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RESUMÃO
Davi Miranda RA-A497161
Fixação da pena
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos
motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme
seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.
Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu.
§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é
ineficaz, embora aplicada no máximo.
Multa substitutiva
§ 2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa,
observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código.
Circunstâncias agravantes
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
I - a reincidência;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa
do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo
comum;
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
h) contra criança, velho, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada pela Lei nº 9.318, de 5.12.1996) (Vide Lei nº
10.741, de 2003)
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou
qualidade pessoal;
Reincidência
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que,
no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior
tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do
livramento condicional, se não ocorrer revogação;
Circunstâncias atenuantes
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença;
II - o desconhecimento da lei;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as
conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a
influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime,
embora não prevista expressamente em lei.
Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias
preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do
agente e da reincidência.
Cálculo da pena
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as
circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-
se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
Concurso material
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não,
aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa
de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um
dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem
compatíveis entre si e sucessivamente as demais.
Concurso formal
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-
lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um
sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes
concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código.
Crime continuado
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e,
pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos
como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas,
aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa,
poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como
os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o
triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.
Erro na execução
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que
pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao
disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender,
aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado
diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o
resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos.
§ 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos,
devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo.
§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação,
desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.
Concurso de infrações
1. As penas.
As penas em geral. Origem. Escolas penais.
Pena: é a sanção aflitiva imposta pelo Estado, mediante ação penal, ao autor de uma infração
(penal), como retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico, e
cujo fim é evitar novos delitos.
2. as penas.
conceito. características e classificação. sistemas penitenciários. as penas na lei n 7209/84.
Princípios:
Legalidade e anterioridade
CF,art.5º, II(ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei), XXXIX (não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal) e XL (a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu). CP,arts.1º e 2º.
Humanidade
CF,art.1º,III (A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos (...) a dignidade da pessoa humana). CF,art.5º, III (ninguém será submetido a
tortura nem a tratamento desumano ou degradante), XLVII (não haverá penas: a) de morte,
salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de
trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis) e XLIX (é assegurado aos presos o respeito à
integridade física e moral). LEP,arts.40 (Impõe-se a todas as autoridades o respeito à
integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios), 41, 88 e 104.
Pessoalidade e individualização
CF,art.5º, XLV (nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido) e XLVI (a
lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou
restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão
ou interdição de direitos). CP,art.59. LEP,arts.45,§3º e 112).
Regimes penitenciários: o CP, art. 33, prevê 3 espécies de regimes: o fechado, o semi-aberto e
o aberto; considera-se regime fechado a execução da pena privativa de liberdade em
estabelecimento de segurança máxima ou média; no regime semi-aberto, a execução da pena
se faz em colônia agrícola ou estabelecimento similar; no regime aberto, a execução da pena
ocorre em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
Reclusão e detenção: as penas privativas de liberdade são duas: reclusão e detenção; a pena
de reclusão deve ser cumprida em regime fechadom semi-aberto ou aberto; a de detenção
deve ser cumprida em regime semi-aberto ou aberto.
Espécies e regras: as penas restritivas de direitos, previstas na CF (art. 5º, XLVI), são as
seguintes: prestação de serviços à comunidade, interdição temporária de direitos e limitação de
fim de semana; adotado pelo CP o sistema das penas substitutivas, as privativas de direito são
autônomas e substituem as privativas de liberdade, observadas as condições previstas no art.
44; as penas restritivas de direitos não podem ser cumuladas com as privativas de liberdade.
Ver Lei 9714/98, que altera o artigo acima citado do CP.
Conversão: a pena restritiva de direitos, obrigatoriamente, converte-se em privativa de
liberdade, pelo tempo da pena aplicada, nos termos previstos no art. 45 do CP; a conversão se
faz pelo total da pena original.
Prestação de serviços à comunidade: de acordo com o art. 46, a prestação de serviços à
comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a entidades
assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em
programas comunitários ou estatais; a execução se faz nos termos da Lei de Execução Penal
(arts. 149 e 150).
Interdição temporária de direitos: as penas de interdição temporária de direitos estão previstas
no art. 47 do CP; a execução de tais penas se realiza de acordo com os arts. 154 e 155 da Lei
de Execução Penal.
Limitação de fim de semana: segundo o art. 48, consiste na obrigação de permanecer, aos
sábados e domingos, por 5 horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento
adequado; a execução da limitação se faz nos termos da Lei de Execução Penal (arts. 151 a
153).
7. Revisão
8. pagamento da multa.
impossibilidade de conversão da multa .
9. aplicação da pena.
circunstâncias do crime. circunstâncias judiciais. aplicação da pena.circunstâncias agravantes.
reincidência. agravantes no concurso de agentes.
Conceito: tratando-se de crime, circunstância é todo fato ou dado que se encontra em redor do
delito; é um dado eventual, que pode existir ou não, sem que o crime seja excluido.
Elementares: o crime possui 2 requisitos: fato típico e antijuricidade; ao lado deles fala-se em
elementos específicos, que são as várias formas pelas quais aqueles elementos genéricos se
expressam os diversos tipos penais; são as elementares.
Distinção entre uma elementar e uma circustância: o critério é de exclusão, de acordo com 2
princípios:
1º) quando, diante de uma figura típica, excluindo-se determinado elemento, o crime
desaparece ou surge outro, estamos em face de uma elementar;
2º) quando. excluindo-se certo dado, não desaparece o crime considerado, não surgindo outro,
estamos em face de uma circunstância.
Circunstâncias
HIPÓTESE DE REINCIDÊNCIA
DE CRIMES ( art. 63 do CPB)
Reiteração Criminal: prática de crimes em momentos e dias diferentes, sem julgamento ainda
(sem sentença), não é reincidência.
Crime cometido no transcorrer da ação penal: não há reincidência.
Condenado recorre e os autos vão para o tribunal, praticando então novo delito: não é
reincidente.
Condenado por sentença irrecorrível, praticando outro delito: é reincidente.
DE CRIMES E CONTRAVENCÃO
Condenado por crime (irrecorrível), comete outro delito: é reincidente ( art. 63 do CPB );
Condenado por crime (irrecorrível), comete uma contravenção: é reincidente (LCP, art. 7°);
Condenado por contravenção (irrecorrível), pratica um crime: não é reincidente (CP, art. 63);
Condenado por contravenção, comete outra contravenção: é reincidente (LCP, art. 7°).
Ocorrendo uma causa de extinção da punibilidade após o trânsito em julgado da sentença
condenatória: em regra, cometido crime posteriormente, ocorrerá reincidência.
Ocorrendo uma causa de extinção da punibilidade antes do trânsito em julgado da sentença:
cometido crime posteriormente, não haverá reincidência.
Perdão judicial: se cometido outro crime após, não será reincidente o réu (art. 120 do CP). '
OBSERVAÇÕES
O CP brasileiro adotou o sistema da temporariedade: não há reincidência quando entre o termo
"a quo", ou seja, o cumprimento da pena, e a prática do nova delito tiver decorrido período de
tempo superior a 5 anos (art. 64, I).
Não geram reincidência os crimes militares próprios e os crimes políticos (crimes eleitoriais e
crimes contra a seguranç~ nacional).
Para o reconhecimento da reincidência, é necessária a comprovação documental da
condenação anterior.
Art. 66 - prevê circunstâncias inominadas (A pena poderá ser ainda atenuada em razão de
circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em
lei).
Sentido amplo: previstas na parte especial; trata das causas de aumento, e as qualificadoras
propriamente ditas.
Sentido estrito: abrangem apenas as qualificadoras em face das quais são modificados os
parâmetros abstratos da pena mínima e da pena máxima em tipo básico
CONCURSO DE QUALIFICADORAS
Aplica-se uma só, e a outra pode ser reconhecida como circunstância judicial ou legal de
agravação da pena.
OPERAÇÕES NA APLICAÇÃO
Cominação de penas alternativas: juiz escolhe uma delas com fundamento nas circunstâncias
judiciais;
Pena única ou juiz já escolheu uma: fixa, dentro dos limites legais, a quantidade (art. 59, II).
Crimes Culposos
Até 1 ano: a pena privativa de liberdade pode ser substituída por multa ou por uma pena
restritiva de direitos (vide item ï acima)
Superior a 1 ano: pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas
penas restritivas de direitos (art. 44, § 2).
Fixação da pena: nos termos do art. 59, o juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do
crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de
cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativa de liberdade
aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.
Fases da fixação da pena privativa de liberdade: na opinião de Nelson Hungria: para a fixação
da pena, o juiz deve considerar inicialmente as circunstâncias judiciais do art. 59, caput, para
depois levar em consideração as circunstâncias legais genéricas agravantes e atenuantes (61,
62, 65 e 66), e finalmente aplicar as causas de aumento e diminuição da pena, previstas na
Parte Geral ou Especial do CP; assim, para ele, são 3 as fases de fixação da pena: 1ª) o juiz
fixa a pena-base, levando em conta as circunstâncias judiciais do art. 59, caput; 2ª) encontrada
a pena-base, o juiz aplica as agravantes e atenuantes dos arts. 61, 62 e 65; 3ª) sobre a pena
fixada na segunda fase, o juiz faz incidir as causas de aumento ou de diminuição; é claro que
só existe a terceira fase quando houver causa de aumento ou de diminuição aplicável ao caso
concreto.
Os delitos podem ser apreciados em uma ação penal apenas, em caso de conexão, ou em
várias ações, desde que não exista ligação processual (art. 7f do CPP).
- PENAS
Penas idênticas: aplica-se somente uma, acrescida de um sexto (1/6) até a metade (1/2).
Penas diferentes: aplica-se a mais grave, aumentada de um sexto até a metade.
A pena aplicada no concurso formal não pode ser superior àquela que seria cominada no caso
de concurso material (§ único, do art. 70).
- REQUISITOS
O CP adotou a objetiva, ficando a subjetiva para a aplicação da pena (art. 70, caput, 2ª parte).
Concurso de Crimes
Introdução: quando duas ou mais pessoas praticam o crime surge o "concurso de agentes";
quando um sujeito, mediante unidade ou pluralidade de ações ou de omissões, pratica 2 ou
mais delitos, surge o concurso de crimes ou de penas; é possível que o fato apresente
concurso de agentes e de crimes; é o caso de duas ou mais pessoas, em concurso, praticarem
dois ou mais crimes.
Sistema do cúmulo material: considera que as penas dos vários delitos devem ser somadas; foi
adotado entre nós no concurso material ou real (69, caput) e no concurso formal imperfeito (70,
caput, 2ª parte).
Concurso material: ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica
dois ou mais crimes, idênticos ou não (69, caput); para que haja concurso material é preciso
que o sujeito execute duas ou mais condutas (fatos), realizando dois ou mais crimes; o
concurso material poder ser: a) homogêneo: quando os crime são idênticos; ou b)
heterogêneos: quando não são idênticos; no concurso material as penas são cumuladas;
tratando-se de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela; impostas penas
restritivas de direitos, as compatíveis entre si devem ser cumpridas simultaneamente; se
incompatíveis, sucessivamente.
Concurso formal: ocorre quando o agente, mediante uma só ação ou omissão pratica dois ou
mais crimes (70, caput); difere do concurso material pela unidade de conduta: no concurso
material o sujeito comete dois ou mais crimes por meio de duas ou mais condutas; no formal,
com uma só conduta realiza dois ou mais delitos; ex.: a agente com um só tiro ou um golpe só,
ofende mais de uma pessoa; pode ser homogêneo (quando os crimes se encontram descritos
pela mesma figura típica, havendo diversidade de sujeitos passivos) ou heterogêneo (quando
os crimes se acham definidos em normas penais diversas); pode haver concurso formal entre
um crime doloso e outro culposo; na aplicação das penas privativas de liberdade, o Código
determina duas regras: a) se as penas são idênticas, aplica-se uma só, aumentada de um
sexto até metade; b) se as penas não são idênticas, aplica-se a mais grave, aumentada de um
sexto até a metade.
12. concurso de crimes.
crime continuado. erro na execução.
TEORIAS ADMITIDAS:
- QUANTO A NATUREZA
Unidade Real: As várias violações são componentes de um único crime;
Ficção Jurídica: Deriva a unidade de uma criação legal para a imposição da pena quando, na
realidade, existem vários delitos;
Teoria Mista: Não se cogita de unidade ou pluralidade de delitos, mas de um terceiro crime,
que é o próprio concurso.
A lei brasileira adotou a teoria da ficção jurídica.
REQUISITOS
Pluralidade de condutas: se existir somente uma conduta haverá concurso formal.
Pluralidade de resultados: com crimes da mesma espécie, vale também, para os que se
assemelham nos seus tipos fundamentais.
Continuação: é indispensável o reconhecimento do nexo da continuidade delitiva, apurado por
circunstâncias similares de tempo (segundo entendimento do STF a conexão temporal só pode
se manter se houver lapso inferior a 30 dias entre as condutas), espaço (delitos cometidos em
cidades ao menos próximas), de maneira de execução (modus operanti parecido) e outras.
Deve-se aferir a continuidade delitiva pelo conjunto das circunstâncias, não sendo nenhuma
delas, isoladamente, decisiva para a sua caracterização.
Não faz jus ao reconhecimento do crime continuado o criminoso profissional ou habitual.
CRIMES DA MESMA ESPÉCIE: estão insertos no mesmo tipo penal, possuindo os mesmos
elementos descritivos, nas formas simples, privilegiadas e qualificadas, tentadas ou
consumadas.
APLICAÇÃO DA PENA
1°) Crime Continuado Comum (71 caput)
Penas idênticas: aplica-se uma só, aumentada de um sexto a dois
terços.
Penas diversas: aplica-se a mais grave, aumentada de um sexto a dois terços.
2°) Crime Continuidade Específico (71, § único): aplica-se a pena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, Essa regra é reservada aos delinqüentes
de reconhecida periculosidade.
APLICAÇÃO DA MULTA
Art. 72 - No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente, não
se atendendo ao sistema de exasperação.
LIMITES DA PENA
Art. 75: Nas penas privativas de liberdade por prática de vários crimes, o tempo máximo será
de 30 anos para o seu cumprimento, devendo ocorrer a unificação das penas se ultrapassado
tal prazo pela cumulação das 5anções aplicadas.
Observação: Há polêmica quanto ao limite de 30 anos servir apenas para reduzir o prazo de
cumprimento da pena, ou também para a concessão de benefícios outros como o livramento
condicional, a progressão, a remissão, etc.
Conceito: sursis quer dizer suspensão, derivando de surseoir, que significa suspender; permite
que o condenado não se sujeite à execução da pena privativa de liberdade de pequena
duração; o juiz não tem a faculdade de aplicar ou não o sursis: se presentes os pressupostos a
aplicação é obrigatória; é tratado no CP (arts. 77 a 82) e na Lei de Execução Penal (arts. 156 e
ss).
SURSIS- A suspensão condicional da pena significa a suspensão parcial da execução de
certas penas privativas de liberdade, durante um período de tempo, mediante a obrigação de
cumprimento de certas condições. Expirado o lapso do referido período, conhecido como
período de prova, sem que tenha havido a revogação do SURSIS, considera-se extinta a pena
privativa de liberdade originalmente imposta.
Tipos de SURSIS
SURSIS SIMPLES - Indicado no art. 77, caput, do Código Penal Brasileiro. Nele, a execução
da pena privatïva de liberdade, não superior a dois anos, poderá ser suspensa, por dois a
quatro anos. No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade ou
submeter-se à limitação de fim de semana.
SURSIS ESPECIAL - Previsto no art. 78, parágrafo segundo do CPB. Se o condenado houver
reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste
código lhe forem inteiramente favoráveis; o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo
anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: proibição de freqüentar
determinados lugares, proibição de ausentar-se da Comarca em que reside sem autorização do
Juiz e comparecimento pessoal e obrigatório a Juízo, mensalmente, para informar e justificar
suas atividades.
SURSIS ETÁRIO E HUMANITÁRIO - Regulada no art. 77, parágrafo segundo do CPB. A
execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por
quatro a seis anos, desde que a condenada seja maior de 70 (setenta) anos de idade, ou
razões de saúde justifiquem a suspensão.
b) facultativa (art. 81, parágrafo primeiro) - A suspensão poderá ser revogada se o condenado
descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime
culposo ou contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direita. Quando
facultativa a revogação, o Juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período de prova até o
máximo, se este não foi o fixado.
1.4 - Observações importantes - a) Nada impede a concessão de SURSIS nos crimes
hediondos;
Pode haver a aplicação do SURSIS em concurso de crimes, c) pode ser agraciado com o
SURSIS o réu revel;
Se o beneficiário está sendo processada por outro crime ou contravenção, considera-se
prorrogado automaticamente o prazo da suspensão até o julgamento definitivo;
O SURSIS é direito subjetivo do sentenciado, não podendo a sentença, por isso, ser omissa
quanto á sua concessão ou denegação, quando estiverem presentes os requisitos objetivos
que a autorizam.
Extinção da pena: se o período de prova termina sem que haja ocorrido motivo para a
revogação, não mais se executa a pena privativa de liberdade (82).
16. livramento condicional
conceito. pressupostos objetivos. pressupostos subjetivos. concessão e condições.
Objetivos:
reinserção do apenado na sociedade.
DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO DO APENADO.
Requsitos subjetivos:
Bons antecedentes.
Comportamento satisfatório durante a execução.
Bom desempenho no trabalho.
Aptidão para prover a própria subsistência COM TRABALHO HONESTO.
Noção: o instituto não constitui mais um direito público subjetivo de liberdade do condenado,
nem incidente de execução; é medida penal de natureza restritiva da liberdade, de cumho
repressivo e preventivo; não é um benefício; a execução do livramento condicional está
disciplinada na Lei de Execução Penal (arts. 131 e seguintes).
18. Revisão
Efeitos
PRINCIPAIS: imposição das penas privativas de liberdade (reclusão, detenção e prisão
simples), restritivas de direito, pecuniárias e eventual medida de segurança.
Obs.: os efetivos do art. 9l são genéricas e automáticas (não precisam constar da sentença), e
os do art. 92, por sua vez, são específicos e dependem da sentença condenatória tê-los
motivadamente declarado.
Noções preliminares: condenação é o ato do juiz por meio do qual impõe uma sanção penal ao
sujeito ativo de uma infração; a condenação penal irrecorrível produz efeitos principais e
secundários; corresponde aos efeitos principais a imposição das penas privativas de liberdade,
restritiva de direitos, pecuniária e eventual medida de segurança; o CPP, no art. 387, determina
ao juiz, na sentença condenatória, impor as penas, fixando-lhes a quantidade e, se for o caso,
a medida de segurança; a par dos efeitos principais a condenação penal produz outros,
denominados secundários, reflexos ou acessórios, de natureza penal e extrapenal.
OBSERVAÇÕES:
O juiz, quando as duas ações forem ajuizadas, poderá aguardar o desfecho de ação penal, a
fim de evitar decisões judiciais contraditórias.
O arquivamento do inquérito policial não impede a propositura de ação civil objetivando a
reparação dos danos.
Condenação penal e reparação civil: a sentença penal condenatória funciona como sentença
meramente declaratória no tocante à indenização civil, pois nela não há mandamento expresso
de o réu reparar o dano resultante do crime; a lei, porém, concede-lhe natureza de título
executivo (CPP, art. 63; CPC, art. 584, II), pois seu conteúdo declaratório é completado pela
norma que torna certa a obrigação de reparação do dano (CP, art. 91, I).
Actio Civilis Ex Delicto: o art. 1525 do CC diz que a responsabilidade civil é independente da
criminal; assim, o sujeito pode ser absolvido no juízo criminal em face da prática de um fato
inicialmente considerado delituoso e, entretanto, ser obrigado à reparação do dano no juízo
cível; o agente pode ser civilmente obrigado à reparação do dano, embora o fato causador não
seja típico; assim, em regra, a responsabilidade do agente numa esfera não implica a
responsabilidade em outra.
Confisco: é a perda de bens do particular em favor do Estado; a CF, em seu art. 5º, XLVI, b,
prevê a perda de bens como pena; o confisco permitido pelo CP não incide sobre bens
particulares do sujeito, mas sim sobre instrumentos e produto do crime; só permitido em
relação aos crimes, sendo inadmissível nas contravenções.
Previsto na art. 5°, XLVI, da CF. é a perda de bens do particular em favor do Estado. Como
pena autônoma (restritiva de direito) foi regulamentada pelo legislador no art. 45, § 3 do CPB
(terá como teto - o que for maior - o montante do prejuízo causado ou do proveito obtido pelo
agente ou por terceiro, em conseqüência da prática do crime).
Existe o confisco, previsto no art. 91, II do CP, como efeito automático da condenação, onde
são confiscados os instrumentos que consistem em coisas cujo fabrico, uso, porte ou detenção,
constitua ilícito, e ainda, bens conseguidos com o crime praticado. Nesse caso são respeitados
os direitos do lesado ou de terceiros de boa-fé.
22. reabilitação.
conceito. pressupostos. efeitos. revogação.
Condições: poderá ser requerida decorridos 2 anos do dia em que for extinta, de qualquer
modo, a pena principal ou terminar sua execução, computando-se o período de prova, sem
revogação, desde que o condenado: a) tenha tido domicílio no Paíz no prazo acima citado; b)
tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento
público e privado; c) tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta
impossibilidade de fazer até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da
vítima ou novação da dívida (art. 94, caput e incisos I a III).
CONSIDERAÇÕES
A reabilitação é a declaração judicial de que estão cumpridas ou extintas as penas impostas ao
sentenciado.
Permite ao condenado a sua reintegração na sociedade, conferindo ao reabilitado um boletim
de antecedentes criminais sem anotações (art. 93, caput do CPB). De se ver que o direito ao
sigilo dos registros, que apenas não atinge as requisições judiciais criminais ou provenientes do
Ministério Público, já é garantido pelo art. 202 da Lei de Execuções Penais, assim que
cumprida ou extinta a pena, razão pela qual resta inútil a previsão da reabilitação nessa parte,
diante de regulamentação mais benéfica da LEP.
CONDIÇÕES
Após decorridos 2 anos da extinção da pena ou do término de sua execução, computando-se o
período de prova do SURSIS e do Livramento Condicional, se não sobrevier condenação e
ainda o condenado:
Tenha tido domicílio no país no prazo acima referido;
Demonstrado bom comportamento, público e privado;
Ressarcido o dano ou provado impossibilidade financeira. ou ainda, comprovado renúncia por
parte da vitima ou novação da dívida ( art. 94).
REVOGAÇÃO
Será revogada de ofício, ou a requerimento do MP, se ocorrer condenação sobre o habilitado,
como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de multa ( art. 95).
OBS:
l. Competente para apreciar o pedido de reabilitação é o Juiz da condenação e não o da
execução.
Do despacho denegatório de reabilitação cabe apelação.
A reabilitação não apaga o efeito da reincidência.
Medidas de Segurança
Enquanto a pena é retributiva, preventiva, ressocializadora, a medida de segurança, que visa
impedir novas infrações por parte do inimputável, é de natureza eminentemente preventiva.
A perícia será feita no prazo mínimo fixado para a medida de segurança (01 a 03 anos) e
repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo.
Será a desinternação ou liberação, no caso da constatação da cessação de periculosidade,
sempre condicional, restabelecendo-se a situação anterior quando antes de um ano vier a
pessoa a cometer fato indicativo da persistência de sua periculosidade.
Obs.: l. Para os inimputáveis diz-se que a sentença é absolutória; para os semi-imputáveis diz-
se que é condenatória.
Os arts. 183 e 108 da Lei de Execuções Penais trazem a previsão, respectiva, das hipóteses
de substituição(conversão) e transferência da pena em medida de segurança. De se ver que só
na primeira hipótese(conversão), a duração da restrição da liberdade passa a ter prazo
indeterminado.
DA PERSECUÇÃO PENAL
Ação penal: é o direito de invocar-se o Poder Judiciário no sentido de aplicar o direito penal
objetivo; pode ser pública ou privada.
Ação penal pública: é pública quando a titularidade da ação penal pertence ao Estado, isto é,
quando o direito de iniciá-la é do Estado; possui duas formas: ação penal pública
incondicionada e ação penal pública condicionada.
Ação penal pública incondicionada: é incondicionada quando o seu exercício não se subordina
a qualquer requisito; significa que pode ser iniciada sem a manofestação de vontade de
qualquer pessoa.
Ação penal pública condicionada: é condicionada quando o seu exercício depende de
preenchimento de requisitos (condições); possui duas formas: a) condicionada à
representação; b) condicionada à requisição do Ministro da Justiça; nos dois casos, a ação
penal não pode ser iniciada sem a representação ou a requisição ministerial.
Ação penal privada: é privada quando a titularidade da ação penal pertence ao particular, isto
é, quando o direito de iniciá-la pertence à vítima ou seu representante legal; possui duas
formas: a) ação penal exclusivamente privada; b) ação penal privada subsidiária da pública; a
primeira ocorre quando o CP determina que a ação penal é exclusiva do ofendido ou de seu
representante legal; na segunda, embora a ação penal continue de natureza pública, permite-
se que o particular a inicie quando o titular não a propõe no prazo legal.
Representação: é a manifestação de vontade do ofendido ou de seu representante penal, no
sentido de movimentar-se o jus persequandi in juditio.
Ação penal no concurso de crimes: quando há concurso formal entre um crime de ação pública
e outro de ação penal privada, o órgão do MP não pode oferecer denúncia em relação aos
dois; cada ação penal é promovida por seu titular, nos termos do art. 100, caput; o mesmo
ocorre no concurso material e nos delitos conexos.
Punibilidade: com a prática do crime, o direito de punir do Estado, que era abstrato, torna-se
concreto, surgindo a punibilidade, que é a possibilidade jurídica de o Estado impor a sanção;
não é requisito do crime, mas sua conseqüência jurídica.
escusas absolutórias, de natureza penal (art. 181 e 348, § 2° do CPB) - causas pessoais de
exclusão de pena que operam incondicionalmente nos casos expressos em lei, em benefício de
um círculo restrito de agentes, ligados meralmente à vítima por vínculos de parentesco.
Causas extintivas da punibilidade: é possível, não obstante pratique o sujeito uma infração
penal, ocorra uma uma causa extintiva da punibilidade, impeditiva so jus puniendi do Estado;
estão arroladas no art. 107 do CP; em regra, podem ocorrer antes da sentença final ou depois
da sentença condenatória irrecorrível
Escusas absolutórias: são causas que fazem com que a um fato típico e antijurídico, não
obstante a culpabilidade do sujeito, não se associe pena alguma por razões de utilidade
pública; são também chamadas de causas de exclusão ou de isenção de pena; situam-se na
Parte Especial do CP.
Morte do agente: é a primeira causa extintiva da punibilidade (107, I); sendo personalíssima a
responsabilidade penal, a morte do agente faz com que o Estado perca o jus puniendi, não se
transmitindo a seus herdeiros qualquer obrigação de natureza penal; deve ser provada por
meio de certidão de óbito (CPP, art. 62) não tendo validade a presunção legal do art. 10 do CC.
Anistia: é o esquecimento jurídico de uma ou mais infrações penais; deve ser concedida em
casos excepcionais, para apaziguar os ânimos, etc.; aplica-se em regra, a crimes políticos,
nasa obstando que incida sobre delitos comuns; é de atribuição do Congresso Nacional (CF,
art. 48, VIII); opera efeitos ex tunc, para o passado, apagando o crime, extinguindo a
punibilidade e demais conseqüências de natureza penal.
efeitos ex tunc, e rescinde a sentença penal condenatória irrecorrível, não cessando os efeitos
civis de reparação de dano
FORMAS DE ANISTIA
Geral ou Plena: mencionando fatos, atinge a todos os agentes.
Parcial ou Restrita: mencionando fatos, não atinge a todos os
agentes.
Incondicionada: sem qualquer imposições.
Condicionada: a lei obriga cumprimento de certas condições (nesse caso pode ser recusada).
CASOS DE INAPLICABILIDADE:
Nos casos de tortura, tráfico de entorpecentes, terrorismo e crimes hediondos (art. 5º, XLIII
C.F.)
Graça e indulto: a graça se distingue do indulto, nos seguintes pontos: a graça é individual; o
indulto, coletivo; a graça, em regra, deve ser solicitada; o indulto é espontâneo; o pedido de
graça é submetido à apreciação do Conselho Penitenciário (art. 189 da LEP); a competência
para concedê-los é do Presidente da República (CF, art. 84, XII).
E aplicada com o intuito de conseguir a calma social, refrear os ânimos e somente concedida
em casos excepcionais.
COMPETÊNCIA
Congresso Nacional ( arts. 2.1, XVII, e 48, VIII).
- EFEITOS:
GRAÇA
- CONSIDERAÇÕES: outra forma de clemência, a graça, também conhecida por indulto
individual, é em regra individual e solicitada.
- COMPETÊNCIA: é do Presidente da República ( art. 84, XII da CF), podendo haver
delegação.
- EFEITOS: extingue a punibilidade, subsistindo o crime (permite reincidência), e não impede a
ação de reparação de dano.
- MOMENTO DE OCORRÊNClA: depois do trânsito em julgado da condenação penal.
- INAPLICABILIDADE: os mesmos da Anistia.
INDULTO
- CONSIDERAÇÕES: é coletivo e espontâneo.
- COMPETÊNCIA: aqui mesmo caso da graça.
- EFEITOS: os mesmos da graça.
Pode atingir o sursis e o livramento condicional ( não há incompatibilidade).
- MOMENTO DA OCORRÊNCIA: depois do trânsito em julgado da ação. Atualmente, tem-se
entendido cabível antes da sentença condenatória.
- INAPLICABILIDADE: Os mesmos da graça e anistia, com exceção do crime de tortura.
PONTOS EM COMUM COM A GRAÇA: a graça e o indulto podem ser plenos (extinção total da
punibilidade) ou parciais (substitui pena de maior gravidade por urna de menor gravidade (esse
último caso é denominado comutação).
DECADÊNCIA
CONCEITO: é a perda do direito de ação privada ou de representação em decorrência do
decurso de tempo previsto em lei.
MOMENTO DA DECRETAÇÃO
Pelo juiz, de ofício, consoante com o art. 6I do CPP, ou mediante requerimento das partes.
Perdão: é o ato pelo qual, iniciada a ação penal privada, o ofendido ou seu representante legal
desiste de seu prosseguimento; não se confunde com o perdão judicial; só é possível depois de
iniciada a ação penal privada mediante o oferecimento da queixa; não produz efeito quando
recusado pelo querelado; quando há dois ou mais querelados (concurso de agentes), o perdão
concedido a um deles se estende a todos, sem que produza, entretanto, efeito em relação ao
que o recusa (CPP, art. 51; CP, art. 106, I e III).
CONCEITO: é a perda do direito de prosseguir na ação penal privada, por parte do querelante,
ern função de sua inércia.
Somente cabe em ação privada exclusiva.
Retratação do agente: retratar-se significa desdizer-se, retirar o que foi dito, confessar que
errou; em regra, a retratação do agente não têm relevância jurídica, funcionando somente
como circunstância judicial na aplicação da pena; excepcionalmente, o estatuto penal lhe
empresta força extintiva de punibilidade (107, VI).
CASOS DE CABIMENTO:
Art. 143 do CPB - calúnia e difamação ( não vale para injúria}.
Art. 26 da Lei n° 5.250, de 09.12.67 (Lei da Imprensa) crimes contra a honra através da
imprensa(calúnia, difamação e injúria}
Art. 342, § 3° CP: falso testemunho ou falsa perícia (nesse caso se comunica aos co-autores,
ao contrário da retratação nos crimes contra a honra).
Observação: a retratação tem que ser irrestrita e incondicional
MOMENTO DE OCORRÊNCIA: antes do juiz proferir a sentença
Perdão Judicial: é o instituto pelo qual o juiz, não obstante comprovada a prática da infração
penal pelo sujeito culpado, deixa de aplicar a pena em face de justificadas circunstâncias;
constitui causa extintiva da punibilidade de aplicação restrita (107, IX); significa que não é
aplicável a todas as infrações penais, mas somente àquelas especialmente indicadas pelo
legislador; o perdão judicial é de aplicação extensiva, não se restringindo ao delito de que se
trata; ex: o sujeito pratica, em concurso formal, 2 crimes culposos no trânsito, dando causa,
num choque de veículos, à morte do próprio filho e lesões corporais num estranho; o benefício
concedido em face do homicídio culposo, estende-se a lesão corporal culposa.
Casamento do agente com a vítima: nos termos do art. 107, VII, do CP, extigue-se a
punibilidade do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes.
Casamento da vítima com terceiro: nos termos do art. 107, VIII, extingue-se a punibilidade pelo
casamento da vítima com terceiro, nos crimes referidos na inciso anterior, se cometidos sem
violência real ou grave ameaça e desde que a ofendida não requeira o prosseguimento do
inquérito policial ou da ação penal no prazo de 60 dias a contar da celebração.
Somente se aplica nos crimes acima especificados que forem cometidos sem violência real ou
grava ameaça, e também desde que a vítima não mande prosseguir o inquérito policial ou a
ação penal no prazo de 60 dias após o casamento.
Somente cabe a extinção se o casamento ocorre antes do trânsito em julgado de sentença.
________________________________________
A decisão de desclassificação de infração penal para outra de menor validade, retroage para
efeito de reconhecimento da prescrição da pretenção punitiva.
Prescrição da pretensão punitiva: nela o decurso do tempo faz com que o Estado perca o
direito de punir no tocante à pretensão do Poder Judiciário julgar a lide e aplicar a sanção
abstrata; ocorre antes da sentença final transitar em julgado.
Prescrição da pretensão executória: nela o decurso do tempo sem o seu exercício faz com que
o Estado perca o direito de executar a sanção imposta na sentença condenatória; ocorre após
o trânsito em julgado da sentença condenatória.
CRIMES FALIMENTARES
ART. 199 DA LEI DE FALÊNCIAS:
Prazo de 2 anos.
Corre a partir da data em que transitar em julgado a sentença que encerra a falência ou julgar
cumprida a concordata.
Se esta, porém não se encerra no período legal de 02 anos, o biênio passa a correr da data em
que a falência deveria estar terminada.
CRIMES DE IMPRENSA
ART. 41 DA LEI DE IMPRENSA:
Prazo de 2 anos após a data da publicação ou transmissão incriminada, e no caso de
pretensão executória no dobro em que for ficada a pena.
TIPOS DE ACÃO: a prescrição ocorre nos crimes de ação penal pública incondicionada,
condicionada e até nos de ação privada. A decadência somente naqueles que a ação se inicia
por meio de queixa ou de representação.