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LEP

Dos Regimes

Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual o condenado iniciará o cumprimento da
pena privativa de liberdade, observado o disposto no artigo 33 e seus parágrafos do Código Penal.

Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos
distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou
unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.

Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da


que está sendo cumprida, para determinação do regime.

Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:

[...]

VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:

a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário,
vedado o livramento condicional;

[...]

VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo
ou equiparado;

VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou
equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional.

§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a
progressão.

§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de
manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na
concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos
nas normas vigentes.

§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de
drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
“§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois
terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos , desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. (Vide
Resolução nº 5, de 2012)”
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o
prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da
contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente.

§ 7º O bom comportamento é readquirido após 1 (um) ano da ocorrência do fato, ou antes, após o
cumprimento do requisito temporal exigível para a obtenção do direito.

Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que:

I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente;

II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido,
fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo
regime.

Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no artigo 117 desta Lei.

Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência


particular quando se tratar de:

I - condenado maior de 70 (setenta) anos;

II - condenado acometido de doença grave;

III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;

IV - condenada gestante.

Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade
igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver
bons antecedentes; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no


trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho
honesto; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - comprovado: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

a) bom comportamento durante a execução da pena; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for
reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado
não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016) (Vigência)

Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais
que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)

Soma de penas

Art. 84 - As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do
livramento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Especificações das condições

“No artigo 95 da referida Lei, consta expressamente que em cada região deverá haver pelo menos
uma Casa de Albergado. Todavia, em certas regiões o estabelecimento não foi construído e,
conforme enunciado de Súmula do Supremo Tribunal Federal, o preso não pode ir para regime mais
severo por falta de estabelecimento adequado. Assim, nas regiões onde não há Casa de Albergado,
as penas são cumpridas na própria residência dos sentenciados, que devem obedecer diversas
determinações judiciais.”

https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-
semanal/regime-aberto-em-prisao-domiciliar

O percentual a ser aplicado para a progressão de regime de condenado por crime hediondo ou
equiparado, sem morte, que seja reincidente por crime comum é de 40%. Esse entendimento foi
reafirmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento de um recurso extraordinário com agravo
que teve repercussão geral reconhecida e seu mérito julgado no Plenário Virtual.

https://www.conjur.com.br/2021-set-28/stf-reafirma-entendimento-progressao-regime-crime-
hediondo

“Aplica a agravante de reincidência conforme fls.449”

Data da sentença: 12 de março de 2013.

Já há um cálculo de progressão de regime

Temos aí um problema, a lei de progressão de regime atual é de 2019 e o homem foi condenado em
2013.

Aplica-se “Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver
cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento
carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a
progressão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)”
§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do
defensor. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)

§ 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e


comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. (Incluído pela Lei nº
10.792, de 2003)

Se as regras do art. 112 atual não se aplica a ele, então ainda cabe a ele a liberdade condicional.

Quais as regras? Art. 83 do CP

V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática
de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o
apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016) (Vigência)

Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais
que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir.

Então ele, apesar de ser reincidente, não o é em crimes dessa natureza.

Nos próprios autos está o momento em que ele deveria gozar do livramento condicional.

O livramento condicional não está vinculado a progressão do regime de pena, então o sujeito pode
sair do fechado para a condicional.

Em fevereiro 2016 a advocacia Cardoso e Fahel pede que o regime seja progredido para o semi-
aberto.

MP pugna pela avaliação psicológica para decidir acerca da progressão — diz ser condição
subjetiva— em março de 2016.

Apresenta quesitos também.


Quando o parágrafo único do art. 83 fala de condições pessoais que façam presumir que o liberado
não voltará a delinquir, então pode ser entendido que abrange o exame.

Art. 84 - As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do
livramento. “

Código penal.

LEP

Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos
distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou
unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.

Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da


que está sendo cumprida, para determinação do regime.

Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a
transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: I - praticar fato
definido como crime doloso ou falta grave; II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena,
somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111). § 1° O condenado
será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os
fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta. § 2º Nas hipóteses do
inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado. (grifos nossos)

https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/jurisprudencia-em-
detalhes/execucao-penal/unificacao-das-penas-marco-inicial-para-calculo-de-beneficios-transito-
em-julgado

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