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Art.

32

O artigo citado traz as espécies de penas, isto é, os tipos, as possíveis sanções que o autor da
infração penal será submetido. Além disso, Como é de notar-se, penas que foram proibidas
constitucionalmente não fazem parte do leque de possibilidades, exceto nos casos dispostos
na lei.

Art. 33

Com relação a primeira espécie de pena, ela será de reclusão ou detenção. A pena de reclusão
será cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto e a de detenção, em regime
semiaberto ou aberto, salvo excepcionalidade.

O legislador também faz observações com relação a execução da pena, que são: a pena que
exceda os 8 anos deverá começar a ser cumprida em regime fechado; o autor não reincidente,
cuja pena seja superior a 4 anos e inferior a 8 anos, poderá começar o cumprimento desta em
regime semiaberto; o condenador não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos,
poderá começar a cumpri-la em regime aberto.

Art. 34, Art, 35 e Art 36

Aqui se estabelecerá algumas regras acerca do condenado em regime fechado, semiaberto ou


aberto. Com relação aos dois primeiros, serão submetidos a exame criminológico no início do
cumprimento da pena para fins de individualização da execução. No regime fechado, o
trabalho externo é admissível apenas em serviços e obras públicas; já no semiaberto, além de
trabalho externos, também poderá o condenado frequentar curso profissionalizante.

No último caso, no regime aberto, este é baseado na autodisciplina e senso de


responsabilidade do condenado, podendo ser transferido caso pratique crime doloso, se
frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada.

37.

Mulheres cumprirão pena em estabelecimento distinto dos homens, levando em conta suas
condições diferenciadas. Isso evitaria que alguns de seus direitos fossem violados. Além disso,
por causa da gravidez, o estabelecimento tem que prover as adequações necessárias.

38.

Isto é, a pena restritiva de liberdade atua apenas no seu direito de ir e vir, sendo ressalvados
os demais. Como bem enunciado por Rogério Greco: “A pena é um mal necessário. No
entanto, o Estado, quando faz valer o seu ius puniendi, deve preservar as condições mínimas
de dignidade da pessoa humana.” (GRECO, 2017, p. 239) Assim, a pena não deve ir além do
necessário.
39.

Como dito nos arts. 34 e 35 do CP, o condenado fica sujeito a trabalhar no período diurno.
Logo, também terá direito a remuneração, bem como garantido os benefícios da previdência
social.

40.

...

41.

Como bem explica Greco, no momento da ação ou omissão, o agente não tinha nenhuma
limitação que o tornasse inimputável. Porém, após o início do cumprimento da pena, ocorreu-
lhe a doença mental e assim, será levado à local adequado.

42.

O tempo em que o preso ficou preso provisoriamente será descontado na sua pena final.

Art. 43

Com relação a segunda espécie de pena, o texto aponta cinco alternativas acerca da pena
restritiva de direitos, que são a prestação pecuniária; perda de bens e valores; prestação de
serviço à comunidade ou a entidades públicas; interdição temporária de direitos e limitação de
fim de semana.

Art. 44

Aqui, o legislador listará, de modo cumulativo, os requisitos para que se possa substituir a
pena privativa de liberdade pena restritiva de direitos, os quais dividem-se em: a pena não
pode ser superior a quatro anos e não pode ter sido cometida sob violência ou grave ameaça
ou, qualquer que seja o crime, tenha sido cometido de maneira culposa; o condenado não
pode ser reincidente em crime doloso; a culpabilidade, antecedentes, conduta social e
personalidade, bem como os motivos e circunstâncias indicarem que essa substituição seja
suficiente.

O artigo ainda informa sobre a possibilidade da pena se converter novamente em privativa de


liberdade, no caso do condenado a descumprir injustificadamente.

Art. 45
Este artigo regula os detalhes quanto à primeira opção para a pena restritiva de direitos, que é
a pecuniária. Assim, será feito o pagamento em dinheiro a vítima, seus dependentes ou
entidade pública ou privada com destinação social, não inferior a 1 salário mínimo e nem
superior a 360 salários mínimos. Se com consentimento do beneficiário, no entanto, a
prestação poderá ser de outra natureza, ou seja, a prestação ainda possui valor econômico,
mas não consiste em pagamento em dinheiro.

Quanto a pena por perda de bens e valores, ela será regulada por legislação especial.

Art. 46

Quanto à pena de prestação de serviços à comunidade, ela é aplicável às condenações


superiores a seis meses de privação de liberdade e consistirá na atribuição de tarefas gratuitas
ao condenado. Será feita em entidades de assistenciais, hospitais, escolas e etc, sendo uma
hora de tarefa por dia de condenação, de acordo com as aptidões do condenado.

Art. 47

Acerca das penas de interdição de direitos, elas consistem em, como o próprio nome sugere,
limitar, de modo temporário, o exercício de alguns de seus direitos. Seja a proibição de exercer
determinadas cargos ou atividades; a proibição de frequentar certos lugares ou a
impossibilidade de autorização para dirigir.

Art. 48

Ainda, quanto a última opção para a pena restritiva de direitos, temos a limitação de fim de
semana, que consiste em o condenado passar o fim de semana, sábados e domingos, por cinco
horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado, sendo possível,
durante sua permanência, o comparecimento em cursos ou outras atividades educativas.

Art. 49

Finalmente, referente a terceira espécie de pena, acerca da multa, esta possui natureza
personalíssima e é calculada em dias-multa, a qual será de, no mínimo, de 10 e, no máximo, de
360 dias-multa.

Art. 50

O artigo 50 dará mais detalhes sobre como deve ser feito o pagamento da multa. Nesse
sentido, vale destacar o prazo estabelecido para o pagamento, sendo de 10 dias depois de
transitada em julgado a sentença.

Art. 51
A multa será considerada dívida de valor, depois de transitada em julgado a sentença,
aplicando as normas de legislação relativa a dívida ativa da Fazenda Pública.

Art. 52

Neste artigo se fala na possibilidade de suspensão da multa, que acontecerá no caso de


ocorrência de doença mental.

Art. 53

Este artigo nos informa que a pena terá seus limites mínimo e máximo estabelecido no próprio
artigo onde descrito o tipo penal.

Art. 54

O legislador aqui dá mais detalhes acerca das penas restritivas de direitos;

Art. 55

As penas restritivas de direitos de prestação de serviços a comunidade ou entidades públicas;


interdição temporária de direitos e limitação e fim de semana terão a mesma duração da pena
privativa de liberdade substituída, ressalvado o disposto no parágrafo 4 do art. 46.

Art. 56

As penas de interdição temporária de direitos que constam no art. 44, incisos I e II, que são:
“proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandado eletivo”
e “proibição do exercício de proibição, atividade ou ofício que dependam de habilitação
especial, de licença ou autorização do poder público”, se aplicam para todo crime cometido no
exercício de profissão, atividade, cargo ou função, sempre que houver violação dos deveres
que lhes são inerentes.

Art. 57

A pena de interdição prevista no art. 47, inciso III, se aplica aos crimes culposos de trânsito.

Art. 58

Refere-se à detalhes acerca dos limites da pena de multa, cujo os detalhes estão no art. 49.

Art. 59
Referente ao artigo 59, ele esclarecerá em que se baseará a fixação da pena. Trata-se, pois, da
individualização da pena, a qual levará em conta elementos como culpabilidade, antecedentes,
conduta social, personalidade do agente, motivações, circunstâncias e consequências do
crime, a fim de fixar a pena aplicável, a quantidade, o regime inicial de cumprimento, bem
como a substituição da pena privativa de liberdade por outra, se for o caso.

Art. 60

Na pena de multa, o juiz deve levar em consideração a situação econômica do réu, podendo
ela ser aumentada até o triplo, se julgar necessário. Ainda, a pena privativa de liberdade que
não exceder os seis meses, poderá ser substituída pela multa.

Art. 61

Como afirma Greco “Circunstâncias são dados periféricos que gravitam ao redor da figura
típica e têm por finalidade diminuir ou aumentar a pena aplicada ao sentenciado. Por
permanecerem ao lado da definição típica, as circunstâncias em nada interferem na definição
jurídica da infração penal.” Assim, as circunstâncias que sempre agravam a pena, segundo o
código, será a reincidência ou ter o agente cometido o crime por uma das situações descritas
nas alíneas do mesmo artigo.

Art. 62

Com relação aos crimes por concurso de pessoas, isto é, cometido por mais de uma pessoa,
tem sua pena agravada o agente que promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a
atividade dos demais agentes; coage ou induz outrem à execução material do crime; instiga ou
determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de
condição ou qualidade pessoal; executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou
promessa de recompensa.

Art. 63 e 64

Sobre a reincidência, o art. 63 trará detalhes com relação a que situações se considerará o
agente ser reincidente e o art 64 tratara sobre as situações de exceção.

Art. 65

Atenuarão
Referências bibliográficas:

Direito-Penal-Damasio-de-Jesus-Cdigo-Penal-Anotado-2014

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