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Ponta Grossa
Dezembro de 2022
Ketelyn Bertassoni Zabroski
Ponta Grossa
Dezembro de 2022
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho objetiva a citação e explicação de todas as circunstâncias
judiciais contidas no artigo 59 do Código Penal (CP), presentes na primeira fase da aplicação
da pena, considerando a subjetividade de sua aplicação. Ressalta-se que a análise realizada
na elaboração deste trabalho foi realizada por meio de pesquisa qualitativa, utilizando-se de
pesquisa bibliográfica.
2. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS
O art. 59 do CP nos traz oito circunstâncias, tais quais deverão ser analisadas
na primeira fase da aplicação da pena, in verbis:
2.2 ANTECEDENTES
Os antecedentes dizem respeito à vida pregressa do agente, ou seja, aos fatos que
antecedem a prática do crime.
Casos que não se enquadrem como reincidência poderão ser considerados como
antecedentes, de acordo com os artigos 62 e 64 do CP.
Os antecedentes dizem respeito ao histórico criminal do agente que não se preste para efeitos
de reincidência. Entendemos que, em virtude do princípio constitucional da presunção de
inocência, somente as condenações anteriores com trânsito em julgado, que não sirvam para
forjar a reincidência, é que poderão ser consideradas em prejuízo do sentenciado, fazendo com
que a sua pena-base comece a caminhar nos limites estabelecidos pela lei penal.
deve ser entendida como síntese das qualidades morais e sociais do indivíduo. Na análise da
personalidade deve-se verificar a sua boa ou má índole, sua maior ou menor sensibilidade
ético-social, a presença ou não de eventuais desvios de caráter de forma a identificar se o
crime constitui um episódio acidental na vida do réu."
2.5 MOTIVOS
Os motivos são as razões que levaram o agente a cometer o crime. Podem tornar o ato
mais ou menos condenável, mas se forem peculiares ao tipo penal pelo qual o indivíduo foi
condenado, não visam aumentar a repreensão. Ou seja, "Correspondem ao ‘porquê’ da prática
da infração penal. Entende-se que esta circunstância judicial só deve ser analisada quando os
motivos não integrem a própria tipificação da conduta, ou não caracterizem circunstância
qualificadora ou agravante, sob pena de bis in idem.” CUNHA (2014, p. 383).
Todavia, existe a possibilidade de um crime ter mais de um motivo. Isto posto, um dos
motivos pode qualificar o crime e os demais servem para aumentá-lo.
Trata-se do modus operandi empregado na prática do delito. São elementos que não compõem
o crime, mas que influenciam em sua gravidade, tais como o estado de ânimo do agente, o
local da ação delituosa, o tempo de sua duração, as condições e o modo de agir, o objeto
utilizado, a atitude assumida pelo autor no decorrer da realização do fato, o relacionamento
existente entre autor e vítima, dentre outros.
Não podemos nos esquecer, também aqui, de evitar o bis in idem pela valoração das
circunstâncias que integram o tipo ou qualificam o crime, ou, ainda, que caracterizam
agravantes ou causas de aumento de pena.
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Código Penal Comentado. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
CAPEZ, Fernando; PRADO, Stela. Código Penal Comentado. 5. ed. São Paulo: Saraiva,
2014.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal - Parte Geral. 12. ed. Rio de Janeiro: Impetus,
2010.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal – Parte Geral. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
v. 1.
LIMA, Rogério Montai de. Guia Prático da Sentença Penal Condenatória e Roteiro para
o Procedimento no Tribunal do Júri. São Paulo: Método, 2012.