o plano de lavra não atenda aos requisitos mínimos para aprovação,
deverá ser devolvido para a Gerência de Planejamento realizar as adequações necessárias
conforme avaliação realizada pela geotecnia operacional e preconizada no PGS-04538.

O plano proposto deverá ser demarcado pela equipe de topografia delimitando a área prevista
no plano de lavra e a geometria planejada. Em caso de cadastro dos projetos em sistemas de
despacho/alta precisão a geometria proposta deverá ser seguida durante a operação.

As Gerências Operacionais deverão conhecer o plano de lavra, realizar a lavra conforme


marcação topográfica, e implementar as drenagens operacionais e de pit final.

b) Requisitos de estabilidade de solo para implantação de pilhas de estéril e de


rejeito empilhado

 Construir os depósitos de estéril e rejeito empilhado conforme projeto. Caso seja


previsto, construir dispositivos de drenagem interna de forma que não permitam a
saturação do maciço;

 Restringir e controlar o acesso e circulação de pessoas, veículos e equipamentos nas


áreas de depósitos de pilhas de quaisquer materiais;

 Realizar a marcação topográfica que deverá ser executada previamente à disposição;

 Realizar a disposição pelo método ascendente, ficando proibida a execução em “ponta


de aterro”;
RAC08 – ATIVIDADES EM TALUDES

 Rebater e revegetar os taludes finais conforme previsto em projeto;

 Não realizar escavações no pé dos taludes para não reduzir o Fator de Segurança.

c) Requisitos para escavações e taludes em área industrial

Obras de corte ou aterro de taludes em áreas industriais devem possuir projeto elaborado
por profissional habilitado, os projetos deverão ser validados pela geotecnia operacional. As
áreas responsáveis pelas estruturas devem acionar a geotecnia operacional para avaliação
prévia à implantação dos projetos e/ou construções próximos a taludes. Durante a
execução, em caso de anormalidades identificadas a equipe responsável deverá acionar a
geotecnia operacional para avaliação.

6.3 - Requisitos gerais a serem observados antes do início da atividade:

a) Avaliação dos Riscos Geotécnicos e Orientações para Preenchimento dos Itens do


Checklist

Aplica-se o preenchimento do checklist (ANEXO 1) as atividades a serem executadas dentro do


raio de interferência, igual ou menor a altura do talude, independente se haverá interação com
o mesmo ou alteração de geometria do talude. O Anexo 1 (Checklist de Percepção de
Segurança e Riscos Geotécnicos de Taludes) é a ferramenta oficial de registro deste PRO.

O preenchimento do checklist (Anexo 1) deve ser realizado como rotina antes do início de toda
atividade para avaliação das condições dos riscos ou ainda nas seguintes situações:

- Troca de turno ou troca de operador (se aplicável);


- Mudança das condições iniciais anteriormente avaliadas (exemplo: condições climáticas
desfavoráveis).

O preenchimento do checklist para atividades de operação em equipamentos deverá ser


realizado de forma individual por cada operador, e poderá ser coletivo para equipes que
desenvolvam as atividades manuais (topografia, equipes de geociências, de roçada e de
plantio, etc.)

O checklist devidamente preenchido e assinado deve ficar em posse do executante da


atividade (preenchimento individual) ou em posse do líder responsável em caso de
preenchimento coletivo, durante todo o período de sua execução. Após a finalização do turno
deve ser repassado ao líder responsável pela atividade, que armazenará o documento em local
devido por um prazo de um mês, em caso de ocorrência de acidente, o checklist deverá ser
arquivado junto com a documentação pertinente à análise do acidente. As empresas terceiras
deverão entregar (presencialmente ou no formato eletrônico válido) os checklists preenchidos
aos fiscais do contrato, anexos ao boletim de medição, sendo o fiscal o responsável pelo
armazenamento durante o prazo definido anteriormente. Cumpre ainda dizer que todos os
checklists devem conter a assinatura do supervisor ou encarregado responsável pela atividade,
no caso de algum item não-conforme.

Para as atividades às quais serão aplicadas a emissão de PTS, prevalecerá o preenchimento


do Anexo 8A da PNR-000031, em detrimento do anexo 01 desse PRO.
RAC08 – ATIVIDADES EM TALUDES

Orientações gerais:

- O preenchimento (manual ou eletrônico) do checklist deve ocorrer antes do início das


atividades e tem validade durante o mesmo turno de operação e se mantida a mesma área
inspecionada;

- É obrigatória a realização de nova inspeção de talude nos casos em que altere o cenário de
operação, como por exemplo a ocorrência de chuva intensa;

- O checklist deve permanecer junto ao executor e durante toda a atividade;

- Caso haja qualquer anomalia identificada após a inspeção, ainda no mesmo turno, o executor
deverá realizar uma nova avaliação do local;

- Sempre que for percebida alteração nas condições do local de trabalho que não possam ser
mitigadas, deve-se comunicar o superior imediato;

- Se houver mudança de frente de serviço no mesmo turno, deve-se realizar novo


preenchimento do checklist.

- Considerar avaliações realizadas por imagens (exemplo: drones) se necessário.

Quadro 1– Orientação para avaliação de conformidade do talude


1 – CONDIÇÕES DOS TALUDES E BERMAS
ITENS Como avaliar CONFORME NÃO CONFORME
1.1 – Trincas - O responsável pela
na berma inspeção deverá verificar a
berma da atividade na área
de influência, buscando a
presença de trincas.

- Quando necessário deve-


se avaliar as bermas
superiores e inferiores.

1.2 – - Os abatimentos ou
Abatimento | recalques são sinais de
Recalque de deslocamento vertical
berma (formação de degraus na
crista);

- A avaliação para
identificação de
abatimentos é a mesma da
trinca, o inspetor verificar
a área de influência da
atividade.

1.3 – Bermas - Essa verificação deve ser


abaixo e feita para evitar que
acima do pessoas e veículos acessem
local de a região sem prévio
trabalho com aviso/permissão.
acesso - Avalie se para a sua
isolado atividade é necessário esse
bloqueio.
RAC08 – ATIVIDADES EM TALUDES

1.4 – - Avaliar a presença de


Acúmulo de água (empoçamento) na
água na berma da atividade e na
berma do berma superiores à
banco da atividade.
atividade e
no banco - É importante garantir a
superior** manutenção da drenagem.

1.5 – Mancha -Avaliar se na face dos


de água | taludes a presença de
saturação no umidade ou ainda,
talude surgências.

-Em geral, essas regiões


apresentam cor mais
escura em relação ao
entorno, maior presença de
vegetação ou lodo ou ainda
pontos de surgência de
água.
1.6 – - O talude deve estar com
Inclinação do uma geometria adequada
talude para a realização da
atividade. Locais com
presença de chapéu, crista
negativa deve ser evitados.
- Considerar os
procedimentos que
indicam as condições de
trabalho das máquinas e a
geometria prevista em
projeto, se aplicável.

1.7 – Talude - Esse item é para


com altura atividades que envolvam
correta para equipamentos. É
o porte do importante que o(a)
equipamento inspetor(a) avalie a
condição de campo e
verifique se está de acordo
com os procedimentos e
normas de operação.

1.8 – Risco - O talude deve estar isento


de queda de de blocos
blocos ou soltos/desagregados ou com
blocos soltos potencial de se desprender
na crista do talude e que possam
significar risco a atividade.

1.9 – Verificar se há
Deslizamento deslizamento na face dos
de material taludes.

2 – CONDIÇÕES GERAIS PARA EXECUÇÃO DA ATIVIDADE


ITENS RECOMENDAÇÕE NORMAL ANORMAL
S
RAC08 – ATIVIDADES EM TALUDES

2.2 - - Antes de iniciar a


Marcação atividade, se aplicável, o(a)
para inspetor(a) deve garantir
execução da que as marcações
atividade topográficas necessárias
foram realizadas (seja em
campo ou por sistema
remoto – Terrain, ou
similar).
- É de extrema importância
que os colaboradores
executores estejam
alinhados do que deve ser
realizado na área afim de
que a marcação seja
devidamente eficiente.
2.3 - - O(a) inspetor(a) deve
Equipamento certificar de que o
compatível planejamento desta
com a atividade foi feito de
atividade maneira adequada e os
equipamentos selecionados
estão de acordo com o local
e natureza da atividade.

- Mudanças de tipo de
equipamento podem
ocorrer desde que sob
orientação do responsável
pelo planejamento da
atividade.
2.4 - - O(a) inspetor(a) deve
Iluminação avaliar se as condições de
suficiente iluminação estão
apropriadas para a
execução da atividade,
principalmente atividades
previstas para o turno da
noite.

2.5 - - O(a) inspetor(a) deve


Condições avaliar as condições
climáticas climáticas no momento da
adequadas inspeção.
- Orientar os envolvidos na
atividade que mudanças
climáticas como chuva,
neblina ou perda de
visibilidade podem ocorrer
e, se as condições não
forem favoráveis, a
atividade deve ser
paralisada e novo checklist
preenchido para sua
retomada.
*Avaliar também o acúmulo de água nas bermas inferiores. Em caso de empoçamento, comunicar ao superior imediato para que sejam
tomadas as devidas providências.

Se após a inspeção todos os itens forem respondidos "CONFORME", o próprio colaborador/inspetor


pode dar início aos trabalhos do turno.

Caso ocorra "NÃO-CONFORME" em qualquer um dos itens, a atividade não deve ser iniciada até que
haja uma avaliação das ações de controle apontadas no Checklist – Anexo 1 aprovada pelo supervisor
imediato ou geotécnico da estrutura, conforme exposto no Quadro 2.
O item "NA" deve ser utilizado quando o critério não é aplicável.

Quadro 2 – Etapas e tarefas para realização do processo de avaliação da percepção de risco de


atividades em taludes:
RAC08 – ATIVIDADES EM TALUDES

Nº ETAPAS RESPONSÁVEL ATIVIDADES | TAREFAS


1.1 Preencher o checklist das condições para realização
da atividade em taludes (Anexo 1), com indicação da
percepção de risco;
1.2 Garantir que todos os itens listados foram
Preencher checklist Executor da verificados;
1
da atividade Atividade
1.3 Se todos os itens forem respondidos “CONFORME”,
não oferece risco, o executante da atividade pode dar
início aos trabalhos.

2.1 Caso alguma resposta seja “NÃO-CONFORME”, o


executante da atividade deve acionar o líder responsável
para avaliar as ações de controle;
Executor da
2.2 - Se for possível executar a ação imediatamente,
2 Ações de 1º Nível Atividade/Líder
essa será executada e o líder irá avaliar a eficácia e
imediato
liberará a continuidade do trabalho;

Deve-se descrever no checklist (Anexo 1) quais foram as


ações de controle adotadas.
3.1 Caso o líder imediato perceba a necessidade de
avaliação geotécnica para mitigar a não conformidade o
mesmo deve acionar o Geotécnico responsável pela
estrutura.
Líder imediato
3 Ações de 2º Nível 3.2 O geotécnico junto com o líder da atividade irá definir
/Geotécnico
as ações para mitigação do risco e ambos assinaram o
checklist (Anexo 1)

Deve-se descrever no checklist (Anexo 1) quais foram as


ações de controle adotadas.
4.1 Caso o geotécnico da estrutura entenda não ser
possível a mitigação do risco com ações operacionais
imediatas, a área deverá ser interditada (Ação 3º nível);
Geotécnico da
4 Ações de 3º Nível
estrutura
4.2 A área ficará interditada e somente poderá ser
liberada após avaliação ou ações definidas pelo
Geotécnico da estrutura.

Plano de contingência

Por ser uma atividade sujeita a riscos de ruptura de talude, em caso de acidente o plano de
emergência local deverá ser acionado.

b) Para escavações de obras civis, deve-se verificar a existência ou não de interferências


(dutos, tubos, fios e etc.) enterradas. O responsável pela atividade deve consultar os
desenhos pertinentes relativos às utilidades enterradas na área. Em caso de possível
interferência com uma utilidade, uma avaliação específica da área deve ser realizada
com o uso de equipamentos adequados. Um relatório sobre a avaliação deve ser escrito
e deve ser parte de uma lista de verificação para identificação de riscos e controles.
RAC08 – ATIVIDADES EM TALUDES

7 - REQUISITOS PARA CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO


Os empregados que executam atividades relacionadas a taludes de cavas, pilhas de estéril e
taludes industriais, em bancada, ou crista, considerando a distância igual ou inferior a 1x a
altura da bancada deve possuir:

Treinamento global e local em RAC 08, incluindo reciclagem, conforme Diretrizes de


Capacitação da Valer;

Treinamento no PRO-023804- Atividades no Terrenos

As operações devem considerar os requisitos mínimos apresentados neste PRO para a


elaboração de procedimentos operacionais específicos para cada Corredor/Mina, adequados à
realidade das atividades e legislação local, bem como definir programa de capacitação para
todos eles.

8 - Elaboradores

NOME DO PROFISSIONAL MATRÍCULA GERÊNCIA | DIRETORIA

Arlan Geraldo 01155390 GER. OPERAÇÃO VARGEM GRANDE

Carlos Faria 01530136 GER. OPERAÇÃO MINA PARAOPEBA SUL

Cristiane Nascimento 81001922 GER.GEOTEC.HIDROG.CORREDOR SUL

Denis Claudio Ferreira 81016025 GER. PLANEJAMENTO CURTO PRAZO


PARAOPEBA SUL

Eudes Friguetto 01858621 GER.GEOTEC.HIDROG.CORREDOR SUL

Guilherme Gonçalves 01500695 GER. PLANEJ. TÁTICO CORREDOR SUDESTE

Itany Silva 0493693 GER. SEG. TRABALHO CORREDOR SUL

Laura Frota Campos Horta 81016462 GER. GEOTEC. HIDROG. MINAS CENTRAIS

Leonardo Paes 81003398 GER. SEG. TRABALHO CORREDOR SUDESTE

81019845 GER. MINAS PARALISADAS CORREDOR


Lívia Pimenta
SUDESTE

Ramayana Ferreira Viegas 81023366 GE. GEOTEC. HIDROG. CORR. SUDESTE

Rafael Xavier 81024277 GER.GEOCIÊNCIAS CORREDOR SUL

Ângelo Oliveira 01520578 GER. GEOTEC. HIDROG. MINAS CARAJÁS

Juliana Oliveira 81029532 GER. GEOTEC. HIDROG. MINAS CARAJÁS

Marcio Juliano 01506367 GER. SEG.TRABALHO PORTOS


RAC08 – ATIVIDADES EM TALUDES

9 - Controle de Revisão

NÚMERO E DATA ITEM ALTERADO


REFERÊNCIA DA
DATA DA
MUDANÇA
REVISÃO

Rev. 00 27/04/2017 NA Publicação da referência

Rev.01 05/02/2021 Atualização do PRO Atualização do


documento

Rev.02 09/06/2021 ANEXO I Atualização do


documento

Rev.03 10/07/2022 Adequação do PRO Atualização do


para atendimento a RAC documento
08 – PNR 00069

Rev.05 22/03/2023 Revisão do item 2, onde Atualização do


ifoi incluída as atividades documento
de superestruturas nas
ferrovias para que a
ferrovia possa utilizar o
PRO em suas atividades

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