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A PHDA e o seu
diagnóstico
critérios; mudanças e seu significado na prática clinica
PHDA – História
2013 - Perturbação do Neurodesenvolvimento
2- Para adolescentes mais velhos (a partir dos 17 anos) e adultos, são apenas necessários 5 sintomas de desatenção, ou
hiperatividade/impulsividade.
Perturbações do
Neurodesenvolvimento
Attention Deficit/Hyperactivity Disorder Attention Deficit/Hyperactivity Disorder Disturbance of Activity and Attention
Escola
Avaliação – Não Esquecer factores que modelam a
expressão fenótipica
• Idade
•Género
•Comorbilidade
•Características do Contexto
Desorganizado
Esquecido
Inquieto
Impaciente
Desatento
Baixa auto-estima
Irrequieto Dificuldades de Relação
Desatento Oposição
Irrequieto Dificuldades em aprender
Agressivo Dificuldades de relacionamento
Oposição
“Birras”
Diferenças de Género
As raparigas com PHDA têm maior probabilidade (2 vezes mais) do que os rapazes de
apresentar a forma de apresentação Predominantemente Desatenta (Biederman, Mick,
Faraone et al., 2002).
50% a 75% da população feminina com PHDA não está identificada - “sofrem em
silêncio.”
As raparigas são sinalizadas mais tarde (em média cerca de 5 anos) e geralmente por outras
perturbações associadas (depressão, ansiedade, baixa auto-estima, etc.).
PHDA – COMORBILIDADE – MTA Study (2001)
44% - Mais 1 perturbação associada
32 % - Têm outras 2 perturbações associadas
11% - Têm pelo menos outras 3 perturbações Cerca de 31%
tem apenas
PHDA
Perturbação de Oposição e
Desafio (54%-67%) (Barkley,
Perturbação DuPaul & McMurray, 1990; Barkley &
Bipolar (12%) Biederman, 1997; Biederman et. Al, 1992;
Faraone & Biederman, 1997; Fischer et al,
(Biederman, Faraone, Mick 1997.
& Wozniak, 1996)
Perturbações do Perturbação do
Comportamento Humor/Ansiedade
(44-50%) (Barkley, 1998) 24 % dos rapazes Discalculia
Dislexia
50% das raparigas (10-60%) (Barkley,
(15-30%) 1990; Frick et al.,
(Jensen et al., 1993)
1991Semrud-Clickeman et
(Shaywitz et al.,1992; al., 1992
Semrud-Clickeman et
al., 1992
Psychiatric comorbidities in children and adolescents with and without ADHD. Reproduced with permission from
Reale L et al. Eur Child Adolesc Psychiatry 2017; 26: 1443-1457.1
Overall prevalence of ADHD and selected psychiatric comorbidities in the US National Comorbidity Survey
Replication. Figure adapted from Kessler RC et al. Am J Psychiatry 2006; 163: 716-723.2
PHDA – fenótipo intimamente relacionado com os contextos de vida de cada
indivíduo.
Irrequieto
Desatento
Impulsivo
PHDA – fenótipo que varia consoante as tarefas
Situações de divertimento
Consequências imediatas
Melhor Reforços frequentes
Cedo
Situações motivantes e relevantes
Supervisionados
Um para um
Novidades
Pais
Estranhos
Situações monótonas
Situações de avaliação clínica
Consequências adiadas
Reforços esporádicos
Tarde
Situações repetitivas
Sózinhos Pior
Grupo
Situações familiares
Mães
Pais
Salas de espera
Pais de Crianças com Perturbações do Desenvolvimento
• Interpretações enviesadas
• Ciclos de relação fechados
• Adaptação da interacção
ADHD Phenotypes – ADHD Theories
Fingerprint of ADHD
EXECUTIVE
OTHER
Response Variability – ADHD slower and more variable (Alderson,
DYSFUNCTION/INHIBITHORY CONTROL Rapport & Koffer, 2007); (Willcut, et al, 2008); (Willcut, et al, 2012)
• Lack of universality in research. Processing Speed – slow (McGrath ,et. al., 2011)
• EF weaknesses are neither necessary nor sufficient to Sensation Seeking – novelty seeking (Geissler, Romanos, Heger &
STATE REGULATION
Cognitive-Energetic Model
EMOTIONAL REGULATION
Deficits in Motor Organization
Inhibition of emotions; top-down self control of emotions.
Activation and Effort and EF
Eg. Self regulation of frustration, impatient and anger.
(Sergeant, 2005) – Arousal- Acxtivation
(Barkley, 2015)
& Effort
Objectivos da avaliação
•O estabelecimento do diagnóstico;
(Barkley, 1998)
Avaliação da PHDA
• Diagnóstico clínico
Professor/Escola
• Diferentes Instrumentos
• Equipa multidisciplinar
3
Instrumentos
de Avaliação e
sua utilização;
clinica, família e escola
PND – Áreas de Avaliação
Sintomas – critérios / sistemas de classificação (frequências, duração,
intensidade, ocorrência em diversos contextos)
Impacto e percepção família e escola (Grau de desadaptação, “sofrimento”)
Funcionamento Psicológico e Afectivo – (Funções Executivas, Gestão
Emoções; Relacionamento Interpessoal, actual e passado, outros)
Sistemas e Contextos – Familiar e Escolar (sistemas, aprendizagens,
autonomia e independência pessoal, envolvimento físico e rotinas)
Níveis de Análise
• Questionários, Inventários
A Entrevista Clínica
As Escalas e Questionários
A Observação Directa
(Lopes,J., 2003)
A ENTREVISTA COM OS PAIS
OBJECTIVOS PRINCIPAIS:
• Revela com facilidade o grau de stress que a criança provoca no seio da família e
permite obter informação sobre o grau de dificuldades do foro psicopatológico nos
pais;
A ENTREVISTA COM OS PAIS
OBJECTIVOS PRINCIPAIS (cont.)
2. Irrequietude /impulsividade
Visitas;
Passeios;
Conversas ;
Brincadeiras/interesses- saltita
X. Características Positivas
Dar Atenção:
Conteúdos (pontuais…)
Registar:
Forma de organização e expressar de ideias;
Afectos que revela;
Gestão do comportamento (inibição, proximidade, oposição, controlo)
Gestos e movimentos;
Resistência à frustração
Olhar
A Entrevista Clínica Com o Jovem
2.Métodos de Estudo
Planeamento e auto-controlo do estudo
Avaliação do local de estudo
Avaliação das estratégias Cognitivas Facilitadoras da Compreensão da Informação
3.Auto-conceito e Auto-estima
Tennesse Self Concept Scale
Permitem obter uma linha de base para a avaliação do processo de intervenção ao nível
dos sintomas da perturbação
As Escalas e Questionários na Avaliação da
PHDA
Escala de Avaliação para o Défice de Atenção com Hiperatividade (EDAH) - Evaluación del
transtorno por Déficit de Atención con hiperactividade, 5º edição- EDAH - Anna Farré e Juan Narbona
(2003). Adaptação portuguesa da Ana Allen Gomes, Célia Marisa Lopes e Carlos Fernandes Silva em
2010
ADHD Rating Scale IV - (DuPaul, G.J.; Power, Thomas; Anastopoulos, Arthur J.; Reid, R.,1998)
ADHD Rating Scale5 - (George J. DuPaul, Thomas J. Power, Arthur D. Anastopoulos, and Robert Reid,
2016).
Escalas de Conners Revistas (CRS–R™; Conners, 1997) (adaptado por Ana Rodrigues, 2000).
Versão para Pais e Professores.
Conner’s Behaviour Rating Scales (Conner’s 3rd edition– versão atualizada para o DSM5, 2014)
(Keith Conner’s, 2008
AS ESCALAS E OS QUESTIONÁRIOS
BANDA LARGA - SINTOMAS
Conner’s Comprehensive Behavior Rating Scales (Conner’s CBRS) (C. Keith Conners,
2008)
AS ESCALAS E OS QUESTIONÁRIOS
AVALIAÇÃO ECOLÓGICA - IMPACTO
Objectivos
- Descrever comportamentos que a criança tem ou não e que causam problemas ao professor / colegas/ ele
próprio
- Para cada comportamento referido, descrever o contexto e momentos do dia em que normalmente ocorrem
- Estratégias já implementadas
Adaptações na estrutura da sala de aula
Regras da sala (prémios ou “punições” utilizados)
Avaliação
Contexto Escola
• Questionário sobre as Situações Escolares (Adaptado do School Situations Questionnaire, Barkley, R., 1990)
– Objectivo: sistematizar, em função das várias situações escolares, os comportamentos problema da criança.
– 12 situações a classsificar SIM/NÃO. Quando a situação é considerada um problema, é pedido que refiram o grau
de severidade da mesma (1 – ligeira severidade, 9 muita severidade).
• Através da contagem de sintomas no sistema de classificação vigente (6 ou mais em cada área para o DSM-5para o subtipo
combinado; ou 6 ou mais de desatenção e até 5 de Hiperactividade-impulsividade para o subtipo desatento ou 6 ou mais de
hiperactividade_impulsividade e até 5 de desatenção para o subtipo hiperactivo-impulsivo (DuPaul e Stoer, 2007. p41).
A ter em conta:
Critérios do DSM-5 não variam segundo a idade pelo que o desenvolvimento normal tem sempre que ser
equacionado pelo avaliador e todos os critérios verificados em função do mesmo;
O problema dos acordos pais/professores e da existência de sintomas em mais do que contexto de vida
3º Etapa: Interpretação dos Resultados
(Diagnóstico/Classificação)
(adaptado de DuPaul e Stoer, 2007)
• Através dos resultados normativos obtidos nas respostas a escalas e questionários; utilização de critérios de corte de 2
desvio-padrão (Conners, K. 1997; DuPaul e STOER, 2007) ou 1,5 desvio padrão (Conners, K. 1997). Considerar idade, sexo
e etnia.
• A ter em conta:
• Perfis de avaliação concordantes entre Pais e Professores e diferentes Percepções do Pai e Mãe.
3º Etapa: Interpretação dos Resultados
(Diagnóstico/Classificação)
(adaptado de DuPaul e Stoer, 2007)
• Obtido durante a entrevista aos Pais. Critério do DSM-5 ser inferior aos 12 anos (ICD- 6 anos)
• A ter em conta:
• Os sintomas como surgem no DSM-5 não são típicos das idades pré-escolares e os pais podem não estabelecer relações
com acontecimentos e sintomas anteriores aos 7 anos. Ter muita atenção a descrições das primeiras idades que digam
respeito a aspectos de auto-regulação, atenção, agitação e relação com os outros, bem como aspectos de
organização/autonomias e seguimento de instruções, bem como mudanças de atenção e dificuldades em brincar. È natural
que a entrada na escola agrave sintomas, mas muitas vezes não quer dizer que sugiram na entrada para a escola….
3º Etapa: Interpretação dos Resultados
(Diagnóstico/Classificação)
(adaptado de DuPaul e Stoer, 2007)
• Verificar através da entrevista e questionários não sintomaticos a pais e professores. Verificar as aquisições
académicas e execução de tarefas escolares diárias. Avaliar as questões da desadaptação social,
autoconceito, etc.
• A ter em conta:
• A importância do conceito de “sofrimento” e da influência dos contextos (numa visão sistémica) na evidência
dos sintomas. Reflectir sobre acordos e desacordos e o que eles representam nessa visão sistémica
3º Etapa: Interpretação dos Resultados
(Diagnóstico/Classificação)
(adaptado de DuPaul e Stoer, 2007)
• Em todo este processo a questão do diagnóstico diferencial é chave. Os sintomas de PHDA são comuns a muitas
situações de perturbações em Saúde Mental e Desenvolvimento e “mimam” outras situações de desvio. O Diagnóstico é
clínico e este aspecto deve ser avaliado em contexto multidisciplinar e especializado e mediante a utilização de eventuais
outros instrumentos de avaliação adicionais.
• Ainda e sobretudo em casos em que os passos anteriores são incongruentes (professores não concordam entre si, pais e
professores com perfis muito díspares, não existência clara de desadaptação escolar e ou social, sem história anterior
clara, etc…) é sempre necessário equacionar a hipótese de os factores ambientais (dificuldades na gestão
comportamental em casa, contexto escolar pedagogicamente pouco adequado) serem a maior causa dos problemas
apresentados.
• A ter em conta:
• A importância do conceito de “sofrimento” e da influência dos contextos (numa visão sistémica) na evidência
dos sintomas. Reflectir sobre acordos e desacordos e o que eles representam nessa visão sistémica
Integração de resultados - Conceptualização
HISTÓRIA
SINTOMAS DESENVOLVIMENTO
PERFIL DE FUNCIONAMENTO
DIMENSÕES
IMPACTO
EXPLICATIVAS
Escolha do Instrumento de avaliação
• Consoante a quantidade de informação abrangida;
Intervenção
Psicossocial na
PHDA
Aspetos Gerais
PHDA NÃO TRATADA
Problemas de Comportamento
Desempenho Académico
Problemas de Relação com os pares
Comportamento
Baixa Auto-estima
Questões legais, adições, acidentes
Idade
INTERVENÇÃO MULTIMODAL
INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO
FARMACOLÓGICA PSICOSSOCIAL
ÁREAS DE DESADAPTAÇÃO
Psicoeducação;
Treino Parental; As Dietas de Eliminação de
Modificação Comportamental Nutrientes (como o caso dos
na sala de aula; açucares e aditivos alimentares;
A dietas à base de Megavitaminas,
Anti-Oxidantes e Minerais;
A Integração Sensorial;
O Neurofeedback;
A ludo-terapia;
Exercício Físico Regular;
Grupos de Suporte para Pais; Barkley, R., 2006
Princípios Orientadores da Intervenção Psicossocial
Papel na família
Aprendizagem escolar
Sociabilização
Tarefas de Desenvolvimento Emocional
Desenvolvimento
Identidade
Maturação Física e sexualidade
Competências Cognitivas de Abstração
Prospecção no Futuro
Carreira profissional
Relações Intimas
Construção Projecto Vida/Familia
Responsabilidade Social/Autonomia
Idade / Familia 3
fase de desenvolvimento • Estratégias Comportamentais
• Treino parental
“Treatments must also be developmentally
sensitive,” Familia-Escola-Criança
• Intervenção Clinica CC
• Treino Parental
• Intervenção contexto escolar
Adolescente
• Intervenção Clinica CC
• Comunicação pais-filhos
• Suporte escola
Adulto
• Coaching
• Grupos entre ajuda
• Psicoterapia
• Diferentes Impactos
Estratégias de monitorização e
compensação do impacto do DA; Estratégias de regulação do
Gestão da frustração e insucesso comportamento
Autoimagem Regulação da expressão emocional
• •
Fatores de Risco
Identificados em função da frequência e intensidade da sua manifestação traduzem uma medida de impacto .
Irrequietude Motora
Impulsividade
Distractibilidade-
Diminuir Risco
Desatenção
Objectivos
Aumentar competência
Desafio
gerais do Prevenção de risco em
Agressividade
futuras etapas de
Desadequação Social projecto
desenvolvimento
Comportamento terapêutico Construção de projecto de
Antisocial vida
Instabilidade de
Humor
Reacções Ansiosas
Insucesso Académico
Intervenção Clinica – CRIANÇA/ADOLESCENTE/ADULTO
Empatizar,
Explicar porque acontece,
Encontrar solução de forma colaborativa
Funções Motivação
Regulação Procura
Executivas Adiamento
da Vigilia Estimulos
Gratificação
Regulação Emocional
Inibição Agitação Motora
Distractibilidade Impulsividade
Planeamento Impulsividade
Execução lenta
Monitorização Correr Riscos
Memória Trabalho
Intervenção Clinica – CRIANÇA/ADOLESCENTE/ADULTO
amelo@fmh.ulisboa.pt