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(Lei n°7.210/84)
Prof. Sheyla Cristina F. Santos Queiroz
1) As penas
I) Conceito
* perda de bens
*multa
*de caráter perpétuo (art.75CP) – obs: medidas de segurança. Ex: Chico Picadinho ( Súmula
527 STJ – 2015 – máximo da pena em abstrato) (STF – limite de 30 anos) E o pacote anticrime?
* banimento
* cruéis
Para questionar:
1) Banho quente nos estabelecimentos penais!!! O Juiz Adriano Marcos Laroca, da 12ª Vara da
Fazenda Pública entendeu em fevereiro/2020 pela necessidade do governo de São Paulo
possibilitar o fornecimento de água quente para que os presos deixem de tomar banho frio,
afirmado que o banho frio é um tipo de tortura. A decisão se deu em resposta a uma ação civil
pública intentada pela Defensoria Pública de São Paulo. Segundo a Defensoria, alguns
estabelecimentos tem instalações adequadas para o banho quente, porém não há o
fornecimento aos encarcerados. Alega, ainda, que o banho frio pode ocasionar ou piorar
alguns quadros de doença ( como a tuberculose). O STJ também manifestou entendimento no
sentido da necessidade de que houvesse o fornecimento do banho quente aos presos que
estão sob a custódia do Estado. “A omissão injustificada da Administração em providenciar a
disponibilização de banho quente nos estabelecimentos prisionais fere a dignidade de presos
sob sua custódia” (Informativo 666 STJ)
• Reclusão – crime
• Detenção- crime
• Prestação pecuniária
III - Multa
3) As Medidas de Segurança
I) Conceito – espécie de sanção de caráter preventivo, fundada na periculosidade do agente.
* Duração
* Destinatários
VI) Pressupostos – prova de que o acusado cometeu fato típico e antijurídico; que exista prova
da periculosidade do agente diante da sua inimputabilidade (não tem condição de entender o
caráter licito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento em razão da
doença mental)
* Crimes e penas e aplicação da LEP (ex: Art.45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem
expressa e anterior previsão legal ou regulamentar)
*HC 111.840 STF declarou a inconstitucionalidade do art.2º, §1°da Lei n. 8072/90 – progressão
de regime nos crimes hediondos e equiparados.
Súmula Vinculante n.26 (Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por
crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art.2
da Lei n. 8072/90, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos
objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo
fundamentado, a realização de exame criminológico).
*Guia de recolhimento
Exame criminológico para progressão de regime - Nada impede que o magistrado das
execuções criminais, facultativamente, requisite o exame criminológico e o utilize como
fundamento da decisão que julga o pedido de progressão (STF. 2 turma. Rcl 27616 AgR/SP,
Rel. Min. Lewandowski, julgado em 9/10/2018)
Realização do exame criminológico por psicólogo ou assistente social- Não existe qualquer
vício no fato do exame criminológico não ter sido feito por médico psiquiatra. Além do
psiquiatra, pode também ser realizado por psicólogo ou assistente social; a elaboração do
laudo criminológico por esses profissionais não traz qualquer mácula ou ilegalidade à decisão
que indeferiu a progressão de regime com base em tal documento, pois todos eles estão
habilitados a realizar a perícia técnica compatível com o que se busca saber para concessão do
benefício. (STJ, 5 turma, AgRg, HC440208/MS, Rel. Min. Reynaldo Soares, julgado em 02/10/
2018)
• É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral (art. 5 CF; art.45, §1 e
§2, LEP)
• Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus
filhos durante o período de amamentação (princípio da igualdade)
* A cominação abstrata de uma pena impõe à coletividade (prevenção geral) e sua efetiva
aplicação ao agente delitivo tem por escopo impedir que venha a praticar novos delitos
(prevenção especial) – se previne a criminalidade enquanto o agente está preso, bem como
com a sua ressocialização.
* A pena funciona como meio para intimidar ou evitar que novos delitos sejam cometidos,
assim existe uma finalidade que vai além da retribuição – pune-se para que não sejam
praticados crimes
Crítica: na prática, mesmo no interior dos presídios os criminosos continuam a delinquir
(crimes executados dentro do estabelecimento penal ou fora do estabelecimento penal –
facções)
• Fundamentos legais:
• Art. 83, caput, LEP – O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar
em suas dependências com áreas e serviços destinados a dar assistência, educação,
trabalho, recreação e prática esportiva
Recomendação n. 62 do CNJ
• Fornecimento de água
Aplicação da LEP
*Juízo da Execução Penal ( Súmula 611 STF. “Transitada em julgado a sentença condenatória
compete ao Juízo das Execuções à aplicação da lei mais benigna - art. 1º da Lei n. 7210/84).
Executa penas e medidas de segurança, aplicando-se em todo território nacional – E os
Estados?
* Os presos e internados terão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou
pela lei, aplicando-se o principio da igualdade pois não deve haver qualquer distinção de
natureza social , racial, religiosa ou política.
* Quem é o condenado? Aquele que vai cumprir pena privativa de liberdade, restritiva de
direitos e multa. Devendo ser classificado (Comissão Técnica de Classificação) segundo seus
antecedentes e personalidade para orientar a individualização da execução penal (progressão
de regime/livramento condicional) (realização de exame criminológico)
Execução Provisória da Pena - Não é possível a chamada “execução provisória da pena”. Vale
ressaltar que é possível que o réu seja preso antes do trânsito em julgado, no entanto, para
isso é necessário que seja proferida uma decisão judicial fundamentada, na qual o magistrado
demonstre que estão presentes os requisitos motivadores da prisão preventiva. Assim, o
agente ficaria privado da liberdade cautelarmente, e não como execução provisória da pena.
(STF. Plenário. ADC43/DF, ADC44/DF e ADC54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em
7/11/2019. (Info. 958)
* Saúde – possui caráter preventivo e curativo, bem como, compreende atendimento médico,
farmacêutico e odontológico (* prisão domiciliar)
Art.14, §2°. Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência
médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização do diretor do
estabelecimento ( o uso de algemas é excepcional) (o internado pode ser acompanhado por
médico de confiança pessoal)
* Jurídica - destinada aos presos e internados sem recursos financeiros para constituir
advogados, e assim a assistência integral e gratuita deve ser prestada pela Defensoria Pública
dentro e fora dos estabelecimentos penais
Art.205 CF. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art.20 LEP. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas
ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam cursos especializados
Art.21 LEP. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento de uma
biblioteca, para uso de todas as categorias de recursos, provida de livros, instrutivos,
recreativos e didáticos
*Assistência social – tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los para o
retorno à liberdade.
Ex: Fabricação de blocos de concreto, fabricação de bonecas de pano, bolas, cozinha, limpeza,
artesanato (A LEP limita aquele que não tem expressão econômica e o MP questiona o tempo,
a fiscalização e o controle sobre as horas trabalhadas, mas o STJ - 2018 entende que se
efetivamente houve o trabalho tem direito à remição .
* Devem ser observadas as regras relativas à segurança e higiene, mas não está o trabalho do
preso sujeito ao regime da CLT, todavia o trabalho será remunerado não podendo a
remuneração ser inferior a ¾ do salário-mínimo.
Art.32 LEP. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição
pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo
mercado.
Art.33 LEP. A jornada normal de trabalho não será inferior a seis nem superior a oito horas,
com descanso nos domingos e feriados. (existe horário especial para alguns serviços)
* A jornada de trabalho inferior àquela estipulada pela lei pode ocorrer? Ocorrendo será
considerada para fins de remição penal? Princípio da confiança e da segurança jurídica.
(Info.860, STF)
*comportamento disciplinado
*atribuição do trabalho
*assistências
*chamamento nominal
*visita
A ciência do preso!! O preso, desde o inicio, deve ser cientificado das normas disciplinares . E a
autoridade administrativa irá executar o poder disciplinar. Se houverem faltas graves se
comunica ao juízo da execução para efeito de regressão de regime e revogação do benefício.
Instaura-se um procedimento para apuração( Súmula 533 STJ . Para reconhecimento da prática
de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a instauração de
procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o direito
de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado.)
II) Faltas: leves/ médias(legislação local) e graves (LEP) . A falta grave interrompe o prazo para
progressão de regime , se reiniciando a partir do cometimento da falta - Súmula 534 STJ)
IV) São faltas graves: (rol taxativo) art.50 LEP (* o pacote anticrime acrescentou o inciso VIII)
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: I - incitar ou
participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; II - fugir; III - possuir,
indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; IV - provocar
acidente de trabalho; V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; VI - inobservar
os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.; VII – tiver em sua posse, utilizar
ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros
presos ou com o ambiente externo; VIII - recusar submeter-se ao procedimento de
identificação do perfil genético. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório.
Posse de chip de celular configura falta grave na execução penal - A posse de chip de telefone
celular pelo preso, dentro de estabelecimento prisional, configura falta disciplinar de natureza
grave, ainda que ele não esteja portando o aparelho. Para o STJ e o STF, configura falta grave
não apenas a posse de aparelho celular, mas também a de seus componentes essenciais, como
é o caso do carregador, do chip ou da placa eletrônica, considerados indispensáveis ao
funcionamento do aparelho. STJ. 5a Turma. HC 260.122-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze,
julgado em 21/3/2013. (info 517).
* Advertência (leves)
• Pode haver renovação por períodos de 01 ano se existirem indícios de que o preso
continua apresentando alto risco para a ordem e segurança do estabelecimento ou da
sociedade, ou ainda, se continua mantendo vínculos com organizações criminosas,
associação criminosa ou milícia privada
• Antes visitas semanais de duas pessoas, por 2hs, sem contar as crianças; hoje, visitas
quinzenais, de duas pessoas por vez, por 2hs, a serem realizadas em instalações que
impeçam contato físico e passagem de objeto, e gravada com autorização judicial e
fiscalização de agente.
• Antes, saída da cela por 2hs diárias para o banho de sol; hoje, saída da cela por 2hs
diárias para banho de sol, em grupos de até 4 presos, desde que não haja contato com
presos do mesmo grupo criminoso
* Atenção! O preso provisório também deve ficar separado (princípio da inocência) e o menor
não cumpre pena!
Art.88 LEP. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório,
aparelho sanitário e lavatório.
São requisitos básicos da unidade celular: a) a salubridade do ambiente pela
concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado
à existência humana; b) área mínima de seis metros quadrados
Art.89 LEP. Além dos requisitos referidos no art.88, a penitenciária de mulheres será
dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores
de 6 meses e menores de 7 anos, com a finalidade de servir a criança desamparada
cuja responsável estiver presa.
* Regime aberto
* Centro urbano
*Presos provisórios
*Inimputáveis
Trânsito em julgado (Súmula 611 STF) – réu preso ou não – magistrado ordena a
expedição de guia de recolhimento para execução. No caso de Sursis da pena ou
regime aberto será a carta guia.
Inovação legislativa:
A Lei n. 13.964/2019 (Pacote anticrime) alterou o art.112 da LEP, assim os critérios
para concessão do benefício da progressão de regime continuam sendo o
cumprimento de parte da pena e o bom comportamento carcerário, no entanto, antes
da alteração bastava o cumprimento de 1/6 (crime não hediondo); 2/5 ou 3/5 (crimes
hediondos, se o agente era primário ou reincidente)da pena no regime anterior,
juntamente com a comprovação do bom comportamento carcerário.
-Hoje, a depender da situação pessoal do condenado, bem como, de qual tenha sido o
crime praticado há parâmetros diferentes para a concessão do benefício.
-Princípio da proporcionalidade – mudou o parâmetro para o crime comum!!
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso
tiver cumprido ao menos:
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido
cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem
violência à pessoa ou grave ameaça;
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver
sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido
com violência à pessoa ou grave ameaça;
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de
crime hediondo ou equiparado, se for primário; VI - 50% (cinquenta por cento) da
pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se
for primário, vedado o livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa
estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de
crime hediondo ou equiparado;
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo
ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional.
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar
boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as
normas que vedam a progressão.
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e
precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que
também será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação
de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes.
§ 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou
pessoas com deficiência, os requisitos para progressão de regime são,
cumulativamente:
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do
estabelecimento;
V - não ter integrado organização criminosa.
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do
benefício previsto no § 3º deste artigo.
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de
tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
(Tráfico de drogas privilegiado – primário, bons antecedentes e não integra
organização criminosa)
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade
interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da
pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena
remanescente.
§ 7º (VETADO).
OBS: O art.114, inciso I, LEP, exige do condenado para a progressão ao regime aberto,
a comprovação de trabalho ou a possibilidade imediata de trabalhar!!! Deve ser visto
com cautela!!!
* Remição
- Condenado + trabalho ou estudo
- Juízo da Execução Penal – oitiva do MP
- A cada três dias de trabalho desconta um na pena
- A cada 12 horas de frequência escolar, divididas em no mínimo três dias, desconta um
dia na pena (presencial ou a distância e necessidade de certificação)
- Se houver compatibilização pode cumular (trabalho e estudo)
- Processo de reintegração social – estimula o trabalho e o estudo – a ressocialização e a
profissionalização – estimula a conclusão do curso e o tempo a remir será acrescido
de 1/3
- Como estímulo o preso deve tomar conhecimento dos dias remidos
- A remição pela leitura é possível, sendo descontado 4 dias da pena por obra lida e
avaliada, sendo até 12 obras por ano, em um total de 48 dias remidos em doze meses.
Conforme Portaria Conjunta 276/2012 da Justiça Federal e do Departamento
Penitenciário Nacional e Recomendação n. 44/2013 do CNJ. Para comprovação,
entregam uma resenha e realizam defesa oral.
- - Foi noticiado que presos ganham sala de leitura para alfabetização e remição da pena
e aulas de informática em julho/2018 na cadeia de Soledade/PB, sendo um projeto
desenvolvido pelo Judiciário com a ONG IDE Projetos Sociais.
- Remição pelo trabalho antes do início da execução da pena - É possível a remição do
tempo de trabalho realizado antes do início da execução da pena, desde que em data
posterior à prática do delito. STJ. 6ª Turma. HC 420.257-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro,
julgado em 19/04/2018 (Info 625)
- Não é possível a remição ficta da pena - Não se admite a remição ficta da pena.
Embora o Estado tenha o dever de prover trabalho aos internos que desejem laborar,
reconhecer a remição ficta da pena, nesse caso, faria com que todas as pessoas do
sistema prisional obtivessem o benefício, fato que causaria substancial mudança na
política pública do sistema carcerário, além de invadir a esfera do Poder Executivo. O
instituto da remição exige, necessariamente, a prática de atividade laboral ou
educacional. Trata-se de reconhecimento pelo Estado do direito à diminuição da pena
em virtude de Informativo comentado Informativo 904-STF (07/06/2018) – Márcio
André Lopes Cavalcante | 12 trabalho efetuado pelo detento. Não sendo realizado
trabalho, estudo ou leitura, não há que se falar em direito à remição. STF. 1ª Turma.
HC 124520/RO, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Roberto Barroso, julgado em
29/5/2018 (Info 904
* Livramento Condicional
- 2 a 4 anos ou 4 a 6 anos
- -Diretor do estabelecimento
- -Duração (prazo não superior a sete dias, renovada por mais 4 vezes no ano)
*Devendo ser cobrada após o trânsito em julgado da sentença, sendo estabelecido prazo de 10
dias para pagamento a partir da citação, sendo possível o parcelamento.
Habeas Corpus
Revisão Criminal
• Condições subumanas
• Aumento da reincidência
• Rebeliões
Atividade
Questão Subjetiva
Questão prática
2) Caio, em data de 16.02.2020, foi condenado pela prática do crime de roubo a pena de 10
anos de reclusão, em regime inicial fechado. O delito foi praticado em 02.01.2019 e, desde
então, Caio permaneceu encarcerado tendo contra si a determinação de prisão preventiva. Em
02.08.2020 foi requerida a progressão de regime de Caio para o semiaberto, todavia, o pedido
foi indeferido pelo juízo da execução penal com o argumento de que, para tanto, seria
necessário o cumprimento de 25% da pena conforme estabelece o art. 112 LEP, modificado
pelo pacote anticrime, uma vez que, Caio é primário, mas teria praticado crime com violência à
pessoa. Considerando ter sido procurado pela família de Caio para advogar em sua defesa
responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a
fundamentação legal pertinente ao caso.
b) Qual (is) fundamento (s) jurídico (s) poderiam ser utilizados em favor da progressão de
regime de Caio?