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Como percebemos este artigo está em consonância com o que há de mais moderno na doutrina, temos
aqui uma dupla finalidade ou também conhecida como eclética ou mista. Como percebemos temos um duplo
objetivo, na primeira parte o legislador tem como objetivo propiciar meios para que a sentença seja
integralmente cumprida e na parte final o legislador tem como objetivo a reintegração do sentenciado ao
convívio social (ressocialização).
Como outroramente comentado há a concordância entre o que está previsto no artigo primeiro da LEP e
com a finalidade da pena, conforme prevê a doutrina moderna, vejamos, então, esta teoria:
2) Princípio da igualdade
“Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política.”
OBS.: Este princípio está previsto no § único, do artigo 3º. Uma possível questão de prova pode envolver este
princípio da legalidade, perguntando, por exemplo, se pode existir algum tipo de desigualdade, o candidato
deve estar atento, pois pode haver uma desigualdade material, por exemplo, no que tange a idade (aos
maiores de 60 anos) e ao sexo (Mulheres cumprindo pena).
Percebemos ainda que os condenados serão classificados, mas a pergunta que paira é, quem classifica?
Esta classificação cabe a Comissão Técnica de Classificação (CTC), temos que ter cuidado, pois as suas
atribuições, foram diminuídas, vejamos como eram e como ficou agora:
Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa
individualizador e acompanhará a execução das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos,
devendo propor, à autoridade competente, as progressões e regressões dos regimes, bem como as
conversões.
Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa
individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. (Redação dada
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003).
Lei 10792/03
Antes Depois
Acompanhava as Penas
a) Privativa de Liberdade
b) Restritiva de Direitos
Somente individualiza e acompanha pena
privativa de liberdade
Intervinha
a) Progressões/Regressões
b) Conversão da Pena
Comentários
Como percebemos o exame criminológico, ao contrário de algumas correntes, ainda é previsto na LEP,
apenas sofreu uma redução em seu rol com o advento da lei 10792/03, como vimos na tabela acima.
A corrente que defende a extinção do exame criminológico, só leve em consideração a destinação do
exame criminológico a tão somente à aferição do mérito que se exigia expressamente para a progressão do
regime prisional e outros benefícios. Porém, e com maior relevância esta classificação se mostra
imprescindível para a individualização executória, que por um acaso nada mudou.
Percebemos que somente será submetido ao exame criminológico obrigatoriamente o preso que cumpre a
pena em regime fechado, ficando, então, o preso em regime semiaberto a faculdade do juiz da execução
penal caso ache necessário, como prevê o art. 8º.
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido
a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com
vistas à individualização da execução.
Errada, só será submetido a exame criminológico os presos cuja a pena seja privativa de liberdade.
4) Jurisdicionalidade
Os incidentes da LEP serão decididos pelo poder judiciário. A autoridade administrativa somente pode
definir pontos secundários da execução penal (ex: Dia de visitas, horário do banho de sol, imposição de
sanções disciplinares previamente previstos em lei, etc.). Mesmo nos pontos secundários pode haver
intervenção judicial.
Por Exemplo, o delegado ou o diretor do presídio, proíbe o dia de visitas, caso o condenado discorde pode
recorrer ao juiz.
6) Reeducativo
Durante a execução penal deve-se buscar a ressocialização dos presos, coincidindo com as finalidades da
LEP. Nós temos para isso os instrumentos que buscam a ressocialização, que desdobraremos futuramente.
Art. 5º
...
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
...
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
Direitos e deveres do Preso
Os direitos e deveres do preso estão previstos do artigo 38 ao artigo 43. Denominamos de estatuto jurídico
do preso.
Dos Deveres
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de
execução da pena.
Art. 39. Constituem deveres do condenado:
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina;
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
VI - submissão à sanção disciplinar imposta;
VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto
proporcional da remuneração do trabalho;
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X - conservação dos objetos de uso pessoal.
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.
Dos Direitos
Art. 41 - Constituem direitos do preso:
I - alimentação suficiente e vestuário;
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
III - Previdência Social;
IV - constituição de pecúlio;
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis
com a execução da pena;
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI - chamamento nominal;
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de
informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária
competente. (Incluído pela Lei nº 10.713, de 13.8.2003)
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos
mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
Observamos que os incisos V, X e XV são os únicos relativos, sendo necessário ato motivado, enquanto durarem os
motivos persistem as restrições acima.
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5. (SEAP-PR) Constituem deveres do condenado, exceto:
a) Higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento.
b) Conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina.
Professor Ronaldo Bandeira Página 4
LEP (Leis de execuções penais)
c) Conservação dos objetos de uso pessoal.
d) Execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas.
e) Constituição de pecúlio.
Resposta: Letra E, aqui o examinador busca confundir a cabeça do candidato misturando os direitos e
deveres, incluindo na letra E um direito e não um dever.
...
IV - constituição de pecúlio;
Resposta: Letra B, como prevê o artigo 43 é garantido como direito do internado a contratação de médico
pessoal.
Resposta: Letra E, Como sempre o examinador procura misturar o rol de direitos e deveres a fim de confundir
o candidato, porém observe que a letra “E” está contida no rol dos direitos e não dos deveres do preso, como
prevê o inciso V do artigo 41.
Visando buscar a harmonização entre àqueles que cumprem penas, seja privativa de liberdade ou até
mesmo restritiva de direitos o legislador ordinário, criou para isso recompensas para quem haja com mérito e
sanções punidas com faltas para quem haja com demérito, aprofundaremos agora esse assunto.
Das faltas
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves e
médias, bem assim as respectivas sanções.
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;
IV - provocar acidente de trabalho;
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação
com outros presos ou com o ambiente externo. (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007)
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório.
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
Comentários
Casos de faltas Graves
Para o condenado à pena privativa de liberdade Para o condenado à pena restritiva de direitos
I - incitar ou participar de movimento para subverter a I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
ordem ou a disciplina;
II - fugir; II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da
obrigação imposta;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de
ofender a integridade física de outrem;
IV - provocar acidente de trabalho;
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V,
artigo 39, desta Lei. do artigo 39, desta Lei.
Errada, pois a LEP apenas prevê a grave, ficando as leves e médias a cargo da legislação local.
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves
e médias, bem assim as respectivas sanções.
10. Comete falta grave o condenado a pena privativa de liberdade que não cumpre o dever de obediência ao
servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se.
Certa, sendo inclusive caso de falta grave tanto para quem cumpre pena privativa de liberdade como para
aquele que cumpre restritiva de direitos como prevê o artigo 50, VI da LEP.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
...
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
11. A advertência verbal não constitui espécie de sanção disciplinar, mas mero procedimento interno de
manutenção da disciplina.
Certa, é possível a concessão de regalias aos presos, desde que atendam ao requisito subjetivo de
disciplina e dedicação ao trabalho.
Art. 56. São recompensas:
I - o elogio;
II - a concessão de regalias.
Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão
de regalias.
14. Como o procedimento para a apuração de falta disciplinar não é um feito judicial, não há necessidade de
se assegurar ao faltoso o direito de defesa.
Errada, questão busca do candidato apenas o conhecimento em relação ao direito a ampla defesa e
contraditório previsto no artigo 59.
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração, conforme
regulamento, assegurado o direito de defesa.
15. (SEAP-PR) Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
a) Retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta.
b) Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina.
c) Provocar acidente de trabalho.
d) Empreender fuga.
e) Possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem.
Resposta: Letra A, O candidato aqui deve observar que o examinador procura as faltas graves cometidas por
aqueles que estão cumprindo pena restritiva de direitos e nas demais opções para confundir o candidato
acrescentou causas de faltas graves para aquele que cumpre pena privativa de liberdade.
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
...
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;
16. (SEAP-PR) São consideradas faltas graves cometidas pelo condenado a pena privativa de liberdade,
EXCETO:
A) Descumprir, injustificadamente, a restrição imposta.
B) Fugir.
C) Provocar acidente de trabalho.
D) Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina.
E) Possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem.
Resposta: Letra A, A letra “A” é a única que é causa de falta grave para quem cumpre pena restritiva de
direitos o examinador buscou aqui confundir o candidato com os casos que ensejam faltas graves nas penas
cumpridas em decorrência de pena privativa de liberdade.
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
17. (SEAP-PR) As sanções constantes na Lei de Execuções Penais, em seu título II, cap. IV, seção III, são as
abaixo enumeradas, EXCETO:
A) Advertência escrita.
B) Advertência verbal.
C) Suspensão ou restrição de direitos.
D) Repreensão.
E) Isolamento na própria cela ou em outro local adequado.
Resposta: Letra A, pois a advertência é verbal, não há previsão de advertência por escrito.
18. (SEJUC-RN) NÃO comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
A) Retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta.
B) Fugir.
C) Provocar acidente de trabalho.
D) Descumprir, no regime aberto, as restrições impostas.
Resposta: Letra A, aqui novamente o examinador tentou confundir o candidato misturando os casos de faltas
graves daqueles que cumprem penas privativas de liberdade e daqueles que cumprem pena restritiva de
direitos.
19. (SEJUS-ES) Considere que Joaquim, em cumprimento a pena privativa de liberdade, estimulou os demais
presos de seu pavilhão à prática de greve de fome e de recusa ao trabalho,reivindicando melhores condições
de alojamento e oportunidades de recreação. O movimento durou cinco dias, gerando desordem e indisciplina
entre os presos. Nessa situação, independentemente da sanção aplicada aos demais presos, a conduta de
Joaquim o sujeitará a sanção disciplinar em razão do cometimento de falta grave.
Certa, Joaquim está incitando os demais a participação de movimento para subverter a ordem ou a
disciplina.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
20. (SEJUS-ES) No âmbito da execução penal, no que se refere a faltas disciplinares e respectivas sanções,
deve ser observado o princípio da reserva legal, segundo o qual somente pode ser considerada infração
aquela que estiver anteriormente prevista em lei ou regulamento, bem como somente pode ser aplicada a
sanção anteriormente cominada para o fato.
21. (SEJUS-ES) O regime disciplinar diferenciado, regime de cumprimento de pena em acréscimo aos
regimes fechado, semi-aberto e aberto, caracteriza-se por maior grau de isolamento do preso e por restrições
ao contato com o mundo exterior.
22. (SEJUS-ES) Considera-se falta disciplinar grave a fuga praticada com violência ou danos patrimoniais.
Classificam-se como falta média a fuga e a tentativa de evasão em que, para deixar a prisão, o preso não
pratica violência nem causa danos ao patrimônio.
23. (SEJUS-ES/09) O poder disciplinar só pode ser exercido pelo juiz da execução penal.
Errada, pois poderá ser feita também pelo próprio diretor do estabelecimento, quando por exemplo impor a
sanção preventiva de inclusão na cela isolada, para averiguação.
24. (SEJUS-ES/09) A tentativa de fuga do estabelecimento prisional é classificada como falta disciplinar
grave, punida com a sanção correspondente à falta consumada.
Certa, a fuga é falta disciplinar grave, como prevê o artigo 50, II.
O RDD não é uma quarta espécie de regime de cumprimento de pena, mas sim a mais severa sanção disciplinar
imposta ao preso autor de falta grave.
2. Características
2.1) Temporal
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta
grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)
Então, por exemplo, um condenado que cumpre uma pena de 12 anos na primeira vez poderá ficar até 360
dias, se cometer novamente até dois anos (1/6 de 12 = 2 anos), se cometer novamente dois anos novamente
e assim sucessivamente sem limite de inclusão sucessivo.
Só para explanar esta é a corrente majoritária. Porém existe uma corrente minoritária que considera no caso
de reincidência o prazo máximo de 1/6 da pena, ou seja, as reincidências somadas não poderão ultrapassar
dois anos no caso acima.
Caso Prático Considerando o mesmo prazo acima de 12 anos o preso que cometer uma hipótese de
cabimento para aplicação no RDD ficará no primeiro caso até 360 dias, no segundo até 1/6 da pena aplicada,
na próxima reincidência o que sobrar dos 1/6 e assim sucessivamente. Devendo o juiz da execução ponderar
de tal forma que nunca chegue ao prazo máximo de 1/6 da pena aplicada, sempre restando um período para
sua aplicação.
Lembrando que na constituição federal existe um dispositivo transcrito ao lado “XLIX - é assegurado aos
presos o respeito à integridade física e moral”, que proíbe qualquer tratamento desumano ou degradante ao
preso, ratificado pelo inciso III que é mais geral “III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento
desumano ou degradante;”, porém ressalta o mesmo argumento. Portanto não poderá colocar um preso no
regime de RDD em cela insalubre, escura, suja, com animais peçonhentos e etc.
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; (Incluído
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Não entrarei em nenhuma discussão doutrinária, até porque sua prova nunca entrará nessa seara, então
senhores leve em consideração que são visitas de duas pessoas semanalmente no máximo, e quantas
crianças forem sem limite.
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. (Incluído pela Lei nº
10.792, de 1º.12.2003).
3. Hipóteses de Cabimento
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da
ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao
regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou
estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual
recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas,
quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Comentários:
Como podemos perceber acima existem três hipóteses de inclusão no RDD, vamos ver na tabela abaixo
como funciona esse cabimento em tal sanção:
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do diretor do
estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do juiz competente. (Redação dada
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 1o A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de requerimento
circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa. (Incluído pela
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de manifestação do
Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)
Comentários
• O RDD está sob império da judicialização, ou seja, somente o juiz pode incluir um preso no RDD.
• O juiz não pode provocar de ofício a inclusão no RDD, é necessário ser provocado através de um
requerimento elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa (secretário
de segurança pública).
Lembrar que o MP pode requerer inclusão no RDD, artigo 68, II, a da LEP.
...
II - requerer:
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo;
• O parágrafo segundo obriga o respeito ao contraditório e a ampla defesa, ou seja, nada mais é que o
devido processo legal.
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares levar-se-á em conta a pessoa do faltoso, a natureza e as circunstâncias
do fato, bem como as suas conseqüências.
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III e IV, do artigo 53, desta Lei.
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as
conseqüências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III a V do art. 53 desta Lei. (Redação
dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Exige do também
Exsurge juiz a individualização
aqui a proibição
dade
sanção
sanção
disciplinar.
coletiva, ela tem que ser individual (art. 45, § 3º da LEP)
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a 30 (trinta) dias.
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do
regime disciplinar diferenciado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Percebe-se aqui uma restrição temporal acerca do isolamento e da suspensão e a restrição de direitos não podendo
estas excederem a 30 dias, ressalvada a hipótese de inclusão no RDD que você já sabe.
O parágrafo único torna obrigatório a comunicação ao juiz da execução visando coibir práticas ilegais contra o preso.
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26. Se todos os presos de determinada ala do presídio praticarem em conjunto falta grave, poderá haver
sanção coletiva.
Errada, pois é expressamente proibida qualquer tipo de sanção coletiva, como prevê o artigo 45 parágrafo
3º.
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar.
...
27. (SEJUS-ES) Suponha que, em determinado pavilhão de um presídio, tenha início uma rebelião, não se
determinando ao certo quem começou o movimento. Nessa situação, pode o diretor da unidade prisional,
após a autorização judiciária competente, impor sanção coletiva, de modo a punir todo o grupo de presos do
pavilhão.
Errada, não existe sanção de caráter coletivo, conforme prevê o artigo 45, parágrafo 3º.
RDD Preventivo
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez
dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do
fato, dependerá de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado será
computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)
Vislumbram-se aqui duas hipóteses visando à garantia da ordem do faltoso para melhor averiguação do
fato. Você provavelmente percebeu lendo o caput do artigo 60, que este prevê duas formas cautelares para
garantia da ordem seja através do isolamento preventivo do faltoso, ou através de inclusão do preso no RDD,
e este dependerá de despacho do juiz competente (juiz da execução).
OBS.: Só a fim de tecer o último comentário se após essa fase de investigação preliminar for constatado uma das três
hipóteses possíveis de cabimento no RDD, o prazo que o faltoso ficou preventivamente contará, e logo será descontado
no prazo definido na sanção do RDD em definitivo.
Questões relacionadas
28. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem
ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime
disciplinar diferenciado.
Certa, questão muito fácil que apenas espera do candidato o conhecimento do “caput” do artigo 52.
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da
ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao
29. O preso em regime disciplinar diferenciado terá direito a visitas semanais de duas pessoas, incluídas
nesse número as visitas de crianças, com duração máxima de três horas.
Errada, pois a visitação das crianças é liberada, a restrição é apenas para os outros que se limitará a duas
pessoas.
Art. 52...
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; (Incluído pela
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
30. Sujeitar-se-á ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório sob o qual recaiam fundadas suspeitas
de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.
Certa, questão fácil que só busca o conhecimento do parágrafo 2º, do artigo 52, que é a terceira hipótese
de cabimento no RDD.
Art. 52...
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o
qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações
criminosas, quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
31. Referido regime disciplinar terá a duração máxima de 360 dias, sem prejuízo de repetição da sanção por
nova falta grave da mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada.
Certa, outra questão dada só espera o conhecimento do candidato da temporariedade do RDD que está
prevista no inciso I, do artigo 52.
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave
de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
32. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias,
independentemente de prévia decisão judicial.
Certa, questão boa que trata do isolamento preventivo para averiguação do fato.
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez
dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do
fato, dependerá de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
33. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato,
dependerá de despacho do juiz competente.
Certa, questão trata do RDD preventivo (também chamado por parte da doutrina de RDD averiguação).
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez
dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do
fato, dependerá de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003).
34. (SEAP-PR) Como foi amplamente noticiado nos últimos anos, rebeliões assolaram o sistema penitenciário
de vários estados brasileiros. Dentre as respostas dadas pelo poder público como forma de contê-las,
observamos a edição da Lei n° 10.792, de 1° de dezembro de 2003, que estabelece em um dos seus artigos:
“A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou
disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime
disciplinar:
35. (SEJUS-ES) O regime disciplinar diferenciado aplicado aos presos que apresentam alto risco para a
ordem e a segurança do estabelecimento prisional ou da sociedade alcança aqueles já condenados por
sentença penal irrecorrível, não se estendendo aos presos provisórios.
Errada, pois se encontra expresso no “caput” do artigo 52 que o RDD se estende também aos presos
provisórios.
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da
ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao
regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)
36. (SEJUS-ES/09) A prática de ato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasiona
subversão da ordem, sujeita o condenado ao regime disciplinar diferenciado, com direito à saída da cela por
duas horas diárias para banho de sol.
Certa, é a primeira hipótese de cabimento no RDD mesclada com o direito a saída da cela por 2 horas para
o banho de sol, conforme preceitua o artigo 52, IV.
37. (SEJUS-ES/09) O preso provisório ou o condenado, nacional ou estrangeiro, sobre o qual recaia fundada
suspeita de envolvimento em quadrilha ou bando organizado para a prática de crime hediondo sujeita-se ao
regime disciplinar diferenciado por prazo indeterminado, a critério do juiz da execução.
Errada, Encontramos aqui o erro temporal já que existe um limite para a inclusão no RDD.
38. (SEJUS-ES/09) A autoridade administrativa pode decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo
de até 10 dias, sendo esse tempo computado no período de cumprimento da sanção disciplinar.
Certo, O examinador incluiu aqui duas previsões distintas da LEP uma prevista no “caput” do artigo 60 e a
outra que prevê o computo do período no parágrafo único.
* Inimputável - É a pessoa que cometeu uma infração penal, porém, no momento do crime, era inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determina-se de acordo com esse entendimento. São
considerados inimputáveis os doentes mentais ou a pessoa que possua desenvolvimento mental incompleto
ou retardado, e os menores de dezoito anos. Os inimputáveis são isentos de pena, mas, se doente mental,
fica sujeito a medida de segurança e, se menor de 18 anos, fica sujeito às normas estabelecidas na
legislação especial. Ver art. 26 e 27 do Código Penal e art.228 da Constituição Federal.
Art. 11. A assistência será
I - material;
II - à saúde;
III -jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.
SEÇÃO II
Da Assistência Material
Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e
instalações higiênicas.
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades
pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração.
SEÇÃO III
Da Assistência à Saúde
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento
médico, farmacêutico e odontológico.
§ 1º (Vetado).
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta
será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.
§ 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao
recém-nascido. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
SEÇÃO IV
Da Assistência Jurídica
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros para constituir
advogado.
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica nos estabelecimentos penais.
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria
Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no
exercício de suas funções, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor
Público. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da Defensoria Pública para
a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares,
sem recursos financeiros para constituir advogado. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
SEÇÃO V
Da Assistência Educacional
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do
internado.
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federativa.
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico.
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua condição.
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas ou particulares, que
instalem escolas ou ofereçam cursos especializados.
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas
as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos.
SEÇÃO VI
Da Assistência Social
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à
liberdade.
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido;
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;
Certa, é importante observar que a transferido no caso de inexistência de aparelhagem suficiente para
atendimento como prevê o artigo 14, parágrafo 2º.
Art. 14
...
40. (SEAP-PR) Em relação à assistência ao preso e ao internado “objetivando prevenir o crime e orientar o
retorno à convivência em sociedade”, enumere os itens da segunda relação com base nas informações da
primeira.
1. Assistência material
2. Assistência à saúde
3. Assistência jurídica
4. Assistência social
5. Assistência educacional
( ) Tem por fim amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade.
( ) É destinada aos presos e internados sem recursos financeiros para constituir advogado.
( ) Compreenderá instrução escolar e a formação profissional do preso e do internado.
( ) De caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico.
( ) Consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas.
Resposta: Letra A, questão muito fácil. Basta o candidato ter apenas bom senso. Dispensa comentários.
Resposta: Letra B, aqui a questão busca a alternativa mais completa, que se mostra na letra B.
Art. 11. A assistência será:
I - material;
II - à saúde;
III - jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.
42. (SEJUS-ES/09) A assistência ao preso e ao egresso é dever do Estado, e visa prevenir o crime e orientar
o retorno do indivíduo à convivência em sociedade.
Do Trabalho
CAPÍTULO III
Do Trabalho
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e
produtiva.
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene.
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos)
do salário mínimo.
§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por
outros meios;
b) à assistência à família;
c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser
fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em
Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade.
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas.
SEÇÃO II
Do Trabalho Interno
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e
capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior do
estabelecimento.
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as
necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado.
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de
turismo.
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade.
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao seu estado.
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos
domingos e feriados.
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de
conservação e manutenção do estabelecimento penal.
Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública, com autonomia administrativa, e terá
por objetivo a formação profissional do condenado.
§ 1o. Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora promover e supervisionar a produção, com critérios e
métodos empresariais, encarregar-se de sua comercialização, bem como suportar despesas, inclusive pagamento de
remuneração adequada. (Renumerado pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 2o Os governos federal, estadual e municipal poderão celebrar convênio com a iniciativa privada, para
implantação de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos presídios. (Incluído pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003)
Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da União, Estados, Territórios, Distrito Federal e dos
Municípios adquirirão, com dispensa de concorrência pública, os bens ou produtos do trabalho prisional, sempre que não
for possível ou recomendável realizar-se a venda a particulares.
Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as vendas reverterão em favor da fundação ou empresa
pública a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do estabelecimento penal.
SEÇÃO III
Do Trabalho Externo
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras
públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as
cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.
§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra.
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a remuneração desse trabalho.
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso do preso.
2. Da Remuneração
Lembre-se que o preso não está regido pela CLT, porém terá direito a previdência social. As tarefas
executadas como prestação de serviço a comunidade não será remunerada.
Vale lembrar também que em caso de acidente de trabalho não provocado o preso terá direito a remição,
porém quando for provocado será motivo para ensejar falta grave.
3. Do Trabalho Interno
Torna-se indispensável comentar a obrigatoriedade do trabalho somente para o preso sujeito a pena
privativa de liberdade, sendo facultativo para o preso provisório, e se caso aconteça será executado no
interior do estabelecimento.
3.1 Da classificação
Será levado em consideração a condição pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as
oportunidade oferecidas pelo mercado de trabalho.
Sendo óbvio que aqueles que necessitam de uma condição especial individualizada, como os maiores de
60 anos e os doentes ou deficientes físicos exercerão atividades compatíveis com o seu estado.
3.2 Da jornada
A jornada não será superior a 8 horas nem inferior a 6 horas, com descanso nos domingos e feriados.
Podendo ser atribuído horário especial para aquele que trabalha na conservação e manutenção do
estabelecimento penal. Como no caso de faxina, por exemplo, na administração, em enfermarias etc.
4. Do trabalho Externo
Para a admissão no trabalho externo faz-se necessário 2 fatores: um objetivo e outro subjetivo, o primeiro
se refere ao tempo (1/6 no mínimo do cumprimento da pena) e o segundo se refere a disciplina e
responsabilidade, que devem ser apuradas, como bem leciona Renato Marcão através de exames
criminológicos.
* Art. 127. O condenado que for punido por falta grave perderá o direito ao tempo remido, começando
o novo período a partir da data da infração disciplinar.
Resposta: Letra A, busca do candidato a finalidade do trabalho que é misto – produtivo e educativo.
44. (SEJUS-ES) Para os presos em regime fechado, o trabalho externo é admissível somente em serviços ou
obras públicas realizados por órgãos da administração pública, não podendo haver, todavia, vínculo
empregatício entre o condenado e a administração ou a empresa privada que realiza tais obras.
Certa, não pode haver esse vínculo empregatício, já que não é garantido como direito as regras da CLT.
45. (SEJUS-ES) Constitui dever do condenado, entre outros, a indenização ao Estado, quando possível, das
despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho.
46. (SEJUS-ES) É assegurado ao preso, em regime fechado ou semi-aberto, o desconto do tempo da pena
privativa de liberdade pelo trabalho, na proporção de três dias trabalhados por um dia de pena, sendo tal
benefício chamado remição.
47. (SEJUS-ES) Um dos principais deveres do preso é a obrigação de trabalhar, não se cuidando, porém, de
trabalho forçado, o que é constitucionalmente vedado, mas de trabalho obrigatório, cuja recusa constitui falta
grave.
Certa, Define integralmente o conceito de trabalho e proíbe expressamente o trabalho forçado, que é
constitucionalmente vetado.
Certo, o preso político não está obrigado a trabalhar, conforme prevê o artigo 200.
Art. 200. O condenado por crime político não está obrigado ao trabalho.
51. (SEJUS-ES/09) Ao condenado à pena privativa de liberdade é facultativa a atividade laboral, respeitadas
suas aptidões, sua capacidade e sua necessidade.
Progressão de Regime
Obs.: No caso de condenado provisório preso admiti-se execução provisória (Súmula 716 STF).
Lembre-se se for condenado por crime hediondo deverá cumprir 2/5 se primário ou 3/5 se reincidente.
Obs: Este requisito incide sobre a aplicação da pena que é ilimitada e não sobre a execução da pena que é
limitada a 30 anos. Então, por exemplo, o condenado que pega 300 anos só progredirá de pena quando
cumprir 50 anos de pena o que se torna impossível, pois a pena é limitada a 30 anos, então este cumprirá 30
anos em regime fechado (súmula 715 STF).
4º) Oitiva do MP
§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor.
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Lei 10792/03
Antes Depois
Pressuposto previsto no art. 112 LEP Deixou de ser mencionado no artigo 112 LEP.
6º) Diante de um crime contra a administração pública só progredirá de regime condicionada a reparação do
dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (art. 33, §4º do
Código Penal).
Porém o STJ admite desde que haja culpa do Estado na transferência do regime mais para o menos rigoroso.
Admite-se também quando não houver vaga no semi-aberto.
Ou seja, na inércia do Estado se admite a progressão em salto.
Regressão de Regime
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência
para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne
incabível o regime (artigo 111).
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos
anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta.*
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado.
Comentários
• Percebemos que no inciso I, é previsto apenas a prática de fato previsto como crime doloso ou falta
grave, sem necessidade no primeiro momento para a regressão de regime a ampla defesa.
• No inciso II, haverá a unificação das penas, por exemplo, o condenado que é punido por novo crime
por mais 30 anos e está no aberto, devido a unificação de penas este volta para o regime fechado.
• No parágrafo primeiro há o comentário mais importante percebemos que foi sublinhado a última parte
desse parágrafo, é óbvio que houve dolo, pois segundo a lei 9268/96 não poderá ser objeto de
regressão, somente pode-se executar a multa como dívida ativa.
• No caso do inciso I e do parágrafo primeiro como há a previsão do parágrafo segundo deverá existir a
ampla defesa.
Sanção Disciplinar
Regimes
Regime Fechado Regime Semi-Aberto Regime Aberto
Requisitos para a Progressão de Regime Requisitos para a progressão do Regime Semi-
Fechado para o Semi-Aberto aberto para o Aberto
1º) Condenação transitada em julgado
2º) Temporal: Cumprimento em regra de 1/6
da pena, caso seja condenação por crime Todos Previstos anteriormente
hediondo ou assemelhado será de 2/5 se +
primário e 3/5 de reincidente. Os Previstos nos artigos 113 + 114 + 115
A progressão em salto em regre não é permitida, salvo nos casos acima comentados, como previu o STJ.
Enquanto a progressão em salto em regra é proibida, percebemos que em caso de regressão é perfeitamente possível a r
Do Guia de Recolhimento
Professor Ronaldo Bandeira Página 28
LEP (Leis de execuções penais)
Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas as folhas e a assinará com
o Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução e conterá:
I - o nome do condenado;
II - a sua qualificação civil e o número do registro geral no órgão oficial de identificação;
III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como certidão do trânsito em julgado;
IV - a informação sobre os antecedentes e o grau de instrução;
V - a data da terminação da pena;
VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento penitenciário.
§ 1º Ao Ministério Público se dará ciência da guia de recolhimento.
§ 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que sobrevier modificação quanto ao início da
execução ou ao tempo de duração da pena.
§ 3° Se o condenado, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal, far-se-á,
na guia, menção dessa circunstância, para fins do disposto no § 2°, do artigo 84, desta Lei.
Da autorização de saída
SEÇÃO III
Das Autorizações de Saída
SUBSEÇÃO I
Da Permissão de Saída
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios
poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes
fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão;
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14).
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra
o preso.
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à finalidade da
saída.
SUBSEÇÃO II
Da Saída Temporária
Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para
saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:
I - visita à família;
II - freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na
Comarca do Juízo da Execução;
III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
Parágrafo único. A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de
monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. (Incluído pela Lei nº
12.258, de 2010)
Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do Juiz da execução, ouvidos o Ministério
Público e a administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes requisitos:
I - comportamento adequado;
II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se
reincidente;
III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não superior a 7 (sete) dias, podendo ser renovada por
mais 4 (quatro) vezes durante o ano.
Parágrafo único. Quando se tratar de freqüência a curso profissionalizante, de instrução de 2º grau ou
superior, o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das atividades discentes.
§ 1o Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as seguintes condições, entre outras
que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado: (Incluído pela
Lei nº 12.258, de 2010)
I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante
o gozo do benefício; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - recolhimento à residência visitada, no período noturno; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
III - proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres. (Incluído pela Lei nº
12.258, de 2010)
Notas
[1]
Da “justificação” apresentada pelo Parlamentar, transcreve-se:
A prisão deixou de ser o controle perfeito. É ultrapassado porque ainda é estabelecido em espaço rígido. O
limite territorial determinado pelo cárcere não é mais um aspecto positivo do controle penal, mas um
inconveniente, haja vista que é insustentável para o Estado manter aprisionado as inúmeras pessoas
condenadas (cf. estudos de Fabiana de Lima Leite, em O Controle Penal Eletrônico).
Alguns países, a exemplo dos Estados Unidos da América, França e Portugal, já utilizam o monitoramento de
condenado, exigindo-se o uso de pulseira ou tornozeleira eletrônica como forma de controle das pessoas
submetidas o regime aberto.
Muitos argumentos favoráveis à utilização desse tipo controle penal são trazidos à baila, tais como a melhoria
da inserção dos condenados, evitando-se a ruptura dos laços familiares e a perda do emprego, a luta contra a
superpopulação carcerária e, além do mais, economia de recursos, visto que a chamada "pulseira eletrônica"
teria um custo de 22 euros por dia, contra 63 euros por dia de detenção.
A pulseira, normalmente, é "dotada de uma bateria elétrica que emite automaticamente sinais freqüentes, a
cada 15 segundos, se a pessoa desloca-se mais de dois metros. Trata-se de uma conexão com setor elétrico
e linha telefônica que comporta uma memória informática de os horários assinalados. O receptor capta e
decodifica os sinais emitidos. O nível de recepção torna-se fraco ou mesmo inexistente de acordo com a
distância do local assinalado. O receptor envia, então, uma mensagem de alerta ao centro de vigilância."
(DAMÁSIO, Celuy Roberta H. Reinserção. In: Revista espaço Acadêmico n° 53, out. de 2005).
O controle eletrônico surge para superar as limitações das penitenciárias, podendo ser universalizado. O
custo seria alto num primeiro momento de criação do sistema, porém depois seria menor, pois poderia
alcançar um maior número de condenados.
É preciso que criemos sistemas que não tenham os inconvenientes do cárcere, tais como impossibilidade de
expansão rápida e custo muito elevado. Note-se que, "para abrir vaga no sistema prisional, o Estado
brasileiro gasta cerca de 14 mil reais, além de ser necessário em média mil reais mensais para a manutenção
da pessoa no cárcere." (DAMÁSIO, Celuy Roberta H. Reinserção. In: Revista espaço Acadêmico n° 53, out.
de 2005).
Professor Ronaldo Bandeira Página 31
LEP (Leis de execuções penais)
O controle monitorado de presos, já aceito socialmente em alguns países, pode substituir eficientemente a
prisão. A pulseira ou chip, dizem os seus defensores, não afetaria a integridade física do preso e permitiria o
seu convívio social. É considerado um avanço tecnológico de controle penal. Seria um controle estabelecido,
através de satélite, sem limites, presente no corpo do indivíduo onde quer que ele fosse.
Dessa forma, conclamamos os ilustres pares à aprovação deste projeto, que, se aprovado, permitirá a
redução de custos financeiros para com os estabelecimentos penitenciários, a diminuição da lotação das
[2]
Do voto da Deputada Rita Camata, reproduz-se:
De forma semelhante ao exposto pelos nobres autores, também percebemos que o sistema prisional está
sobrecarregado e que existe uma necessidade urgente em diversificar as soluções que promovam algum
alívio na densidade populacional carcerária. No entanto, devemos levar em consideração que o aumento da
população nas prisões se dá por diversos motivos, entre eles está o sistemático aumento das penas
privativas de liberdade de diversos crimes, estratégia que vem sendo adotada por esta Casa. Dessa forma,
não entendemos que o emprego da vigilância indireta seja a principal solução para o esvaziamento das
prisões, mas um instrumento que pode colaborar para a oferta de condições mais dignas e adequadas à
socialização dos condenados. Essa é a concepção geral que adotamos.
Além disso, nossa intenção é que se ofereçam bases legais para que a Administração Pública tenha condição
de diminuir os gastos com a manutenção dos presídios e com a vigilância direta dos condenados, o que,
consequentemente, coopera para oferecer melhores condições àqueles que permanecerem encarcerados.
Sobretudo, entendemos que o emprego da vigilância indireta é importante para que o Estado exerça o devido
controle sobre as medidas que são impostas nas decisões judiciais.
Não há o que obstar aos argumentos utilizados pelos nobres autores acerca da necessidade do
encarceramento em estabelecimentos prisionais somente daqueles delinqüentes de maior periculosidade. É
imperioso exercer outros tipos de controle sobre os demais condenados, que terão menor restrição à sua
liberdade de locomoção; o que, sem dúvida, pode colaborar para a diminuição da população carcerária, dos
custos e promover melhores condições para a ressocialização e a reinserção laboral desses apenados.
A adoção da monitoração eletrônica já é realizada em diversos países, tornando-se uma tendência mundial.
Esta solução foi adotada em países que possuem grandes contingentes de seus nacionais submetidos a
condenações penais, tais como a Inglaterra e os Estados Unidos. Estudos realizados nesses países informam
que o sistema não apresenta riscos para a saúde do usuário e consiste em um meio muito mais econômico e
racional do seu controle pelo Estado.No entanto, ressaltamos que a utilização desse tipo de tecnologia não é
milagrosa para solucionar o problema do crescimento da população carcerária. Além disso, os cenários de
curto e médio prazos não são muito promissores, se considerada a quantidade estimada de mandados de
prisão que aguardam cumprimento, cerca de 300 mil em todo o País.
Sob o ponto de vista técnico, a vigilância que se pretende fazer com esse tipo de equipamento eletrônico
consiste na utilização de um transmissor que é fixado ao corpo do apenado. Esse dispositivo permite que
posição do seu usuário seja registrada via satélite, telefonia celular (para o caso de grandes áreas de
circulação) ou via telefonia fixa (para circulação em pequenas áreas), dependendo do sistema que se adote.
Em qualquer caso, os equipamentos disponíveis no mercado possuem dimensões semelhantes a um relógio
de pulso, tamanho que, provavelmente, poderá ser diminuído ainda mais até que esta proposta se transforme
em lei. A possibilidade de discrição no uso dos dispositivos é uma das principais preocupações de entidades
ligadas aos direitos humanos, com as quais concordamos. Sobre esse tema, entendemos que a diminuta
dimensão do aparelho é fundamental para assegurar, simultaneamente, aspectos subjetivos ligados à
[3]
Sufragou o Ex-Juiz Federal o instituto com base nas seguintes razões:
Quanto à avaliação de conveniência e oportunidade das proposições, seus autores e relatores alegam, em
uníssono, a redução da sobrecarga a que o sistema prisional está submetido, além da reprodução da bem-
sucedida experiência estrangeira com sistemas de monitoramento eletrônico. Vislumbram um sensível
abatimento nos gastos públicos com execução penal, vez que o monitoramento eletrônico custa, anualmente,
cerca de metade do que o Estado despende com a permanência de um detento num presídio. Ressaltam a
maior viabilidade de reintegração do condenado à sociedade, vez que o equipamento permite ao monitorado
manter atividades como trabalho, estudo e contato com seus familiares.
Num momento em que nosso sistema prisional atravessa propalada crise[1], e que mesmo a eficácia da pena
privativa de liberdade é questionada por um segmento significativo da Criminologia[2], louvável é um Projeto
de Lei que tenciona prestigiar o regime aberto. Por essa razão, acatamos todos os argumentos apresentados.
É necessário assegurar a discrição dos aparelhos a serem utilizados, de forma que os condenados tenham
sua imagem preservada e não sejam estigmatizados, e a informação dos monitorados acerca do
funcionamento do programa. Nesses moldes, a medida satisfaz plenamente o princípio da dignidade humana,
fundamento da República Federativa do Brasil, inserto no art. 1°, inciso III, da Constituição Federal.
Estudos internacionais informam que o grau de contentamento dos próprios monitorados com a medida é
grande[3], e que a introdução da fiscalização eletrônica tem impactos imediatos na redução da população
prisional[4]. A liberdade vigiada cumpre as funções preventiva e ressocializadora da pena e supre uma série de
deficiências do nosso atual sistema de execução penal. O monitoramento eletrônico concorre, a um só tempo,
para o benefício do Estado, dos condenados e dos demais membros da sociedade.
Em razão dos grandes proveitos que o monitoramento eletrônico de condenados pode trazer à execução
penal, defendemos a sua ampla utilização. Pugnamos pela possibilidade de emprego do dispositivo nas
diversas hipóteses em que um condenado cumpra pena em liberdade, ou tenha que atender a restrições de
horários. Opomo-nos apenas à possibilidade de converter a prisão preventiva em liberdade vigiada. A prisão
cautelar tenciona, sobretudo, salvaguardar eventuais provas de um fato, e esta função não é sobejamente
cumprida mediante vigilância eletrônica. Ademais, há projeto específico sobre o tema da prisão preventiva em
[4]
Segundo a parlamentar:
substitutivo.
[5]
Do parecer apresentado à CCJ, transcreve-se:
Apesar dos exaustivos estudos de institutos estrangeiros a atestar a eficácia do sistema, bem como a
existência de empresas internacionais e nacionais aptas a atender a demanda de aparelhos, entendemos
necessária a adoção, por dois anos, de um programa piloto restrito à hipótese de saída temporária no regime
semi-aberto.
[6]
Destaca-se do voto do Deputado o seguinte excerto:
(…) o projeto de utilização de equipamento de rastreamento eletrônico pelo condenado estaria condicionado
a um período de testes de 2 anos em que só seria aplicado o sistema de monitoração eletrônica nas
hipóteses de saída temporária do regime semi-aberto.
Ocorre que essa restrição se afigura prejudicial para a implantação definitiva e eficaz do sistema, uma vez
que seria necessário fazer grandes investimentos para que seja otimizada a eficiência de um sistema tão
complexo. Portanto, se ao longo de dois anos o equipamento for usado tão poucas vezes pelos condenados,
o projeto não atrairá o investimento necessário para que o sistema tenha um bom funcionamento,
prejudicando, então, sua eficácia. Assim, a restrição se mostra como forte fator de desestímulo de
investimentos no setor, pois o retorno seria incerto.
Ademais, como o próprio Relator reconhece em seu parecer, várias são as "empresas internacionais e
nacionais aptas a atender a demanda de aparelhos" e os estudos estrangeiros que atestam a eficácia do
sistema em questão. Não haveria, portanto, necessidade alguma de testar o sistema ao longo de dois anos,
Por fim, é forçoso reconhecer que alguns estados brasileiros já realizaram testes nesse sentido e aguardam
somente a aprovação de lei competente para permitir a implantação do sistema, uma vez que a elaboração
de legislação referente ao tema é de competência da União.
[7]
Do parecer da Deputada Rita Camata, colhe-se:
Uma alteração no Código Penal se faz necessária no caso do art. 36. Este dispositivo se refere ao
cumprimento da pena no regime aberto "sem vigilância" e ao recolhimento do condenado ao estabelecimento
penal em determinados momentos. Para esse caso, adotamos a solução de suprimir a expressão "sem
vigilância" e desobrigar o recolhimento noturno e nos períodos de folga para a hipótese de utilização da
vigilância indireta.
A dispensa do recolhimento do submetido à monitoração eletrônica, reitere-se, estava prevista do parágrafo
único do artigo 146-B, vetado por entender a Presidência não dever o instituto alcançar o regime aberto.
[8]
Do parecer do autor da inovação, Deputado Flávio Dino, reproduz-se:
Também alteramos o artigo 124 da Lei de Execução Penal, acrescentando condições à saída temporária no
regime semi-aberto, de forma a evitar que os sentenciados favorecidos com o benefício fujam à vigilância
estatal e cometam novos delitos. Este instituto configura uma das hipóteses em que é autorizado o
monitoramento eletrônico, segundo nosso Substitutivo.
[9]
Do parecer da Deputada Rita Camata, que pioneiramente versou a seção dedicada à monitoração
eletrônica, transcreve-se:
Acerca então da aplicação da vigilância eletrônica às situações de livramento condicional, suspensão
condicional da pena, permissão de saída e saída temporária adotamos a estratégia de reunir todas essas
alterações em uma única seção na Lei de Execução Penal, o que apresenta vantagens para a sistematização
do emprego da medida e facilitará futuras alterações.
Preservou o Deputado Flávio Dino a distribuição da matéria, conquanto alterasse parte de sua substância:
Parece-nos suficiente e mais adequada a inserção de uma nova seção na Lei de Execução Penal, que regule
de forma geral todas as hipóteses de utilização do monitoramento eletrônico, em lugar de uma miríade de
alterações tópicas dos dispositivos correlatos. Por esta razão, aderimos ao formato do Substitutivo
[10]
Assim justificou a parlamentar a opção pelo modelo:
É oportuno destacar também, que alguns autores optaram por não tornar obrigatória a utilização do
dispositivo, deixando a critério da Justiça a decisão. Respeitosamente discordamos dessa escolha e
entendemos que a melhor estratégia para a implementação inicial da monitoração eletrônica é torná-la
vem apresentando.
[11]
Do parecer apresentado na CCJ, colhe-se:
Contudo, refutamos a obrigatoriedade da aplicação do dispositivo. Satisfaz o princípio constitucional da
igualdade material permitir que o juiz aprecie, no caso concreto e conforme juízo de proporcionalidade, em
que hipóteses deve ser deferida a liberdade vigiada. Não se deve tratar de forma análoga os desiguais. Para
atingir as finalidades a que se propõe, o equipamento de monitoramento deve funcionar como uma forma de
tutelar condenados que podem cumprir pena fora do estabelecimento prisional, mas demandam certo grau de
supervisão estatal. A diligência não deve representar um ônus a condenados que dela não necessitam.[1]
[1]
Ferrajoli assevera: "a sujeição do juiz à lei já não é de fato, como no velho paradigma
juspositivista, sujeição à letra da lei, qualquer que seja o seu significado, mas sim sujeição à lei somente
enquanto válida, ou seja coerente com a Constituição. E a validade já não é, no modelo constitucionalista-
garantista, um dogma ligado à existência formal da lei, mas uma sua qualidade contingente ligada à coerência
— mais ou menos opinável e sempre submetida à valoração do juiz — dos seus significados com a
Constituição. Daí deriva que a interpretação judicial da lei é também sempre um juízo sobre a própria lei,
relativamente à qual o juiz tem o dever e a responsabilidade de escolher somente os significados válidos, ou
seja, compatíveis com as normas constitucionais substanciais e com os direitos fundamentais por elas
estabelecidos" FERRAJOLI, Luigi. O Direito como sistema de garantias. In: OLIVEIRA JÚNIOR, José
Alcebíades (org.). O novo em Direito e Política. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1997, p.90-1.
[12]
Assim justificou o Parlamentar a redação sugerida e adotada:
É também em prol da juridicidade que não acatamos a qualificação da violação de deveres do monitorado
como falta grave, sugerida no Substitutivo da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado e nos PLs 641/2007 e 1.295/2007. Os arts. 37, 52, 118, 125, 127 e 181 da Lei de Execução Penal
prevêem conseqüências onerosas e inescapáveis a quem pratica ato configurado como falta grave. Tais
repreensões são incompatíveis com a gravidade da transgressão de algumas obrigações do apenado vigiado.
Mantemos a possibilidade de o juiz modular a punição aplicável em caso de violação dos deveres impostos
ao monitorado.
MONITORAÇÃO ELETRÔNICA
Assim é que o veto a boa parte dos dispositivos da lei fez com que o sistema de
monitoramento eletrônico não fosse instituído em sua plenitude na execução penal, trazendo, portanto,
acanhada novidade, que, de certo modo, tem o mérito de inaugurar a possibilidade de utilização dessa
preciosa ferramenta de controle do condenado durante a execução da pena.
Sim, porque o foco da nova lei foi primordialmente fornecer aos operadores da execução
penal meio mais eficaz de controle sobre o condenado em liberdade, nos casos de saída temporária e prisão
domiciliar (art. 146-A, incisos II e IV), não recaindo a preocupação do legislador sobre a ressocialização do
preso, fulcro do sistema de execução instituído pela Lei nº 7.210/84, possibilitando-lhe o ingresso gradativo
no sistema de liberdade total.
A nova lei, em seu texto originário trazia várias hipóteses de utilização de fiscalização
indireta por monitoração eletrônica, a saber: no caso de aplicação de pena restritiva de liberdade a ser
cumprida nos regimes aberto ou semiaberto, ou no caso de concessão de progressão para tais regimes; no
caso de autorização de saída temporária no regime semiaberto; no caso de aplicação de pena restritiva de
direitos que estabelecesse limitação de horários ou freqüência a determinados lugares; no caso de
determinação de prisão domiciliar; e no caso de concessão de livramento condicional ou suspensão
condicional da pena.
Em razão do veto parcial à lei, entretanto, restaram apenas duas hipóteses em que pode ser
utilizada a monitoração eletrônica: saída temporária em regime semiaberto e prisão domiciliar.
Nestes casos, concedido o benefício, o condenado será instruído acerca dos cuidados que
deverá adotar com o equipamento eletrônico (que será constituído certamente por pulseira ou tornozeleira –
já que a lei não estabelece o meio), ficando ainda ciente do dever de receber visitas do servidor responsável
pela monitoração eletrônica, respondendo aos seus contatos e cumprindo suas orientações, além de abster-
se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica
ou de permitir que outrem o faça.
Deve ser ressaltado, contudo, que a nova lei, em sua redação originária, antes do veto,
permitia a vigilância indireta por monitoração eletrônica aos presos provisórios, na medida em que o art. 146-
A (vetado) estabelecia a possibilidade de o juiz determiná-la “para a fiscalização das decisões judiciais”
referindo-se, ainda, no art. 146-D (não vetado), inciso II, ao “acusado ou condenado”.
Some-se a isso que a recente lei é bem mais acanhada que a polêmica Lei Estadual nº
12.906, de 14 de abril de 2008, que estabeleceu no estado de São Paulo normas suplementares de direito
penitenciário, regulando a utilização da vigilância eletrônica para a fiscalização do cumprimento de condições
fixadas em decisões judiciais, a qual, inclusive, previa a monitoração eletrônica de condenados por tortura,
tráfico de drogas, terrorismo, crimes decorrentes de ações praticadas por quadrilha ou bando ou
organizações ou associações criminosas de qualquer tipo, além dos crimes de homicídio, latrocínio, extorsão
com resultado morte, extorsão mediante seqüestro, estupro, dentre outros.
Por fim, estabelece a nova lei, em seu art. 3º, a obrigatoriedade de regulamentação da
implementação da monitoração eletrônica pelo Poder Executivo, somente após o que estará o sistema apto a
ser utilizado como importante aliado do juízo da execução.
Da Remição
SEÇÃO IV
Da Remição
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semi-aberto poderá remir, pelo
trabalho, parte do tempo de execução da pena.
§ 1º A contagem do tempo para o fim deste artigo será feita à razão de 1 (um) dia de pena por 3 (três) de
trabalho.
§ 2º O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente, continuará a beneficiar-se com a
remição.
§ 3º A remição será declarada pelo Juiz da execução, ouvido o Ministério Público.
Art. 127. O condenado que for punido por falta grave perderá o direito ao tempo remido, começando o
novo período a partir da data da infração disciplinar.
Art. 128. O tempo remido será computado para a concessão de livramento condicional e indulto.
Art. 129. A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao Juízo da execução cópia do registro
de todos os condenados que estejam trabalhando e dos dias de trabalho de cada um deles.
Art. 129. A autoridade administrativa encaminhará, mensalmente, ao Juízo da execução, ao Ministério
Público e à Defensoria Pública cópia do registro de todos os condenados que estejam trabalhando e dos dias
de trabalho de cada um deles. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
Parágrafo único. Ao condenado dar-se-á relação de seus dias remidos.
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal declarar ou atestar falsamente prestação de
serviço para fim de instruir pedido de remição.
Comentários
Do Instituto
Primeiramente devemos ter cuidado para não confundir Remissão com da Remição
Remição, aquela é referente a perdão, enquanto
Observação Plus:
Segundo a súmula 341 STJ a freqüência a curso de ensino formal é causa de remição de parte do tempo de execução d
Outro comentário importante é em relação ao artigo 129, que trata das informações mensais repassadas ao
juiz da execução, ao ministério público e a defensoria pública e ao para sua homologação pelo diretor do
estabelecimento em relação aos dias remidos.
Funciona assim:
E por fim o artigo 130 trata da sanção penal no caso de declaração com o intuito de pedir os dias remidos, enquadrando
Do Livramento Condicional
SEÇÃO V
Do Livramento Condicional
Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido pelo Juiz da execução, presentes os requisitos
do artigo 83, incisos e parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o Ministério Público e Conselho
Penitenciário.
Conceito
Como nos ensina o Mestre, Rogério Sanches, que conceitua brilhantemente livramento condicional, este “é
um incidente de execução penal, liberdade antecipada, mediante certas condições, conferida ao condenado
que cumpriu parte da pena privativa de liberdade que lhe foi imposta.”
Devemos ter cuidado para não confundir sursis com livramento condicional, vamos diferenciá-los:
• + de ½ se reincidente;
4) Reparação do dano.
Requisitos Subjetivos
Questões de Concurso
52. Quando da utilização de dormitórios coletivos, admitida apenas em situações especiais, deverão os
dormitórios ser ocupados por presos cuidadosamente selecionados e reconhecidos como aptos a serem
alojados nessas condições.
53. Aos menores de até 6 anos de idade, filhos de preso, será garantido o atendimento em creches e em pré-
escolas.
54. O preso que não se ocupar de tarefa ao ar livre deverá dispor de, pelo menos, uma hora ao dia para a
realização de exercícios físicos adequados ao banho de sol.
56. A colônia agrícola, industrial ou similar destina-se ao cumprimento da pena em regime aberto.
57. O condenado a quem sobrevier doença mental será imediatamente posto em liberdade.
58. Roberta foi presa provisoriamente pela prática de tráfico de entorpecentes. Designado o interrogatório
judicial, será ela escoltada ao fórum da comarca, onde será ouvida pelo juiz competente. Nessa situação, sua
escolta poderá ser integrada apenas por homens.
60. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para saída
temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos, exceto:
a) Falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão.
b) Visita à família.
c) Participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
d) Freqüência a curso supletivo profissionalizante, na Comarca do Juízo da Execução.
e) Freqüência a curso de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução.
61. A execução da pena em regime aberto (estágio de regular cumprimento de pena) deverá se efetivar em:
a) casa de albergado.
b) cadeia pública.
c) colônia penal agrícola, industrial ou similar.
d) penitenciária.
e) presídio provisório.
62. João foi condenado, por sentença transitada em julgado, a cumprir pena de três anos de reclusão em
regime semi-aberto. Durante o cumprimento da pena, João poderá:
a) obter autorização para saída temporária concedida pelo Juiz das Execuções, ouvidos o Ministério Público e
a administração do presídio, desde que esteja participando de atividades que concorram para o seu retorno
ao convívio social.
b) visitar sua família nos finais de semana, desde que autorizado pela administração do presídio.
c) visitar sua família nos finais de semana desde que autorizado pelo Juiz das Execuções, ouvidos o
Ministério Público e a administração do presídio.
d) obter autorização para saída temporária concedida pelo Juiz das Execuções, desde que esteja
freqüentando exclusivamente curso superior na Comarca do Juízo das Execuções.
e) obter autorização da administração do presídio para freqüentar curso superior, exclusivamente.
64. O condenado em gozo de regime semi-aberto pode ser recolhido em residência particular, EXCETO:
a) Condenado portador de deficiência física.
b) Condenado maior de 70 (setenta anos).
c) Condenado pai, com filho menor, deficiente físico ou condenado mental.
d) Condenada gestante.
e) Condenado acometido por doença grave.
65. NÃO se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular, quando se
tratar de:
A) Condenado maior de 70(setenta) anos.
B) Condenado acometido de doença grave.
C) Condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental.
D) Condenada gestante.
E) Condenado, cujos pais encontram-se acometidos de doença grave.
66. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão
obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer algum dos fatos previstos na
Lei de Execução Penal (Lei n.º 7.210/84). Sobre este tema, marque a assertiva INCORRETA:
A) É possível a permissão para saída, no caso de falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira,
ascendente ou descendente.
B) A permissão será concedida apenas pelo juiz da execução de onde se encontra o preso.
C) É possível a permissão para saída, no caso falecimento ou doença grave de irmão.
D) É possível a permissão de saída, no caso de necessidade de tratamento médico.
E) A permanência do preso fora do estabelecimento terá duração necessária à finalidade da saída.
67. Para o ingresso do condenado no regime aberto, bastam a comprovação de aptidão física para o trabalho
e a de oferta idônea de emprego ou a de condições para o trabalho autônomo.
68. Denomina-se colônia penal agrícola, industrial ou similar, o estabelecimento destinado ao cumprimento,
pelos presos, de pena em regime fechado, devendo a lotação do presídio ser compatível com a sua estrutura
e finalidade.
69. Considere as seguintes afirmativas referente à Lei 7.210/84 (Lei de Execução Fiscal).
I. O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame
criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à
individualização da execução.
II. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e
instalações higiênicas.
III. O trabalho externo não será admissível para os presos em regime fechado, sendo permitido ao condenado
em regime semi-aberto somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta
ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.
IV. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado, bem como a de
detenção em regime semi-aberto.
É(são) correta(s) apenas
A) I, II e III.
B) II, III, e IV.
C) I e II.
D) III e IV.
71. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto podem obter autorização para
saída temporária do estabelecimento prisional, nos casos de falecimento de cônjuge, companheira,
ascendente, descendente ou irmão, sendo dispensada, conforme o caso, a vigilância direta.
72. Com relação à assistência conferida pelo Estado ao preso, a mesma inclui no que se refere ao egresso,
as seguintes áreas de atuação.
A) No que concerne à assistência educacional, o ensino médio é obrigatório para todos os presos.
B) A assistência social tem por finalidade amparar o egresso, quando posto em liberdade.
C) A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento
médico e farmacêutico, excluída a odontológica.
D) A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados, independentemente de recursos
financeiros, para constituir advogado.
E) A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do
internado.
Da cessação da periculosidade
Professor
É importante Ronaldo
aqui Bandeira
se observar Página
que não há um lapso 52 máximo para internação, mas há um prazo mínimo, que varia de 1 a 3
temporal
LEP (Leis de execuções penais)
* O RELATÓRIO SERÁ INSTRUÍDO COM O LAUDO PSIQUIÁTRICO.
Observação
Verifica-se através do artigo 176, como percebemos abaixo que é possível a qualquer tempo ser
solicitado exame para que se verifique a cessação de periculosidade.
Art. 176. Em qualquer tempo, ainda no decorrer do prazo mínimo de duração da medida de
segurança, poderá o Juiz da execução, diante de requerimento fundamentado do Ministério Público
ou do interessado, seu procurador ou defensor, ordenar o exame para que se verifique a cessação
da periculosidade, procedendo-se nos termos do artigo anterior.
RESUMINDO E CONCLUINDO
Prazo mínimo para ser verificada a cessação da periculosidade:
Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou
perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública
ou da autoridade administrativa, poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança.
(Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
Art. 184. O tratamento ambulatorial poderá ser convertido em internação se o agente revelar
incompatibilidade com a medida.
Parágrafo único. Nesta hipótese, o prazo mínimo de internação será de 1 (um) ano.
TÍTULO VII
Dos Incidentes de Execução
CAPÍTULO I
Das Conversões
Art. 180. A pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser convertida em restritiva
de direitos, desde que:
I - o condenado a esteja cumprindo em regime aberto;
II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da pena;
III - os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser a conversão recomendável.
Professor Ronaldo Bandeira Página 53
LEP (Leis de execuções penais)
Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade nas hipóteses e na forma
do artigo 45 e seus incisos do Código Penal.
§ 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será convertida quando o condenado:
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou desatender a intimação por edital;
b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa em que deva prestar serviço;
c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe foi imposto;
d) praticar falta grave;
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução não tenha sido
suspensa.
§ 2º A pena de limitação de fim de semana será convertida quando o condenado não comparecer ao
estabelecimento designado para o cumprimento da pena, recusar-se a exercer a atividade determinada pelo
Juiz ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras "a", "d" e "e" do parágrafo anterior.
§ 3º A pena de interdição temporária de direitos será convertida quando o condenado exercer,
injustificadamente, o direito interditado ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras "a" e "e", do § 1º,
deste artigo.
Art. 182. A pena de multa será convertida em detenção, na forma prevista pelo artigo 51 do Código
Penal. (Artigo revogado pela Lei nº 9.268, de 1.4.1996)
§ 1º Na conversão, a cada dia-multa corresponderá 1 (um) dia de detenção, cujo tempo de duração não
poderá ser superior a 1 (um) ano.
§ 2º A conversão tornar-se-á sem efeito se, a qualquer tempo, for paga a multa.
Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou
perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou da autoridade
administrativa, poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança.
Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou
perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública
ou da autoridade administrativa, poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança.
(Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
Art. 184. O tratamento ambulatorial poderá ser convertido em internação se o agente revelar
incompatibilidade com a medida.
Parágrafo único. Nesta hipótese, o prazo mínimo de internação será de 1 (um) ano.
Das conversões
Art. 180. A pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser convertida em
restritiva de direitos, desde que:
I - o condenado a esteja cumprindo em regime aberto;
II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da pena;
III - os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser a conversão recomendável.
Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade nas hipóteses e
na forma do artigo 45 e seus incisos do Código Penal.
§ 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será convertida quando o condenado:
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou desatender a intimação por
edital;
b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa em que deva prestar serviço;
c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe foi imposto;
d) praticar falta grave;
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução não tenha
sido suspensa.
§ 2º A pena de limitação de fim de semana será convertida quando o condenado não
comparecer ao estabelecimento designado para o cumprimento da pena, recusar-se a exercer a
atividade determinada pelo Juiz ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras "a", "d" e "e" do
parágrafo anterior.
CAPÍTULO II
Do Excesso ou Desvio
Art. 185. Haverá excesso ou desvio de execução sempre que algum ato for praticado além dos limites
fixados na sentença, em normas legais ou regulamentares.
Art. 186. Podem suscitar o incidente de excesso ou desvio de execução:
I - o Ministério Público;
II - o Conselho Penitenciário;
III - o sentenciado;
IV - qualquer dos demais órgãos da execução penal.
CAPÍTULO III
Da Anistia e do Indulto
Art. 187. Concedida a anistia, o Juiz, de ofício, a requerimento do interessado ou do Ministério Público,
por proposta da autoridade administrativa ou do Conselho Penitenciário, declarará extinta a punibilidade.
Art. 188. O indulto individual poderá ser provocado por petição do condenado, por iniciativa do Ministério
Público, do Conselho Penitenciário, ou da autoridade administrativa.
Art. 189. A petição do indulto, acompanhada dos documentos que a instruírem, será entregue ao
Conselho Penitenciário, para a elaboração de parecer e posterior encaminhamento ao Ministério da Justiça.
Art. 190. O Conselho Penitenciário, à vista dos autos do processo e do prontuário, promoverá as
diligências que entender necessárias e fará, em relatório, a narração do ilícito penal e dos fundamentos da
sentença condenatória, a exposição dos antecedentes do condenado e do procedimento deste depois da
prisão, emitindo seu parecer sobre o mérito do pedido e esclarecendo qualquer formalidade ou circunstâncias
omitidas na petição.
Art. 191. Processada no Ministério da Justiça com documentos e o relatório do Conselho Penitenciário, a
petição será submetida a despacho do Presidente da República, a quem serão presentes os autos do
processo ou a certidão de qualquer de suas peças, se ele o determinar.
Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos autos cópia do decreto, o Juiz declarará extinta a pena ou
ajustará a execução aos termos do decreto, no caso de comutação.
Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado por indulto coletivo, o Juiz, de ofício, a requerimento do
interessado, do Ministério Público, ou por iniciativa do Conselho Penitenciário ou da autoridade
administrativa, providenciará de acordo com o disposto no artigo anterior.
TÍTULO VIII
Do Procedimento Judicial
Art. 194. O procedimento correspondente às situações previstas nesta Lei será judicial, desenvolvendo-
se perante o Juízo da execução.
Art. 195. O procedimento judicial iniciar-se-á de ofício, a requerimento do Ministério Público, do
interessado, de quem o represente, de seu cônjuge, parente ou descendente, mediante proposta do
Conselho Penitenciário, ou, ainda, da autoridade administrativa.
Art. 196. A portaria ou petição será autuada ouvindo-se, em 3 (três) dias, o condenado e o Ministério
Público, quando não figurem como requerentes da medida.
§ 1º Sendo desnecessária a produção de prova, o Juiz decidirá de plano, em igual prazo.
§ 2º Entendendo indispensável a realização de prova pericial ou oral, o Juiz a ordenará, decidindo após
a produção daquela ou na audiência designada.
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
TÍTULO IX
Dos Órgãos
TÍTULO III
Dos Órgãos da Execução Penal
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 61. São órgãos da execução penal:
I - o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária;
II - o Juízo da Execução;
III - o Ministério Público;
IV - o Conselho Penitenciário;
V - os Departamentos Penitenciários;
VI - o Patronato;
VII - o Conselho da Comunidade.
VIII - a Defensoria Pública. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
CAPÍTULO II
Do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária
Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, com sede na Capital da República, é
subordinado ao Ministério da Justiça.
Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária será integrado por 13 (treze) membros
designados através de ato do Ministério da Justiça, dentre professores e profissionais da área do Direito
Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem como por representantes da comunidade e
dos Ministérios da área social.
Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho terá duração de 2 (dois) anos, renovado 1/3 (um
terço) em cada ano.
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício de suas atividades, em
âmbito federal ou estadual, incumbe:
I - propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administração da Justiça Criminal e
execução das penas e das medidas de segurança;
II - contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades
da política criminal e penitenciária;
Comentários
1) CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA
- Previsão Legal: art. 64 da LEP
• Decidir sobre a regressão do regime (quando o condenado pratica algum delito que o
desqualifique para a convivência em sociedade, que estava sob condição);
• Decidir sobre o internamento do condenado que, no curso do cumprimento da pena, venha a ser
acometido por doença mental grave;
• Detração penal: direito do preso de abater do total do tempo da condenação aquele período em
que esteve preso cautelarmente (durante o processo).
b) Atividades administrativas.
É o Juiz que administra a Vara de Execução Penal, exigindo o cumprimento de tarefas, por
exemplo.
3) MINISTÉRIO PÚBLICO
- Atribuições: podem ser Constitucionais, ou Institucionais (dadas pelo Juízo da Condenação).
O MP pode atuar como Parte no processo, ou como Fiscal da Lei.
- Como Parte
• Até o momento da sentença condenatória (nas ações penais Públicas), o MP estará agindo como
parte.
4) CONSELHO PENITENCIÁRIO
- Área de atuação: dentro do estado em que foi criado. Integra a secretaria de justiça.
5) PATRONATO
- Função: prestar assistência jurídica e social aos presos e egressos (pessoas que saíram ou estão
saindo da penitenciária; serã egressos até 1 ano após a saída). Dá uma orientação, às vezes até
financeira, durante esse período de 1 ano.
Em regra, o Patronato é público. É independente em relação à defensoria pública; integra a
Secretaria de Justiça.
6) CONSELHOS DA COMUNIDADE
- Funções: São principalmente para as comarcas do interior. Fazem fiscalização; acompanhamento
de condenados em condicional ou em cumprimento de penas alternativas; presos em sursis;
acompanhamento/fiscalização de menores (para que não delinquam, frequentem bares, etc).
Como competência exclusiva o juízo da execução emitirá anualmente o atestado de pena a cumprir que tr
foram cumpridos, quantos faltam, dias remidos... Inclusive é um direito elencado nesse rol garantido ao con
E já incitando os próximos comentários percebemos que o juiz da execução é o responsável por co
conselho da comunidade.
Conselho da Comunidade
Composto e instalado pelo juiz da execução.
Composição: Vale ressaltar que após o advento da lei 12313/10 a defensoria pública passou a figurar
de forma excessiva pela LEP, e não foi diferente na composição do conselho da comunidade como
podemos perceber abaixo, comparando o texto antigo e o novo do artigo 80
Art. 80. Haverá em cada comarca, um Conselho da Comunidade, composto no mínimo, por 1 (um)
representante de associação comercial ou industrial, 1 (um) advogado indicado pela Seção da Ordem
dos Advogados do Brasil e 1 (um) assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho
Nacional de Assistentes Sociais.
Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da Comunidade composto, no mínimo, por 1
(um) representante de associação comercial ou industrial, 1 (um) advogado indicado pela Seção da
Ordem dos Advogados do Brasil, 1 (um) Defensor Público indicado pelo Defensor Público Geral e 1
(um) assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes
Sociais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
Finalizando percebemos que o conselho da comunidade nada mais é do que um auxiliar do juiz no
acompanhamento do preso visando a sua não reincidência em delinqüir (seja na fiscalização daquele
Do Conselho Penitenciário
Art. 69. O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e fiscalizador da execução da pena.
§ 1º O Conselho será integrado por membros nomeados pelo Governador do Estado, do Distrito
Federal e dos Territórios, dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual
Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem como por representantes da comunidade. A legislação
federal e estadual regulará o seu funcionamento.
§ 2º O mandato dos membros do Conselho Penitenciário terá a duração de 4 (quatro) anos.
Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário:
I - emitir parecer sobre livramento condicional, indulto e comutação de pena;
I - emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, excetuada a hipótese de pedido de indulto
com base no estado de saúde do preso; (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
II - inspecionar os estabelecimentos e serviços penais;
III - apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de Política Criminal
e Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior;
IV - supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos.
Percebemos aqui um órgão consultivo, por isso a sua atribuição de emitir parecer, vale lembrar a
você meu querido aluno(a) que devido ao advento da lei 10792/03 o Conselho Penitenciário não emite
mais parecer sobre livramento condicional como você pode observar no inciso I, vetado acima, bem
como também não emitirá quando se tratar de “indulto saúde”.
Inspecionará os estabelecimentos penais como quase todos os outros órgãos fazem de maneira
direta ou indireta (através de uma simples visitação), com exceção do patronato que fiscalizará as
penas restritivas de direitos e apenas colaborará com a fiscalização das condições impostas no
livramento condicional e na suspensão condicional do processo.
Do Patronato
Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a prestar assistência aos albergados e aos
egressos (artigo 26).
Em suma percebemos a prestar assistência aos albergados e aos egressos, incumbindo também a
orientação aos condenados as penas restritivas de direitos, fiscaliza primariamente a prestação de
serviço a comunidade e secundariamente as condições de livramento e suspensão.
CAPÍTULO VI
SEÇÃO I
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
1. (CESPE_2008_SGA_ADV) O preso provisório, assim como o preso definitivo, não tem assegurados os
seus direitos políticos.
2. (CESPE_2008_SGA_Agente Penitenciário) Otávio, condenado definitivamente pela prática de roubo
qualificado pelo emprego de arma de fogo, no curso do regime fechado, ficou gravemente doente, não
estando o estabelecimento prisional suficientemente aparelhado para prover a assistência médica necessária
a ele. Nessa situação, Otávio poderá ser transferido para unidade hospitalar apropriada.
3. (CESPE_2008_SGA_ADV) Considera-se egresso o preso provisório que foi absolvido por sentença
criminal transitada em julgado, tendo sido expedido, em conseqüência, alvará de soltura.
7. (CESPE_2008_Juiz_SE) O trabalho do preso será sempre remunerado, exceto nas tarefas executadas
como prestação de serviço à comunidade.
10. (CESPE_2008_SGA_Agente Penitenciário) No regime especial assegurado ao preso provisório, deve ser
observada a possibilidade de sua opção por alimentar-se às suas expensas.
17. (CESPE_2008_SEJUS_ES) Suponha que, em determinado pavilhão de um presídio, tenha início uma
rebelião, não se determinando ao certo quem começou o movimento. Nessa situação, pode o diretor da
unidade prisional, após a autorização judiciária competente, impor sanção coletiva, de modo a punir todo o
grupo de presos do pavilhão.
21. (CESPE_2008_SGA_ADV) Considere a seguinte situação hipotética. Reginaldo, condenado pela prática
de crime de tráfico de entorpecentes a pena de 5 anos de reclusão, em regime fechado, por ser reincidente,
tentou fornecer para seu comparsa Geraldo, preso na mesma unidade, aparelho de rádio que permitiria a
comunicação entre ambos, e com o ambiente externo, mas não logrou êxito em sua empreitada, em face da
pronta ação dos agentes penitenciários. Nessa situação, Reginaldo praticou falta grave, mas, considerando
que houve apenas tentativa, será a mesma desclassificada para falta média.
22. (CESPE_2008_SEJUS_ES) Considera-se falta disciplinar grave a fuga praticada com violência ou danos
patrimoniais. Classificam-se como falta média a fuga e a tentativa de evasão em que, para deixar a prisão, o
preso não pratica violência nem causa danos ao patrimônio.
25. (CESPE_2008_SGA_ADV) Considere a seguinte situação hipotética. Reginaldo, condenado pela prática
de crime de tráfico de entorpecentes a pena de 5 anos de reclusão, em regime fechado, por ser reincidente,
tentou fornecer para seu comparsa Geraldo, preso na mesma unidade, aparelho de rádio que permitiria a
comunicação entre ambos, e com o ambiente externo, mas não logrou êxito em sua empreitada, em face da
pronta ação dos agentes penitenciários. Nessa situação, Reginaldo praticou falta grave, mas, considerando
que houve apenas tentativa, será a mesma desclassificada para falta média.
26. (CESPE_2008_SGA_ADV) Tendo o condenado praticado falta disciplinar grave, será instaurado o
respectivo procedimento para a sua apuração, não havendo necessidade, por se tratar de procedimento
administrativo, de se assegurar o direito de defesa do condenado.
29. (CESPE_2008_SEJUS_ES) O regime disciplinar diferenciado aplicado aos presos que apresentam alto
risco para a ordem e a segurança do estabelecimento prisional ou da sociedade alcança aqueles já
condenados por sentença penal irrecorrível, não se estendendo aos presos provisórios.
30. (CESPE_2008_SGA_ADV) Considere a seguinte situação hipotética. Técio, condenado pela prática de
crime de roubo a pena de 5 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado, por ser reincidente, praticou, no
presídio, fato previsto como crime doloso, que ocasionou subversão da disciplina interna. Nessa situação,
pode se sujeitar o condenado Técio, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com
duração máxima de 360 dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie,
até o limite de um sexto da pena aplicada.
35. (CESPE_2008_SGA_Agente Penitenciário) Referido regime disciplinar terá a duração máxima de 360
dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave da mesma espécie, até o limite de um sexto
da pena aplicada.
45. (CESPE_2008_Delegado_TO) Considere que um indivíduo seja preso pela prática de determinado crime
e, já na fase da execução penal, uma nova lei torne mais branda a pena para aquele delito. Nessa situação, o
indivíduo cumprirá a pena imposta na legislação anterior, em face do princípio da irretroatividade da lei penal.
46. (CESPE_2008_Juiz_SE) Entre outros, ao juiz da execução compete declarar extinta a punibilidade,
converter pena de multa em privativa de liberdade e decidir sobre regressão de regime.
54. (CESPE_2007_JUIZ_TO) Considere que Waleska tenha sido condenada pela prática de crime de roubo,
com sentença transitada em julgado, à pena de 5 anos e 4 meses a ser cumprida em regime semi-aberto.
Considere, ainda, a inexistência de vaga em colônia agrícola ou em colônia penal industrial ou em
estabelecimento similar. Nesse caso, Waleska deve permanecer em liberdade, se por outro motivo não se
encontrar presa, até que surja vaga em estabelecimento adequado.
55. (CESPE_2007_JUIZ_TO) Considere que Waleska tenha sido condenada pela prática de crime de roubo,
com sentença transitada em julgado, à pena de 5 anos e 4 meses a ser cumprida em regime semi-aberto.
Considere, ainda, a inexistência de vaga em colônia agrícola ou em colônia penal industrial ou em
estabelecimento similar. Nesse caso, Waleska deve aguardar em regime fechado o surgimento de vaga em
estabelecimento adequado à execução do regime semi-aberto.
56. (CESPE_2007_JUIZ_TO) Considere que Waleska tenha sido condenada pela prática de crime de roubo,
com sentença transitada em julgado, à pena de 5 anos e 4 meses a ser cumprida em regime semi-aberto.
Considere, ainda, a inexistência de vaga em colônia agrícola ou em colônia penal industrial ou em
estabelecimento similar. Nesse caso, Waleska deve ser submetida a prisão domiciliar.
57. (CESPE_2007_JUIZ_TO) Considere que Waleska tenha sido condenada pela prática de crime de roubo,
com sentença transitada em julgado, à pena de 5 anos e 4 meses a ser cumprida em regime semi-aberto.
Considere, ainda, a inexistência de vaga em colônia agrícola ou em colônia penal industrial ou em
61. (CESPE_2008_Juiz_SE) A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento previsto
no Código Penal é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional.
64. (CESPE_2008_SGA_ADV) A condenada gestante, desde que beneficiária do regime aberto, poderá se
recolher em residência particular.
66. (CESPE_2008_Defensor Público_CE) Geraldo foi condenado, definitivamente, pela prática de crime de
roubo, a cinco anos e quatro meses de reclusão, em regime semi-aberto, e a 120 dias-multa. Após o
cumprimento de um sexto da pena, e devido ao comportamento adequado, Geraldo obteve autorização
judicial para freqüentar curso supletivo profissionalizante. No entanto, alguns dias depois, o promotor
denunciou-o por crime de estupro contra Laís, que teria sido praticado em uma de suas saídas. Até esse
momento, a única prova contra Geraldo era a palavra da vítima. Nessa situação, somente após decisão
condenatória definitiva pela prática de estupro, Geraldo perderia o benefício da saída temporária, devido ao
princípio da presunção de não-culpabilidade.
Gabarito
Questão Gabarito /Comentários
1. (Errado) Art. 15, CF. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se