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Universidade Salgado de Oliveira

By: Iasmim Lopes

DIREITO PENAL II
- Artigos: 33, 121, 129, 133, 157, 171, ...
- Código ou Vade Mecum _ importante;
- Doutrina: Mirabete, Guilherme Nucci, Fernando Capaz
Kleber Mason – para concurso.

DIREITO => Adequação Social (um padrão), tornando-se uma base para a
dominação da sociedade/nação/povo.
• Esse padrão visa a segurança jurídica e social, descentralizando o poder.
Montesquieu e Rousseau => O contrato social.
• Iluminismo = Lei como segurança social
• Isonomia = tratar os desiguais de maneira desigual, na medida de suas
desigualdades.

DIREITO PENAL – “Dominação” da sociedade, aplicando sanções ou penas


para quem descumprir a lei ou norma,

ARTIGOS
1º CP – Princípio da Liberdade.
• Segurança Jurídica
• Teoria das janelas quebradas -> E.U.A
-> No Brasil _ intervenção é mínima = significa que o Estado somente deverá
intervir na liberdade quando o bem jurídico for relevante; naqueles casos onde
os demais institutos falharem.
• Fragmentariedade= o Estado deve proteger somente os bens relevantes.
• Subsidiariedade= ultima “raccio”, o Estado protege os bens quando os demais
institutos não conseguirem proteger esses bens jurídicos.
-> Reserva legal- reserva ao Congresso Nacional o poder de modificar ou editar
uma lei penal.

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TIPO PENAL
• Crime (conduta – nexo causal –resultado – tf- tm)

Fato Típico – Ilicitude - Culpabilidade (Imputabilidade – PCFI – C. Inversa

• Não havendo fato típico, não há crime.


• Modelo Facctio => O Estado, protegendo o bem jurídico, prescreve uma pena
razoável e proporcional. Quando a conduta está igual a lei, podemos dizer que
ela possui tipicidade formal ou uma adequação formal.
• Tempo do crime: “Considera-se praticado o tempo do crime no momento da
ação ou omissão, ainda que seja outro o momento do resultado” .
• Espaço do crime: “Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções
tratados e regras de direito internacional ao crime cometido no território nacional”

DAS PENAS
Artigo 32
Privativas de liberdade
Restritivas de direitos
Multa

SANÇÃO = PENA =
PENALIDADE

=> Individualização da pena:


1) legislativa: a individualização da pena na 1º fase é chamada de legislativa ou
abstrata, o legislador com base na lei penal deverá proteger o bem jurídico,
prescrever a conduta proibida e sancionar a pena razoável e proporcional,
denominado de tipo penal.
• Tipo penal = modelo de lei penal.
2) judicial: havendo o cometimento do delito, o Estado deverá seguir o autor do
crime/fato, com base na lei processual penal com as garantias da constituição.
-> Com base no caso abstrato, aplica-se a pena ao caso concreto.

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3) administrativa: o cumprimento da pena levará em conta a lei de execução


penal (7.210/34), onde será estabelecida a forma e o modo do cumprimento da
reprimenda da pena.

PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE:


1- Reclusão -> Fechado, Semiaberto e Aberto.
2- Detenção -> Semiaberto e Aberto.

Acima de 8 anos Fechado


Superior a 4 e > a 8 anos Semiaberto
Inferior a 4 anos Aberto

• não há no Brasil: pena de morte


Saída dos Presos:
(salvo em casos de guerra), prisão
- Regime Semiaberto e Aberto, perpétua, trabalho forçado,
banimento, penas cruéis etc.
- Regime fechado = não sai,
- Regime Aberto = casa de albergado: estabelecimento, dentro da cidade,
prisional que serve para abrigar presos com baixo nível ou nenhum nível de
periculosidade e que eles apenas dormem nesse local.

PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO:


Art. 43. As penas restritivas de direitos são:
I - prestação pecuniária;
II - perda de bens e valores;
III - limitação de fim de semana;
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;
V - interdição temporária de direitos;
VI - limitação de fim de semana.

Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas


de liberdade, quando:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não
for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a
pena aplicada, se o crime for culposo;
II – o réu não for reincidente em crime doloso;
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa
substituição seja suficiente

Restritivas de direito:
• Política criminal = de função do Executivo.
→ Presidente ou Governador.
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• Remissão = o condenado que cumpre a pena em regime fechado ou


semiaberto pode remir (diminuir) a pena por tempo trabalhado ou estudado uma
parte desta.
○Estudo = a cada 12h de estudo, abate um dia da pena.
○Trabalho = a cada 3 dias trabalhados, abate um dia da pena.

Conversão da pena:
A aplicação da substituição prevista no artigo anterior, proceder-se-á na forma
deste artigo:
§ 1º - A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a
seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social.
§ 2º - No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a
prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza.
§ 3º - A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á,
ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e
seu valor terá como teto - o que for maior - o montante do prejuízo causado ou
do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequência da prática do
crime.

Prestação de Serviços:
A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às
condenações superior a seis meses de privação da liberdade.
§ 1o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na
atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
§ 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais,
hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em
programas comunitários ou estatais.
§ 3o As tarefas a que se refere o § 1 o serão atribuídas conforme as aptidões do
condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de
condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho.

Limitação de fim de semana


A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos
sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias em casa de albergado ou outro
estabelecimento adequado.
Parágrafo Único. Durante a permanência poderão ser ministrados/fornecidos, ao
condenado, cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas.

PENA DE MULTA:
• Artigo 49 - CP
→ Trata-se da condenação com o transito em julgado, onde o condenado deverá
ser intimado e pagar no prazo de 10 dias o valor do atribuído na sentença.
• o montante da pena será de 1/30 (avos) de um salário mínimo ou 5 (cinco)
vezes este salário no total de 10 a 360 dias multa.
→ é uma pena de valor agregado,
→ A multa, que não foi paga, não prende o réu mas pode se transformas em
uma dívida ativa, podendo ser prescrita.

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DAS CONSEQUENCIAS
DAS CONSEQUÊNCIAS JUDICIAIS:
• Artigo 59 - CP
→ o juiz deverá, na sentença criminal, observar os requisitos objetivos (da lei) e
subjetivos (da pessoa) na hora da aplicação da sentença ou decisão.
→ deverá o juiz, observar os seguintes requisitos:
1- culpabilidade, 5- personalidade,
2- antecedentes, 6- consequências,
3- conduta social, 7- comportamento da vitima
4- circunstâncias, 8- motivos do crime,
→ A culpabilidade do artigo 59 se refere à reprovação da culpabilidade dolosa.
→ motivo=cogitação, preparação e execução.

DAS AGRAVANTES:
→ As agravantes, estão posicionadas nos artigos 61 e 62 do código penal e são
as circunstâncias que sempre agravam a pena. O juiz deverá aplicar as
agravantes na segunda fase da aplicação da pena.
Ex.: • reincidência, artigo 63;
• violência ou grave ameaça;
• armas de fogo no crime;
• crimes de ódio e hediondos;

DAS ATENUANTES:
→ As atenuantes, estão nos artigos 65 e 66 do código penal e são as
circunstancias que favorecem o agente na hora da aplicação da pena/sentença,
aplicada, pelo juiz, na segunda fase da pena.
Ex.: • confissão do crime,
• menoridade do acusado,
• embriaguez involuntária,
• falta de antecedentes,
• cooperação com autoridades,

CRIMES MATERIAIS:
→ O artigo 69 do código penal trata do crime material, ou seja, daquele em que
o agente, mediante uma ação ou uma omissão, comete dois ou mais crimes
simultaneamente.
Ex.: • furto ou roubo,
• estelionato,
• latrocínio,

CRIMES FORMAIS:
→ O artigo 70 do código penal trata do crime formal, ou seja, daquele em que,
mediante ação ou omissão, o agente comete dois ou mais crimes, idênticos ou
não, podendo aumentar a pena de 1/6 até metade. A diferença dele para o crime

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material é que, no crime formal o resultado naturalístico pode até ocorrer mas
não é necessário para que o crime se consuma.
Ex.: • ameaça, extorsão, mera conduta, porte ilegal de arma de fogo...

DOS CRIMES
CRIMES HEDIONDOS
→ A lei 8.072/90 trata dos crimes hediondos, lei essa que surgiu e regulamentou
o inciso VLIII do artigo 5º da Constituição de 1988.
A referida lei inovou e revolucionou no ordenamento jurídico, nos anos 1990,
com a implementação do princípio da intervenção máxima, com a aplicação dos
referidos crimes hediondos ou equiparados a hediondos; estabelecendo o
cumprimento da pena no regime integralmente fechado.
→ Vários habeas corpus foram interpostos no STF, sob o argumento de que
havia inconstitucionalidade do parágrafo primeiro do artigo 2º da lei 8.072/90.
Somente em 2006 que este parágrafo foi declarado inconstitucional. Em Março
de 2007 foi editada e aprovada a lei 11.464/07, estabelecendo que o regime
inicial do cumprimento da pena nos crimes hediondos ou equiparados, será
iniciado no regime integralmente fechado.
Posteriormente, o STF novamente declarou inconstitucional no controle concreto
de constitucionalidade o §1º, do artigo 2º da lei 8.72/90. Com a ajuda da Súmula
Vinculante 26, deve o Juiz da Execução penal aplicar a lei mais benéfica;
observando o artigo 33, § 2o, a, b e c do código penal.

ARTIGO 100 – CP
→ Trata da ação penal,
○ É um instrumento legal, do Ministério Público, para que o Estado possua o
conhecimento da prática de um delito e aplique uma pena.
→ O Ministério Público oferece a denúncia ↔ peça criminal, em ações públicas
sendo elas: incondicionais ou condicionais.
• Queixa: levada, por regra, diretamente ao juiz e por vontade da vítima.

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