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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
Tramitação Preferencial
- Pagamento de Salário
- Assédio Moral ou Sexual
Partes:
RECLAMANTE: MARIA JOSE BATISTA
ADVOGADO: MONICA MARTIN FERNANDES
RECLAMADO: SHAMOU - ESPORTES COMERCIO E SERVICOS LTDA - ME
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
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I. DA JUSTIÇA GRATUITA
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A Reclamante cumpre uma jornada de terça a sexta das 11:20 hs as 18:00 com
uma hora de almoço e aos sábados e domingos das 11:20 as 18:00.
A reclamante exercia a função de salva-vidas, porém teve sua CTPS com anotação
de recreador, no qual diverge com a atualidade, suas atividades era vigiar em volta
da piscina, observando os banhistas para prevenir afogamentos e realizar os
devidos primeiros socorros quando necessário.
Ocorre que a reclamante relata que exercia a função com exposição ao sol, bem
como surgiu nas costas da reclamante um caroço devido o mal jeito que ocorreu ao
socorrer uma banhista, e com a exposição ao sol surgiu severas queimaduras em
suas mãos, no qual realizou tratamentos, onde foi orientada a não trabalhar exposta
ao sol, tendo em vista que já sofria também com o problema ocular, motivo o qual
foi realizada cirurgia, conforme documentos anexos.
Quanto aos pedidos de EPI a reclamante solicitava, porém devido à demora na data
da entrega, ela trazia seus objetos pessoais como chinelos e outros.
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Ademais é sabido que todas as profissões em que há exposição ao sol tem direito
a insalubridade, porém a empresa realizava o pagamento da insalubridade
reconhecida em grau 20%, no qual ocorreu a cessação do pagamento sem nenhum
motivo, bem como não teve melhora alguma ao ambiente de trabalho ou mudança
em EPI.
A reclamante ainda relata, que há anos havia o desconto sindical, sendo que todo
ano pedia para eles retirarem, fazendo-se obrigada ao pagamento da contribuição,
dessa forma a reclamante requer a devolução dos pagamentos.
III. DO DIREITO
DO SALDO DE SALÁRIO
A Reclamante trabalhou até 07/09/2023 por isso deve receber a título de saldo de
salário referente a sete dias o montante de R$ 422,14 (quatrocentos e vinte e dois
reais e quatorze centavos).
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Sendo assim, tendo em vista que a reclamante gozou apenas de 05 (cinco), e que
já completou mais um ciclo de período aquisitivo, tem-se que há um valor integral à
título de férias, bem como a proporção de 9/12 de férias a ser custeada pela
reclamada, constituindo o montante de R$ 1.809,20 (mil oitocentos e nove reais e
vinte centavos), adicionado o terço constitucional no valor de R$ 603,06 (seiscentos
e três reais e seis centavos), com proporcional do abono de R$ 201,01 (duzentos e
um real e um centavo) se dar o valor de R$ 2.613,27 (dois mil seiscentos e treze
reais e vinte e sete centavos).
As leis 4090/62 e 4749/65 preceituam que o décimo terceiro salário será pago até
o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo ainda certo que a fração igual ou superior
a 15 dias de trabalho será havida como mês integral para efeitos do cálculo do 13%
salário.
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Diz o art. 15 da lei 8036/90 que todo empregador deverá depositar até o dia 7 de
cada mês na conta vinculada da empregada a importância correspondente a 8% de
sua remuneração devida no mês anterior.
Além disso, por conta da rescisão indireta do contrato de trabalho, deverá ser paga
uma multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título de FGTS, de acordo
com § 1º do art. 18 da lei 8036/90 c/c art. 7º, I, CF/88.
Resultando o valor restante de: R$ 5.311,47 (cinco mil trezentos e onze reais e
quarenta e sete centavos), aplicando a multa dos 40% no valor de R$ 2.124,58
(dois mil cento e vinte e quatro reais e cinquenta e oito centavos).
DO ADCIONAL DE INSALUBRIDADE
Durante todo o período contratual a Reclamante laborou em condições insalubres,
todavia lhe foi pago poucos meses, e ainda a deficiência na entrega dos EPI
(equipamentos de proteção) e depois sem motivo algum a reclamada não efetuou
pagamentos e não houve mudança alguma, não pagando a reclamante adicional no
grau médio (20%).
Sendo assim, para evidenciar os fatos aqui narrados, requer a produção de prova
pericial, de forma a permitir a demonstração do ambiente insalubre a que a
Reclamante era submetida, conforme dispõe o art. 369 do CPC.
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DO DANO MORAL
Devido as perseguições que a reclamante sofria, por parte de seu supervisor que a
caluniava com falsas informações expondo sua vida, atentando a sua moral e honra,
trazendo um grande abalo emocional, de forma que seu supervisor inventava
doenças e chegou a mencionar que a reclamante estava grávida por ter a barriga
de um nível elevado, a reclamante passou a não ter mais condições psicológicas
para permanecer no emprego.
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Por conta da rescisão indireta do contrato de trabalho deve-se ser aplicado a multa
prevista no art. 477 da CLT, que impõe o pagamento de uma multa equivalente a
um mês de salário revertida em favor da Reclamante, conforme § 8º do mesmo
artigo.
DO SEGURO DESEMPREGO
Entretanto, até o presente momento, a reclamada opta por não reconhecer suas
falhas e realizar o pagamento das verbas rescisórias a quem de direito, ocasionando
assim um sério dano ao obreiro e aos seus descendentes, pois todo o sustento seu
e de sua família restou comprometido.
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Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo.
[...]
[...]
Isto posto, cabe destacar que o presente pedido NÃO caracteriza conduta
irreversível, não conferindo nenhum dano a Reclamada, sendo devida a concessão
da tutela de urgência aqui pleiteada, visto que no transcurso da presente, nota-se
mais do que evidente o preenchimento dos dois requisitos necessários para a
concessão da tutela de urgência, o fumus boni iuris e o periculum in mora.
Tal alegação lastreasse nas seguintes afirmativas: o fumus boni iuris, ou a fumaça
do bom direito, é nítida, cristalina, ao momento que, pelas provas documentais e
extratos de FGTS do reclamante trazido à baila processual, fica nítida a ausência
de pagamento das obrigações contratuais da empresa perante obreiro,
ocasionando assim uma ruptura contratual indireta pelo empregador, como prevê o
art. 483 da CLT.
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HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS
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não teriam limites. Anote-se, por oportuno, que a matéria em comento é objeto da
Súmula Vinculante 40 : "A contribuição confederativa de que trata o artigo 8º , IV ,
da Constituição Federal , só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo". Esse é
o posicionamento atual dessa E. Corte, consubstanciado na Tese Jurídica
Prevalecente 10: "Sendo ilícito o desconto realizado em folha de pagamento a título
de contribuição assistencial em relação ao trabalhador não filiado ao sindicato, é
devida a devolução pelo empregador". Os documentos juntados aos autos
demonstram que a Reclamada efetuou os descontos a título de contribuição
assistencial de seus empregados. Contudo, não há comprovação de autorização de
desconto de contribuição assistencial dos empregados da Reclamada. O desconto
efetuado pela Reclamada não garante o repasse ao Sindicato, caso não haja a
autorização do trabalhador. Eventual restituição do desconto ilícito da contribuição
assistencial deve ser objeto de ação própria ajuizada pelos trabalhadores
prejudicados ou pelo Sindicato da categoria.
DA RESCISÃO INDIRETA
A rescisão indireta do contrato de trabalho é regulada pelo art. 483 da CLT, senão
vejamos:
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor
excessivo;
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g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a
afetar sensivelmente a importância dos salários.
I. DOS PEDIDOS
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40% de todo o valor que deveria ter sido depositado na conta vinculada do FGTS
da reclamante, como as multas dos arts. 477 e 467 da CLT, e de todas outras que
estão denominadas no tópico denominado “dos valores”;
e) A condenação da reclamada para pagamento dos FGTS (s) em atraso, bem como
a multa de 40% já descrimina nessa exordial, afim de que o empregador comprove
os depósitos, e que de forma alternativa requer-se o ofício a Caixa Econômica
Federal para que envie os depósitos de FGTS em nome da reclamante;
h) A total procedência da demanda, nos termos em que foi proposta, para a final
condenar a Reclamada ao pagamento de todo o postulado, acrescidos de juros e
correção monetária.
Nestes termos,
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OAB/SP 404.831
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Número do documento: 23091313543168500000316864384