Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CÂMPUS PROF. DR. SÉRGIO JACINTHO LEONOR – ARRAIAS/TO

CURSO DE DIREITO

Disciplina: Direito Penal II - Teoria da Pena

Docente: Vanessa Ferreira Lopes

Estudante: Emanoel de Oliveira Barros

Trabalho de revisão – Direito Penal II

1) A alternativa correta é a letra E.


A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 do Código Penal Brasileiro; em
seguida, serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas
de diminuição e de aumento. No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas
na parte especial, o juiz pode limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição,
prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.

2)A alternativa correta é a letra B.


O ponto de partida é a pena intermediária. As causas de diminuição e de aumento também
são denominadas minorantes e majorantes. Estabelecem o quantum de aumento ou
diminuição, podendo levar a pena acima do máximo e abaixo do mínimo previsto em lei. Não
podem ser confundidas com as qualificadoras, pois estas alteram o intervalo da pena.

3)A alternativa correta é a letra A.


Segundo Rodrigo Duque, em uma visão redutora da execução penal, a humanidade também
se identifica com o imperativo da tolerância (ou alteridade), exigindo do magistrado da
execução uma diferente percepção jurídica, social e humana da pessoa presa, capaz de
reconhecê-la como sujeito de direitos. Essa nova compreensão do princípio da humanização
da pena – cotejada pelo reconhecimento do outro – busca então afastar da apreciação judicial
juízos eminentemente morais, retributivos, exemplificantes ou correcionais, bem como
considerações subjetivistas, passíveis de subversão discriminatória e retributiva.

4) A alternativa correta é a letra D


No exame das circunstâncias agravantes e atenuantes em um concurso, a pena deve
aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, considerando-se aquelas
que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da
reincidência, conforme estipulado pelo art. 67 do Código Penal. Na segunda fase da
dosimetria da pena, é viável realizar a compensação integral da atenuante da confissão
espontânea com a agravante da reincidência, seja ela específica ou não. No entanto, nos casos
de multirreincidência, a preponderância da agravante prevista no art. 61, I, do Código Penal
deve ser reconhecida. Nessa situação, é admitida a compensação proporcional da agravante
com a atenuante da confissão espontânea, em estrita observância aos princípios da
individualização da pena e da proporcionalidade, conforme decisão do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) no Recurso Especial (REsp) 1.931.145-SP, julgado em 22/06/2022, no âmbito
do Recurso Repetitivo - Tema 585 (Info 742). Dessa forma, como regra geral, a reincidência
e a confissão espontânea podem ser compensadas. Contudo, em casos de multirreincidência,
a agravante prevalecerá, ocorrendo apenas uma compensação parcial ou proporcional. Assim,
o juiz deve agravar a pena-base na segunda fase da dosimetria, dando destaque à agravante da
reincidência e compensando a atenuante da confissão espontânea com uma das anotações
criminais que geraram a reincidência.

5) A alternativa correta é a letra A.


As condenações em comento apenas poderão ser valoradas a título de maus antecedentes,
tendo em vista que, de acordo com entendimento do STJ, as condenações criminais
transitadas em julgado que não sejam utilizadas para caracterizar a reincidência só podem ser
valoradas, na primeira fase da dosimetria, a título de antecedentes criminais, não se admitindo
sua utilização para desabonar a personalidade ou a conduta social do agente.

6) A alternativa correta é a letra C.


O princípio da dignidade da pessoa humana, no âmbito penal, implica vedação de tratamento
degradante e cruel, servindo de fundamento, na jurisprudência, à concessão de prisão
domiciliar a preso em estado terminal.

7) A alternativa correta é a letra B.


No Sistema Trifásico de Aplicação da Pena Privativa de Liberdade, regulamentado pelo
Código Penal Brasileiro no Art. 68, a determinação da pena segue um processo sequencial.
Inicialmente, a pena-base é estabelecida considerando os critérios delineados no Art. 59 do
mesmo código. Em seguida, são ponderadas as circunstâncias atenuantes e agravantes que
podem influenciar na fixação da pena. Por fim, são analisadas as causas de diminuição e
aumento, completando o ciclo de avaliação. Esse método trifásico visa assegurar uma
individualização justa e equitativa da pena, atendendo aos princípios fundamentais do sistema
penal.
8) A alternativa correta é a letra A.
Lei nº 11.343/2006, Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância
sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do
produto, a personalidade e a conduta social do agente.

9)A alternativa correta é a letra A.


Autilitaristas, que consideram e justificam a pena enquanto meio para a realização do fim
utilitário da prevenção de futuros delitos.

10) A alternativa correta é a letra B.


Na aplicação da pena, adota-se o critério trifásico, assim temos que:
1ª fase – circunstâncias judiciais – NÃO pode ultrapassar a pena-base.
2ª fase – atenuantes e agravantes – NÃO pode ultrapassar a pena-base.
3ª fase – causas de aumento e diminuição – PODE ir AQUÉM da pena mínima ou ALÉM da
pena máxima.
Essas etapas devem ser seguidas para a correta dosimetria da pena, corroborando a
importância do sistema trifásico para garantir uma avaliação justa e equitativa das sanções
penais.

11) A alternativa correta é a letra B.


O gabarito B ressalta a constitucionalidade da reincidência como agravante da pena em
processos criminais, citando o art. 61, I, do Código Penal (CP), com respaldo no STF. O texto
destaca as definições de reincidência segundo o art. 7º da Lei de Contravenções Penais e o
art. 61, I, do CP. Além disso, aborda as condições para caracterização da reincidência,
conforme o art. 63 e o art. 64, I e II, do CP. O parágrafo final enfatiza a especificidade do
crime anterior (art. 28 da Lei 11.343/06) e argumenta que, de acordo com o entendimento
prevalente, esse crime não deve constituir causa de reincidência.

12) CORRETO.

13) A alternativa correta é a letra A.


Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na
data da sentença;
II - o desconhecimento da lei;
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou
minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da
vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
14) A alternativa correta é a letra C.
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou
qualificam o crime:
I - em estado de embriaguez preordenada.

15) A alternativa correta está CORRETA.


Não há duplicidade de punição, conhecida como "bis in idem", quando se considera o motivo
torpe em conjunto com o feminicídio, pois o feminicídio é uma qualificadora de natureza
objetiva. Esta interpretação é corroborada por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
especificamente da 6ª Turma, no Habeas Corpus 433.898-RS, com relatoria do Ministro Nefi
Cordeiro.

Você também pode gostar